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BIOMECÂNICA DO QUADRANTE INFERIOR QUADRIL

FT. Me. Bráulio Lima


braulio.lima@prof.una.br
IMPORTÂNCIA FUNCIONAL DO QUADRIL

• Suporta força (serve de “base”) superiormente desde o membro inferior e,


através do quadril e da pelve, até o tronco.

• Suporta força inferiormente desde o tronco e, através da pelve e do quadril,


chegando ao membro inferior.

• O posicionamento do cíngulo do membro inferior e da articulação do quadril


contribui de forma significativa para a manutenção do equilíbrio e da postura
ereta, mediante o uso de uma contínua ação muscular para ajustes finos e
garantia do equilíbrio.
(Hamill, J., 2016)
IMPORTÂNCIA FUNCIONAL DO QUADRIL

Estrutura estável com muita mobilidade.

Região do quadril é um principais


agentes no sistema locomotor.

Abdutores do quadril geram força para


contrabalancear cerca de 85% do peso
corporal em apoio unipodal.
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL

• Coxofemoral: Cabeça do fêmur + Acetábulo

Imagens: Netter,F. H. Netter Atlas de Anatomia Humana. 2011


• Articulação do Sinovial: Esferóide e Triaxial
• ↑ Resistência e estabilidade:
• Devido à forma das superfícies articulares, ligamentos,
cápsula articular e músculos;
• ↑ Coaptação
• ↑ Estável
• Boa ADM

(Hall, S. J., 2016)


Cabeça
do Fêmur
Acetábulo

(Netter, F. H., 2011)


Considerações Anatômicas

ESTRUTURAS
ÍSQUIO Pelve óssea/
ÍLIO Ossos do quadril

PÚBIS

VISTA LATERAL VISTA MEDIAL (Netter, F. H., 2011)


Acetábulo: Considerações Anatômicas

2/5

1/5
2/5
(Netter, F. H., 2011)
Imagem: https://edisciplinas.usp.br Acetábulo: Considerações Anatômicas

(Netter, F. H., 2011)


SECÇÃO FRONTAL: Lábio do Acetábulo

(Netter, F. H., 2011)


Asa do ílio (Face Glútea)

Crista ilíaca
Espinha ilíaca pósterosuperior
EIAS

Espinha ilíaca pósteroinferior


EIAI

Incisura isquiática maior


Fossa Acetábulo
Espinha isquiática

Incisura isquiática menor

Túber isquiático Forame obturado


Tuberosidade ilíaca

Fossa ilíaca
Face articular

Tubérculo púbico

Face sínfisial
Considerações Anatômicas e Funcionais

ACETÁBULO
• Convergência do ílio, ísquio e púbis
• Encaixe da cabeça do fêmur (art. do quadril)
• Ossificação ocorre entre 20-25 anos
• Apresenta face semilunar do acetábulo (Face articular)
• Apresenta lábio de fibrocartilagíneo (Lábio do acetábulo)
• Orientação do Acetábulo: Voltado pouco lateralmente, inferiormente e
anteriormente.
• Fossa do acetábulo Função de conter e estabilizar a cabeça femoral
• Gordura fibroelástica

(Hamill, J., 2016; Netter, F. H., 2011)


Fêmur: Considerações Anatômicas

Cabeça do Fêmur

Colo do Fêmur

Trocânter Menor Trocânter Maior


Trocânter Maior

Vista anterior Vista posterior (Netter, F. H., 2011)


Acetábulo -Angulações
• Plano frontal: Ângulo de Wiberg - “center edge” ( Centro – Borda)

Normal > 25°


Limite = 20° a 25°
Displasia do acetábulo < 20°
Pincer >39°

>Âng. Wiberg, maior a área de contato e a estabilidade articular


-Crianças < ângulo

(Delaunay et al. 1997; Castro e Vieira 2010; Volpon, 2016)


