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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE MÉTODOS E TÉCNICAS EDUCACIONAIS
CURSO DE PEDAGOGIA

ALYNE ADJOHNSON RIBEIRO

A IMPORTÂNCIA DA DINAMIZAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE ENSINO E


APRENDIZAGEM PARA A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Pirapora/MG
Fevereiro/2020
ALYNE ADJOHNSON RIBEIRO

A IMPORTÂNCIA DA DINAMIZAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE ENSINO E


APRENDIZAGEM PARA A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Pedagogia, Campus Pirapora, como
avaliação parcial da Disciplina de Pesquisa
Aplicada à Educação II, no primeiro semestre de
2019.
Orientadora: Prof. Ms. Dirce Efigênia Brito
Lopes e Oliveira.

Pirapora/MG
Fevereiro/2020
RESUMO

Este estudo trata da importância da diversificação do ensino da matemática na educação


infantil, onde percebe-se que o trabalho na educação infantil requer uma análise estrutural em
relação à forma como se leciona. Nesse sentido, tem-se como objetivo geral investigar e
compreender a problemática envolvendo a utilização de novos métodos de ensino para o
desenvolvimento da matemática aos alunos da educação infantil, e como objetivos
específicos, descrever os desafios do pedagogo no desenvolvimento do seu trabalho;
Demonstrar o papel da gestão escolar no aprimoramento das práticas de ensino; apresentar a
importância da inclusão para o desenvolvimento de aulas mais dinâmicas e prazerosas;
Utilizar a dinamicidade do ensino nas aulas; Apresentar os benefícios das aulas expositivas e
diversificadas para o aprimoramento da leitura e construção de um conhecimento mais amplo.
Com isso, este trabalho justifica-se através da necessidade de realizar aulas mais dinamizadas
que permitam aos alunos absorver de forma mais fácil os conteúdos trabalhados ao longo de
sua formação acadêmica, retratando as práticas mais relevantes voltadas ao ensino da
matemática na educação infantil. Este estudo trata-se de uma revisão de literatura, onde o
processo de coleta de dados ocorreu de forma indireta, através da utilização de buscas online
de bibliografias nas bases de dados Scielo (Scientific Library Online) e o Google Acadêmico,
para a viabilização das informações ofertadas, com a análise de achados que estão
relacionados ao tema definido, com o intuito de avaliar e agregar de forma clara e sucinta os
resultados encontrados.

Palavras-chave: Pedagogia; Ensino; Matemática; Educação Infantil.

ABSTRACT

This study deals with the importance of diversifying mathematics teaching in early childhood
education, where it is clear that work in early childhood education requires a structural
analysis in relation to the way it is taught. In this sense, the general objective is to investigate
and understand the problem involving the use of new teaching methods for the development
of mathematics for early childhood education students, and as specific objectives, to describe
the challenges faced by the pedagogue in developing their work; Demonstrate the role of
school management in improving teaching practices; present the importance of inclusion for
the development of more dynamic and enjoyable classes; Use the dynamics of teaching in
classes; Present the benefits of expository and diversified classes for improving reading and
building broader knowledge. Therefore, this work is justified by the need to carry out more
dynamic classes that allow students to more easily absorb the content taught throughout their
academic training, portraying the most relevant practices aimed at teaching mathematics in
early childhood education. This study is a literature review, where the data collection process
occurred indirectly, through the use of online searches for bibliographies in the Scielo
(Scientific Library Online) and Google Scholar databases, to enable the information offered,
with the analysis of findings that are related to the defined topic, with the aim of evaluating
and aggregating the results found in a clear and succinct way.

Keywords: Pedagogy; Literacy; Mathematics; Childeducation.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO......................................................................................................................................5
PROBLEMA......................................................................................................................................6
OBJETIVOS......................................................................................................................................6
Objetivo Geral.....................................................................................................................6
Objetivos Específicos..........................................................................................................6
JUSTIFICATIVA...............................................................................................................................7
METODOLOGIA..............................................................................................................................7
CAPÍTULO 1 - OS DESAFIOS DO PEDAGOGO NA PROBLEMÁTICA DO ENSINO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL.......................................................................................................................8
CAPÍTULO 2 – A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO PARA O ESTABELECIMENTO DO
ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.............................................................................................17
CAPÍTULO 3–DESENVOLVENDO ESTRATÉGIAS DE APRENDIZADO AO ENSINO DA
MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL................................................................................23
CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................................31
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................32
INTRODUÇÃO

O trabalho na educação infantil requer uma análise estrutural em relação à forma como
se leciona, principalmente o conteúdo da matemática, que corresponde a um dos mais
importantes dentro do currículo escolar da criança. Assim, como estratégia ao ensino desse
conteúdo, o desenvolvimento de atividades relacionadas ao uso de jogos e brincadeiras, se
torna uma estratégia eficaz para o sucesso do professor, corresponde a uma necessidade vinda
de qualquer pedagogo em ministrar aulas mais dinâmicas e construtivas aos seus alunos, nos
quais, cada vez mais necessitam de novas formas de ensino que correspondam ao
desenvolvimento tecnológico e social que se inserem. Com isso, percebe-se que há falta de
um elemento norteador, a atenção dos alunos, que necessitam do aprendizado de conteúdos
como o português e a matemática, essenciais a sua formação.

Com o uso dos contos de fadas, literários, histórias em quadrinhos, entre outros, as
crianças tendem a uma maior atenção aos conteúdos trabalhados, onde pode-se desenvolver
vários aspectos da linguagem, morfologia, escrita e leitura, além do incentivo a uma melhor
educação pessoal e social, que se torna uma base fundamental a inserção da matemática em
seu dia a dia. Com a utilização dos jogos e brincadeiras na matemática os alunos se tornam
mais sociáveis e comunicativos, o que torna o aprendizado de diversos temas mais simples e
objetivos, realizando-se competições, pesquisas, maquetes e principalmente, o que traz o
conteúdo a realidade que ele está inserido, para que tenha a oportunidade de reconhecê-los,
assim, aumentando seu interesse no aprendizado.

Através da dinamização e do aprimoramento do conhecimento estudado em sala de


aula, para que o aluno possa se aplicar de forma inclusiva e diversificada aos conteúdos
trabalhados na disciplina de matemática. Dessa forma, utilizando os contos de fadas, as
histórias em quadrinhos e os jogos e brincadeiras, consegue trabalhar diversos conteúdos e ao
mesmo tempo divertir e incluir cada aluno para que tenham confiança em estudar e melhorar
seu desempenho na escola.

O desenvolvimento de atividades de recreação, lazer e trabalho artístico conseguem


trazer o aluno a escola, oportunizá-lo a um aprendizado que comprovadamente é eficaz, pois a
educação deve se adequar a globalização e ao desenvolvimento tecnológico, sendo uma das
ferramentas mais importantes à formação do indivíduo e qualificação a sociedade,
oportunizando diversas formas de melhora do desenvolvimento da vida. Portanto, quanto mais
o profissional da educação estiver preparado e qualificado a diversas situações de ensino
melhor instruirá seus alunos e formará cidadãos preparados à vida em sociedade.

Com isso, desenvolvendo o planejamento e a linguagem oral, explorando a leitura em


situações cotidianas, utilizando jogos e brincadeiras como forma de aprendizado,
desenvolvendo o pensamento crítico e reflexivo do aluno, compreendendo a formação e
estruturação dos textos e regras matemáticas, recriando contos clássicos; dramatizando contos
infantis literários e explorando as diversas linguagens como forma de aprendizado.

O ensino da matemática na educação infantil desempenha um papel crucial no


desenvolvimento cognitivo e na formação integral das crianças. Através de abordagens
lúdicas e contextualizadas, a matemática não apenas instiga o raciocínio lógico-matemático
desde cedo, mas também estimula habilidades essenciais para a vida, como resolução de
problemas, pensamento crítico e criatividade. Este estudo investigativo se propõe a explorar a
relevância e os benefícios do trabalho com a matemática nesse estágio inicial da formação
educacional, destacando não apenas a importância do conteúdo, mas também as estratégias
pedagógicas que promovem um aprendizado significativo e prazeroso para as crianças nas
fases iniciais da escola.

PROBLEMA

Diante do apresentado, levanta-se a seguinte questão problema: Qual a importância da


diversificação do ensino da matemática na educação infantil? Como tornar as aulas de
Matemática mais dinâmicas/atrativas na Educação Infantil?

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Analisar e destacar a relevância do ensino e da prática da matemática em um cenário


mais atrativo na educação infantil, visando compreender seu impacto no desenvolvimento
cognitivo, habilidades numéricas e na formação integral das crianças.

