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APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA: OBSTÁCULOS E FATORES

AUXILIADORES
GUIMARÃES PIMENTEL, Hugo
SCHILLING
FUCK , Rafael

Resumo
A pesquisa aborda o desafio de tornar a matemática um campo de
conhecimento mais acessível e significativo para os estudantes. Para embasar
essa análise, foram utilizados estudos presentes na literatura acadêmica que
discutem metodologias de ensino, estratégias didáticas e as relações entre
ensino e aprendizagem em matemática. Metodologicamente, esta revisão
bibliográfica adotou uma abordagem qualitativa, centrada em publicações
científicas, livros e artigos que tratam de práticas pedagógicas inovadoras no
ensino da matemática. Os resultados evidenciam que professores que adotam
práticas pedagógicas diferenciadas, como a aprendizagem baseada em
projetos, jogos matemáticos, resolução de problemas do cotidiano e uso de
tecnologias educacionais, conseguem despertar maior interesse e
compreensão dos alunos. Além disso, foi possível identificar que a abordagem
construtivista e a contextualização dos conteúdos matemáticos se mostram
como eficazes estratégias para uma aprendizagem significativa. Conclui-se
que, ao descomplicar a matemática por meio de práticas inovadoras, é possível
transformar a percepção dos alunos, tornando-os mais engajados e confiantes
em sua capacidade de aprender e aplicar conceitos matemáticos em diferentes
situações.

Palavras-chave: Práticas Pedagógicas; Matemática; Ensino; Engajamento


Estudantil.

1.INTRODUÇÃO
A matemática, frequentemente, é percebida por muitos alunos como
uma disciplina complexa e desafiadora. Essa concepção pode ser originada por
experiências educacionais anteriores negativas ou pela maneira tradicionalista
de ensino que, muitas vezes, prioriza a memorização em detrimento da
compreensão. No entanto, o cenário educacional contemporâneo tem
experimentado transformações significativas em relação ao ensino da
matemática, com a emergência do conceito de "Matemática Descomplicada".
Este novo enfoque visa simplificar a aprendizagem, tornando-a mais
contextualizada e significativa para os estudantes.
Professores desempenham um papel fundamental nessa transformação.
Ao adotar práticas pedagógicas inovadoras, esses educadores buscam trazer
para o ambiente de sala de aula metodologias que vão além do ensino
convencional. Por meio de abordagens lúdicas, tecnológicas e interativas, a
matemática é apresentada de maneira mais palpável, relacionando-a com
situações cotidianas e, assim, facilitando a internalização dos conceitos por
parte dos alunos. A inserção de tecnologias educacionais, jogos digitais e
outras ferramentas interativas tem mostrado resultados positivos no
engajamento dos estudantes com a matemática. Além disso, aulas práticas,
onde os conceitos matemáticos são aplicados em situações reais, têm
demonstrado ser eficazes na consolidação do aprendizado, tornando a
matemática mais acessível e menos intimidadora.
A contextualização também é uma forte aliada nesse processo. Ao
entender como a matemática se aplica no mundo real, os alunos conseguem
perceber sua relevância e utilidade, o que naturalmente aumenta seu interesse
e motivação para aprender. Essa abordagem ajuda a desmistificar a ideia de
que a matemática é apenas um conjunto de fórmulas desconectadas da
realidade. Outro aspecto crucial é a formação continuada dos professores.
Para que sejam capazes de implementar práticas pedagógicas inovadoras, é
essencial que estejam em constante atualização, participando de cursos,
workshops e outros espaços de aprendizagem. A capacitação docente é a
chave para garantir que as novas metodologias sejam aplicadas de maneira
eficaz e transformadora. Nesse cenário, o problema de pesquisa adotado no
presente trabalho foi: quais são as estratégias e práticas pedagógicas
inovadoras adotadas por professores para descomplicar o ensino da
matemática e potencializar a aprendizagem dos alunos?
O objetivo geral de pesquisa é investigar e analisar as práticas
pedagógicas inovadoras utilizadas por professores no ensino da matemática
com o propósito de simplificar o conteúdo e otimizar a aprendizagem dos
alunos. Enquanto isso, os objetivos específicos consistem em:
 Mapear e sintetizar as principais publicações científicas que abordam
práticas pedagógicas inovadoras no ensino da matemática voltadas à
simplificação do conteúdo e melhoria do aprendizado.
 Identificar os métodos e estratégias pedagógicas mais frequentemente
citados na literatura que contribuem para a descomplicação do ensino
matemático e avaliar sua eficácia na promoção do entendimento dos
alunos.
 Compreender, a partir da literatura, os desafios e barreiras enfrentados
pelos professores ao implementar práticas pedagógicas inovadoras em
matemática e as soluções propostas para superá-los.