Imagens: dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2015.05.007

Normal= CE >25°
Pincer = CE >39°
(Delaunay et al. 1997; Castro e Vieira 2010; Volpon, 2016)
Displasia do acetábulo = CE < 20°

(Delaunay et al. 1997)


Cinética do Acetábulo*:
Normal X Displasia

(ILIESCU et al., 2008)


Acetábulo -Angulações
• Plano transversal: ângulo de anteversão acetabular
• O ângulo de anteversão acetabular mede a extensão de quanto o acetábulo se
projeta à frente no plano horizontal

Normal* = 20°
Retroversão <15°

Quanto > o ângulo, maior o risco de


luxação anterior da cabeça do fêmur

Imagem modificáda: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAe6y8AG-28.jpg (Anda, S. et al., 1991)


Imagem: https://static.wixstatic.com/media/7f2241_0b6de27f7b914d8c95ffc851716172b1~mv2.jpg/v1/fill/w_711,h_235,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01/Ante%20e%20retroversao%20acetabular.webp
Fêmur - Angulações
• Plano frontal: ângulo de inclinação
• Ângulo do colo do fêmur com relação à diáfise do fêmur no plano frontal
• Maior no nascimento e infância
• Normalidade: ±125º

Coxa Valga
Coxa Vara Normal
>125º
<125º 125º
(Hamill, J., 2016)
Fêmur - Angulações
Fêmur - Angulações
• Normal com o envelhecimento
• Cabeça femoral mais congruente com o
acetábulo (maior estabilidade articular)
• Redução comprimento do membro
• Menor carga incidente na cabeça do fêmur
• Aumento do braço de alavanca dos
músculos abdutores

Maior carga no colo do fêmur

(Hamill, J., 2016)


Fêmur - Angulações

• Redução do braço de alavanca dos


abdutores do quadril → maior demanda
para gerar força);
• Menor estabilidade articular e maior
stress;
• Redução da área de contato entre a
cabeça do fêmur e acetábulo

Aumenta a carga incidente na cabeça do fêmur

(Hamill, J., 2016)


Aumenta forças Aumenta forças na
no Colo do fêmur cabeça do fêmur
Fêmur - Angulações
• Plano transversal: ângulo de anteversão ou ângulo de torção
• Rotação anterior do colo fêmur em relação ao corpo: Normalmente 12° a 14°*
• ± 8° - 15°*

Imagem: https://boneandspine.com/wp-content/uploads/2010/01/anterversion-retroversion-femur.jpg
(Hamill, J., 2016)
Como corrigir os Toe
In e Toe out ?
Magia?

Não, isso é fisioterapia!


MOVIMENTOS

PELVE QUADRIL

Movimentos da pelve Movimentos do fêmur


em relação ao fêmur em relação a pelve
Articulação triaxial – movimentos em três planos e eixos
MOVIMENTOS DA PELVE : PLANO SAGITAL
Anteversão ou “Anterior tilt”, ou Retroversão ou “Posterior tilt”
Inclinação pélvica anterior ou inclinação pélvica posterior

M. Flexores do quadril M. extensores do quadril


Tendência em aumentar a lordose lombar Tendência em diminuir a lordose lombar
MOVIMENTOS DA PELVE : PLANO FRONTAL

Inclinação lateral/superior para a direita


Inclinação lateral/superior para a esquerda
MOVIMENTOS DA PELVE : PLANO TRANSVERSAL

Rotação anterior
Rotação posterior
RITMO LOMBO-PÉLVICO
Flexão do tronco
• Flexão da coluna lombar
• Anteversão pélvica
• Flexão do quadril
Extensão da Coluna
• Retroversão pélvica
• Extensão do quadril
• Extensão da coluna

Lombar Flexiona nos primeiros 50º


Pelve Rotaciona anteriormente depois dos 50º iniciais
Movimentos do Sacro

Contra Nutação/ Nutação/


Neutro
Flexão Sacral Extensão Sacral
ARTROCINEMÁTICA
RELAÇÃO CÔNCAVO CONVEXO NO MOVIMENTO DO FÊMUR

