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Esta unidade analisará onze leis importantes que compõem a legislação especial
penal, são elas: Lei Maria da Penha, Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto
do Idoso, Lei de Tráfico de Drogas, Lavagem de Capitais, Abuso de Autoridade,
Estatuto do Desarmamento, Código de Trânsito Brasileiro, Lei de Interceptação
Telefônica, Juizados Especiais Criminais e Pacote Anticrime. Trata-se de um módulo
voltado para formação e atualização de profissionais do direito que atuam em
diversos seguimentos, como na advocacia, no poder judiciário, bem como, aos que
aprimoram seus estudos para lecionar na área jurídica. Justifica-se o estudo das leis
supramencionadas, uma vez que são de extrema importância para os profissionais
que atuam na área criminal, sendo pauta constante de análise cotidiana em
gabinetes criminais, escritórios de advocacia e repartições públicas, garantindo ao
estudante o preparo não apenas para a área teórica, mas também a unidade está
permeada de ensinamentos práticos, buscando sua total capacidade a fim de que o
estudo traga autonomia e segurança para atuar em processos e procedimentos que
envolvam leis especiais penais.
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
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SUMÁRIO
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CAPÍTULO 3 – PROCEDIMENTOS RELACIONADOS A LEI DE INTERCEPTAÇÃO
TELEFÔNICA, JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS E PACOTE ANTICRIME. ....... 54
3.1 Lei de Interceptação Telefônica........................................................................... 54
3.2 Juizados Especiais Criminais............................................................................... 56
3.2.1 Conceitos gerais..................................................................................................... 56
3.2.2 Competência e atos processuais. ....................................................................... 57
3.2.3 Fases do processo e do procedimento. ............................................................. 57
3.2.4 Considerações finais. ............................................................................................ 59
3.3 Pacote Anticrime .................................................................................................... 60
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 69
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
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CAPÍTULO 1 – ESTUDOS SOBRE A LEI MARIA DA PENHA E CRIMES
ENVOLVENDO O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, BEM COMO,
O ESTATUTO DO IDOSO.
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que, ao analisar o caso concreto, é possível o reconhecimento de outras formas de
violência não listadas na lei que serão idôneas para ensejar a aplicação dos
procedimentos específicos para a mulher em situação de vulnerabilidade.
Vejamos quais são as formas de violência previstas pelo legislador:
Violência Física I – a violência física, entendida como qualquer conduta que
ofenda sua integridade ou saúde corporal;
Violência Psicológica II – a violência psicológica, entendida como qualquer
conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar
suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante,
perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação
do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saú de
psicológica e à autodeterminação;
Violência Sexual III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta qu e
a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada,
mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; qu e a induza a
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de
usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao
aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou
que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
Violência Patrimonial IV – a violência patrimonial, entendida como qualquer
conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus
objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
Violência Moral V – a violência moral, entendida como qualquer conduta que
configure calúnia, difamação ou injúria.
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VIOLÊNCIA FÍSICA Ofensa à Integridade Física e Ofensa à
Saúde Corporal.
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA Dano Emocional e Redução da
Autoestima.
VIOLÊNCIA SEXUAL Constrangimento relacionado a relações
sexuais não desejadas.
VIOLÊNCIA PATRIMONIAL Retenção, Subtração ou Destruição de
bens.
VIOLÊNCIA MORA Calúnia, Difamação, Injúria.
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• II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
• III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
− a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas,
fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
− b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer
meio de comunicação;
− c) frequentar de determinados lugares a fim de preservar a integridade
física e psicológica da ofendida;
• IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida
a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
• V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios;
• VI – comparecimento do agressor a programas de recuperação e
reeducação;
• VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de
atendimento individual e/ou em grupo de apoio.
IMPORTANTE
Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão
preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
Público ou mediante representação da autoridade policial. O juiz poderá revogar a
prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que
subsista, bem como, de novo, decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
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FIQUE LIGADO
É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher,
de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a
substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa.
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mais próxima de seu domicílio, ou transferi-los para essa instituição,
mediante a apresentação dos documentos comprobatórios do registro da
ocorrência policial ou do processo de violência doméstica e familiar em
curso.
• Informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços
disponíveis, inclusive os de assistência judiciária para o eventual
ajuizamento perante o juízo competente da ação de separação judicial, de
divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união estável.
