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ANÁLISE

CINESIOLÓGICA
DO QUADRIL
P RO FA . L A R I S S A G U E R R A N A M M U R
PELVE

• É formada pela cabeça do fêmur e o


acetábulo da pelve.
• Serve de base para as estruturas acima,
assim como base para movimento de
MMII.
• Apresenta um soquete profundo,
circundado por diversos tecidos
conectivos.
• Os músculos são grandes, oferecendo
excelente torque para acelerar e
desacelerar o movimento.
OSTEOLOGIA DO QUADRIL

• A primeira estrutura óssea que temos é


o osso inominado, formado por isquio,
ilio e pubis, conectados anteriormente
pela sínfise púbica e posteriormente
pelo sacro, formando a pelve ou bacia.

- Inserção de músculos grandes


- Transmissão de forças
- Suporte de estruturas
viscerais
OSTEOLOGIA DO QUADRIL
• Crista ilíaca
• Espinha ilíaca anterossuperior
• Espinha ilíaca posterossuperior
• Tuberosidade isquiática
• Acetábulo
• Sínfise púbica (sinartrose)

2mm de rotação e
translação aliviam
estresse: PARTO
OSTEOLOGIA DO QUADRIL
OSTEOLOGIA DO QUADRIL

• A cabeça femoral projeta-se medial e


anteriormente no acetábulo.
• O trocânter maior é ponto de inserção de
diversos músculos.
FORMATO DO FÊMUR PROXIMAL

• Duas angulações ajudam a definir seu formato.


○ Ângulo de inclinação
o No plano frontal entre a cabeça do fêmur e o lado medial da diáfise femoral
o Otimiza o alinhamento das superfícies articulares
o Adulto = 125°
o Criança = 140°-150°
FORMATO DO FÊMUR PROXIMAL
• Duas angulações ajudam a definir seu formato
○ Ângulo de torção (anteversão)
o Rotação entre a diáfise e o colo do fêmur (plano transversal)
o15°= anteversão normal
o Crianças = 40° (normaliza aos 16 anos)
ÂNGULO DE TORÇÃO FEMORAL
• Anteversão associada com in-toeing traz adução de pés, além de geralmente associar
com rotação medial excessiva do quadril, levando a encurtamento dessa
musculatura.
• A rotação medial ocorre para aumentar o torque dos abdutores de quadril, que está
reduzido com a anteversão excessiva.
ARTROLOGIA DO QUADRIL

• Entre a fóvea da cabeça do úmero e o ligamento


acetabular transverso.
• Está alongado durante a F e Ad (pouca
estabilidade).
• Canal de passagem da artéria acetabular (pouco
suprimento femoral).
• O contato da cabeça do fêmur e acetábulo tem
formato de ferradura.
• A fossa acetabular não tem contato com a
cabeça do fêmur.
DESCARGA DE PESO DURANTE A
MARCHA
LÁBIO ACETABULAR

• Anel flexível de fibrocartilagem que envolve a


circunferência externa do acetábulo
○ Melhora a estabilidade articular
o Aprofundamento em 30%
o Selamento ajuda a manter a pressão intra-articular
negativa → leve sucção
o Mantém o líquido sinovial dentro da articulação →
mais lubrificação
o Protege a cartilagem articular → reduz o estresse de
contato ao aumentar a área de superfície do acetábulo
ALINHAMENTO ACETABULAR

• Projeta-se lateralmente com inclinação anterior e inferior


○ Duas medidas avaliam a cobertura natural e a estabilidade da cabeça
femoral
o Ângulo centro-borda
o Mede a orientação fixada do acetábulo no plano frontal em relação
à pelve.
o O quanto o acetábulo cobre o topo da cabeça femoral.

A redução impacta em maior pressão articular ->


Osteoartrite precoce
ALINHAMENTO ACETABULAR

• Projeta-se lateralmente com inclinação anterior e inferior


○ Duas medidas → cobre naturalmente e ajuda a manter a
estabilidade da cabeça femoral
o Ângulo de anteversão acetabular
o Mede a orientação fixa do acetábulo no plano
transversal em relação à pelve
o O quanto o acetábulo cobre a parte anterior da cabeça
do fêmur

O aumento da anteversão leva a maior chance de


lesão do lábio acetabular ou deslocamento anterior
ESTABILIZAÇÃO PASSIVA

• Membrana sinovial reveste internamente


• Ligamentos reforçam externamente
• Definem ADM final dos movimentos de quadril.
• Lig. ileofemoral: É o mais forte e espesso (Ext e
R.I.)
• Lig. Pubofemoral: Ext., Abd. e Rot. lat..
• Lig. Isquiofemoral: Ext., Rot. Int. e Adução.
ESTABILIZAÇÃO PASSIVA
MOVIMENTOS E TECIDOS
TENSIONADOS
POSIÇÃO DE TRAVAMENTO DO
QUADRIL
• Extensão completa (20°além da posição neutra) + leve rotação medial + leve abdução
○ “Espiraliza” a maior parte das fibras no interior dos ligg. capsulares até sua posição mais
tensa

