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NOME DA INSTITUIÇÃO
NOME DA FACULDADE OU CURSO

TÍTULO DO TRABALHO:
Subtítulo do Trabalho, (se houver – sem negrito)

Nome do aluno

CIDADE-ESTADO
Ano
15

NOME DO ALUNO

TÍTULO DO TRABALHO:
Subtítulo do Trabalho, (se Houver)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como


requisito parcial para a obtenção do título de ....... em
Nome do Curso.

Orientador: Prof. Dr. João Paulo Manfré dos Santos

Cidade-Estado
Ano
16

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................17
2. JUSTIFICATIVA..................................................................................................19
3. OBJETIVOS........................................................................................................19
3.1 GERAL........................................................................................................ 20
3.1 ESPECÍFICOS............................................................................................ 21
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................21
5. METODOLOGIA DA PESQUISA........................................................................25
6. RESULTADOS ESPERADOS............................................................................27
7. CRONOGRAMA.................................................................................................28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................29
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INTRODUÇÃO

As técnicas de investigação criminal desempenham um papel fundamental na


aplicação da lei e na busca da verdade em casos de crimes. Essas técnicas
englobam um conjunto de procedimentos e métodos cuidadosamente planejados e
executados por profissionais da área de investigação criminal, como detetives,
peritos forenses e outros especialistas em segurança pública (ARAS, 2013).
A investigação criminal visa coletar evidências, reunir informações e
reconstruir eventos que levaram à ocorrência de um crime, com o objetivo de
identificar os autores e reunir elementos suficientes para apoiar a acusação em um
tribunal de justiça. Este processo desempenha um papel crucial na garantia da
justiça e na manutenção da ordem pública. Nesta introdução, exploraremos as
principais técnicas de investigação criminal, destacando sua importância na
resolução de casos e na proteção da sociedade (ARAS, 2013).
Coleta de Evidências: A coleta de evidências é um dos pilares fundamentais
da investigação criminal. As evidências podem ser físicas, como impressões digitais,
DNA, armas de fogo, drogas ou objetos relacionados ao crime. Também podem ser
evidências documentais, como registros, documentos financeiros e eletrônicos. A
coleta eficaz de evidências exige habilidades técnicas, como o manuseio adequado
de provas, a preservação da cadeia de custódia e a documentação rigorosa (DE-
LORENZI, 2019).
Entrevistas e Interrogatórios: As entrevistas e interrogatórios desempenham
um papel central na obtenção de informações de testemunhas e suspeitos. Os
investigadores usam técnicas de comunicação e psicologia para obter informações
relevantes e confiáveis. É importante garantir que essas técnicas sejam usadas
dentro dos limites legais e éticos, respeitando os direitos do entrevistado(DE-
LORENZI, 2019).
Análise Forense: A análise forense envolve o uso de métodos científicos para
examinar evidências, como amostras de DNA, impressões digitais, análise de fibras,
balística e exames de toxicologia. Essa abordagem é crucial para estabelecer
conexões entre provas e suspeitos, bem como para determinar a causa da morte em
casos de homicídio(DE-LORENZI, 2019).
Vigilância e Monitoramento: A vigilância e o monitoramento são usados para
observar suspeitos e atividades relacionadas ao crime. Isso pode envolver o uso de
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câmeras de segurança, escutas telefônicas, rastreamento de veículos e outras