Objetivos Específicos

 Apresentar os desafios do pedagogo no desenvolvimento do seu trabalho;


 Analisar o papel da gestão escolar no aprimoramento das práticas de ensino;
 Expressar a importância da inclusão para o desenvolvimento de aulas mais
dinâmicas e prazerosas;
 Utilizar a dinamicidade e a problematização do ensino nas aulas;
 Evidenciar os benefícios das aulas expositivas e diversificadas para o
aprimoramento da leitura e construção de um conhecimento mais amplo.

JUSTIFICATIVA

O ensino hoje encontra-se em um processo de estagnação de práticas metodológicas,


onde os professores se tornam cada vez mais objetos dessas práticas e sujeitos a não alteração
das mesmas. Diversos estudos apontam que práticas menos dinamizadas levam os alunos a
uma menor absorção de conhecimentos, o que dificulta no processo de aprendizado do
mesmo, principalmente na educação, que se caracteriza como a base de todo processo de
compreensão do sistema de ensino. Com isso, este trabalho justifica-se através da necessidade
de realizar aulas mais dinamizadas que permitam aos alunos absorver de forma lúdica os
conteúdos trabalhados ao longo de sua formação acadêmica, retratando as práticas mais
relevantes voltadas ao ensino da matemática na educação infantil.

METODOLOGIA

Este estudo trata-se de uma revisão de literatura, onde o processo de coleta de dados
ocorreu de forma indireta, através da utilização de buscas online de bibliografias nas bases de
dados Scielo (Scientific Library Online) e o Google Acadêmico, para a viabilização das
informações ofertadas, com a análise de achados que estão relacionados ao tema definido,
com o intuito de analisar e agregar de forma clara e sucinta os resultados encontrados.
Estabeleceu-se como métodos de pesquisa, artigos disponíveis em texto completo, em
idioma português, com período de publicação entre 1971 a 2020, foram utilizados como
descritores para a viabilização da pesquisa “Pedagogia”, “Letramento”, “Matemática” e
“Educação Infantil”.
O processo de avaliação e análise dos dados ocorreram após serem obtidas e
organizadas as pesquisas, nas quais deram fundamento para a relação dos objetivos
previamente estabelecidos, sendo utilizadas textos que fizessem associações a educação
infantil, as práticas de inclusão escolar, a compreensão do ensino disponibilizado para os
alunos na educação pública e privada, assim como a metodologias de ensino e práticas que
revertem esse quadro, para que o estudo se torne fundamentado, amplo e diversificado,
trazendo resultados mais benéficos e simples aos professores e pedagogos da educação
infantil, principalmente para o ensino da matemática.
Com isso, sendo organizado em três capítulos com a temática: Capítulo 1 - abordando
os desafios do pedagogo na problemática do ensino na educação infantil; Capítulo 2 - com a
importância da inclusão para o estabelecimento do ensino na educação infantilapítulo 3 -com
o desenvolvimento de estratégias de aprendizado ao ensino da matemática na educação
infantilCAPÍTULO 1 - OS DESAFIOS DO PEDAGOGO NA PROBLEMÁTICA DO
ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Este capítulo trata da organização do trabalho docente na educação infantil, a qual


necessita de um enfoque educacional de diversificação do aprendizado, através de práticas
voltadas para o incentivo a criatividade e ao acolhimento voltado para a inclusão do aluno, a
fim do desenvolvimento do raciocínio lógico dos educandos.

O professor da educação infantil tem um trabalho diversificado, pois o realiza de


forma multidisciplinar e com o dever de fazê-lo lúdico, pois crianças nessa idade escolar
aprendem de forma prática, através de vivências que as fazem desenvolver um raciocínio
lógico frente a cada conteúdo. O professor nessa perspectiva deve levar formas diferentes e
dinâmicas para a sala de aula, com mais metodologias, estratégias e recursos que as faça
passar por experiências diversificadas, para que possam aprender. Nas Diretrizes Curriculares
Nacionais para Educação Básica (2013, p.6):

O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que


buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos
que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico. Tais
práticas são efetivadas por meio de relações sociais que as crianças desde bem
pequenas estabelecem com os professores e as outras crianças, e afetam a construção
de suas identidades.

Com isso, percebe-se que o processo da Educação Infantil é concebido pelas


relações sociais que as crianças estabelecem com seus professores, que tem um papel
fundamental na sua educação, fazendo com que passem por experiências lúdicas que as façam
transformar-se e desenvolver suas percepções cognitivas frente aos conteúdos.

Intencionalmente planejadas e permanentemente avaliadas, as práticas que


estruturam o cotidiano das instituições de Educação Infantil devem considerar a
integralidade e indivisibilidade das dimensões expressivo-motora, afetiva, cognitiva,
linguística, ética, estética e sociocultural das crianças, apontar as experiências de
aprendizagem que se espera promover junto às crianças e efetivar-se por meio de
modalidades que assegurem as metas educacionais de seu projeto pedagógico
(BRASIL, 2013, p.6).

Posto isso, percebe-se que o planejamento das aulas da Educação Infantil deve ser
realizado de forma organizada e sistematizada, pensando na criança como um todo, em sua
integralidade e indivisibilidade nas concepções expressivo-motora, afetiva, cognitiva,
linguística, ética, estética e sociocultural. As aulas devem objetivar um trabalho humanizado e
diversificado, de forma que as experiências sejam tanto coletivas quanto individuais e que
afetem as crianças de forma integral para que o conhecimento seja mais aplicável.

Assim, o professor da Educação Infantil deve realizar seu trabalho refletindo


sobre a criança como um ser individualizado e social, onde as relações socioculturais sejam
evidenciadas e os métodos de avaliação sejam amplos e discutidos de acordo com a realidade
de cada comunidade escolar, respeitando o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola.

A criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que se


desenvolve nas interações, relações e práticas cotidianas a ela disponibilizadas e por
ela estabelecidas com adultos e crianças de diferentes idades nos grupos e contextos
culturais nos quais se insere. Nessas condições ela faz amizades, brinca com água ou
terra, faz-de-conta, deseja, aprende, observa, conversa, experimenta, questiona,
constrói sentidos sobre o mundo e suas identidades pessoal e coletiva, produzindo
cultura (BRASIL, 2013, p.6).

Percebe-se que nessa visão de criança respeita-se sua infância, suas experiências,
vivencias e relações com a comunidade em que vive. Dessa forma, para que se construa um
planejamento efetivo deve-se compreender quem é cada criança que está inserida no contexto
escolar, avaliando sua vida, cotidiano e percepções acerca do mundo em que vive, para que as
intervenções pedagógicas sejam efetivas.

As professoras e os professores têm, na experiência conjunta com as crianças,


excelente oportunidade de se desenvolverem como pessoa e como profissional.
Atividades realizadas pela professora ou professor de brincar com a criança, contar-
lhe histórias, ou conversar com ela sobre uma infinidade de temas, tanto promovem
o desenvolvimento da capacidade infantil de conhecer o mundo e a si mesmo, de sua
autoconfiança e a formação de motivos e interesses pessoais, quanto ampliam as
possibilidades da professora ou professor de compreender e responder às iniciativas
infantis (BRASIL, 2013, p.7).

Conforme evidenciado nessa vivência, tanto as crianças quanto os professores,


passam por transformações com suas aulas e atividades, tendo a oportunidade de se tornarem
mais humanizados e autoconfiantes para realizar as experiências escolares e promover um
ensino de qualidade, fazendo com que a aprendizagem seja motivacional, além de tornar o
professor um profissional na sua área de atuação (ARAGÃO, 2009).

Analisando o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI),


percebe-se que a forma de se desenvolver os conteúdos a serem trabalhados é por meio da
avaliação da realidade em que a criança se insere, através de suas experiências, vivências e
complexidade pessoal. Assim, o professor tem um papel importante nas transformações
educacionais voltadas às práticas de forma integrada e multidisciplinar que atenda às
necessidades de conhecimento e cumpra com os objetivos do PPP, ainda levando em
consideração que a “[...] socialização mobiliza sentimentos e emoções constituindo-se em
uma atividade que pode contribuir para o desenvolvimento das crianças” (BRASIL, 1998).

Dessa forma, o processo educacional deve ser realizado de forma integral


trabalhando diversas áreas do conhecimento contemplando a Linguagem Oral e Escrita,
Natureza e Sociedade, e Matemática, de forma que o professor articule tais conteúdos
respeitando as realidades de seus alunos, fazendo-os perceber e compreender o mundo ao seu
redor, amplificando seu conhecimento de forma simples e lúdica. É gratificante ver a presença
da matemática, não como componente isolado, mas como conhecimento conectado às
múltiplas vivências das crianças em suas experiências infantis. A Matemática como forma de
pensar e agir nos múltiplos espaços de vivências e na estruturação do pensamento é ponto alto
e de destaque na proposta. Há de valorizarmos mais a potencialização da matemática nas
atividades lúdicas, investigativas e reflexivas que permeiam os diferentes campos de
experiência, a matemática como elemento de leitura e interpretação do mundo, na construção
de conceitos espaciais, temporais, de possibilidades e de quantificações, dentre outras
possibilidades (BRASIL, 2013, p. 2).