Fêmur (convexo) → Cabeça do fêmur rola para um lado e a diáfise


desliza para o lado oposto.
ARTROCINEMÁTICA
RELAÇÃO CÔNCAVO CONVEXO NO MOVIMENTO DO
ACETÁBULO

Acetábulo (côncavo) →Rola e desliza para o mesmo lado


Movimentos do Quadril
Plano Sagital
• Movimento de flexão: 120° a 125°
• Movimento hiperextensão: 10° a 15°
Plano Frontal
• Movimento Abdução: 30° a 45°
• Movimento Adução: 15° a 30°
Plano Transversal
• Rotação Interna ou Medial: 30° a 50°
• Rotação Externa ou Lateral: 30° a 50°
(Marques, A. P., 2014; Hamill, J., 2016)
FLEXÃO Movimentos De Flexão
ADM joelho flexionado:120° a 125°
ADM joelho extensão: 90°

Joelho em extensão tem ADM


limitada pela Insuficiência passiva
dos mm. Isquiotibiais.
HIPEREXTENSÃO
ADM joelho flexionado:10° a 15°
ADM joelho extensão: 20° a 30°

A extensão é limitada pela cápsula


anterior, pelos fortes flexores do
quadril e pelo ligamento iliofemoral.
Movimentos De Extensão
Movimentos De Abdução

Muitas atividade exigem 20° de abdução e adução.


Movimentos De Adução

Muitas atividade exigem 20° de abdução e adução.


Movimentos De Rotação
Movimentos De Rotação
COMPENSAÇÕES MUSCULARES

(Hamill, J., 2016)


MÚSCULOS DO QUADRIL
GRUPO MUSCULAR MM. MONOARTICULARES MM. BIARTICULARES
Anterior Iliopsoas* Reto femoral
Sartório
Medial Pectíneo Grácil
Adutor magno
Adutor longo
Adutor curto
Posterior Glúteo máximo Semimembranáceo
Rotadores profundos (6) Semitendíneo
Bíceps femoral (cabeça
longa)
Lateral Glúteo médio Tensor da fáscia lata
Glúteo mínimo (Lippert, L. S., 2018)
MÚSCULOS DO QUADRIL
Músculos flexores Músculos adutores M. rotadores laterais
Iliopsoas Pectíneo Glúteo máximo
Reto femoral Adutor curto Obturador externo
Adutor longo Obturador interno
Sartório
Adutor magno Gêmeo superior
Tensor da fáscia lata Gêmeo inferior
Grácil
Piriforme
Músculos extensores Quadrado femoral
Glúteo máximo Sartório
Isquiossurais Músculos abdutores
Semimembranáceo Glúteo médio M. rotadores mediais
Glúteo mínimo Tensor da fáscia lata
Semitendíneo
Tensor da fáscia lata Glúteo mínimo (F. ant)
Bíceps femoral Sartório Glúteo médio (F. ant)
M. ILIOPSOAS

O: Fossa ilíaca, superfícies


anterior e lateral das vértebras
T12 a L5

I: Trocanter menor

A: Flexão do quadril

(Lippert, L. S., 2018)


MÚSCULO RETO FEMORAL
O: (EIAI) Espinha Ilíaca Antero Inferior
I: tuberosidade tibial
Ação: Flexão do quadril/Extensão do joelho

(Lippert, L. S., 2018)


M. SARTÓRIO

O: (EIAS) Espinha Ilíaca Antero

I: Superior à face medial da tíbia

A: Flexão + Rot. Externa + Abdução combinada

(Lippert, L. S., 2018)


M. PECTÍNIO
O:ramo superior do púbis
I: linha pectínia do fêmur

A:Flexão + Adução do quadril

(Lippert, L. S., 2018)


