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Belém
2022
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Belém
2022
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA 4
2 OBJETIVOS 7
3 METODOLOGIA 8
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 10
REFERÊNCIAS 18
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1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
Após a etapa descrita acima, os alunos eram (e ainda são) avaliados por
meio de provas, realizadas da forma que tal sistema induzia e até hoje induz os
alunos a fazer: com informações memorizadas. Logo, é indubitável que essa
prática pedagógica, baseada na repetição e na monotonicidade, em nada
contribui para o aspecto cognitivo do aluno. Assim, acreditamos que o professor
não deve ser apenas um transmissor de informações, mas um agente que deve
produzir o conhecimento em sintonia com o aluno. Nesse contexto, fica claro, ao
observar as escolas brasileiras, uma grande passividade por parte do professor,
sendo marcada pelo grande sub uso de técnicas de ensino além do “quadro e giz”
e pela distorção do conceito de “bom profissional” que tal postura gera.
Dessa forma, é fundamental compreender que ensinar bem não significa
repassar conteúdos, mas levar o aluno a pensar e criticar. Logo, percebe-se que
o professor tem a responsabilidade de preparar o aluno para se tornar um cidadão
ativo dentro da sociedade, apto a questionar, debater e romper paradigmas.
Assim, consoante Cury (2003, p.127), “a exposição interrogada gera a dúvida, a
dúvida gera o estresse positivo, e este estresse abre as janelas da inteligência.
Assim, formamos pensadores, e não repetidores de informações”.
Com isso, a dúvida é entendida como um aspecto positivo, pois gera a
curiosidade, levando o aluno a refletir e buscar respostas. O autor citado enfatiza,
ainda, que a exposição interrogada transforma a informação em conhecimento e
esse conhecimento, em experiência e o melhor: o professor não mais é
persuasivo, ou o que convence, mas o que provoca e estimula a inteligência.
Diante disso, ele desempenha, nos processos de ensino e aprendizagem, o papel
de gerenciador e não de detentor do conhecimento.
Posto isso, depreende-se que o professor deve, segundo Zagury (Nova
escola, p.21), mostrar a beleza e o poder das ideias, independente dos recursos
que dispõe. Assim, em consonância com a perspectiva de Zagury, destaca-se,
conforme Sonza e Leivas (2018), a “[...] inegável necessidade de se buscar
métodos e metodologias de ensino que tornem a aprendizagem de matemática
mais atrativa, que desperte o interesse do estudante” (SONZA; LEIVAS, 2018,
p.1549). Nessa conjuntura, é imperioso considerar que há a necessidade de
adaptação à era tecnológica em que se vive, onde os alunos são, de acordo com
Prensky (On the horizon, p.1 – 6), “nativos digitais”, pois, nasceram na era
tecnológica e utilizam redes e mídias sociais de modo ativo em suas vidas. Tendo
isso em mente, convém citar o software de matemática dinâmica gratuito
GeoGebra. Criado em 2001 por Markus Hohenwarter, tal programa foi muito
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premiado em países europeus e nos Estados Unidos por possuir uma interface
amigável e muitas ferramentas interessantes, que permitem a interação dos
estudantes com assuntos como geometria, álgebra, tabelas e etc., o que tende a
tornar a matemática algo menos abstrato e mais palpável.
Desse modo, foi visto por nós, autores desta futura pesquisa, que o
GeoGebra possui grande espaço e potencial para a manipulação dinâmica de
áreas da matemática, em especial a geometria euclidiana, muito interessante,
pois, por meio dele, poder-se-á construir e examinar determinadas figuras a partir
de suas particulares propriedades. Dessa forma, destaca-se o extremo
dinamismo proporcionado pelo software, por intermédio de ferramentas como o
“arrastar”, que permite ao usuário, por exemplo, mover as figuras ou mudar seu
aspecto, o que propicia não só a existência de um artifício facilitador de ensino
para o professor, mas também a adoção de um papel mais ativo por parte do
aluno no que diz respeito ao processo de aprendizagem. Nesse quadro, ainda
segundo D’Ambrosio,
2 OBJETIVOS
Permitir que, por meio da preterida participação ativa dos docentes e discentes,
os alunos compreendam as principais propriedades dos triângulos e suas aplicações
práticas, de modo que isso venha a lhes garantir não só uma melhor capacidade de
argumentação dentro da geometria e da matemática, mas também um potencial para
questionar e compreender a realidade.