• Verificar se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo
e, na hipótese de existência, juntar aos autos essa informação, bem como
notificar a ocorrência à instituição responsável pela concessão do registro
ou da emissão do porte, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro
de 2003 (Estatuto do Desarmamento).
• Informação sobre a condição de a ofendida ser pessoa com deficiência e
se da violência sofrida resultou deficiência ou agravamento de deficiên cia
preexistente.
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§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida
protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao
preso. (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019).
IMPORTANTE
O juiz competente providenciará o registro da medida protetiva de urgência, as quais
serão registradas em banco de dados mantido e regulamentado pelo Conselho
Nacional de Justiça, garantido o acesso do Ministério Público, da Defensoria Pública
e dos órgãos de segurança pública e de assistência social, com vistas à fiscalização
e à efetividade das medidas protetivas.
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Inicialmente, podemos ver que o conceito de proteção integral da criança e do
adolescente no artigo 227 da Constituição Federal “É dever da família, da sociedade
e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
A Constituição Federal consagrou a proteção integral, garantindo os mesmos
direitos conferidos aos adultos, bem como direitos especiais, em razão da qualidade
de pessoa em desenvolvimento, deste modo, a Carta Magna considera toda pessoa
menor de 18 anos inimputável, ou seja, não praticam crimes ou contração penal,
mas, sim, um ato infracional, sujeitos às normas previstas no ECA (Estatuto da
Criança e do Adolescente).
Importante salientar que são documentos relevantes para a proteção da
criança e do adolescente:
• 1988: Constituição da República Federativa do Brasil;
• 1989: Convenção dos Direitos da Criança (ONU);
• 1990: Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069) Proteção
integral: prioriza o melhor interesse da criança e do adolescente e
assegura todos os meios e oportunidades para seu desenvolvimento
pleno.
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O estudo dos atos infracionais comporta os artigos 103 a 111 e artigos 171 a
190 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Vale frisar os seguintes conceitos:
• Criança: pessoa de até 12 anos.
• Adolescente: pessoa de 12 a 18 anos.
• Jovem: pessoas entre 15 e 29 anos.
FIQUE LIGADO
Aos jovens menores de 18 anos aplica-se o Estatuto da Criança e do Adolescente
(Lei n. 8.069/90) e, excepcionalmente, o Estatuto da Juventude (Lei nº. 12.852/13).
Observa-se que, se o ato infracional foi praticado por criança (pessoa com
menos de 12 anos completos), o procedimento não é judicial, pois a situação será
analisada no âmbito do Conselho Tutelar, vale frisar que o Conselho Tutelar não é
um órgão policial e não é responsável pela investigação do fato em si, pois essa
responsabilidade é da polícia civil, inclusive para se determinar se houve a
participação de um adulto ou adolescente (que deverão ser devidamente
responsabilizados), portanto o fato deve ser investigado, mas não pelo Conselho
Tutelar.
IMPORTANTE
O conceito de crime é tripartido, ou seja, é formado por três elementos tipicidade,
ilicitude e culpabilidade, nesse ponto, a imputabilidade entra aqui, como crianças e
adolescentes não possuem, não praticam crime.
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1.2.3 Ato praticado por criança.
Quando uma criança pratica um ato infracional análogo a algum crime ou a
alguma contravenção penal, receberá no máximo medida de proteção, aplicada pelo
Conselho Tutelar, em regra. Sempre que uma criança for flagrada praticando um ato
infracional, deverá ser encaminhada ao Conselho Tutelar e não perante a autoridade
policial. Isso não quer dizer que não possa ser registrado um boletim de ocorrência
para registro do fato, pois ele serve para a defesa de direitos de terceiros. A criança
nunca poderá receber medida socioeducativa.
Figura4
1.2.5 Procedimentos
Nenhuma criança ou adolescente pode ser apreendido se não estiver em
flagrante de ato infracional ou se não houver ordem judicial de apreensão (man dado
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de busca e apreensão), nos termos do art. 106 c/c art. 101 do ECA. Ou seja, aplica-
se ao adolescente o art. 5º, LXI da CF/88.
O adolescente apreendido por ordem judicial deve ser apresentado ao juiz
imediatamente (auto de busca e apreensão).
A apreensão de adolescente fora desses casos excepcionais configura o crime
do art. 230 do ECA.
Optando por não liberar o adolescente, o delegado deverá:
1) Apresentar o adolescente imediatamente ao Ministério Público, com cópia do
auto de apreensão ou do Boletim de Ocorrência (art. 175, caput).