O ensino de matemática historicamente tem sido considerado por muitos


estudantes como uma das disciplinas mais desafiadoras e complexas do
currículo escolar. Entender os conceitos matemáticos e aplicá-los em diferentes
contextos requer um raciocínio lógico e abstrato que, por vezes, não é
facilmente assimilado por todos. Nesse sentido, a necessidade de buscar
práticas pedagógicas inovadoras que possam tornar o ensino da matemática
mais acessível e menos intimidador torna-se fundamental, uma vez que o
domínio dessa disciplina é essencial não apenas para o avanço acadêmico,
mas também para a aplicação em diversos contextos da vida cotidiana.
Professores que inovam em suas metodologias e buscam descomplicar
o aprendizado da matemática estão contribuindo significativamente para a
formação de cidadãos mais preparados para enfrentar os desafios da
sociedade contemporânea. Além disso, ao tornar a matemática mais palatável,
reduz-se a ansiedade e o medo muitas vezes associados a essa disciplina,
fatores que, em muitos casos, levam ao desinteresse e à evasão escolar.
Assim, investigar e compreender as estratégias adotadas por esses
educadores pode fornecer insights valiosos para outros profissionais da área e
para instituições de ensino que buscam constantemente aprimorar suas
práticas pedagógicas.
Dada à importância da matemática na formação integral dos indivíduos e
sua aplicabilidade em diversas áreas do conhecimento, pesquisas que se
dedicam a entender e promover práticas pedagógicas inovadoras na disciplina
são de fundamental importância. Tal investigação não apenas reconhece e
valoriza o trabalho dos professores que se destacam em suas abordagens
didáticas, mas também serve como uma fonte de inspiração e referência para
outros educadores e sistemas de ensino que buscam melhorar continuamente
a qualidade e a eficácia do ensino de matemática.