técnicas de vigilância eletrônica. No entanto, essas técnicas devem ser usadas com
cuidado e dentro dos limites legais para evitar violações de privacidade
(LEWANDOWSKI, 2018).
Análise de Dados e Tecnologia: A tecnologia desempenha um papel
crescente nas investigações criminais. As agências de aplicação da lei usam
sistemas de gerenciamento de casos, bancos de dados de informações criminais,
análise de dados e técnicas de mineração de dados para identificar padrões,
suspeitos e conexões em casos complexos(LEWANDOWSKI, 2018).
Colaboração Interinstitucional: A colaboração entre diferentes agências de
aplicação da lei, como polícia, promotores, laboratórios forenses e agências
federais, é essencial para o sucesso das investigações criminais. A troca de
informações e a cooperação ajudam a resolver casos de forma mais eficaz e a
abordar ameaças à segurança pública de maneira mais abrangente (LIMA, 2021).
Desafios: Enquanto as técnicas de investigação criminal desempenham um
papel crucial na busca da verdade e na aplicação da lei, elas também enfrentam
vários desafios. Isso inclui questões relacionadas à proteção dos direitos dos
suspeitos, à privacidade das pessoas, ao uso de tecnologia invasiva e ao risco de
erro humano. Além disso, a evolução da tecnologia e a sofisticação dos criminosos
exigem uma constante adaptação e atualização das técnicas de
investigação(LEWANDOWSKI, 2018).
Dessa forma, as técnicas de investigação criminal desempenham um papel
vital na aplicação da lei e na busca da verdade em casos criminais. No entanto, é
crucial que essas técnicas sejam usadas de maneira ética, legal e eficaz para
garantir a justiça e o respeito pelos direitos individuais. O constante desenvolvimento
e aprimoramento dessas técnicas são necessários para enfrentar os desafios em
constante evolução no mundo da criminalidade (LIMA, 2021).
1.1 PROBLEMA
Como as novas tecnologias, como a análise de dados forenses e a
inteligência artificial, estão afetando e moldando as técnicas de investigação criminal
modernas? Quais são os desafios éticos e legais associados ao uso dessas
tecnologias e como a aplicação da lei pode equilibrar eficácia investigativa com
proteção dos direitos individuais e privacidade em um mundo cada vez mais digital?
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JUSTIFICATIVA

O papel fundamental que a aplicação adequada das técnicas de investigação


criminal desempenha na manutenção da ordem e na busca da justiça em uma
sociedade, é um processo complexo que envolve a coleta, análise e interpretação de
evidências para resolver crimes, prender suspeitos e proteger os direitos individuais
e coletivos da sociedade (MARÇAL,2019).

Este artigo busca destacar a importância das técnicas de investigação


criminal na aplicação da lei e na proteção dos cidadãos. Além disso, pretende
analisar as várias metodologias e tecnologias disponíveis para investigadores,
destacando as melhores práticas e desafios enfrentados no campo da investigação
criminal (MARÇAL,2019).

A investigação criminal desempenha um papel crucial na garantia da


segurança pública e na promoção da justiça, e esse artigo pode contribuir para uma
compreensão mais aprofundada de como essas técnicas são aplicadas e evoluem
ao longo do tempo. Falar sobre investigação criminal é de extrema importância, pois
trata-se de um tema que afeta diretamente a segurança e o bem-estar da sociedade.
A investigação criminal desempenha um papel fundamental na busca da justiça e na
resolução de crimes (MARÇAL,2019).

Por meio de técnicas de investigação, coleta de evidências e análises


forenses, os investigadores trabalham para reunir provas que possam identificar os
autores de crimes e levá-los à responsabilização perante a lei. Ao discutir a
investigação criminal, pode-se aumentar a conscientização sobre os métodos
usados para prevenir e dissuadir a prática de crimes. Isso visa ajudar a educar a
sociedade sobre os riscos e consequências da atividade criminosa, promovendo
uma cultura de prevenção e segurança (NEVES, 2011).

No Brasil, as etapas de uma investigação criminal são regidas pelo Código de


Processo Penal. O inquérito policial é instaurado pela autoridade policial
competente, como a Polícia Civil, após o recebimento de uma denúncia ou ação de
ofício. Ele é conduzido para apurar a ocorrência de um crime e identificar seus
autores e circunstâncias (NEVES, 2011).

Nesta etapa, são coletadas informações preliminares sobre o crime, incluindo


depoimentos de testemunhas, vítimas e suspeitos, além da análise de documentos e
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outras evidências disponíveis. São realizadas diligências pela autoridade policial,


como perícias, exames, buscas e apreensões, interceptações telefônicas (mediante
autorização judicial), que visam reunir provas e esclarecer os fatos relacionados ao
crime (NEVES, 2011).

A autoridade policial pode interrogar os envolvidos, incluindo suspeitos e


testemunhas, para obter informações adicionais sobre o crime e esclarecer os fatos.
Com base nas evidências coletadas, a autoridade policial identifica os suspeitos do
crime e reúne elementos de prova contra eles. Ao final do inquérito policial, a
autoridade policial elabora um relatório final que resume todas as diligências
realizadas, depoimentos colhidos e evidências obtidas. O relatório é encaminhado
ao Ministério Público (MOREIRA, 2004).