2) Não sendo possível a apresentação imediata, deve encaminhar o
adolescente à entidade apropriada de atendimento (compõe a política de
atendimento, vista acima), que ficará encarregada de apresentar o adolescente ao
MP em 24h (art. 175, §1º).
Importante salientar que, onde não houver entidade apropriada, o adolescente
deverá aguardar a apresentação ao Ministério Público em dependência da
Delegacia de Polícia separada da destinada a imputáveis (art. 175, §2º do ECA),
onde, em qualquer hipótese, não poderá permanecer por mais de 05 (cinco) dias,
sob pena de responsabilidade (arts. 5º e 185, §2º c/c art. 235 do ECA).
O flagrante de ato infracional e a apreensão do adolescente devem ser
imediatamente comunicados ao juiz (bem como o local onde o adolescente está),
sob pena de a apreensão ser considerada ilegal e se a comunicação não for feita de
modo adequado, temos a incidência do crime previsto no art. 231, ECA.
Importante ressaltar que é a autoridade policial que faz esta comunicação, o
conselho tutelar só deve ser acionado quando não forem localizados os pais ou
responsáveis, e o adolescente não indicar nenhuma outra pessoa adulta para
acompanhar a lavratura do boletim de ocorrência ou auto de apreensão.
Recebido o adolescente, há que se avaliar a possibilidade de liberação
imediata e essa análise pode ser feita pela:
Autoridade policial: adolescente apreendido em flagrante de ato infracional qu e
não foi cometido com violência ou grave ameaça à pessoa (art. 173) ou sem maior
repercussão social;
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Ministério Público: examina a liberação, avaliando se vai conceder a remissão
ou promover o arquivamento;
Autoridade judiciária: quando cientificada da apreensão e do local em que o
adolescente está.
Vale frisar que nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o
devido processo legal.
1.2.6 Processo
Sobre o aspecto processual dos crimes envolvendo crianças e adolescentes,
importante salientar que, ao receber a representação, o juiz deve marcar a chamada
audiência de apresentação do adolescente (art. 184 a 186 do ECA), a qual é uma
audiência análoga a de interrogatório do antigo procedimento ordinário, ato em que
tanto o adolescente, quanto seus pais/responsáveis serão citados para
comparecerem ao ato, acompanhados de advogado (defensor dativo ou defensor
público designado).
Caso os pais ou responsável não sejam localizados, o Juiz designa curador
especial ao adolescente (art.184, §2º, do ECA), todavia, se não for localizado o
adolescente, expede-se mandado de busca e apreensão e susta-se o processo até
sua localização, portanto o adolescente não poderá ser processado à revelia
(art.184, §3º do ECA).
Caso o adolescente esteja internado, será requisitada sua apresentação sem
prejuízo da notificação de seus pais ou responsável, que deverão estar presentes ao
ato (art.111, VI c/c art.184, §4º, do ECA), contudo, se o adolescente, apesar de
citado, não comparecer ao ato injustificadamente, o juiz designará nova audiência,
expedindo mandado de condução coercitiva (art. 187).
Outrossim, importante saber que a autoridade judiciária competente para o
processo de execução é o Juiz da Infância e da Juventude (ou o juiz que exerce
essa função, na forma da lei de organização judiciária local).
Por fim, vale ressaltar que nenhum adolescente poderá ser processado sem
defesa técnica (Art. 207 c/c o art. 111, III do ECA).
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1.2.7 Medidas Socioeducativas.
É uma medida jurídica aplicada ao adolescente autor de ato infracional, e o rol
taxativo dessas medidas encontra-se no art. 112 do ECA.
Artigo 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente
poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de
cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração.
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de
trabalho forçado.
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão
tratamento individual e especializado, em local adequado às suas condições.
Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II a VI do art. 112
pressupõe a existência de provas suficientes da autoria e da materialidade da
infração, ressalvada a hipótese de remissão, nos termos do art. 127.
Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre que houver prova
da materialidade e indícios suficientes da autoria.
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Figura5
1.2.8 Internação
A medida de internação só poderá ser aplicada quando se tratar de ato
infracional cometido mediante grave ameaça ou violência à pessoa, por reiteração
no cometimento de outras infrações graves ou por descumprimento reiterado e
injustificável da medida anteriormente imposta.
Importante saber que o prazo de internação na hipótese de descumprimento
reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta, não poderá ser superior a
3 (três) meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal.
Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada.