2. O ENSINO DA MATEMÁTICA

A transmissão do legado histórico-cultural de uma nação promove a


valorização da mesma, principalmente quando realizada em ambiente escolar,
onde os indivíduos estão em pleno processo de formação, conhecimento da
sociedade e desenvolvendo suas próprias ideologias e posicionamentos. Não
passar esse tesouro para as próximas gerações faz com que estas sejam
obrigadas a desenvolverem novas vertentes culturais e acabem por renegar a
história e sua formação, de modo que haja uma crescente desvalorização e
relativização do espaço educacional, da cultura e da história de todos os povos.
Tendo como base os pensamentos de Hannah Arendt (2016), todas as
pessoas nascem para o mundo, ou seja, devem ser preparadas para
sobreviverem de acordo com as condições impostas. Fazendo uma associação
entre a educação e a natalidade, a autora coloca que: “a essência da educação
é a natalidade, o fato de que seres nascem para o mundo”. Sendo assim, ao
contrário do que muitos pensam, Arendt não é uma crítica daquilo que é novo,
pelo contrário, acredita e enfatiza que cada nascimento deve significar um novo
ciclo, porém defende que todo o legado histórico-cultural daquela nação deve
ser passado para esse novo ser, como um presente e uma forma de instruí-lo a
viver no mundo.
Arendt (2016) define o importante papel que a escola tem: orientar,
formar e transmitir conhecimentos para aqueles que vão formar um novo
mundo, em um novo ciclo através de uma nova geração. Mas, o sucesso dessa
geração depende diretamente do que será feito com o legado histórico-cultural
aprendido, ou seja, se haverá ou não o pleno aproveitamento dos
ensinamentos deixados pelos povos anteriores.
Outro ponto importante de ser ressaltado sobre a visão de Hannah
Arendt é o conceito de “mundo” utilizado pela escritora. Quando se refere a
mundo, Arendt (2016) não está falando das dimensões terrestres das quais
estamos acostumados. Esse conceito é empregado no sentido dos campos de
ideias políticas, econômicas e ideológicas que fazem parte das estruturas
sociais contemporâneas. Sendo assim, quando coloca que as crianças devem
ser ensinadas para o mundo, a autora quer dizer que devem ser instruídas
sobre todas as esferas sociais e não apenas acadêmicas, justificando a
importância da transmissão do legado histórico-cultural.
A autora problematiza também que esse mundo, ou seja, as estruturas e
esferas sociais, são espaços onde prevalecem a vós ativa dos homens. Sendo
assim, as crianças são vistas apenas como projetos que precisam ser
moldados e finalizados, como produtos em uma fábrica. Porém, não é esse o
papel da educação e não devem ser isso que a escola deve fazer pelos alunos.
A educação é um processo de transformação, transmissão e desenvolvimento
dos novos agentes do mundo, de modo que a cada geração deve ser
reformulada para atender as novas demandas que surgem, sempre tendo
como base o legado deixado pelas gerações anteriores.
Em suas análises sobre a crise pela qual o sistema educacional vem
passando, Arendt (2016) desenvolveu relações entre a forma instável que as
crianças são tratadas pelos adultos e a dificuldade que existe em desenvolver
metodologias de educação eficazes em um mundo dominado pelas ideologias
de consumo e a idolatraria por realizar ações, principalmente no trabalho, sem
ao menos ter uma noção concreta e uma boa crítica sobre as ações que estão
realizando.
Almeida (2009) contribui para discussão lembrando que essas
tendências de consumo disparado são mundiais. Ou seja, são capazes de
afetar toda a esfera social e as estruturas das quais se tem conhecimento,
logo, o que Arendt define como “mundo” se torna ainda mais complicado e se
coloca em uma posição desfavorável a evolução da educação, sua melhora e a
transmissão correta do legado histórico-cultural que é chamado pela autora de
tesouro. Logo, o esforço para o desenvolvimento e implementação de
metodologias de ensino mais eficazes e que elevem a qualidade do processo
de ensino e aprendizagem, deve ser conjunto e contar com o poder público,
responsáveis legais, pais, equipe docente e a comunidade como um todo.
Sobretudo quando essa discussão se volta para a Matemática, disciplina que
historicamente é fonte de grandes dúvidas para os alunos.
A matemática é milenar e surge da necessidade humana de contar,
subtrair, dividir e multiplicar. Porém, ao longo da história da vida humana na
Terra, a matemática foi fundamental para que houvesse uma grande evolução
através das invenções como calendário, relógio, hábito de medir distâncias,
invenção do comércio e instauração do sistema de moedas e tantos outros.
Boyer e Merzbach (2019) pontuam que a história da matemática surge
da necessidade de quantificar. Não apenas itens, como pessoas e até mesmo
o tempo. Passando para o contexto atual, a matemática já se encontra muito
mais completa e evoluída, deixando de ser um conhecimento de um grupo
pequeno e seleto de pessoas para ser uma das matérias mais cobradas
academicamente. Para Pontes (2019) a problemática que envolve a
matemática dentro das salas de aula não está no fato de que os alunos não
são capazes de realizar contas, mas a grande dificuldade encontrada é de
saber interpretar o que as situações-problema estão pedindo.
Ou seja, para o autor é mais fácil fazer com que o aluno aprenda as
contas que precisam ser feitas em cada matéria do que ensinar os mesmos a
descobrir o que as questões estão pedindo. Sendo assim, as metodologias de