O Ministério Público analisa o relatório final do inquérito policial e decide se


há elementos suficientes para apresentar uma denúncia formal contra os suspeitos
ou se arquiva o caso por falta de provas. Caso o Ministério Público decida
apresentar uma denúncia, inicia-se a ação penal perante o Poder Judiciário, que
dará continuidade ao processo com a realização de audiências, produção de provas
e julgamento do caso (MOREIRA, 2004).

É importante ressaltar que o procedimento pode variar em certos aspectos,


dependendo da natureza do crime, da competência das autoridades e de outras
circunstâncias específicas. Além disso, existem situações em que o Ministério
Público pode requisitar diretamente medidas cautelares, sem a necessidade de
instauração de inquérito policial, como é o caso dos crimes de violência
doméstica. As etapas de uma investigação criminal no Brasil são fundamentais para
a apuração de crimes e a garantia do devido processo legal, assegurando os direitos
dos envolvidos e a busca pela justiça (MOREIRA, 2004).

OBJETIVOS

GERAL
Descrever e explicar as técnicas mais comuns utilizadas pelas forças de
segurança e agências de investigação na resolução de crimes, como coleta de
provas, análise forense, interrogatórios, vigilância, entre outras.
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3.1 ESPECÍFICOS

Analisar a eficácia das técnicas de investigação criminal em diferentes


contextos e casos, destacando casos de sucesso e desafios enfrentados pelas
autoridades. Explorar a importância do respeito aos direitos humanos e à legislação
vigente durante o processo de investigação, bem como as consequências da
violação desses princípios.

Investigar como o avanço da tecnologia influenciou as técnicas de


investigação criminal, incluindo o uso de análise de dados, inteligência artificial,
câmeras de vigilância, entre outros. Analisar os desafios enfrentados pelos
investigadores criminais no mundo contemporâneo, como o cibercrime, o terrorismo
e a globalização, e como as técnicas estão se adaptando a essas novas realidades.

Oferecer conselhos práticos para estudantes, profissionais da área de direito


e aplicação da lei sobre como melhorar as investigações criminais e seguir boas
práticas. Destacar a importância das técnicas de investigação na manutenção da
ordem social, na prevenção de crimes e na busca da justiça.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Até o presente momento não há na legislação brasileira nenhum dispositivo


legal que defina o conceito de investigação criminal. A Constituição Federal, nossa
legislação pátria, o Código de Processo Penal e a Lei 12.830/13, embora façam
alusão à atividade de investigação criminal, não dizem exatamente o que seja,
dessa forma, usamos a legislação paralela para poder referenciá-la (PAULINO,
2022).

Dessa forma, do ponto de vista normativo, não há conceito taxativo de


investigação criminal. Da leitura dos dispositivos legais referidos é possível inferir-se,
unicamente, que a investigação criminal tem como objetivo a apuração das infrações
penais e que essa incumbência é atribuição da polícia judiciária. A investigação
criminal é o ponto de partida da persecução penal. É o início da atividade de
verificação de determinado fato, supostamente criminoso (SHALDERS, 2022).

Observa-se que, mesmo fora do processo/crime, a investigação, em si,


enquanto origem do saber e do conhecimento, é o ponto inicial de todas as coisas
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que o homem pretende adquirir conhecimento. Ou seja, tudo se origina do saber e o


homem está sempre atrás do conhecimento. A investigação, dessa forma, é a
pesquisa, a atividade de busca do saber, seja por curiosidade ou satisfação do
intelecto (PAULINO, 2022).

No direito criminal, contudo, muito além da investigação que visa o


aprendizado de algo para fins de satisfação pessoal, há a necessidade dessa
atividade, haja vista a determinação e ser disciplinado por lei, visando a satisfação
do interesse público. A investigação surge, assim, como mandamento imprescindível
do sistema de justiça criminal, pois espelha a necessidade de pesquisa da verdade
real e dos meios de poder prová-la em juízo, viabilizando a correta aplicação da lei
penal (PINTO, 2022).

A investigação criminal transpõe todo o procedimento de apuração da


responsabilidade penal do sujeito praticante de um crime, pois, em um primeiro
momento, inicia-se a busca pelo conhecimento do fato e todas as suas
circunstâncias e, posteriormente, possibilita sua análise pelos atores do sistema de
justiça criminal, viabilizando a experimentação da verdade provável, com base nos
elementos que se obteve nesse processo (FELDENS, 2022).