SEMILIBERDADE INTERNAÇÃO
- Atividade externa, a critério da equipe
técnica, salvo expressa determinação
- Atividade externa, independe de
judicial em contrário. Aqui o juiz pode
autorização judicial.
proibir que se faça atividade externa e
pode revogá-la.
Não comporta prazo determinado Não comporta prazo determinado
(máximo 03 anos) (máximo 3 anos)
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1.2.9 Cumprimento da Internação.
Por regra, deve existir entidade exclusiva para adolescentes, em local distinto
daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critério de idade,
compleição física e gravidade da infração.
Não havendo a entidade na respectiva comarca, deve-se solicitar a
transferência para estabelecimento de adulto onde só pode ficar pelo prazo máximo
de 05 dias, em seção isolada, excedido o prazo, o adolescente deve ser liberado e
inexistindo na comarca, deve-se buscar a transferência.
Importante salientar que deve haver obrigatoriedade de atividades pedagógicas
e reavaliação, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada 6 (seis) meses,
podendo ter prazo máximo de três anos de internação, semiliberdade ou de
liberdade assistida, com liberação compulsória aos 21 anos de idade.
A desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério
Público, lembrando que há o direito de visita, que pode ser suspenso pela
autoridade judicial.
Sobre a execução das medidas socioeducativas são responsáveis os
ESTADOS (quanto às medidas de semiliberdade e internação e os MUNICÍPIOS
(quanto às medidas socioeducativas em meio aberto (prestação de serviços à
comunidade e liberdade assistida).
Na doutrina, vale citar Nucci que sobre a internação provisória, salienta que
são os seguintes pontos6: 1) só pode ser decretada para os casos de ato infracional,
cuja medida socioeducativa final possa ser internação (conferir as três hipóteses do
art. 122 desta Lei). Não há cabimento em se manter o adolescente internado durante
a instrução para, concluindo o feito, aplicar-lhe liberdade assistida (porque a única
medida possível); configura-se, em nosso ponto de vista, teratologia evidente; 2)
associado do primeiro item, somente se pode decretar a internação provisória
quando o motivo for a manutenção da ordem pública, abrangendo, ao menos, dois
elementos que a constituem (ex.: gravidade concreta do ato infracional + clamor
social; antecedentes + inserção no crime organizado). Não se pode decretar a
internação provisória, evitando-se medida ilógica e abusiva: a) para atos infracionais
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cuja finalização não poderá ser, jamais, internação, em tese; b) para garantir a
segurança pessoal do adolescente; c) cuidando-se de gravidade abstrata do ato
infracional, isoladamente considerada; d) tratando-se de clamor social,
individualmente colocado em foco.
Na prática, trago ementa jurisprudencial recente sobre o tema:
APELAÇÃO INFRACIONAL. ATOS ANÁLOGOS AOS CRIMES DE TRÁFICO E
ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. PRELIMINAR DE NULIDADE. ILEGALIDADE
POR PARTE DA AUTORIDADE POLICIAL, QUE NÃO ENTREGOU O MENOR
APREENDIDO AO REPRESENTANTE LEGAL. INOCORRÊNCIA. ARTIGO 174 DO
ECA. GRAVIDADE DO ATO INFRACIONAL, SUA REPERCUSSÃO SOCIAL, DEVA
O ADOLESCENTE PERMANECER SOB INTERNAÇÃO. SUBSTITUIÇÃO DA
MEDIDA DE INTERNAÇÃO. NECESSIDADE. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO
ART. 122, DO ECA. SÚMULA 492 DO STJ. SUBSTITUIÇÃO QUE SE IMPÕE.
MEDIDA DE SEMILIBERDADE. PROVIMENTO PARCIAL. Não há que se falar em
nulidade processual, quando a autoridade policial, pela gravidade do ato infracional
e sua repercussão social, mantêm o menor sob internação, apresentando-o ao
Ministério Público para as medidas cabíveis, conforme o disposto no art.174 do
ECA. (...) exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua repercussão social,
deva o adolescente permanecer sob internação para garantia de sua segurança
pessoal ou manutenção da ordem pública. "O ato infracional análogo ao tráfico de
drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição de medida
socioeducativa de internação do adolescente." - Súmula 492 do STJ. "O art. 122 da
Lei n.º 8.069/1990 estabelece que a internação do adolescente somente será cabível
quando o ato infracional for perpetrado com violência ou grave ameaça à pessoa, n a
hipótese de reiteração na prática (TJPB - ACÓRDÃO/DECISÃO do Processo Nº
00003903620198150381, Câmara Especializada Criminal, Relator TERCIO
CHAVES DE MOURA , j. em 27-02-2020).