3 METODOLOGIA
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Percebe-se, com clareza, que tal livro ilustra justamente o que tratamos
como a matemática formal e engessada que foi citada anteriormente. Além disso,
vê-se que os “desenhos prototípicos”, citados por Gravina (1996), estão presentes
e são os únicos apresentados ao longo do livro todo. Visto isso, também fica claro
que este tipo de material não contempla o principal fim desta pesquisa:
proporcionar o empoderamento de aspectos do aluno tendo a geometria (e os
triângulos) como ponto focal. Contudo, é importante salientar que livros didáticos
não são o problema, mas sim características limitadoras desse tipo de material:
por ter como foco cálculos e fórmulas, não há uma boa exploração, idealmente,
das propriedades de cada figura. Assim, reitera-se as diversas possibilidades que
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Por conta disso, objetivos das explorações feitas através do ato de arrastar
são definidos por Restrepo (apud DICKEL, 2019, p.20), e são eles três, listados a
seguir:
Dessa forma, esta ação pode e deve ser explorada como artifício para
desenvolver o interesse e criatividade dos alunos durante a exploração do
GeoGebra, dando-lhes liberdade para entender as variações e invariações que
envolvem as formas geométricas e suas propriedades mais diversas através de
seus movimentos.
Desenvolvida por David Paul Ausubel (1918-2008), tal teoria tem como
ponto principal a ideia de que o fator que mais influencia no processo de
aprendizagem do aluno é a bagagem cultural do mesmo. Nesse sentido, entende-
se que esse conhecimento prévio do aluno e o conhecimento “novo”, provido pelo
professor, complementam-se: adquirindo assim, novos significados
cognitivamente. Com isso, é fundamental pontuar que para que haja um maior
aproveitamento nas atividades propostas no GeoGebra, convém levar em
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consideração todo e qualquer conhecimento que o aluno traz para a sala de aula.
Assim, como afirma Ausubel:
Referências
DANTE, Luiz Roberto. Matemática contexto & aplicações: ensino médio. 3 ed. São Paulo:
Ática, 2016.
D’AMBROSIO, Beatriz S. Como ensinar matemática hoje? Temas e Debates. SBEM. Ano
II. N2. Brasília. 1989. P. 15-19.
GRAVINA, Maria Alice. Geometria dinâmica uma nova abordagem para o aprendizado da
geometria. Anais do VII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, Belo Horizonte, p. 1-
13, nov. 1996.
KAUARK, Fabiana; MANHÃES, Fernanda Castro; MEDEIROS, Carlos Henrique. Metodologia
da pesquisa: guia prático. Itabuna: Via Litterarum, 2010. 88p.
LINDQUIST, Mary Montgomery; SHULTE, Alberto P. Aprendendo e ensinando geometria.
Tradução de Hygino H. Domingues – São Paulo: Atual, 1994. 308p.
NEM OS UNIVERSITÁRIOS DOMINAM A MATEMÁTICA BÁSICA, DIZ PESQUISA. G1,
São Paulo, 12 de dez. de 2015. Disponível em:
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2015/12/nem-os-universitarios-dominam-matematica-
basica-diz-pesquisa.html. Acesso em: 15 de set. de 2022.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
SONZA A. P.; LEIVAS J. C. P. Explorando a Geometria Fractal no Ensino Médio por meio
de uma Oficina Pedagógica. Thema, Instituto Federal de Educação, Ciências e
Tecnologia Sul-rio-grandense. Pelotas, RS, Brasil. 2018. Disponível em:
http://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/1122. Acesso em 15 set. 2020.
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