MM. ADUTORES

• ADUTOR LONGO (A)


púbis à linha áspera

• ADUTOR CURTO (B)


púbis à linha pectínia e áspera

• ADUTOR MAGNO (C)


púbis + ísquio à linha áspera

(Lippert, L. S., 2018)


M. GRÁCIL

O: púbis
I: côndilo medial fêmur
A: Adução do quadril

(Lippert, L. S., 2018)


M. GLÚTEO MÁXIMO

O: Face dorsal do sacro e face glútea do ílio


I: Posterior ao trocanter maior; trato iliotibial
A: Extensão, hiperextensão e rotação lateral da coxa

(Lippert, L. S., 2018)


MM. ROTADORES ROFUNDOS

(Lippert, L. S., 2018)


MM. ISQUIOTIBIAIS
• Semitendíneo
tuberosidade isquiática à posterior côndilo medial tíbia

• Semimembráceo
tuberosidade isquiática à anterior côndilo medial tíbia

• Bíceps femoral
longa: tubérculo isquiático
à cabeça da fíbula
curta: lateral linha áspera
• Ação: Extensão do quadril
(Lippert, L. S., 2018)
M. GLÚTEO MÉDIO

O: Face glútea do ílio

I: Superfície lateral do trocanter maior

A:Abdução

(Lippert, L. S., 2018)


M. GLÚTEO MÍNIMO

O: Face lateral do ílio

I: Superfície anterior do trocanter maior


do fêmur

A:Abdução e rotação medial

(Lippert, L. S., 2018)


M. TENSOR FÁSCIA LATA

O: Espinha Ilíaca Antero Superior

I: Côndilo lateral da tíbia

A: Flexão e abdução combinadas


da coxa na articulação do quadril

(Lippert, L. S., 2018)


Musculatura Abdominal e a Flexão do Quadril

(Lippert, L. S., 2018)


ESTABILIZAÇÃO DA ARTICULAÇÃO. DO
QUADRIL
CÁPSULA ARTICULAR FIBROSA
• Inserção proximal ao redor do lábio do
acetábulo
• Inserção distal: colo do fêmur
• Constitui uma bainha cilíndrica que envolve a
articulação e a maior parte do colo do fêmur.
• É mais espessa superior e anteriormente.

(Netter, F. H., 2011; Lippert, L. S., 2018)


(Netter, F. H., 2011)
LIGAMENTOS DA ART. DO QUADRIL
Iliofemoral
Opõe resistência a movimentos de extensão, rot. medial e rot. lateral

Isquiofemoral
Opõe resistência a adução e rotação medial

Pubofemoral
Opõe resistência a abdução e rotação lateral

Nenhum dos ligamentos opõe


resistência a movimentos de flexão. (Hamill, J., 2016)
VISTA ANTERIOR

Lig. Iliofemoral Superior

Lig. Iliofemoral Inferior


Lig. Pubofemoral
(Netter, F. H., 2011)
VISTA POSTERIOR
Lig. Iliofemoral Superior

Lig. Isquiofemoral

(Netter, F. H., 2011)


LIGAMENTOS DA ART. DO QUADRIL
Ligamento Redondo ou Cabeça do Fêmur
• Dentro da cavidade articular, o ligamento redondo faz a fixação direta do anel do
acetábulo à cabeça do fêmur.

• Não apresenta função mecânica relevante, apesar de possuir grande resistência à


ruptura (carga de ruptura = 45kg). (Kapandji, I.A., 2008)

• Concluíram que o ligamento pode limitar a adução do quadril.


Demange, MK et al., 2007

• Condutor do Ramo acetabular da artéria femoral

(Hamill, J., 2016)


(Netter, F. H., 2011)
LIGAMENTOS DA ART. DO QUADRIL

LIGAMENTO TRANSVERSO
• Parte do lábio acetabular
• A extremidade da ferradura do lábio se liga à
soquete inferior através do ligamento transverso
do acetábulo.
• Proteção vascularização cabeça do fêmur

(Netter, F. H., 2011)


LÁBIO ACETABULAR

• Estrutura que se une a cartilagem do


acetábulo
• Composta por um tecido fibrocartilagem
que contribui para a estabilidade da
articulação.
• A pressão hidrostática é maior dentro do
lábio do que fora dele, o que contribui para
a lubrificação da articulação.