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10.741/20037 traz várias formas e condições de regulamentação dessas pessoas
idosas, todavia, passo a discorrer nesse tópico os aspectos que tangem apenas aos
crimes praticados contra pessoas idosas.
A violência contra idosos pode ser definida como qualquer ato, ou ainda a
ausência de uma ação, que cause dano ou incômodo à pessoa idosa. Para ser
considerado como violência contra o idoso o ato pode ser único ou repetitivo e deve
acontecer em uma relação em que haja expectativa de confiança.
Importante salientar que os crimes que estão definidos no Estatuto do Idoso
são de ação penal pública incondicionada.
Sobre os crimes definidos, podemos observar no caput o núcleo dos tipos:
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações
bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro
meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade.
Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua
assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de
autoridade pública.
Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa
permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando
obrigado por lei ou mandado.
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso,
submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos
e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho
excessivo ou inadequado.
A lei prevê ainda pena de reclusão e detenção, bem como, causas de aumento
de pena e crimes qualificados nos tipos penais.
Estão entre os casos mais comuns de abusos os psicológicos, financeiros,
negligência, abusos físicos e os abusos sexuais.
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O abuso psicológico é o mais sutil e incluem comportamentos que prejudicam
a autoestima ou o bem-estar do idoso, entre eles xingamentos, sustos,
constrangimento, destruição de propriedades ou impedimento de que vejam amigos
e familiares.
O abuso financeiro inclui o uso ilegal de dinheiro, propriedade ou ativos de uma
pessoa idosa, enquanto a negligência envolve a falha no atendimento de suas
necessidades básicas, como alimentação, habitação, vestimentas e cuidados
médicos.
Entre os efeitos do abuso à saúde estão lesões traumáticas e dor, assim como
depressão, estresse e ansiedade. A violência contra idosos pode levar a um risco
aumentado de colocação em institutos de longa permanência para idosos, uso de
serviços de emergência, hospitalização e morte.
Constituem outras condutas criminosas:
• Obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade.
• Negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho.
• Recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestar
assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa.
• Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de
ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei.
• Recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura
da ação civil objeto desta Lei, quando requisitados pelo Ministério Público.
• Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de
ordem judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente o
idoso.
• Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro
rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade.
• Negar o acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, por
recusa deste em outorgar procuração à entidade de atendimento.
• Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios,
proventos ou pensão do idoso, bem como qualquer outro documento com
objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida.
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
• Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações ou
imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso.
• Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar
procuração para fins de administração de bens ou deles dispor
livremente.
• Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar
procuração.
• Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus
atos, sem a devida representação legal.
O Estatuto criou tipos penais específicos, agravou a pena para outros crimes já
existentes no Código Penal, em leis extravagantes e afastou medidas
despenalizadoras nos crimes cometidos contra o idoso.
A contravenção penal vias de fato, por exemplo, a pena é aumentada de um
terço até a metade se a vítima é maior de 60 anos (art. 21, parágrafo único, da LCP,
com redação dada pela Lei n. 10.741/2003 — Estatuto do Idoso)8.
Tais determinações e inovações podem ser consideradas grande avanço para
o combate à violência cometida contra esta camada da população brasileira, que
não para de crescer.
8Gonçalves, Victor Eduardo Rios Legislação penal especial esquematizado® / Victor Eduardo Rios
Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior. – 5. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019. (Coleção
esquematizado® / coordenador Pedro Lenza). 1. Direito penal - Legislação - Brasil I. Título II. Baltazar
Junior, José Paulo III. Lenza, Pedro IV. Série. 2018.
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CAPÍTULO 2 – PRINCIPAIS ASPECTOS CRIMINAIS E PROCESSUAIS DAS LEIS
DE TRÁFICO DE DROGAS, LAVAGEM DE CAPITAIS, ABUSO DE AUTORIDADE,
ESTATUTO DO DESARMAMENTO E CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO.