ensino-aprendizagem tradicionais – na maioria dos casos – pode até ser eficaz
nessa etapa, mas deixa muito a desejar quando é preciso ensinar o aluno a
interpretar a linguagem da matemática.
Apesar de a matemática ser considerada uma matéria que só lida com
números, a mesma exige do aluno uma leitura crítica e embasada pelos
conhecimentos que já possui sobre os assuntos abordados pelas questões,
para que só assim o mesmo consiga escolher e realizar a conta certa que
resulta na resposta (PONTES, 2019).
O raciocínio lógico também é uma das partes mais importantes do
ensino da matemática, não apenas porque o aluno irá usar essa matéria em
diversas provas e concursos que fizer, mas também porque pode usar essa
lógica para resolver diversas situações com as quais vai se deparar durante a
sua vida dentro e fora da escola. É preciso que o profissional educador deixe
sempre bem claro essa realidade para seus alunos: mesmo que não haja
simpatia, a matemática estará presente em todas as fases da vida deles.
Segundo Da Costa e De Oliveira (2020), a matemática pode ter um
efeito muito positivo para os alunos, por ser uma matéria com respostas
exatas, causa sensação de capacidade e autossuficiência para aqueles que
conseguem resolver as questões. É exatamente por esse fato que se
recomenda que os conteúdos iniciem daqueles que são considerados mais
fáceis, para os mais difíceis. Dessa forma, o aluno se sente motivado e
consegue visualizar sua evolução na matéria.
Por outro lado, o inverso também ocorre e prejudica o desenvolvimento
de muitos alunos. O grande motivo disso é o acúmulo de dúvidas e de
conteúdos não plenamente compreendidos em anos anteriores. Ou seja, o
aluno avança de série sem compreender todas as etapas de cada um dos
conteúdos, e no futuro isso o impossibilita de progredir no aprendizado de
conteúdos mais difíceis e complexos (DA COSTA; DE OLIVEIRA, 2020).
É preciso que o profissional educador realize uma intervenção nessa
realidade tão frequente nas salas de aula, principalmente nas séries que
compreendem o ensino médio, já que o próximo passo são os tão temidos
vestibulares. Provas de nivelamento para que seja avaliado o nível de
conhecimento dos alunos no que se refere a conteúdos do ensino fundamental
I e II são uma ótima opção para que essa defasagem seja identificada e
solucionada.
O grande foco da matemática nas séries final da educação básica é
preparar esse aluno para ser capaz de resolver questões e problemas
matemáticos com nível médio, ou seja, que envolvam todo e qualquer conteúdo
que foi ensinado durante a escola. Mas, além disso, continua sendo
responsabilidade da escola e dos profissionais educadores formarem jovens
prontos para viver em sociedade.
Saito (2016) levanta em seus estudos os motivos pelos quais o ensino
durante o Ensino Médio não costuma ser o necessário para que o aluno tenha
condições de passar nos vestibulares nacionais. Para o autor, um dos grandes
problemas enfrentados pelos professores se dá pelo fato da defasagem dos
conteúdos ensinados durante o Ensino Fundamental I e II ser significativa. Ou
seja, no cenário educacional brasileiro é comum que os alunos cheguem aos
últimos anos escolares sem possuírem o conhecimento necessário para tal.
O autor salienta ainda que os problemas enfrentados pelos professores
e alunos são de natureza estrutural. Isso porque, a estrutura utilizada nas
escolas brasileiras é ultrapassada e ineficiente para suprir as necessidades dos
alunos do século XXI. Logo, a tendência é que esses problemas passem a irem
se acumulando com o passar dos anos escolares e acabem por formar um
sistema problemático e complexo na última fase que compreende o ensino
básico.
Porém, não se pode anular o fato de que muitas foram às mudanças já
executadas na forma como se são passados os conhecimentos relacionados à
matéria da Matemática. Essas mudanças, no entanto, costumam ser na
estrutura educacional geral do país e não possui como foco apenas uma área.
Para que a matemática seja compreendida e aplicada, é importante que os
alunos tenham o desenvolvimento cognitivo necessário para absorver tais
conteúdos. Desse modo, toda a vida escolar do aluno até os anos do ensino
médio, bem como o contexto social em que ele está inserido são fatores que
interferem nesse desenvolvimento e no processo de ensino-aprendizagem da
matemática no Ensino Médio (SILVA et al., 2020).
Com o avanço das pesquisas de natureza psicológica e social envolta
dos assuntos que envolvem a educação brasileira, muitos são os especialistas
que defendem uma reforma geral no sistema de ensino-aprendizagem adotado
até os dias de hoje. Bulcão (2020) coloca em seus estudos que o sistema de
ensino-aprendizagem utilizado nos dias de hoje, é baseado em ações que
possuem como objetivo que o aluno decore todo o conteúdo passado em sala
de aula. Para o autor, tal método faz com que os alunos se sintam entediados e
parem de ver sentido naquilo que estão estudando.
Para o autor, é preciso que se elimine a ideia de que a matemática vai
ser ensinada e usada somente para realizar as provas. Ou seja, é preciso que
o aluno entenda a grandeza da área da matemática e obtenha uma visão
crítica que o possibilite de perceber a matemática em diversos momentos ao
longo da vida. A pressão imposta sobre o aluno, utilizando quase que como
forma de ameaça a possibilidade de reprovação, não são as técnicas mais
recomendadas pelos especialistas e não apresentam resultados
verdadeiramente satisfatórios em longo prazo.
2.1 Práticas Pedagógicas Inovadoras em Matemática

