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1 Utilização das Tendências na Educação Matemática: O passo inicial para uma Formação
Educacional de Qualidade
No decorrer das últimas décadas as universidade brasileiras tem intensificado o
aprimoramento dos cursos atrelados ao âmbito da licenciatura em geral, visando uma
formação de professores cada vez mais capacitados no que diz respeito à melhoria de
qualidade da educação básica nas escolas nacionais.
Nesse contexto, as grades curriculares destas graduações tem recebido a inserção de
um leque de novas disciplinas que enfatizam o panorama didático-pedagógico, objetivando a
oferta de ferramentas e referenciais teóricos que possibilitem aos acadêmicos, além do estudo
específico da sua área, conjecturar conhecimentos e experiências práticas associadas às novas
tendências na educação, para que seja possível qualificar os métodos de ensino-aprendizagem
vigentes em sala de aula.
Desse modo, ao singularizar tal cenário diretamente ao curso de Matemática, vale
salientar que grande parcela dos formandos tem algumas dificuldades nas relações
interpessoais aluno-professor, professor-aluno e no desenvolvimento de um plano de aula que
inclua todos os aspectos e quesitos que possam propiciar aos alunos uma aprendizagem
significativa na fixação de conceitos matemáticos. E devido a isso, deve-se considerar a
matéria de Tendências na Educação Matemática demasiadamente importante para minimizar
e solucionar esta situação.
Partindo deste pressuposto, ao esmiuçar a ementa da mesma, pode-se visualizar e
compreender sobre todas as principais tendências matemáticas que norteiam a comunidade
científica, guiando os professores, desde os recém-formados aos mais experientes, de como
proceder na elaboração de seu modelo de ensino e de suas práticas pedagógicas.
Atualmente o escopo de tendências na educação matemática é composto por cinco
tendências que proporcionam uma metodologia ativa de trabalho que desperta o interesse
dos educandos pelas aulas da disciplina, muitas vezes consideradas estáticas e pragmáticas.
Esta resenha orienta-se nesse sentido, e tem como objetivo principal apresentar dos
cinco métodos e corroborar a importância do estudo destas tendências da educação
matemática na construção, sistematização e contextualização do conhecimento matemático
na formação dos professores críticos e reflexivos.
1.1 Etnomatemática
Esta é uma das tendências mais antigas, surgida na década de 1970, e difundida no
Brasil pelo professor Ubiratan D’Ambrósio, com o intuito de embasar uma série de críticas
sociais ao ensino tradicional da matemática daquela época.
Dessa maneira, a etnomatemática não é considerada uma nova ciência e nem um novo
método de ensino, mas sim uma proposta educacional que aborda as relações interculturais. E
que acabou tornando-se necessária em função da falta de reconhecimento e de relevância da
influência do ambiente cultural de cada aluno na historiografia da matemática, o que
veementemente causa implicações negativas para a educação.
Nesta perspectiva, os povos em suas diferentes culturas detém uma série de maneiras
de trabalharem a matemática, o que torna todos os conhecimentos formados por esses grupos
sociais plausíveis. Por isso, a etnomatemática defende a enfatização de ações pedagógicas
delimitadas a partir do contexto sociocultural de cada educando, enaltecendo assim os
conceitos matemáticos informais conjecturados pelos alunos fora da vivência escolar.
Podendo-se assegurar a existência da matemática vivenciada pelos mais variados nichos, como
por exemplo, dos vendedores de praças públicas, donas de casa, artesanato, costureiras, na
geometria dos pedreiros.
Para tanto, cada situação é completamente distinta, necessitando-se expandir o ideal de
matemática como apenas uma maneira de resolver questões de ordem prática, e é
exatamente essa a principal função da etnomatemática.