Ao contrário do que ocorre na


maioria das articulações, a posição
de maior estabilidade não é de
maior congruência, que seria com
F de 90 de quadril, abd e rotação
lateral, posição em que acápsula e
ligamentos estão frouxos.
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL

• Osteocinemática
○ Triaxial
o Movimentos primários
o Flexão e extensão
o Abdução e adução
o Rotação medial e lateral (interna e externa)
Osteocinemática do quadril do fêmur em relação à pelve
Osteocinemática do quadril da pelve em relação ao fêmur
OSTEOCINEMÁTICA
OSTEOCINEMÁTICA DO FÊMUR EM
RELAÇÃO À PELVE
• Rotação do fêmur no plano sagital
○ Flexão
o120°, com joelhos fletidos
o 70°-80°, com joelhos estendidos (IT
tensionados)
○ Extensão
o 20°(além da posição neutra)
o Com joelhos fletidos, pode ser
menor (Q tensão passiva)
OSTEOCINEMÁTICA DO FÊMUR EM
RELAÇÃO À PELVE

• Rotação do fêmur no plano frontal


○ Abdução
o 40°
○ Adução
o 25°(além da posição neutra)
OSTEOCINEMÁTICA DO FÊMUR EM
RELAÇÃO À PELVE

• Rotação do fêmur no plano transversal


○ Rotação medial
o 35°
○ Rotação lateral
o 45°
RITMO LOMBOPÉLVICO

• Ritmo lombopélvico
○ A extremidade caudal do esqueleto axial está fixada à
pelve das articulações sacroilíacas.
○ A rotação da pelve em relação a cabeça femoral
tipicamente modifica a configuração da coluna lombar.
• Ritmo ipsidirecional – Aumenta a capacidade de alcance
dos MMSS.
• Ritmo contradirecional – Auxilia no ajuste do tronco à
pelve durante a marcha.
OSTEOCINEMÁTICA DA PELVE EM
RELAÇÃO AO FÊMUR
• Rotação pélvica no plano sagital

○ Inclinação anterior (anteversão pélvica)

o 30°de flexão adicionais (sentado a 90°)

○ Inclinação posterior (retroversão pélvica)

o 10°-20°(sentado a 90°)
OSTEOCINEMÁTICA DA PELVE EM
RELAÇÃO AO FÊMUR

• Rotação pélvica no plano frontal

○ Abdução

o 30°

○ Adução

o25°

ABD pode ser limitada por


adutores rígidos -> Interfere
na marcha
OSTEOCINEMÁTICA DA PELVE EM
RELAÇÃO AO FÊMUR

• Rotação pélvica no plano transversal


○ Rotação medial
o 15°
○ Rotação lateral
o 15°

Movimentos observados do lado


da pelve que não está sustentando.
ARTROCINEMÁTICA

• A configuração articular limita as translações entre as superfícies articulares


○ Abdução e adução
o Diâmetro longitudinal
○ Rotações medial e lateral
o Diâmetro transverso
○ Flexão e extensão
o Giro
INTERAÇÃO
MÚSCULO-
ARTICUL AÇÃO
INERVAÇÃO

• Plexos lombar e sacral (T12-S4)


○ Plexo lombar (T12-L4)
o Mm. da coxa anterior e medial

○ Plexo sacral (L4-S4)


o Mm. da coxa posterior e lateral e toda a perna
INERVAÇÃO

• Plexo lombar (T12-L4)


○ N. femoral (L2-4) – Feixe mais longo
o Flexores de quadril
o Extensores de joelho
- In. Sensorial anteromedial da coxa

○ N. obturatório (L2-4)
o Adutores de quadril
- In. Sensorial medial da coxa
INERVAÇÃO

• Plexo sacral (L4-S4)


○ N. ciático (L4-S3)
○ N. para o piriforme (S1-S2)
○ N. para o obturador interno e gêmeo superior (L5-S2)
○ N. para o obturador externo e gêmeo inferior (L4-S1)
○ N. glúteo superior (L4-S1)
○ N. glúteo inferior (L5-S2) -