Ao longo dos anos, o ensino da matemática passou por uma série de


transformações, acompanhando não apenas a evolução dos paradigmas
educacionais, mas também as mudanças sociais e tecnológicas. Dentre as
múltiplas abordagens surgidas, destacam-se as práticas pedagógicas
inovadoras, que buscam tornar o processo de aprendizagem mais dinâmico,
atrativo e significativo para os alunos. Essas estratégias se distanciam das
tradicionais aulas expositivas, propondo métodos que engajem os estudantes,
tornando-os protagonistas de sua própria formação. O ensino lúdico é um
desses métodos inovadores que tem ganhado espaço nas salas de aula.
Fundamentado na ideia de que o jogo é uma linguagem universalmente
compreendida, professores têm utilizado jogos, brincadeiras e atividades
práticas para explorar conceitos matemáticos (FROZZA et al., 2020). Além de
tornar o aprendizado mais prazeroso, essa abordagem favorece a
internalização dos conceitos, uma vez que o aluno vivencia, de forma prática, o
conteúdo abordado.
Outra abordagem que tem se mostrado promissora é o uso da
tecnologia. Softwares educativos, aplicativos e plataformas online oferecem
uma variedade de recursos interativos que possibilitam a exploração de
conceitos matemáticos de maneira mais visual e interativa. Estes recursos,
quando bem aplicados, conseguem captar a atenção dos alunos, fazendo com
que eles se engajem mais profundamente nas atividades propostas, e
consequentemente, compreendam melhor os temas abordados (FROZZA et
al., 2020).
O aprendizado baseado em projetos é outra estratégia inovadora que
vem ganhando destaque no ensino da matemática. Nesta metodologia, os
alunos são incentivados a resolver problemas reais, desenvolvendo projetos
que integram diversos conceitos matemáticos. Ao trabalhar com situações
práticas e contextualizadas, os estudantes conseguem perceber a relevância
da matemática em suas vidas, o que motiva seu envolvimento e interesse pelo
assunto. Não obstante, é válido mencionar que a implementação dessas
práticas inovadoras exige uma mudança na postura do educador. O professor
deixa de ser o detentor único do conhecimento e passa a atuar como mediador,
guiando os alunos em sua jornada de descoberta (LIMA et al., 2022). Este novo
papel demanda uma formação contínua e atualizada, para que o docente
esteja apto a utilizar as novas ferramentas e metodologias disponíveis.
Além disso, cabe ressaltar que a eficácia de tais práticas não se dá de
forma isolada, mas sim em conjunto com uma proposta pedagógica bem
estruturada. A clareza dos objetivos de aprendizagem, a seleção adequada de
recursos e a avaliação contínua do processo são fundamentais para garantir
que as inovações pedagógicas realmente contribuam para a formação integral
dos alunos. No entanto, quando bem aplicadas, as práticas pedagógicas
inovadoras têm o poder de transformar a relação dos estudantes com a
matemática. Ao tornar o aprendizado mais atrativo e contextualizado, os alunos
passam a enxergar a disciplina não como um conjunto de fórmulas abstratas,
mas como uma ferramenta poderosa para compreender e interagir com o
mundo ao seu redor. Este novo olhar sobre a matemática é essencial em uma
sociedade cada vez mais pautada pela ciência, tecnologia, engenharia e
matemática (LIMA et al., 2022). A capacidade de pensar criticamente, resolver
problemas e compreender conceitos matemáticos é fundamental para a
formação de cidadãos capazes de enfrentar os desafios do século XXI.
Dessa forma, é imperativo que as instituições de ensino reconheçam a
importância de investir em práticas pedagógicas inovadoras. Seja através da
formação continuada de professores, da aquisição de recursos tecnológicos ou
da revisão de currículos, é fundamental que a educação matemática esteja
alinhada com as demandas e desafios contemporâneos. As práticas
pedagógicas inovadoras representam um caminho promissor para o ensino da
matemática (VENTURA; GOMES, 2021). Ao tornar o aprendizado mais
significativo, contextualizado e atrativo, tais estratégias têm o potencial de
formar alunos mais engajados, críticos e preparados para os desafios do futuro.