A Educação Infantil é uma etapa essencial em relação à organização e a


construção de novos conhecimentos, tanto no cognitivo como no afetivo e social, sendo a
criança, nesse período, capaz de instituir elementos do seu cotidiano entre relações complexas
que se apresentam. O conteúdo da Matemática permite que a criança faça a estruturação e
organização do conhecimento, desenvolvendo o seu raciocínio lógico e a sua autonomia, o
que resultará na sua formação. Entretanto, o que se tem propagado nos relatos de vivências de
professores é a discriminação por parte de alunos, dado que a matemática sempre foi vista
como uma disciplina de difícil compreensão, a falta de interesse por ela, além do que a
aprendizagem da disciplina não condiz com perspectivas de aprendizagem (ASSMANN,
1998).

A matemática é trabalhada de maneira mecânica e descontextualizada, impedindo


o desenvolvimento da autonomia dos alunos. É essencial despertar o interesse pelos estudos,
nessa área, com estímulos à visão do todo, de reconhecer a Matemática no cotidiano da
criança, por meio de uma aprendizagem inovadora e prazerosa com brincadeiras e jogos e não
por obrigação com uma matéria escolar, trazendo desafios que os pedagogos se põem
diariamente para ensinar as crianças e buscar sempre inovar e desenvolver cada vez mais
estímulos à aprendizagem (ASSMANN, 1998).
Nas primeiras fases da Educação Infantil a criança demonstra diversas
curiosidades como: “que tamanho?”; “quantos?”, “quando?”, e isso já demonstra que ela
consegue diferenciar e identificar o sentido de altura, tempo e quantidade, por mais que as
respostas e perguntas estejam sendo faladas de forma não convencional. É possível considerar
que a criança, desde o seu nascimento, está inserida no cotidiano no qual os conhecimentos
matemáticos fazem parte.

Nessa perspectiva, a instituição de educação infantil pode ajudar a criança a


organizar melhor as suas informações e estratégias, bem como proporcionar
condições para aquisição de novos conhecimentos matemáticos. O trabalho com
noções matemáticas na educação infantil atende, por um lado, às necessidades das
próprias crianças de construírem conhecimentos que incidam nos mais variados
domínios do pensamento; por outro, corresponde a uma necessidade social de
instrumentalizá-la melhor para viver, participar e compreender um mundo que exige
diferentes conhecimentos e habilidades (BRASIL,1998, p. 207).

Isso mostra que as escolas devem estar preparadas para desenvolver um trabalho
amplo, que atenda às necessidades e indagações das crianças de modo que contribua para sua
educação com aulas não só diversificadas e dinâmicas, mas que domine conteúdos
curriculares dentro dos padrões nacionais, incluindo a Matemática, um dos conteúdos mais
importantes do currículo escolar de um aluno.

Segundo Bock, Furtado e Teixeira (2001) “cada período é caracterizado por


aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer nessa faixa etária”. Isso mostra que o
progresso humano deve ser compreendido como uma totalidade, mas, para efeito de
aprendizado, tem sido abordado a partir de quatro aspectos. O primeiro é o físico-motor, que
se refere ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, com a capacidade de
manipular os objetos e de exercício do próprio corpo. Exemplificando: a criança leva a
chupeta à boca, consegue tomar a mamadeira sozinha, isto quando aproxima aos sete meses,
porque já coordena os movimentos das mãos.

O segundo aspecto, o intelectual refere-se a quando a criança já tem a capacidade


de pensar e raciocinar. Por exemplo: quando a criança de 02 anos usa um cabo de vassoura
para puxar um brinquedo que está debaixo de uma poltrona ou o jovem que planeja seus
gastos a partir de sua mesada ou salário; já o terceiro aspecto, o afetivo-emocional, refere-se
ao modo particular da criança integrar as suas experiências. O sentimento e a sexualidade
fazem parte desse aspecto. Exemplo: quando sentimos vergonha de alguém que nos chamou a
atenção, a alegria de rever um amigo de quem se gosta muito (BOCK, 2001).
Por fim, o quarto aspecto, o social, refere-se à reação da criança diante das outras,
quando se envolve na brincadeira ou não. Por exemplo, crianças reunidas no pátio será
possível observar as que brincam em grupo e outras que brincam sozinhas. A aquisição de
conhecimento pela criança tem o seu tempo, suas fases de progresso e seus intervalos. O
professor deve acompanhar o progresso e o crescimento das crianças nessas etapas, sobretudo
quando elas estão na Educação Infantil, início da sua vida escolar (BOCK, 2001).

É válido também, ensinar conteúdos socioculturais, porém é essencial considerar a


maneira como essa educação é conduzida, levando em conta as particularidades da infância.
Durante as aulas, ao explorar espaços como os reservatórios, é pertinente promover
questionamentos, como por exemplo: 'Quais recipientes comportam mais?' ou 'Quantas peças
podem ser acomodadas?' É fundamental demonstrar e realizar essas atividades em conjunto
com as crianças para proporcionar uma compreensão visual, utilizando uma variedade de
formas de reservatórios. Essa abordagem permite que as crianças comecem a refletir e a
desenvolver uma percepção mais ampla do mundo ao seu redor (PAVÃO, 2015).

Um dos grandes desafios enfrentados pelos professores na Educação Infantil é


ampliar integralmente os conhecimentos das crianças, utilizando situações comuns da sua
infância, como brincadeiras do seu cotidiano em espaços específicos e jogos organizados para
este propósito. Isso permite que ela perceba diretamente a sua própria personalidade por meio
das atividades infantis. Refletir sobre a aprendizagem da matemática nesse contexto é apenas
um dos entendimentos essenciais para que a criança se adapte às experiências do dia a dia.
Nesse sentido, o desafio é capacitar a criança a construir noções e conceitos matemáticos de
forma independente, a partir das suas próprias vivências diárias (PAVÃO, 2015).

No que diz respeito à aprendizagem da Matemática Smole (2000, p.69) analisa:

O professor pode criar situações na sala de aula que encorajem os alunos a


compreenderem e se familiarizarem mais com a linguagem matemática,
estabelecendo ligações cognitivas entre a linguagem materna, conceitos da vida real
e a linguagem matemática formal, dando oportunidades para eles escreverem e
falarem sobre o vocabulário matemático, além de desenvolverem habilidades de
formulação e resolução de problemas, enquanto desenvolvem noções e conceitos
matemáticos.

Com isso, torna-se importante que as crianças tenham contato com diferentes
elementos, fenômenos e acontecimento do mundo, sejam instigadas por questões
significativas para observá-los e explicá-los e tenham acesso a modos variados de
compreendê-los e representá-los. Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social e
natural, formulando perguntas imaginando soluções para compreendê-lo, manifestando
opiniões próprias sobre os acontecimentos, buscando informações e confrontando ideias são
questões essenciais para a formação da criança em idade escolar (BRASIL, 1998, p.166).

A gestão escolar na educação infantil é um elemento fundamental para o


desenvolvimento integral das crianças nessa fase crucial de suas vidas. Envolve não apenas a
administração de recursos e estrutura física, mas também a criação de um ambiente acolhedor,
seguro e estimulante. Uma gestão eficaz nesse contexto requer uma abordagem sensível às
necessidades específicas das crianças pequenas, promovendo práticas pedagógicas inovadoras
e adequadas à faixa etária. Além disso, o papel do gestor na educação infantil envolve o
estabelecimento de parcerias com famílias e comunidades, o desenvolvimento de uma equipe
pedagógica qualificada e o constante aprimoramento de estratégias que incentivem a
criatividade, autonomia e o desenvolvimento socioemocional das crianças (ARAGÃO, 2009).

Os debates referentes à importância da escola, de acordo com essas concepções, é


possível concluir que com suas análises críticas consegue ter um entendimento da
contextualização da trajetória da gestão escolar no Brasil. “Ainda que a administração escolar
no Brasil tenha uma longa história, seu estudo mais sistemático é recente e toma corpo com o
processo de industrialização” (OLIVEIRA, MENEZES, 2018, p.878).

Nesse sentido, percebe-se que a gestão escolar é um conceito novo, presente no


atual modelo educacional, que faz uma referência dessa educação como uma consequência do
processo de industrialização, ocorrido no século XX, que trouxe diversas possibilidades para,
não somente a educação, mas para a convivência de todos em geral, mudando diversos
dogmas da sociedade (OLIVEIRA, MENEZES, 2018, p.878).

É possível dizer que a administração, necessária a uma sociedade organizada em


diversas formas institucionais, vai se modificando conforme demandas da dinâmica
de modelos de desenvolvimento dessa mesma sociedade. Também que, como um
processo, vai metamorfoseando em sua essencialidade, dando mostras da tendente
predominância da razão técnica e de fins mercadológicos em uma sociedade
submetida aos ditames do capital (REBELATTO, 2014, p.323).