Aumenta a profundidade e a
estabilidade da articulação.
(Netter, F. H., 2011; Hall, S. J., 2016)
Imagem: inacioventura.com.br/quadril-e-joelho/quadril-e-joelho/quadril/problemas/impacto-femoro-acetabular-e-lesao-do-labrum/
PADRÃO DE CARGA NO ACETÁBULO

Não apresenta alteração no


padrão de carga pela retirado
do lábio e lig. transverso.

(Konrath et al., 1998)


BOLSAS SINOVIAIS
Bolsa iliopectínea
Localizada profundamente ao tendão do
Iliopsoas;
Bolsa trocantérica
Localizada entre o tendão do glúteo máximo
e a superfície póstero-lateral do trocanter
maior;

Bolsa isquioglútea
Localizada entre a tuberosidade do ísquio e o
glúteo máximo
CINÉTICA: CARGAS SOBRE O QUADRIL
• Ficar em pé
– 1/3 da peso corporal
• Ficar em um pé
– 2-2,5x da massa corporal na cabeça do femoral
• Andar (1,5 – 5,5 x)
• Subir Escadas (3 x)
• Correr (4,5 x pra mais)
• Gesto esportivo: Depende da atividade
• Ex: Goleiro se joga para o lado no futebol, 4,2 - 8,6 x do peso corporal

Depende da habilidade, tipo de corrida, calçados…


(Hall, S. J., 2016)
CINÉTICA: CARGAS SOBRE O QUADRIL

3,4 vezes o peso do corpo 2,2 vezes o peso do corpo e diminui a


atividade músculos abdutores em 42%
CINÉTICA: CARGAS SOBRE O QUADRIL
✓Apoio sobre duas pernas
– Linha da gravidade passa
posterior à sínfise púbica
– Estabilidade fornecida pelos
ligamentos e cápsula, não
necessita contração muscular
– Cada articulação recebe
metade o peso da parte superior
do corpo
GRF: Força de reação com o solo
R: Braço de força de GRF
r: Braço de força dos mm. Abdutores
Força de Reação Articular
CINÉTICA: CARGAS SOBRE O QUADRIL

✓Apoio sobre uma perna


– Alteração na linha da gravidade
com contração muscular associada.
– O grupo abdutor (glúteo médio e
mínimo) é o principal estabilizador;

(Lecerf et al., 2009)


Força de Reação Articular - Normal

A Força de Reação Articular é


sempre maior que o peso do corpo
BIOMECÂNICA DA
BENGALA

• A colocação da bengala na mão oposta


também promove balanço normal do
membro superior durante a marcha.
• A força para cima proveniente da
bengala impede a inclinação lateral da
pelve no lado que não sustenta peso,
reduzindo assim a contração dos
músculos abdutores do quadril no lado
enfraquecido/doloroso.
CINÉTICA: CARGAS SOBRE O QUADRIL

Glúteo médio e glúteo mínimo são os principais estabilizadores durante apoio


sobre uma perna.