O Posteriores de quadril
FUNÇÃO MUSCULAR DO QUADRIL

• Linhas de força de diversos músculos em relação aos


eixos de rotação do quadril
○ Limitações
o Somente em posição anatômica
o Uma vez que o quadril saia dessa posição, a ação
potencial e o torque potencial de cada músculo mudam
AÇÕES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS
DOS MÚSCULOS DO QUADRIL
FLEXORES DO QUADRIL
• Flexores primários
○ M. iliopsoas - FORTE
○ M. sartório - LONGO
○ M. tensor da fáscia lata
○ M. reto femoral
○ M. adutor longo
○ M. pectíneo
• Flexores secundários
○ M. adutor curto
○ M. grácil
○M. glúteo mínimo (fib. anteriores)
FLEXORES DO QUADRIL
• Qualquer músculo capaz de flexão de fêmur em relação à pelve é igualmente
capaz de inclinar a pelve anteriormente!
PAPEL DOS ABDOMINAIS NA
ESTABILIZAÇÃO DA FLEXÃO DO QUADRIL
ADUTORES DO QUADRIL
• Adutores primários
○ M. pectíneo
○ M. adutor longo
○ M grácil
○ M. adutor curto
○ M. adutor magno
• Adutores secundários
○ M. bíceps femoral (CL)
○M. glúteo máximo
○M. quadrado femoral
ADUTORES DO QUADRIL
AÇÃO DUPLA DO MM. ADUTOR MAGNO
E LONGO
• Com o quadril fletido o m. adutor longo está em uma posição para estender o quadril,
juntamente com o m. adutor magno. Com o quadril estendido está em uma posição para
fletir o quadril, juntamente com o m. reto femoral. Estas ações contrastantes baseiam-se na
mudança das linhas de força do adutor longo em relação ao eixo de rotação mediolateral do
quadril.
MÚSCULOS ROTADORES MEDIAIS

• Rotadores mediais primários


○ Não existem, pois não há músculo que se oriente
no plano horizontal na posição anatômica
• Rotadores mediais secundários
○ M. glúteo mínimo (fib. anteriores)
○ M. glúteo médio
○ M. tensor da fáscia lata
○ M. adutor longo
○M adutor curto
○M. pectíneo
MÚSCULOS ROTADORES MEDIAIS

• Rotadores laterais como os mm. piriforme, fibras anteriores do glúteo máximo e fibras
posteriores do glúteo mínimo, com o quadril fletido em 90°, passam a realizar rotação medial
também.
EXTENSORES DO QUADRIL

• Extensores primários
○ M. glúteo máximo
○ Mm. Isquiotibiais
○ M. adutor magno (fib. posteriores)
• Extensores secundários
○ M. glúteo médio (fib. posteriores)
○ M. adutor magno (fib. anteriores)
○ Com 70°de flexão ou mais os mm. adutores,
com exceção do m. pectíneo, são extensores do
quadril.
EXTENSORES DO QUADRIL REALIZANDO
INCLINAÇÃO PÉLVICA POSTERIOR
• Qualquer músculo capaz de extensão de fêmur em relação à pelve é igualmente capaz de
inclinar a pelve posteriormente.
ABDUTORES DO QUADRIL

• Abdutores primários
○ M. glúteo médio
○ M. glúteo mínimo
○ M. tensor da fáscia lata
• Abdutores secundários
○ M. piriforme
○ M. sartório
ABDUTORES DO QUADRIL
ABDUTORES DO QUADRIL

• M. glúteo médio
○ Controle da estabilidade da pelve no plano
frontal durante a marcha - FUNDAMENTAL
○ Teste de Trendelenburg positivo
ROTADORES LATERAIS

• Rotadores laterais primários


○ M. glúteo máximo
○ OGGPQO – 6 rotadores pequenos
• Rotadores laterais secundários
○ M. glúteo médio (fib. posteriores)
○ M. glúteo mínimo (fib. posteriores)
○ M. obturador externo
○ M. sartório
○M. bíceps femoral (CL)
ROTADORES LATERAIS

• Síndrome do piriforme: O
encurtamento do piriforme pode levar a
compressão do nervo ciático.
TORQUE MÉDIO DE ESFORÇO MÁXIMO
IMPORTÂNCIA DO OLHAR
FISIOTERAPÊUTICO EM PATOLOGIAS DE
QUADRIL
Forças de menor magnitude
• Osteoartrite Proteção articular
• Fraturas Redução na velocidade e cadência da
marcha, redução no comprimento do passo
ALONGAMENTO ISQUIOTIBAIS

• Potencializando o alongamento
de IT com a contração de
múltifidos.
ALONGAMENTO QUADRÍCEPS
TRABALHO EM GRUPO (ENTREGA
24/11)
• Quatro grupos – 3 de 11 alunos e 1 de 12 alunos
• Grupo 1 – Capítulo 9 (Esqueleto axial: Osteologia e artrologia) – Raynara,Yasmine, Carliane,
Catarina, Henderson, Kezia, Maryanna, Kissila, Marcia, Geovana, Jéssica, Lucas
• Grupo 2 – Capítulo 10 (Esqueleto axial: Interações musculares e articulares) – Agnes, Iara, Cauan,
Clara,Yuri, Letícia, Isabella, Rafaela, Joyce, Darla, Bruno
• Grupo 3 – Capítulo 15 (Cinesiologia da Caminhada) – Francimar, Raquel, Natanael,Thaynara,
Marta, Ketlen, Raissa, Camille, Sarah,Thainá, Elenilce
• Grupo 4 – Capítulo 16 (Cinesiologia da Corrida) – Nicholas, Laissa, Carla, Olavo, Nathalia, Paulo
Vicente, Amanda, Jhonatan, Rayan, Karen, Estefany
OBRIGADA!

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