Isso demonstra que a partir do período da industrialização no país, a educação


vem sofrendo grandes avanços e transformações diante do cenário atual, visto que permite
que através de novas formas de ser realizada, ela dentro de seu contexto histórico, auxilia no
desenvolvimento da sociedade, de forma a metamorfosear-se em sua essencialidade, como
afirma o autor, ilustrando formas novas de se tratar da gestão educacional, pois surge à
necessidade de os gestores de se atualizar para atender a essa nova demanda, que traz consigo
novos obstáculos e novas tecnologias aliadas ou não com o processo educacional de ensino e
aprendizagem (REBELATTO, 2014, p.323).

Sob a evidente influência do desenvolvimento industrial, ganhavam força os


princípios da eficiência e da eficácia como orientadores de uma modernização da
administração e o desenvolvimento das organizações nas diversas instituições da
sociedade. Esses princípios, sustentados pelas Teorias Clássicas da Administração,
foram exportados para os países periféricos (pela via da assistência técnica, por
exemplo) e implantados sem uma necessária relação com o desenvolvimento social
e econômico regional e com os processos históricos de cada país (REBELATTO,
2014, p.324).

Com a evolução crescente da tecnologia e da informação passando


constantemente através de diversos meios, percebe-se que a partir da base das teorias clássicas
administrativas, houve um grande processo de desenvolvimento da administração, que
permitiu as instituições se moldarem através do tempo para atender ao novo modelo
organizacional vigente ao processo histórico de cada país (TRINCHÃO, 2019).

Em contraposição à educação tradicional, o movimento escolanovista reclamava


uma melhor correspondência da educação com os ideais de desenvolvimento do país, marcado
pelo avanço da industrialização (TRINCHÃO, 2019, p. 36).

A afirmação do autor demonstra que a partir desse período, a educação tradicional


sofreu uma grande transformação, que se deu o nome de movimento escolanovista, que
exatamente pelo grande processo do avanço da industrialização, trouxe ideais que
acreditavam num modelo educacional mais científico, tornando o ensino mais crítico,
trazendo uma compreensão que vai além do ensinar, permite a ideia de debate entre professor
e aluno, para que com isso, os dois desenvolvam uma análise da educação como uma aliada,
não como algo obrigatório a si, sendo um ganho, uma honra. (TRINCHÃO, 2019).

Anísio Teixeira pensava a administração subordinada à educação que se realiza


entre professor e aluno. Por isso, fazia ressalvas à aplicação das teorias da administração,
correntes na fábrica ou na empresa, no campo da educação, por entender que a administração
escolar se volta à questão pedagógica, ainda que o administrador escolar pudesse aprender
com a complexa ciência da administração das empresas. Com Anísio Teixeira, iniciava-se um
pensamento de administração educacional que, de certa forma, visava a romper com os
princípios da administração geral (REBELATTO, 2014, p.323).

A partir desse momento, percebe-se que a administração sofre uma grande


transformação, pois agora a escola compreende que para se adaptar ao meio deve estar unida
ao processo de administração baseado no de uma empresa para dar certo (REBELATTO,
2014, p.325).

Essa realidade trouxe reflexos, tanto na formação de professores e administradores


escolares como na própria forma de ser da administração da educação brasileira, com os quais
se pode explicar, em boa medida, a ausência de rupturas em relação a esse modelo. Pesam,
como exemplo de sua preservação, os acordos firmados entre o MEC e a
AgencyofInternationalDevelopment (AID), conhecidos como acordos MEC-USAID,
pautados na lógica organizacional baseada no cientificismo administrativo (REBELATTO,
2014, p.325).

Isso fez com que o processo administrativo fizesse parte do modelo educacional,
como uma base de transformações para um ensino científico de qualidade.

Duas tendências atuais na produção do conhecimento no campo das políticas


públicas e da gestão da educação no Brasil. Uma dessas tendências assume enfoque
produtivo, de viés econômico e comercial e “no atual contexto da globalização da
economia e da atividade humana [...] [influenciada] pelo pensamento neoliberal dos
centros de poder econômico nacional e internacional”. A outra, de enfoque
democrático, assume orientação política e cultural. Esse enfoque é natureza
participativa, sendo próprio das instituições científicas, que se preocupam
primordialmente com a produção e disseminação do saber científico e tecnológico e
com a formação política e cultural da cidadania (REBELATTO, 2014, p.326).

Diante dessa afirmação, percebe-se que o autor refere-se a duas novas tendências
administrativas, uma que preza a produção, economia e comércio, com fins na globalização
da atividade humana, já a outra tem um enfoque democrático, prezando a política e a cultura,
de forma mais participativa, com ações dentro da perspectiva da disseminação do saber
científico para a garantia da cidadania. Dessa forma, há a presença das duas tendências nos
modelos atuais de gestão educacional, de diferentes formas, mas ainda sim utilizadas.
Portanto, com o cenário atual, o autor defende a utilização de um modelo que respeite e
valorize a formação de cidadãos críticos, pensantes e conscientes para tomar suas próprias
decisões dentro da sociedade.

Nesse sentido, os desafios da implementação do processo de liderança nas escolas


permeia um dilema educacional, pois de acordo com as concepções de Luck (2011), em
relação aos estilos de liderança adotados nas escolas, percebe-se:

A escola é uma organização que sempre precisou mostrar resultados - o aprendizado


dos alunos. Porém nem sempre eles são positivos. Para evitar desperdício de
esforços e fazer com que os objetivos sejam atingidos ano após ano, sabe-se que é
necessária a presença de gestores que atuem como líderes, capazes de implementar
ações direcionadas para esse foco (LUCK, 2011, p.2).
Nesse sentido a autora permite indagar sobre as novas necessidades da escola,
como um todo, para adequar-se aos novos conceitos e novas tecnologias presentes na
sociedade, garantindo um efetivo processo de ensino e aprendizado, daí surge a essencialidade
de um líder gestor dentro deste contexto, para garantir o desenvolvimento lúdico e dinâmico
desse processo (LUCK, 2011).

A concepção de que a liderança é primordial no trabalho escolar começou a tomar


corpo na segunda metade da década de 1990, com a universalização do ensino
público. A formação e a atuação de líderes, até então restritas aos ambientes
empresariais, foram adotadas pela Educação e passaram a ser palavra de ordem para
enfrentar os desafios (LUCK, 2011).

Isso mostra que a necessidade surgiu desde o século XX, em meados dos anos
1990, porém, sempre foram uma ideia restrita as empresas, contudo, conseguiu se sobressair
dentro do processo educacional, numa perspectiva de ensino e organização do trabalho escolar
que necessitava arduamente dessa iniciativa, pois com as grandes transformações tecnológicas
os gestores se tornaram não somente administradores, mas líderes, cheios de inciativas, novos
conceitos e uma grande criatividade surgindo nesse processo, para a melhoria da educação.
(LUCK, 2011).

Assim, segundo Luck (2011) “nasce um ambiente favorável ao trabalho


educacional, que valoriza os diferentes talentos e faz com que todos compreendam seu papel
na organização e assumam novas responsabilidades”. Ela defende que o líder como um gestor
não precisa ser necessariamente o diretor da escola, ela defende um novo aspecto, que a faz
como algo compartilhado dentro do cenário educacional, permitindo que todos possam opinar
e transformar de forma positiva o processo educacional.

Afirma ainda que “a escola deve ser uma comunidade de aprendizagem também
em liderança, tendo em vista a natureza do trabalho educacional”. Essa afirmativa ilustra um
modelo educacional que defende a escola como uma comunidade, que sofre suas
transformações e requer líderes, pluralmente falando, para o desenvolvimento de um trabalho
mais eficaz (LUCK, 2011).

Nesse sentido Luck (2011) diz que “o primeiro passo é tornar claros os objetivos
educacionais da escola, só assim as expectativas dos profissionais com relação à Educação
permanecem elevadas, contribuindo para a construção da comunidade social de
aprendizagem”. Com essa afirmativa, percebe-se que a autora tange novos conceitos para
educação de forma a tornar a liderança algo mais propenso a transformações, com mais
compartilhamento de ideias, desenvolvimento de novos conceitos, fazendo com que os
objetivos educacionais se tornem transparentes, visando a um elevado padrão de qualidade do
ensino brasileiro, dentro de um cenário de base para a criação de uma comunidade social de
aprendizagem, que ela afirma garantir um grande avanço para a educação e para abrir mais
espaço a novos líderes educacionais, como gestores transformadores da educação.