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2.1.3 Do tráfico de Drogas
O art. 33, caput, da Lei 11.343/2006 contempla 18 (dezoito) núcleos. Cuida-se
de tipo misto alternativo (crime de ação múltipla ou de conteúdo variado): se o
sujeito praticar mais de um núcleo, no tocante ao mesmo objeto materi al, estará
caracterizado um único delito, mas a pluralidade de condutas deverá ser levada em
conta na dosimetria da pena-base, nos termos do art. 59, caput, do Código Penal.
Em razão disso, é possível uma condenação com base em dois ou mais
núcleos, sem que isso viole o princípio da proibição do bis in idem, contudo, se as
ações recaírem sobre objetos materiais diversos, a exemplo do que se verifica
quando o sujeito importa heroína e vende cocaína, estará caracterizado o concurso
de crimes.
As condutas nucleares do tráfico de drogas propriamente dito são as seguintes:
Significa trazer de fora para dentro, fazer vir de outro país. Para a
configuração dessa modalidade não se exige tenha o agente trazido
Importar: a droga pessoalmente. A consumação ocorre no instante em que a
droga ingressa no território nacional, prescindindo-se da sua
chegada ao destinatário final.
É o ato de encaminhar a droga – por via aérea, marítima ou terrestre
– para fora do país. Pode ser que, para efetuar a exportação, o
Exportar: agente já tenha incorrido em outros núcleos típicos, tais como trazer
consigo e transportar. A consumação, nesse caso, ocorre com a
saída da droga do território brasileiro.
Consiste em deslocar a droga de um local para outro, dentro do
território nacional. Esse deslocamento pode se dar, por exemplo, via
intermediários ou pelos correios. Quanto ao momento consumativo,
o Superior Tribunal de Justiça já decidiu pela desnecessidade da
Remeter:
chegada da droga ao seu destinatário, o que configuraria mero
exaurimento do delito. Prevalece, pois, a ideia de que ocorre a
consumação quando o agente se desfaz da droga, enviando-a,
independentemente da efetiva chegada ao destino final.
Preparar: É a combinação – composição ou decomposição – de substâncias
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não entorpecentes a fim de dar forma à substância tóxica (droga).
Contudo, se uma droga é preparada a partir de outras, que já são
isoladamente classificadas como drogas, a conduta não caracteriza
preparação, pois já existia o tráfico, e a combinação acabará
representando o mero exaurimento.
É o ato de criar, dar origem a uma droga. Distingue-se do verbo
preparar – combinação rudimentar – na medida em que a ação de
Produzir: produzir envolve maior criatividade, tal como ocorre com as
chamadas drogas sintéticas – LSD e ecstasy –, as quais geralmente
são produzidas em laboratório.
Possui sentido semelhante às ações de preparar e produzir,
contudo, a ação de fabricar importa no emprego de meios
Fabricar: mecânicos e industriais na criação da droga. Trata-se da produção
em escala. Note-se que a distinção entre preparar, produzir e
fabricar é bastante tênue.
É a aquisição da droga, a título oneroso (exemplos: compra e venda,
permuta) ou gratuito (exemplo: doação). É desnecessária a efetiva
Adquirir:
tradição da droga para configuração do delito, bastando a efetiva
aquisição (pacto verbal) do entorpecente.
É a alienação (onerosa) mediante contraprestação, que não
necessariamente precisa ser dinheiro. Engloba a compra e a troca
Vender: (ex.: um pacote de cocaína por um telefone celular). Assim como se
dá na modalidade adquirir, a consumação da venda ocorre com a
pactuação entre o vendedor e adquirente.
Verifica-se com a exibição da droga para fins de alienação onerosa a
terceiros, o que pode ocorrer em local aberto ao público (festa) ou
Expor à privado (casa, local de trabalho). Trata-se de crime permanente, cuja
venda: consumação perdura no tempo, enquanto a droga estiver exposta à
venda, autorizando a prisão em flagrante a qualquer tempo,
enquanto durar a permanência.
Ocorre com a sugestão para que terceira pessoa aceite a droga, de
Oferecer:
forma gratuita, ou para que a adquira onerosamente. Ao contrário do
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que ocorre na exposição à venda, em que o agente aguarda a
chegada de eventual comprador, na ação de oferecer o sujeito vai
ao encontro do usuário em potencial e lhe faz a proposta.
Significa manter em estoque a droga pertencente ao próprio agente
– daí o caráter de crime permanente – em determinado local
Ter em
(armazém, galpão etc.), de maneira que seja possível, se
depósito:
necessário, seu deslocamento para outro lugar. Essa mobilidade e a
provisoriedade do depósito são características desse núcleo do tipo.