(Kumagai et al., 1997)


ARQUITETURA DO SISTEMA TRABECULAR
FATORES DE COAPTAÇÃO

1. Peso (postura ereta)


2. Lábio acetabular
3. Ligamentos
4. Músculos
5. Pressão atmosférica
6. Anatomia do acetábulo
Padrões de Contato Articular
➢Posição de Repouso ou menor tensão (loose packed)
30º flexão, 30º abdução e ligeira rotação lateral

➢Posição de ajuste ou maior tensão das estruturas (Closed-packed)


15º extensão, 30º abdução e Rotação medial

➢Máxima congruência
30º Flexão, 30º Abdução e Ligeira Rotação lateral

➢Padrão capsular
Flexão, abdução e rotação medial (ordem pode mudar)
Tensões Ligamentares
• Extensão e rotação externa tensionam os ligamentos iliofemoral e pubofemoral
• Flexão e rotação interna tensionam o ligamento isquiofemoral
• Abdução tensiona o pubofemoral
• Adução tensiona o iliofemoral

Em Geral
Flexão e rotação interna relaxam os ligg.
Extensão e rotação externa estiram os ligg.
(Kapandji, I. A.,2007)
Tensões Ligamentares

Em Flexão: Todos relaxados Em extensão: Todos estirados

(Kapandji, I. A.,2007)
Tensões Ligamentares

Em Abdução Em Adução
Feixes laterais relaxados Feixe laterais estirado
Feixe inferior estirado Feixes inferior relaxados
(Kapandji, I. A.,2007)
Tensões Ligamentares

Em Rotação Interna: Todos relaxados Em Rotação Externa: Todos estirados


(Kapandji, I. A.,2007)
DISFUNÇÕES ARTICULARES
Causados pela mudança de um dos motivos
✓Aumento da massa corporal
✓Aumento do braço momento (alavanca) da massa corporal
✓ Redução da força dos Abdutores
✓ Redução do braço momento (alavanca) dos Abdutores

Para diminuir as disfunções (aumento da pressão


articular), é só melhorar um dos fatores acima!
Referências Complementares
1. Anda, S.: Acetabular angles and femoral anteversion in dysplastic hip in adults: CT investigation. J Comput Assist Tomogr. v.
v. 15, n.1, p. 115-120, 1991.
2. Delaunay, S., Dussault, R. G., Kaplan, P. A., Alford, B. A. Radiographic measurements of dysplastic adult hips. Skeletal
Radiology. v. 26, n. 2, p. 75–81, 1997.
3. Konrath, G.A., Hamel, A.J., Olson, S.A., Bay, B., Sharkey, N.A.The role of the acetabular labrum and the transverse acetabular
ligament in load transmission in the hip. J Bone Joint Surg Am. v. 80, n. 12, p.1781-1788.
4. Demange, M.K.; Kakuda, C.M.S; Pereira, C.A.M.; Sakaki, M.H. Influence Of The Femoral Head Ligament On Hip
Mechanical Function. Acta Ortop Bras v. 15, n. 4, p.187-190, 2007.
5. Kapandji, I. A. Fisiologia Articular. Volume 2. Membro inferior. 6ª Ed. Guanabara Koogan, 2007. ISBN: 978-8530300579
6. G. Lecerf, M.H. Fessy, R. Philippot, P. Massinc, F. Giraudd, X. Flecher, J. Girardf , P. Mertl, E. Marchettif , E. Stindel.
Biomechanical changes of hip joint following different types of corrective osteotomy – photoelastic studies. Acta of
Bioengineering and Biomechanics. v. 10, N. 3, p. 65-71, 2008.
7. Femoral offset: Anatomical concept, definition, assessment, implications for preoperative templating and hip arthroplasty.
Orthopaedics & Traumatology: Surgery & Research. n. 95, p. 210-219, 2009.
8. Castro, M., Vieira, A. Avaliação imaginológica do conflito femoro-acetabular. Rev. Medicina Esportiva in forma, v. 1, n.6,
p. 28-29, 2010.
9. Volpon, J. B. Impacto femoroacetabular. Rev. Brasileira de Ortopedia. v. 51, n.6, p. 621–629, 2016.
10. OATIS e A., C. Cinesiologia: A Mecânica e a Patomecânica do Movimento Humano. 2ª ed. Barueri – SP: Manole, 2014.
11. LIPPERT, Lynn S. Cinesiologia clínica e anatomia. 6ª Ed. Rio de Janeiro: GEN, 2018.

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