Constatadas essas indagações, dá-se a conceituação de investigação


criminal sob dois aspectos: prático e jurídico. Sob o aspecto prático, conceitua-se a
investigação criminal como o conjunto de diligências preliminares devidamente
formalizadas que, nos limites da lei, se destinam a apurar a existência,
materialidade, circunstâncias e autoria de uma infração penal, coletando provas e
elementos de informações que poderão ser utilizadas na persecução penal
(FELDENS, 2022).

Do ponto de vista jurídico, a investigação criminal é definida como a atividade


estatal destinada a arguição de fatos supostamente criminosos, apresentando a
tríplice funcionalidade, na apuração desses fatos, a investigação criminal possui três
funções: evitar imputações infundadas, sendo a função garantidora; preservar a
prova e os meios de sua obtenção, na função preservadora; propiciar justa causa
para a ação penal ou impedir sua inauguração, sendo a função preparatória ou
inibidora do processo criminal (FELDENS, 2022).

Frisando que essa tríplice funcionalidade da investigação criminal, sustentada


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nesse artigo, é um mandamento implícito do sistema constitucional, de modo que a


"função unidirecional da investigação criminal", sustentada abundantemente pela
doutrina clássica, ao nosso sentir, está divorciada dos ideais do Estado Democrático
de Direito (CAPEZ, 2018).

A devida investigação criminal pressupõe que o Estado respeite os


postulados constitucionais e os direitos individuais, uma vez que os direitos e
garantias fundamentais atuam como disposições legais de caráter negativo, na
medida em que dizem o que não se pode fazer na investigação criminal. Nessa
perspectiva, é possível compreender que a investigação criminal oficial, de cunho
constitucional, não pode ser percebida unicamente como preparatória do processo-
crime, mas sim de acordo com a tríplice funcionalidade por nós referida (CAPEZ,
2018).

O texto constitucional é claro ao referir que, como regra, a apuração de


infrações penais e a execução das funções de polícia judiciária competem à Polícia
Federal e às Polícias Civis, sendo de funcionalidade das Polícias Militares o
policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública. Compete à Polícia
Federal, órgão mantido pela união, apurar infrações penais contra a ordem política e
social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas
entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja
prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme,
segundo disposto em lei, bem como exercer, com exclusividade, as funções de
polícia judiciária da União (CAPEZ, 2018)..

Quanto à Polícia Civil, menciona a Carta Magna o seguinte: “às polícias civis,
dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência
da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto
as militares” (CAPEZ, 2018).

As atribuições dos órgãos de segurança pública estão enumeradas, de forma


clara, no texto constitucional, não deixando margens para dúvidas de qual é o papel
de cada instituição na atribuição de prevenir e reprimir as infrações penais, de modo
que a atividade de investigação criminal pertence à polícia judiciária (ÁVILA, 2022).

Nesse encalço, ainda, refere o artigo 4º, caput, do Código Penal que “a polícia
judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas
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circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria”
(ÁVILA, 2022).

Perfaz ressaltar, também, a redação legal do artigo 2º, caput, da


Lei 12.830/13, o qual refere que "as funções de polícia judiciária e a apuração de
infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica,
essenciais e exclusivas de Estado", bem como do seu § 2º, de onde se extrai que
"ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da
investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto
em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da
autoria das infrações penais" (ÁVILA, 2022).

Ressalta-se que, tanto a regra prevista no caput do art. 4º do Código de


Processo Penal, quanto as regras inseridas no art. 2º da Lei 12.830/13 mantém uma
relação harmônica e simétrica com a Constituição Federal, ao passo que contribuem
com a sua opção pela condução da investigação criminal pela polícia judiciária, e,
para nós, nem poderia ser diferente, pois a Constituição representa o “topo
hermenêutico que conformará a interpretação jurídica do restante do sistema”
(ARAS, 2013).

Faz-se necessário reconhecer, assim, que, com base nas normas acima
referidas, a investigação criminal é atribuição da polícia judiciária, representada por
organismos sociais cuja função, por excelência, é a apuração da materialidade e
autoria das infrações penais. Veja-se que quando a Constituição Federal, nossa
Carta Magna, faz essa afirmativa, de forma clara, ela está dizendo que a atividade
investigativa, no âmbito criminal, será realizada pelas instituições que carregam em
seu bojo as atividades de polícia judiciária, i.e., a Polícia Federal e as Polícias Civis,
nas suas respectivas áreas de atuação (ARAS, 2013).