É a ação de levar a droga de um lugar para outro, por intermédio de
algum meio de locomoção, sem a possibilidade de uso imediato
Transportar:
(exemplo: o agente esconde pacotes de maconha na lataria de seu
veículo e os transporta para outra localidade).
É a ação de levar a droga de um lugar para outro, porém com a
relação de proximidade física entre a droga e o agente (exemplos:
Trazer
droga dentro de uma mochila, nos bolsos do casaco ou dentro do
consigo:
próprio corpo, como ocorre na hipótese da ingestão de cápsulas
sintéticas pelas “mulas do tráfico”).
Apesar da semelhança entre ações de ter em depósito e guardar, na
medida em que ambas indicam uma retenção física da coisa, é
possível interpretá-las diferentemente, porque ter em depósito
expressa um sentido de provisoriedade e mobilidade do depósito, ao
passo que guardar não sugere essas circunstâncias,
Guardar:
compreendendo a ocultação pura e simples, permanente ou
precária. Portanto, o ato de guardar é mais genérico, ‘mas têm
ambos sentido bastante aproximado de modo a ser difícil, às vezes,
sua diferenciação’.” Preferimos, entretanto, outro critério para a
diferenciação dos referidos núcleos.
Significa indicar o uso, receitar. Trata-se de crime próprio, pois exige
uma qualidade especial por parte do sujeito ativo. Ora, a prescrição
Prescrever: de drogas não pode ser feita por qualquer pessoa, mas apenas por
médicos e dentistas. Vale sublinhar que somente haverá crime se a
prescrição da droga ao paciente ocorrer de maneira desautorizada
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ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar
(elementos normativos do tipo). A título ilustrativo, será atípica a
conduta do médico que prescreve morfina ao paciente portador de
câncer, com a finalidade de aliviar-lhe a dor.
É a introdução ou inoculação da droga no organismo de outrem.
Diversamente da ação de prescrever, o ato de ministrar pode ser
Ministrar: levado a efeito por qualquer pessoa. Exemplo: O médico prescreve
uma droga a terceira pessoa, que pode ser ministrada por
enfermeira, cuidador ou parente.
É um núcleo de encerramento do tipo, porquanto visa abarcar as
Entregar a condutas eventualmente não enquadráveis nos demais verbos
consumo: típicos. A entrega para o consumo pressupõe a tradição da droga a
terceira pessoa de forma esporádica, isolada.
A mesma forma que o ato de entregar para consumo, pressupõe a
tradição da droga a terceiro. Entretanto, o núcleo fornecer indica
uma tradição continuada, ou seja, subsistente durante determinado
lapso temporal. O tipo penal, nessa modalidade, difere-se do crime
contido no art. 33, § 3º, em razão de elementos especializantes
Fornecer:
presentes apenas no último, quais sejam: oferecimento eventual;
sem objetivo de lucro; a pessoa de seu relacionamento; para
consumo conjunto.
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progressão de regime prisional quando se tratar de condenação por crime hediondo
e seus equiparados (tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e
terrorismo), uma vez que o novo § 1º do art. 2º da Lei dos Crimes Hediondos diz que
a pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime
fechado.
O § 2º do mencionado artigo estabelece a quantidade da pena que deve ser
cumprida para que seja possível a progressão do regime (ou seja, 2/5 para
apenados primários, e 3/5 para reincidentes).
Cabe ressaltar que, no caso de reincidentes, a lei dos crimes hediondos não
faz distinção entre reincidência comum e específica, de forma havendo reincidência,
ao condenado deverá ser aplicada a fração de 3/5 da pena cumprida para fins de
progressão do regime (Informativo 563 do STJ).
A propósito, a fase investigatória também possui regras específicas,
disciplinadas pelos arts. 50 a 53 da Lei de Drogas.
No tocante à Lei de Tóxicos n° 11.343/06, para a lavratura do auto de prisão
em flagrante por tráfico de drogas previsto no art. 33 caput, é indispensável para a
materialidade do delito o exercício de qualquer ação prevista no art. 33 e o laudo de
constatação provisório.
Figura10
10Masson, Cleber. Lei de Drogas: aspectos penais e processuais / Cleber Masson, Vinícius Marçal. –
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019.