O trabalho com a matemática na educação infantil transcende a simples


transmissão de conceitos numéricos e geométricos. É um alicerce crucial para o
desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças. Ao oferecer experiências lúdicas
e contextualizadas, a matemática na primeira infância não apenas estimula habilidades
matemáticas fundamentais, mas também cultiva a capacidade de resolver problemas, promove
a curiosidade e fortalece a confiança das crianças em sua capacidade de raciocinar
logicamente. Investir na qualidade do ensino da matemática nesse estágio inicial não apenas
prepara as crianças para um futuro acadêmico sólido, mas também as capacita a enfrentar
desafios complexos ao longo da vida, estimulando o prazer pela descoberta e aprendizado
contínuo.

CAPÍTULO 2 – A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO PARA O ESTABELECIMENTO


DO ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A inclusão no contexto do ensino de matemática para crianças com necessidades


especiais demanda uma abordagem sensível e adaptativa, considerando as diferentes
habilidades, estilos de aprendizagem e necessidades individuais desses alunos. O trabalho
com a matemática para crianças especiais não se limita apenas à transmissão de conceitos
numéricos, mas exige estratégias pedagógicas flexíveis, recursos adequados e um ambiente
acolhedor para promover um aprendizado significativo. Isso envolve a utilização de métodos
diferenciados, como o uso de materiais manipulativos, jogos adaptados, tecnologias assistivas
e uma abordagem multidisciplinar que valorize as múltiplas formas de compreensão
matemática. Através dessa perspectiva inclusiva, busca-se não apenas o desenvolvimento das
habilidades matemáticas, mas também a promoção da autoconfiança, autonomia e a
valorização das potencialidades de cada criança especial, garantindo assim a efetiva
participação delas no processo educativo (SOUZA, 2021).

Dessa forma, no Brasil, a Política Nacional de Educação na perspectiva da


Educação Inclusiva representa uma iniciativa política em prol dos direitos de todos os
estudantes, promovendo um ambiente de aprendizado conjunto, sem discriminação, e
garantindo o acesso à educação regular, desde o ensino fundamental até o superior, para
estudantes com diferentes tipos de deficiência, sejam elas intelectuais, físicas, auditivas ou
visuais. É fundamental compreender que, ao abordar a temática da Educação Básica Escolar
Inclusiva, todos os alunos, crianças e adolescentes, têm o direito de acessar o currículo da
disciplina com qualidade de ensino e respeito à diversidade, promovendo assim a inclusão
escolar. (BRASIL, 1997, p.77).

A inclusão escolar consiste em assegurar que todas as crianças façam parte do


ensino regular, sem exceção, propondo um modelo de organização pedagógica que leve em
conta as necessidades individuais de cada aluno, respeitando suas diferenças. Essa abordagem
busca ativamente soluções para atender a essas necessidades específicas, trabalhando para
supri-las de maneira eficaz (SOUZA, 2021).

Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a


necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para
superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da
sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão.
A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a
organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, implicando uma
mudança estrutural e cultural da escola para que todos os estudantes tenham suas
especificidades atendidas (BRASIL, 2005, p.54).

Falar sobre inclusão é abordar a realidade de indivíduos que se sentem isolados ou


injustiçados na sociedade, lidando diariamente com desafios significativos. Essa discussão
não se restringe apenas à exclusão de uma pessoa em particular, mas abrange qualquer forma
de marginalização dentro da sociedade. Isso pode incluir a falta de acesso a serviços de saúde
em instalações adequadas, impedimentos para obter educação de qualidade devido a
obstáculos externos, ou até mesmo a privação de benefícios governamentais destinados à
alimentação escolar de estudantes (BRASIL, 2003).

A inclusão social é o termo utilizado para designar toda e qualquer política de


inserção de pessoas ou grupos excluídos na sociedade. Portanto, falar de inclusão
social é remeter ao seu inverso, a exclusão social. Nesse sentido, para estabelecer
uma ação de inclusão social, primeiramente é necessário observar e identificar quais
seriam aqueles que estariam sistematicamente excluídos da sociedade, ou seja, que
não gozam dos seus benefícios e direitos básicos, como saúde, educação, emprego,
renda, lazer, cultura, entre outros (BRASIL, 2003).

Dessa forma, é evidente que a exclusão social persiste em diversos âmbitos,


mesmo em uma sociedade amplamente provida de recursos. Embora todos possam
teoricamente acessar esses programas, a história revela a necessidade de priorizar esse direito
para garantir que, no futuro, seja equitativamente assegurado a todos, sem disparidades. Por
exemplo, estatísticas alarmantes como 125 milhões de crianças fora da escola, sendo dois
terços mulheres, e apenas 1% dos deficientes físicos frequentando escolas em países em
desenvolvimento, destacam a urgência de abordar as desigualdades no acesso a recursos
essenciais (BRASIL, 2003).

Esses dados evidenciam a exclusão de um segmento da população, simplesmente


por características inerentes, como gênero, raça, cor ou posição socioeconômica. Isso
demonstra que a exclusão afeta esses grupos, embora não seja uma constante universal,
revelando seu potencial como forma de violência contra aqueles que a enfrentam.

De certo modo, é muito difícil que alguém ou algum grupo social esteja totalmente
excluído de toda a sociedade. Geralmente, isso ocorre sobre uma parte dela. Assim,
falar de inclusão é falar de democratizar os diferentes espaços para aqueles que não
possuem acesso direto a eles. Por exemplo: as cotas raciais seriam uma medida de
inclusão dos negros na universidade, no sentido de que esse grupo de pessoas, por
razões históricas, possui estatisticamente maiores limitações materiais para alcançar
o nível superior. Outro caso seria a adoção de medidas de acessibilidade para idosos
e deficientes físicos que não conseguem acessar ou se deslocar em espaços públicos
das cidades (BRASIL, 2003).

A exclusão social é um problema que pode acometer a todos, em situações mais


variadas de sua via, assim, de acordo com Brasil (2003) falando sobre a inclusão:

A inclusão social, nesse contexto, transformou-se em um objetivo a ser perseguido


por várias pessoas, em uma forma de luta. Assim, existem atualmente inúmeros
movimentos sociais que reivindicam da sociedade geral e do poder público, a
efetuação de uma real política de contrapeso às diferenças históricas e sociais
constituídas no cerne da história da civilização moderna. Existem os movimentos
feministas, raciais, de grupos homossexuais, de religiões africanas e outras, de
portadores de necessidades especiais etc (BRASIL, 2003).

Isso evidencia a percepção da população sobre a existência dessa exclusão, a qual


está intimamente relacionada à falta de compreensão por parte dela. Como resposta a essa
realidade, ao longo dos anos, surgiram grupos engajados em sensibilizar-se para com essas
pessoas, buscando modificar essas concepções e romper com os tabus ainda arraigados na
sociedade, apesar da disponibilidade generalizada de informações em todos os lugares
(BRASIL, 2003).

Mais do que um esforço do governo em suas diferentes escalas, é preciso também


uma maior ação social para a promoção de políticas de inclusão social. Isso envolve
diversas áreas da sociedade, como a educação, a cultura, entre outros. Por isso,
esforços coletivos e individuais que visem romper preconceitos e ações coercitivas
são necessários para uma melhor vivência cotidiana (BRASIL, 2003).

A busca pela promoção de novas políticas voltadas para a inclusão social é


essencial ao desenvolvimento da sociedade, visto que existem milhões de pessoas no mundo
que sofrem diariamente com isso, se sentindo sozinhas, feias, inúteis e sem valor para a
sociedade, instigando também a realização de homicídios e suicídios cada vez mais
expressivos hoje em dia, fazendo não somente necessários tais movimentos, mas essenciais,
para que garanta a todas as pessoas a oportunidade de conviver em liberdade o mundo a sua
volta (BRASIL, 2003).

Nesse sentido, torna-se importante a compreensão da inclusão no processo de


aprendizagem, onde a diversidade remete as relações de poder que envolvem todas as
dimensões da vida, do cotidiano e das relações sociais entre cultura e etnia, estando presente
em todas as relações humanas, comportamento e aprendizado. Ela nos indica que todos são
diferentes, tem peculiaridades, são heterogêneos e necessitam de manter esses fatores, que
auxiliam no processo do viver e conviver. Assim, no que diz respeito à educação e nas formas
de comportamento humano, as escolas devem manter a diversidade, incluindo as diferenças
(RABELATTO, 2014).

Na educação Brasileira, hoje, são encontradas diversas dificuldades em seu


sistema de ensino, dentre essas dificuldades encontra-se presente a problemática na inclusão
de todos na escola, a qual se encontra inversamente proporcional à falta de auxilio e
compreensão dos alunos e da comunidade escolar perante a inclusão social de pessoas com
autismo, que necessitam de um apoio e compreensão melhores. Mesmo com a realização de
projetos de inclusão social e a implementação de modelos educacionais visando à
homogeneização escolar, a inclusão de todos ainda é uma dificuldade (RABELATTO, 2014).