Perfaz referir que, mesmo diante dos comandos constitucionais que definem
as atribuições dos órgãos estatais, o Supremo Tribunal Federal firmou o
entendimento de que o Ministério Público pode conduzir investigações de natureza
criminal, por meios próprios, sendo que, conforme demonstramos, ao nosso ver,
inexiste comando legal autorizando tal inferência (ARAS, 2013).

Traçado o cenário constitucional em que se desenha a investigação criminal,


bem como feita a referência às leis infraconstitucionais que, amparadas nas
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disposições da Constituição Federal, disciplinam o assunto, estabelecemos que a


investigação criminal, atualmente, pode ser dividida em três espécies, sendo estas:
A investigação criminal autêntica ou pura, que insere-se nesta classificação a
investigação criminal autorizada e legalizada pela Constituição Federal, conduzida
pela polícia judiciária, sob a presidência de um delegado de polícia de carreira. Diz-
se autêntica ou pura porque se trata do modelo padrão de investigação criminal
adotado pela Constituição. É a investigação criminal genuína (MARÇAL, 2019).

A investigação criminal derivada, onde insere-se nesta classificação a


investigação criminal igualmente prevista no texto constitucional como exceção ao
modelo padrão. Conforme sinalizamos, a Constituição não conferiu o monopólio da
investigação criminal à polícia judiciária, havendo duas exceções, nas quais a
atividade de investigação criminal poderá não ser desempenhada pela polícia
judiciária, quais sejam: a apuração das infrações penais militares e as apurações
das comissões parlamentares de inquérito. Diz-se derivada porque deriva do modelo
padrão e possui, igualmente, sustentação constitucional (MARÇAL, 2019).

Assim como a investigação criminal não autêntica ou impura, esta


que enquadra-se nesta classificação qualquer outra forma de investigação criminal
levada a cabo fora dos padrões estabelecidos pela Constituição Federal,
independentemente da instituição que a realize, pois, diante da inexistência de
mandamento constitucional que lhe confere legitimidade, se apresenta como forma
de flexibilização negativa das garantias fundamentais. Diz-se não autêntica ou
impura porque não possui previsão constitucional (MARÇAL, 2019).

METODOLOGIA DA PESQUISA

As técnicas de investigação criminal são essenciais para resolver crimes e


identificar os responsáveis. Isso contribui para a justiça e para a segurança da
sociedade, permitindo que os criminosos sejam responsabilizados pelos seus atos.

O conhecimento e a aplicação de técnicas de investigação ajudam a prevenir


a ocorrência de crimes, pois os criminosos sabem que existe uma força policial
capaz de rastreá-los e identificá-los. As técnicas de investigação são necessárias
para coletar evidências de maneira eficaz e legal. Isso garante que as provas
obtidas sejam admissíveis em tribunal e não sejam contaminadas ou corrompidas
durante o processo de investigação.
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O estudo das técnicas de investigação também é importante para garantir que


os direitos individuais dos suspeitos sejam respeitados durante o processo de
investigação. Isso ajuda a evitar abusos e garantir que o devido processo legal seja
seguido. A pesquisa e o desenvolvimento contínuo de técnicas de investigação
criminal permitem que as agências de aplicação da lei aprimorem suas abordagens
e ferramentas, tornando as investigações mais eficazes e eficientes.

Um sistema de investigação criminal bem desenvolvido é fundamental para


combater a impunidade. Quando os crimes são investigados de forma adequada, os
criminosos têm menos chance de escapar das consequências de suas ações. O
estudo das técnicas de investigação é um componente vital da segurança pública.
Isso ajuda a manter a ordem e a proteger os cidadãos, criando um ambiente mais
seguro para a sociedade como um todo. As técnicas de investigação também
permitem que as autoridades compreendam as tendências criminais e adaptem suas
estratégias de aplicação da lei de acordo com as necessidades da comunidade.