2.2 O uso e suas motivações: Khan Academy


Salman Khan fundou a empresa Khan Academy para ajudar seu primo
a entender o conteúdo de Matemática. No entanto, havia um problema
significativo: NYC e Boston estão separados por centenas de quilômetros.
Para resolver esse problema, Salman elaborou um plano que envolvia uma
gravação de vídeo e postagem no YouTube. Isso levou à criação de vários
vídeos educativos que ajudaram muitas outras pessoas — até mesmo
pessoas geograficamente distantes umas das outras. Em 2011, Khan
desenvolveu a plataforma Khan Academy de uma forma que emprestou
tecnologias da cultura local. Isso incluiu o emprego de ferramentas digitais
para registrar o progresso do aluno e criar exercícios com base nessas
tecnologias. Khan viu isso como uma forma de usar a plataforma na sala de
aula como um método para ajudar os professores a entender os desafios e
pontos fortes de aprendizagem específicos de cada aluno em aulas
específicas (DA SILVA; COUTINHO, 2020).
O KA é uma plataforma online gratuita que oferece videoaulas e
exercícios intuitivos que ajudam os usuários a aprender matemática de forma
personalizada. É uma organização americana não governamental e sem fins
lucrativos que fornece educação para qualquer pessoa e em qualquer lugar
do mundo. Seu principal objetivo é o mesmo da missão de seu fundador:
oferecer uma educação internacional gratuita para todos. A plataforma de
Khan foi atualizada em agosto de 2013 para incluir novos recursos. A
Fundação Lemann, entidade beneficente brasileira, utiliza a KA para ensinar
Matemática. A tradução e adaptação da plataforma para o português para o
sistema educacional brasileiro abriu até 2,6 milhões de alunos para se
matricular e estudar (DA SILVA; COUTINHO, 2020).
Os materiais de aprendizagem da plataforma abrangem assuntos
básicos a avançados, como álgebra, geometria e cálculo. A plataforma KA
utiliza novas tecnologias como internet, câmeras de vídeo e computadores
para atingir seu objetivo. Do ponto de vista filosófico, isso torna a plataforma
mais alinhada com a escola de pensamento construtivista. Por outro lado,
muitos aspectos da plataforma ainda se alinham com os métodos tradicionais
de educação, como livros didáticos e testes. Portanto, a abordagem
educacional da KA pode ser descrita como um híbrido das escolas clássica e
construtivista. Monitorar o progresso ou dificuldade dos alunos é um
componente chave para identificar e remediar assuntos problemáticos. Isso
permite que os professores de matemática usem as ferramentas KA para
determinar as necessidades de seus assuntos e planejar as aulas de acordo.
Isso permite que os recursos tecnológicos da KA funcionem como um recurso
útil para os professores (SILVA; VOELZKE, 2021).
Em ambientes de sala de aula estendida, a plataforma KA permite a
implementação de recursos tecnológicos nas aulas de matemática de forma a
criar um ambiente onde os alunos possam construir o conhecimento
matemático. Os professores atuam como tutores e professores da informação
matemática que está sendo ensinada; eles também atuam como mediadores
e criadores de contexto para a aprendizagem dos alunos. Isso leva a uma
educação mais focada e significativa. Os alunos acessam videoaulas de
Matemática e outras disciplinas por meio de um software que monitora seu
progresso. Este software permite que os professores visualizem o
desempenho dos alunos ao vivo em um formato de videogame. Cada lição faz
parte de um software semelhante a um jogo que os alunos podem seguir em
seu próprio ritmo. Isso o torna diferente das plataformas de aprendizado
convencionais nas quais os alunos aprendem apenas por meio de aulas
estáticas (SILVA; VOELZKE, 2021).
O uso dessa tecnologia ajuda os educadores a entender como
desenvolver novos conhecimentos sobre o ensino. Eles também o usam para
examinar criticamente seus métodos de ensino. Ao incorporar tecnologias
digitais de informação e comunicação nos currículos escolares de
matemática, os educadores podem reconfigurar suas salas de aula em um
ambiente de aprendizagem inspirador e investigativo. Isso incentivará os