De um modo geral, o ser humano aprende as coisas através da imitação, portanto,


colocar a criança em um local que só tem crianças com o mesmo problema não resolve. Nesse
sentido, a Lei nº 12.764 de 2012, significou uma grande vitória para os autistas, seus
familiares e profissionais que atuam com esta população (BRASIL, 2012).

Em seu Art. 3º a lei afirma que o autista tem direito ao “acesso à educação e ao
ensino profissionalizante”. Em seguida, no parágrafo único, a mesma lei afirma que “Em
casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas
classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do art. 2º, terá direito a
acompanhante especializada” (BRASIL, 2012).

Assim, nos casos em que a criança especial tiver necessidade de apoio para as
atividades de comunicação ou interação social, a escola deve disponibilizar acompanhante
especializado para atuar em parceria com o professor. Porém, a inclusão desses alunos deve
ser um desafio de toda escola e da rede de ensino (LEBOYER, 2005).

Hoje entende-se que há grandes desafios no mundo, onde, a cada dia, as pessoas
passam por dificuldades, isso não é diferente na educação, as crianças, precocemente, passam
por grandes desafios em suas vidas, desde o nascimento possui-se barreiras que devem ser
enfrentadas, quando entra-se na escola há a diversidade como desafio, pois conviver com
pessoas não se faz um bom cidadão. Um fator predominante nos casos de dificuldade de
aprendizado está dentro do convívio familiar, onde há diversos problemas envolvidos, a
criança pode estar à mercê de situações difíceis até para adultos, como casos de doenças
graves, como nas histórias expostas, pode-se sofrer violência física, psicológica, sexual, ou
outras situações de perda e abandono, entre outros (MACIEL, 2000, p.52).

Assim como tais aspectos, percebe-se que por mais estudos que o professor esteja
disponível, ainda existe a possiblidade de não conseguir identificar situações de dificuldade,
baixo rendimento pessoal ou até problemas no desenvolvimento do aluno. Isso mostra que,
ainda que sejam difíceis as possibilidades dos professores não identificarem os alunos com
dificuldade, o estudo e aprimoramento pessoal ainda é o melhor objetivo ao profissional da
educação. Os conteúdos cursados na profissionalização dos profissionais possui um arsenal de
informações e aprendizado que, por sua vez, torna-o apito a desenvolver um trabalho eficiente
com seus alunos, aprimorando a melhor parte de sua educação no processo de ensino e
aprendizagem (MACIEL, 2000, p.52).

Ainda, torna-se necessário que o professor realize não apenas uma aula técnica,
mas que sejam horários dinâmicos e lúdicos com seus alunos, onde a humanização seja um
fator essencial ao desenvolvimento do conteúdo. Isso faz com que se tenha a possibilidade de
reconhecimento e intervenção mais eficazes, assim como a melhor adaptação dos alunos e a
verdadeira compreensão de seu desenvolvimento escolar (MACIEL, 2000, p.53).

Com isso, o professor como fator necessário nesse processo, deve se mobilizar
para que em suas aulas os alunos estejam abertos ao diálogo, a reflexão, como uma
oportunidade fundamental a sua vida, aos seu aprendizado, para que não seja refletido no seu
desenvolvimento e principalmente, que o auxilie em sua vida, com o aumento ou até a
recuperação de sua autoestima (MACIEL, 2000, p.53).

No âmbito escolar o processo de ensino e aprendizagem é fundamental na


construção educativa dos alunos, possuindo o intuito de proporcionar aos estudantes as
necessárias competências para seu desenvolvimento cognitivo, social e psicológico. Dessa
forma, o professor da educação básica age como principal norteador desse objetivo, sendo
capaz de proporcionar as mudanças indispensáveis para a promoção de aulas produtivas e
inclusivas, reconhecendo e compreendendo as necessidades específicas de seus alunos e, para
que desse modo, busque ações para supri-las, bem como absorver a vivência necessária para
saber lidar com as mais variadas situações que podem acontecer ao se trabalhar com crianças
que possuem necessidades especiais, sem que haja a exclusão ou diferenciação das mesmas
em relação às demais crianças (BRASIL, 2005, p.54).

A educação é a organização dos recursos biológicos do indivíduo, de todas as


capacidades de comportamento que fazem adaptável ao meio físico e mental. Se indivíduos
são seres adaptáveis, as formas de integração de qual quer meio e situação, com certeza
podem ser adaptadas. Ou seja, ressalta que o processo de aprendizagem é um componente
educacional de interação e cooperação, que, se trabalhado atendendo as necessidades dos
alunos, sejam elas quais forem, a partir de atividades recreativas e psicomotoras, para auxílio
nas aulas teóricas, pode promover o desenvolvimento físico motor, cognitivo, social e de
cidadania dos alunos (BRANDÃO, 1995, p.4).

Analisando os processos da educação básica e inclusão escolar, Oliveira (2003,


p.3), afirma que a educação inclusiva se caracteriza como processo de incluir os portadores de
necessidades especiais ou com distúrbios de aprendizagem na rede regular de ensino, em
todos os seus graus, pois nem sempre a criança que é portadora de necessidades especiais
(deficiente), apresenta distúrbio de aprendizagem, ou vice versa, então todos esses alunos são
considerados portadores de necessidades educativas especiais. Oliveira ainda problematiza
que estamos em uma realidade cercada de diversidade de pessoas que são incluídas, mas que
tem a diferença como sua marca.

Fonseca apud Oliveira (2003, p.3) diz que a criança com paralisia cerebral
apresenta essencialmente um problema de desenvolvimento neuromotor. Do mesmo modo, a
deficiência mental apresenta uma inferioridade intelectual generalizada como denominador
comum. E para essas crianças é preciso que se desenvolva uma prática educacional que
amplie suas capacidades. Vale ressaltar que cada deficiência, enfatiza um tipo de cuidado
específico no trabalho educativo, para que possa ampliar as capacidades desses alunos.

Oliveira (2003, p.4) afirma ainda que a inclusão é consequência de uma escola de
qualidade, isto é uma escola capaz de perceber cada aluno como um enigma a ser desvendado.
Quando esse resultado é diferente, é possível apontar que os erros podem vir de que os
professores não sabem o que fazer o que denuncia uma formação continuada inadequada ou
inexistente do professor ou até mesmo a dificuldade da falta de relacionamento da escola com
a família, sendo que a escola ainda encontra-se muitas vezes fechada à comunidade para
discussão da perspectiva inclusiva.

Assim, a busca pela promoção de novas políticas voltadas para a inclusão social
são essenciais ao desenvolvimento da sociedade, visto que existem milhões de pessoas no
mundo que sofrem diariamente com isso, se sentindo sozinhas, feias, inúteis e sem valor para
a sociedade, instigando também a realização de homicídios e suicídios cada vez mais
expressivos hoje em dia, fazendo não somente necessários tais movimentos, mas essenciais,
para que garanta a todas as pessoas a oportunidade de conviver em liberdade o mundo a sua
volta (SOUZA, 2021).

Percebe-se a necessidade premente de profissionais capacitados para atender


alunos com necessidades especiais, permitindo o desenvolvimento de atividades inclusivas e
interativas. O desafio da inclusão vai além da definição de termos; trata-se da reformulação do
sistema educacional para atender e suprir as diversas necessidades educacionais especiais
presentes entre os alunos com deficiência. Alcançar tais objetivos demanda uma integração
completa entre o ambiente escolar, a família e os professores, mobilizando todos os recursos
disponíveis para promover um ambiente educativo verdadeiramente inclusivo.

CAPÍTULO 3–DESENVOLVENDO ESTRATÉGIAS DE APRENDIZADO AO


ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Spodek, Saracho (1998) registram que, para Piaget (1963), a criança dá sentido ao
mundo pelo progresso de estruturas, que para as crianças são ações repetitivas em uma
situação parecida. A transformação se faz pelas ações: assimilação, acomodação e
equilibração, ou seja, a criança identifica um novo problema e usando o conhecimento já
adquirido tenta solucioná-lo, e para que isso ocorra é preciso ordenar novos conhecimentos e
assim adquirir um novo conhecimento. “Uma representação constrói um esquema que
descreve um conjunto de entendimentos” (SPODEK, SARACHO, 1998, p.74).

De acordo com Kamii (1999), o professor deve encorajar a criança a solucionar


problemas sozinhos, tendo cuidado de não exigir dela a resposta correta a todo custo; deve
permite que a criança pense numericamente sem ser forçada. As crianças não aprendem
conceitos matemáticos desenhando ou por manipulação de objetos, elas constroem conceitos
pela abstração reflexiva à medida que atuam sobre os objetos.

Com o objetivo de desenvolver estratégias de aprendizado para o ensino da


matemática, através da ludicidade no ensino básico, este capítulo traz uma análise da
utilização dos jogos e brincadeiras infantis, como o jogo de palavras, jogo da velha, utilização
de formas geométricas para a compreensão da matemática básica, da leitura e da música, para
a escola, com atividades que propõem aulas dinamizadas e prazerosas.