Em resumo, o estudo das técnicas de investigação criminal


desempenha um papel crucial na manutenção da justiça, na prevenção de crimes e
na proteção da sociedade como um todo. A eficácia dessas técnicas está
intimamente ligada à qualidade das investigações e à aplicação rigorosa da lei,
respeitando os direitos individuais dos suspeitos e garantindo um sistema de justiça
justo e equitativo.

RESULTADOS ESPERADOS
Uma investigação criminal bem-sucedida deve resultar na coleta de
evidências relevantes e admissíveis em um tribunal de justiça. Isso pode incluir
documentos, testemunhos, vídeos, registros telefônicos, amostras de DNA,
impressões digitais, entre outros. As técnicas de investigação criminal podem ajudar
a identificar suspeitos ou indivíduos que estão envolvidos em atividades criminosas.
Isso pode levar à prisão e acusação dos suspeitos.

Investigadores procuram estabelecer conexões entre pessoas, eventos, locais


e provas. Isso é essencial para entender como um crime ocorreu e quem está
envolvido. O principal objetivo de uma investigação criminal é resolver o caso, ou
seja, determinar a verdade dos eventos e identificar os responsáveis pelo crime. Isso
pode resultar em condenações, absolvições ou encerramento do caso. Além de
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resolver casos específicos, as investigações criminais também podem ter como


objetivo a prevenção de crimes futuros, desmantelando redes criminosas ou
identificando vulnerabilidades no sistema de segurança.

Um resultado importante é a busca pela justiça. Isso envolve garantir que os


culpados sejam responsabilizados e que os inocentes sejam protegidos. A justiça
também se relaciona com o devido processo legal e o respeito pelos direitos
individuais. Casos de investigação criminal podem contribuir para o desenvolvimento
da jurisprudência, estabelecendo precedentes legais que podem afetar futuros casos
semelhantes.

Os resultados da investigação também podem levar a melhorias nos


procedimentos policiais, na legislação e nas políticas de aplicação da lei, visando
aperfeiçoar o sistema de justiça criminal. O estudo das técnicas de investigação
criminal visa proteger a sociedade, garantindo que criminosos sejam
responsabilizados por suas ações e que a ordem pública seja mantida.

É importante lembrar que a investigação criminal é um processo complexo e


multifacetado, e os resultados podem variar de caso para caso. O objetivo final é
assegurar que a justiça seja feita e que a sociedade seja protegida contra a
criminalidade.
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CRONOGRAMA

Definir as atividades desenvolvidas num período de tempo.

Quadro 1 – Cronograma das ações relativas ao Projeto.

ATIVIDADE DATAS
INÍCIO CONCLUSÃO
Avaliação inicial dos participantes. 15/05/2023 30/06/2023
Definição material didático a ser utilizado. 03/07/2023 01/08/2023
Estabelecimento das bases para as 24/07/2023 31/07/2023
observações e/ou entrevistas.
Coleta de dados sobre a frequência e 01/08/2023 21/08/2023
intensidade das atividades.
Aplicação de sessões e realização das 01/08/2023 21/08/2023
observações
Trabalho final e apresentação pública 21/08/2023 01/09/2023
Fonte: Elaborado pelos autores, 2023.

ESTIMATIVAS DE CUSTO

Quadro 2 – Cronograma de estimativa de custo do Projeto.

Descrição Quantidade Valor (R$)


Unitário Total
Material didático 200 0,20 40,00
Equipamentos e materiais 7 20,00 140,00
Pesquisa 8 10,00 80,00
Divulgação 1 60,00 60,00
Custos administrativos 4 50,00 200,00
Total Geral - - 520,00
Fonte: Elaborado pelos autores, 2023.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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abr./maio 2021. BRASIL piora duas posições em ranking de corrupção. G1, [S. l.], 25
jan. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/01/25/ brasil-
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CAPEZ, Rodrigo. A sindicabilidade do acordo de colaboração premiada. In: MOURA,


Maria Thereza de Assis; BOTTINI, Pierpaolo Cruz (coord.). Colaboração premiada.
São Paulo: RT, 2018. p. 201-236.

DE-LORENZI, Felipe da Costa. A determinação da pena na colaboração premiada:


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Saldaña et al. La protección del whistleblower tras la Directiva (UE) 2019/1937.
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https://www.conjur.com.br/2020-jan-09/wunderlich-sancao-premialdiferenciada-
pacote-anticrime. Acesso em: 30 mar. 2022.

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