alunos a buscar novos conhecimentos e desenvolver suas habilidades
cognitivas tanto pelo professor quanto pelo aluno. A plataforma KA afirma ser
uma ferramenta de ensino excepcional e gratuita. Possui muitos recursos,
como criar aulas online em tempo real, oferecer cursos online, permitir que os
alunos criem seus cursos e ajudar outros usuários a criar os deles (SILVA;
VOELZKE, 2021).
A KA também pode ser aplicada ao ensino à distância, ao ensino misto
ou ao apoio ao ensino presencial. Seus usos vão além do suporte a assuntos
difíceis como a matemática; pode ajudar a tornar essa disciplina mais
dinâmica, interessante e envolvente para os alunos. A KA usa uma forma de
gamificação para melhorar a experiência de aprendizado dos alunos.
Acrescenta emoção e recompensa ao processo de aprendizagem usando a
matemática como pano de fundo. Os alunos são recompensados por concluir
as atividades ditadas pelo professor ou até mesmo por atividades escolhidas
por eles. Essas recompensas podem variar de pontos de energia a prêmios
por realizar determinadas tarefas. A interface de aprendizagem da KA é
altamente adaptável a cada aluno pelo diferencial da plataforma. Isso ocorre
porque ele apresenta uma abordagem semelhante a um jogo, além de muitos
outros elementos de jogo fora dos jogos. A interface também é importante
notar por seu uso de natureza competitiva. Isso ajuda os alunos a aprender
matemática em seu próprio ritmo, onde e quando quiserem (SANTOS;
SOUSA, 2021).
A versatilidade da plataforma a torna adaptável a qualquer aula ou
programa extracurricular. Se os alunos tiverem dificuldade em entender uma
lição ou assunto, eles podem usar essa flexibilidade para interagir com a
plataforma e seus colegas. Além disso, o KA oferece aos alunos opções
alternativas de aprendizado que não são prejudicadas pela falta de recursos
ou por falhas de design de outras salas de aula. Os alunos podem usar a
plataforma para acelerar seus estudos, preencher lacunas educacionais,
praticar disciplinas acadêmicas e muito mais.
Para integrar adequadamente uma lição da Khan Academy em seu
programa educacional, um professor ou tutor deve primeiro navegar pelo
conteúdo da plataforma e escolher um roteiro apropriado para sua matéria.
Isso é feito pesquisando cada classe e elaborando um plano de aula para
atender a programação de cada aluno. A adoção dessa abordagem maximiza
os benefícios educacionais da plataforma para todos os alunos. Os alunos
são testados em suas habilidades atuais antes de acessar o curso pela
primeira vez. Isso ajuda os alunos a entender o que já sabem e o quão bem o
dominam. A plataforma determina as próximas tarefas dos alunos após a
conclusão de uma avaliação preliminar. Suas recomendações levam em
consideração as lições que os alunos já dominam, bem como seu
desempenho geral (SANTOS; SOUSA, 2021).
Os alunos podem ganhar medalhas e insígnias por concluir cada lição,
que podem ser compartilhadas online ou coletadas para exibição. Tutores e
professores podem observar o desenvolvimento do aluno por meio de
observações detalhadas de sua rotina diária, incluindo preferências de
exercícios e vídeos. Por exemplo, um tutor pode perceber quais vídeos o
aluno assistiu e por quanto tempo ele preferiu assisti-los. Eles também podem
observar as áreas em que o aluno teve dificuldade em dominar o novo
material. Um dos maiores benefícios dessa plataforma é sua capacidade de
fornecer suporte para faixas etárias variadas (FERRETE; FERRETE, 2021)
Por exemplo, pode apontar quais são os maiores desafios de uma
pessoa idosa em matemática, bem como seus pontos fortes. Também pode
ajudar adolescentes e adultos em seus processos de aprendizagem
matemática. Ao acessar essas informações, os professores podem fazer
intervenções mais rápidas e precisas com os alunos que precisam de ajuda.
Isso também pode permitir que eles orientassem os alunos que precisam de
mais assistência enquanto orientam outros que têm facilidade de aprender o
material.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após uma análise profunda sobre as práticas pedagógicas inovadoras