Diante disso, a ludicidade no auxílio ao aprendizado da matemática torna-se


essencial, onde Modesto e Rubio (2014) discorrem:

O aspecto lúdico torna-se importante instrumento na mediação do processo de


aprendizagem, principalmente das crianças, pois elas vivem num universo de
encantamento, fantasia e sonhos onde o faz de conta e realidade se mistura,
favorecendo o uso do pensamento, a concentração, o desenvolvimento social,
pessoal e cultural, facilitando o processo de construção do pensamento (MODESTO
& RUBIO, 2014).

Assim, nota-se que a abordagem lúdica facilita o aprendizado do aluno de maneira


acessível e com maior receptividade. Contudo, grande parte dos professores contemporâneos
busca por uma metodologia simplificada, que frequentemente revela sua ineficácia, resultando
em um ensino mecanizado (FREIRE, 1996).

O ensino da matemática na Educação Infantil é de grande importância para toda a


vida escolar e no dia a dia, por isso deve ser trabalhada em geral, deve abranger diversidade
de ideias e não apenas de forma mecânica, inserindo também um contexto que esteja
relacionado no dia a dia das crianças (SMOLE, DINIZ, CANDIDO, 2000, p. 9).

[...] O conhecimento matemático não se constitui em um conjunto de fatos a serem


memorizados; que aprender números é mais do que contar, muito embora a
contagem seja importante para a compreensão do conceito de números; que as ideias
matemáticas que as crianças aprendem na Educação Infantil serão de grande em toda
vida escolar e cotidiana (SMOLE, DINIZ, CANDIDO, 2000, p. 9).

De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL,


1998), a Educação Infantil é a etapa escolar inicial, em que o aluno traz seus conceitos e
vivências de casa e dos lugares por que passa. Assim, o educador deve conhecer o perfil de
cada criança para construir as atividades adequadas. A sala de aula deve ser um lugar de
exploração das informações da realidade que cerca os alunos. O educador precisa estar
sempre preocupado em despertar nas crianças a curiosidade e o interesse pela interpretação
das atividades que são propostas na sala de aula.
O papel do educador é essencial nesse processo, pois, além de deixar a criança
livre para manusear e experimentar os materiais, observar os acontecimentos, deve, também,
propor problemas reais a serem resolvidos de forma a criar uma situação de aprendizagem
significativa. “Portanto, o trabalho com a matemática pode contribuir para a formação de
cidadãos autônomos, capazes de pensar por conta própria, sabendo resolver problemas”
(BRASIL, 1998, p. 207).

A aquisição de conhecimento da criança tem o seu tempo, em cada fase de


progresso, tem seu intervalo. O professor deve acompanhar o progresso e o crescimento das
crianças nessas etapas, sobretudo quando elas estão na educação infantil, onde elas estão
obtendo o conhecimento.

Nesta segmentação, os autores Spodek e Saracho (1998), mencionam que a


matemática é uma forma de estruturação e organização do conhecimento, desenvolvendo o
seu raciocínio lógico. Os métodos requerem o conhecimento de meio matemáticos, ou de
como adotar o conhecimento teórico. Portanto as crianças em sua fase de desenvolvimento
precisam aprender esses dois tipos de conhecimento ao adquirir conhecimentos matemáticos.
Ensinar somente o conceito não é viável, mas é preciso ensinar de maneira que venha utiliza-
los em situações problemas diários.

A Educação Infantil também é importante para a criança desenvolver sua


autonomia, a capacidade de se autogerir, de aprender por si mesma e isso está presente na
matemática. O conhecimento matemático (assim como outros) não se transfere e nem se
transmite; ninguém substitui a pessoa na construção do seu conhecimento, mas o professor
continua a ser importante e sempre será se conseguir organizar e desenvolver o processo
educativo de modo que as crianças se apropriem do conhecimento e se desenvolvam
plenamente, num esforço próprio de estabelecer relações (BRASIL, 1998).

Com crianças, aprender matemática é um processo continuo em que a


aprendizagem ocorre com a observação, experiências e ações sobre a interação e comunicação
com o meio que o cerca.

Assim, através do trabalho com os contos em geral o uso de textos impressos,


livros didáticos e revistas de histórias em quadrinhos, para que os alunos conheçam sua
estrutura e planejamento. Recriar textos com base em outros já estudados usando folhas de
papel A4, cartolina, desenhos, papel EVA, papel camurça, pincéis, lápis de cor, borracha e
cola, para que os alunos tenham uma compreensão dinâmica e divertida do que está sendo
trabalhado, tendo a oportunidade de entendê-los, estudá-los e recriá-los à sua imaginação
(BETTELHEIM, 1979).

O trabalho com jogos e brincadeiras são voltados para o remodelamento do


aprendizado da disciplina de matemática, para que se torne mais simples e compreensível aos
alunos de forma a amplificar seu espaço de aprendizado, sua individualidade e socialização
exterior. Assim, as pesquisas relacionadas aos temas, por diversas fontes, formas e
apresentações, abrem espaço a confiança na hora de se compreende-los, já o uso de jogos
recreativos voltados a competições de conhecimento, gincanas dos números e formas são
tipos diferenciados que influencia o aprendizado (BETTELHEIM, 1979).

Utilização de dinâmica das palavras, usando caixa de papelão, pequenos pedaços


de papel com tipos textuais, palavras relacionadas ao tema estudado e fita crepe.
Desenvolvimento e criação de histórias autorais baseadas na vida pessoal de cada aluno,
discussão e análise dos trabalhos em forma de roda e apresentação individual. Teatralização
das histórias desenvolvidas pelos alunos, aula dramatizada a fim de trabalhar e reconhecer as
individualidades. Uso de mímicas para representar as histórias trabalhadas e recontadas pelos
alunos. Criação de um livreto ilustrado, com gravuras, desenhos e colagens, retratando uma
história autoral ou recontada com base em contos e histórias trabalhadas em sala de aula
(BETTELHEIM, 1979).

Nesse contexto, é crucial considerar o uso da tecnologia como uma estratégia vital
para o aprendizado. Ao observar a situação brasileira, percebe-se um país em expansão
econômica, alinhado com boa parte das nações emergentes. Entretanto, o crescimento
econômico não é o único ponto relevante, especialmente quando se depara com uma carência
significativa no âmbito educacional, base fundamental para a formação dos cidadãos. A
educação brasileira, sobretudo na esfera pública, enfrenta uma série de desafios que resultam
em impactos adversos, como a realidade de professores desmotivados por salários baixos, o
que compromete a qualidade do ensino e os impede de exercer suas funções de maneira
profissional diante das dificuldades encontradas no contexto escolar. (SALLOWICZ, 2013).

Associando os problemas citados ao governo, aparenta-se que os mesmos são


resultados da má administração das políticas públicas, pois há falta de infraestrutura de
qualidade nas escolas, falta de materiais didáticos, falta de professores que tenham interesse
em ensinar e, falta principalmente, do governo enquanto atuante no papel de incentivador, isto
é, o papel daquele que por meio da inserção de novas metodologias dá estímulo aos
educandos e educadores (SALLOWICZ, 2013).

Os descasos vinculados às administrações públicas possuem ainda, entre os


problemas educacionais, a questão da disseminação da cultura digital. Com essa nova
problemática em vista e o fato de viver em um mundo cada vez mais instável no que toca o
surgimento de novas tecnologias, fazem com que ao passar dos dias, seja mais intensa a
realidade de que muitas pessoas não possuem acesso aos mais variados recursos disponíveis
por essas inovações e acabam tornando-se então, cada vez mais excluídas (SALLOWICZ,
2013).

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o acesso à


internet no Brasil cresceu bastante nos últimos anos, mas 53% da população ainda não tem
disponibilidade desse recurso. Assim, embora tal crescimento adquirido, com tais dados
apresentados pelo IBGE, vê-se que a porcentagem de pessoas sem acesso à internet ainda se
faz significante e, no que toca ao desenvolvimento do país, representa uma maioria da
sociedade que se faz minoria dentro do campo de participação social (BRASIL, 2013).

Com isso, ao associar a Inclusão Digital à Inclusão Social, percebe-se que a


tecnologia não se apresenta ao mundo como meio de identificação social afirmando quem
pertence ou não à determinada classe, mas como o instrumento democrático capaz de dá a
todos a oportunidade de exercer sua cidadania (BRASIL, 2013).

A solução, portanto, encontra-se nos caminhos da educação básica, pois a escola,


por se fazer como instituição de ensino, em sua grade de trabalho também deveria ter inserido
a educação digital, e, enquanto ferramenta de acesso ao conhecimento poderia contribuir
muito para sanar os problemas sociais e diminuir a parte da população que não possui acesso
às TIC's (Tecnologias de Informação e Comunicação) (BRASIL, 2013).