empregadas no ensino da matemática, fica evidente o poder transformador
destas abordagens no aprendizado dos alunos. A busca por "descomplicar" a
matemática não é apenas uma tentativa de tornar o conteúdo mais palatável,
mas um esforço genuíno para reconhecer e responder às variadas formas de
aprendizado dos estudantes. A matemática, frequentemente percebida como
uma disciplina árida e desafiadora, pode ser vivenciada de maneira mais
intuitiva, conectada e significativa quando abordada através de métodos
inovadores.
Professores, ao adotarem estratégias lúdicas, tecnológicas e baseadas
em projetos, não apenas facilitam a compreensão dos conceitos matemáticos,
mas também fomentam habilidades cruciais para o século XXI, como o
pensamento crítico, a resolução de problemas e a criatividade. Além disso,
essas práticas inovadoras têm o potencial de reverter a aversão que muitos
alunos sentem em relação à matemática, encorajando uma atitude de
curiosidade e apreço pela disciplina.
No entanto, a implementação bem-sucedida dessas práticas requer mais
do que mero entusiasmo. Exige uma preparação adequada dos educadores,
recursos apropriados e, acima de tudo, uma mentalidade aberta e adaptável,
disposta a experimentar, refletir e ajustar. A resistência a mudanças, seja ela
institucional, por parte dos educadores ou mesmo dos alunos, pode ser um
obstáculo, mas, como demonstrado, não é insuperável.
Em suma, ao explorar o impacto e as possibilidades das práticas
pedagógicas inovadoras no ensino da matemática, esta pesquisa sublinha a
necessidade e a urgência de uma reavaliação das abordagens tradicionais. O
cenário educacional está em constante evolução, e é imperativo que os
métodos de ensino reflitam e se adaptem a essa dinâmica. A "matemática
descomplicada" não é apenas uma meta aspiracional, mas uma realidade
tangível que, com empenho e dedicação, pode ser alcançada, beneficiando
educadores e alunos de maneira profunda e duradoura.

REFERÊNCIAS

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