Com os novos modelos de aprendizagem inseridos através da ascendente


globalização da última década, vem cada vez mais se tornando um auxílio ao
desenvolvimento do estudo em diversas modalidades, onde a tecnologia, por um lado,
incentiva ativamente a educação como algo primordial, com suas imensas possibilidades, mas
por outro lado, diz respeito a uma estagnação na educação de alunos, diminuindo seu
rendimento escolar e dificultando o raciocínio em muitas tarefas (OLIVEIRA, MOURA,
2015, p. 75).
Assim, os estilos de aprendizagem e metodologias ativas vêm sido pensadas como
um incentivo ao processo de ensino e aprendizagem, onde o professor tem a oportunidade de
ensinar aos alunos de formas cada vez mais dinâmicas e lúdicas, promovendo uma
aprendizagem ativa e mais efetiva. Com isso, existe uma gama de novas tecnologias que por
infinitas possibilidades promovem um auxílio à educação, desde formas básicas, com o intuito
de promover a ilustração de algo ou algum conteúdo à interatividade com os alunos, que os
incentivam a gostar mais das aulas e matérias trabalhadas dentro e forma da sala de aula
(OLIVEIRA, MOURA, 2015, p. 75).

Entretanto, a pouca efetividade destas tecnologias e metodologias ativas ao


aprendizado dá-se por diversos motivos, alguns deles são o incentivo governamental, que por
sua vez é pensado em pequena escala, onde a maioria dos alunos não tem a oportunidade de
utilizá-los, visto que muitas vezes são extraviados ou desviados antes de chegar aos alunos.
Outro fator é a falta de capacitação dos professores para a utilização destas tecnologias para
lecionar aos alunos, onde a maioria dos professores que atuam, principalmente na rede pública
de ensino, possuem muitos anos de serviço e pouco interesse em capacitação para tais
ferramentas, outra perspectiva é a falta de interesse destes profissionais, que possuem as
novas ferramentas de ensino e não querem aprender a utilizá-las da forma correta, com suas
funcionalidades e aplicativos que poderiam ser grandes aliados ao ensino (OLIVEIRA,
MOURA, 2015, p. 80).

Por outro lado há aqueles alunos que possuem as novas tecnologias e as utilizam
de maneira errônea, sendo no manuseio incorreto dos aparelhos ou na estagnação a sua
utilização, por exemplo, quando um aluno estuda cálculos para uma aula de matemática ele
deve racionar para compreender a tabuada e realizar os exercícios de maneira correta e eficaz,
porém com o uso da calculadora ou de aplicativos que o auxilie ele acaba diminuindo muito
seu nível de raciocínio na realização desta tarefa, onde seu rendimento acadêmico em uma
prova ou futuramente em um concurso, sem o auxílio destas ferramentas, ele provavelmente,
se sairá mal, visto que não tinha a prática de raciocínio adequada para se sair bem nesta prova
(OLIVEIRA, MOURA, 2015, p. 80).

Ainda existem outras diversas situações que a tecnologia pode comprometer o


desenvolvimento dos alunos, como a leitura prolongada em tablets, smartphones, notebooks
ou computadores, que comprovadamente prejudica a visão das pessoas, assim como o uso de
redes sociais para difamação ou bullying (OLIVEIRA, MOURA, 2015, p. 83).
Posto isso, resta aos educadores estarem sempre se adequando e
profissionalizando para as novas tecnologias, onde possam desenvolver aulas que promovam
a interatividade de forma diversificada, para que os alunos compreendam melhor como devem
ser utilizadas as tecnologias na escola, onde através da correta utilização destas ferramentas
sejam desenvolvidos conteúdos mais prazerosos e mais eficazes a um ensino de qualidade,
usando-se slides, vídeos, animações em 3D ou 4D, músicas, amostras de arte, desenhos, entre
outros, que mostrem a sua funcionalidade da melhor forma (OLIVEIRA, MOURA, 2015, p.
84).

Diante disso, o papel do professor na dificuldade de aprendizado torna-se


primordial, visto que os aspectos envolvidos no processo de aprendizagem permeiam diversas
formas de comunicação e aprendizado, levando em consideração tais assuntos, pode-se
perceber que a educação é um grande desafio aos profissionais da educação, que necessitam
se profissionalizar tanto em graduações, pós-graduações, mestrados, doutorados, quanto na
compreensão do indivíduo como ser social e mutável, pois lidar com cada um de seus alunos,
com características diferentes, personalidades diferentes e principalmente, realidades
diferentes, não algo fácil (FIALHO, HETKOWSKI, 2017).

Posto isso, analisando o papel do professor no processo de aprendizado, vê-se que


seus conhecimentos são extremamente necessários, suas vivências acadêmicas, técnicas de
ensino e também de aprendizagem, mas, não apenas tais fundamentos permitem que o aluno
possa aprender, pois cabe isso a seu querer, suas possibilidades, onde o convívio social conta
como um forte aspecto. Assim, cabe ao professor ser não apenas uma ferramenta de
aprendizado, mas uma forma de apoio e principalmente compreensão de seus alunos, para que
sejam estabelecidos, ao menos, vínculos de respeito e confiança. Isso mostra que o
profissional não deve ser apenas uma coisa, com uma formação ou um pensamento, mas que
seja como uma argila, aberto a ser moldado ao longo do tempo (FIALHO, HETKOWSKI,
2017).

Portanto, é crucial não apenas realizar uma avaliação mais abrangente dos alunos,
mas também promover uma comunicação mais efetiva entre todas as partes envolvidas. Isso
implica no desenvolvimento de aulas mais dinâmicas, que proporcionem aos estudantes a
oportunidade de expressar-se e interagir. Mesmo na ausência desse diálogo, os professores
devem empenhar-se em abordar o processo de ensino-aprendizagem com mais humanidade e
diversidade, oferecendo esperança aos alunos que enfrentam dificuldades. A prioridade não é
comparar ou hierarquizar as dificuldades individuais, mas sim estabelecer igualdade, empatia
e uma comunicação eficaz para atender às necessidades de cada um.

Ao analisar e estruturar o trabalho, fica evidente a importância de diversificar o


processo de ensino e aprendizagem. Essa abordagem permite que os alunos absorvam
conhecimento de maneira mais abrangente, interessante e dinâmica, não apenas focando na
quantidade de conteúdo, mas sim na interpretação, diálogo e crítica desse conhecimento para
um desenvolvimento mais profundo na mente do aluno.

Nesse contexto, destaca-se a relevância de valorizar a disciplina de matemática. Sua


prática proporciona aos alunos uma compreensão organizada do mundo, estimulando o
raciocínio lógico por meio da análise e interpretação de atividades. Isso amplia sua base
metodológica, resultando em um aprendizado mais célere.

Além disso, o estudo ressalta a importância de compreender as necessidades


individuais dos alunos, não apenas daqueles com deficiências físicas, mas de todos,
reconhecendo que cada um é especial à sua maneira. Isso destaca a importância de um
trabalho inclusivo, oferecendo atividades recreativas, motoras e dinâmicas para estimular a
cooperação, interação e promover o desenvolvimento mental, motor e social de todos os
estudantes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi possível perceber que a capacitação dos professores da educação básica na


área da inclusão é extremamente necessária, devido o reconhecimento de que os alunos que
possuem algum tipo de deficiência necessitam de compreensão de sua história,
reconhecimento de suas limitações e particularidades, a fim de inclui-los no método
pedagógico de modo a não os deixar com sentimento de exclusão. Dessa forma, o professor
deve saber suprir as necessidades de seus alunos, e oferecer aulas interativas e lúdicas, para
que assim possa alcançar seu objetivo, de desenvolver e aprimorar os aspectos, físico motores,
sociais, de cidadania, inclusão e respeito de seus alunos, sejam eles portadores de
necessidades especiais ou não, através da utilização da matemática como ferramenta de
aprimoramento dos estudos.

A dinamização de estratégias de ensino e aprendizagem na educação infantil


revela-se como um elemento fundamental para o desenvolvimento cognitivo e emocional das
crianças, especialmente no contexto da matemática. Ao adotar abordagens lúdicas, interativas
e diversificadas, os educadores têm a oportunidade não apenas de transmitir conceitos
matemáticos, mas também de cultivar um ambiente de descoberta e exploração para os
pequenos aprendizes. Essa abordagem não só estimula o raciocínio lógico, a resolução de
problemas e a criatividade desde cedo, mas também incentiva o prazer pela matemática.
Através da dinamização dessas estratégias, a matemática deixa de ser um mero conjunto de
números e se transforma em uma linguagem universal, acessível e fascinante para as crianças,
estabelecendo as bases sólidas para um aprendizado contínuo ao longo de suas jornadas
educacionais.
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