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Na doutrina, Masson traz uma importante questão, o índio pode figurar como
sujeito ativo do tráfico de drogas? É evidente que sim. E, como já ressaltado pelo
Supremo Tribunal Federal, “é dispensável o exame antropológico destinado a aferir
o grau de integração do paciente na sociedade se o Juiz afirma sua imputabilidade
plena com fundamento na avaliação do grau de escolaridade, da fluência na língua
portuguesa e do nível de liderança exercida na quadrilha, entre outros elemen tos de
convicção11.
Vale lembrar que os crimes definidos na lei de tráfico são de ação penal pública
incondicionada, e seu trâmite observará o procedimento especial contido nos arts.
54 a 59 da Lei 11.343/2006, aplicando-se subsidiariamente as disposições do
Código de Processo Penal e da Lei 7.210/1984.
11Masson, Cleber Lei de Drogas: aspectos penais e processuais / Cleber Masson, Vinícius Marçal. –
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2019.
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Figura sobre o procedimento dos crimes de tóxicos 12.
12Messa, Ana Flávia Prática penal para exame da OAB / Ana Flávia Messa. – 11. ed. – São Paulo :
Saraiva Educação, 2020.
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VALE RELEMBRAR
Esquema par lembrar sobre o procedimento ordinário, retirado da doutrina de Prática
Penal 13.
13 Prática f orense : prática penal / Fernando Marques...[et al.] – São Paulo : Saraiva Educação, 2019.
(Coleção Prática Forense / coordenada por Darlan Barroso e Marco Antonio Araujo Junior) 1. Direito
2. Direito penal - Brasil 3. Prática f orense 4. Ordem dos Advogados do Brasil - Exames I. Tıt́ ulo II.
Marques, Fernando III. Barroso, Darlan IV. Araujo Junior, Marco Antonio V. Série.
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Por fim, vê-se recente mudança trazida pela lei denominada de PACOTE
ANTICRIME.
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produto de sua atividade, recorram a profissionais especializados em investimentos
ou no sistema financeiro internacional 15.
O tipo penal prevê como crime “ocultar ou dissimular a natureza, origem,
localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores
provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal” (Art. 1º, Lei nº 9.613/1998).
Vale salientar que, anteriormente, a redação trazia a expressão “crime”. Agora,
o legislador não apenas revogou todos os incisos do art. 1º com a Lei nº
12.683/2012, como também, substituiu a palavra “crime” por “infração penal” e isso
significa dizer que, pelo menos, em tese, qualquer infração penal, seja crime ou
contravenção penal, poderá figurar como antecedente da lavagem de capitais.
A lei prevê ainda que incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular
a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal:
• Os converte em ativos lícitos;
• Os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda,
tem em depósito, movimenta ou transfere;
• Importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos
verdadeiros;
• Utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores
provenientes de infração penal;
• Participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que
sua atividade principal ou secundária é dirigida à prática de crimes
previstos nesta Lei.
15Moro, Sergio Fernando Crime de lavagem de dinheiro / Sergio Fernando Moro. — São Paulo :
Saraiva, 2010. 1. Lavagem de dinheiro 2. Lavagem de dinheiro – Leis e legislação – Brasil I. Título.
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terços e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar
de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos.
IMPORTANTE.
Para a apuração do crime de que trata este artigo, admite-se a utilização da ação
controlada e da infiltração de agentes.
Praticados contra:
- o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira, ou
São da competência - em detrimento de bens, serviços ou interesses da União,
da Justiça Federal: ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas;
- quando a infração penal antecedente for de competência
da Justiça Federal.
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Vale lembrar que o acusado que não comparecer nem constituir advogado
deverá ser citado por edital, prosseguindo o feito até o julgamento, com a nomeação
de defensor dativo.
O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante
representação do delegado de polícia, ouvido o Ministério Público em 24 (vinte e
quatro) horas, havendo indícios suficientes de infração penal, poderá decretar:
• Medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado ou
acusado, ou existentes em nome de interpostas pessoas, que sejam
instrumento, produto ou proveito dos crimes previstos na lei de lavagem
de capitais ou das infrações penais antecedentes.
Poderão ainda ser decretadas medidas assecuratórias sobre bens, direitos ou
valores para reparação do dano decorrente da infração penal antecedente ou da
prevista em lei, além de poder ser usada para o pagamento de prestação pecuniária,
multa e custas.
Sobre a Lei de Lavagem de Capitais, é importante ressaltar que se deve
proceder a ALIENAÇÃO ANTECIPADA para preservação do valor dos bens sempre
que estiverem sujeitos a qualquer grau de DETERIORAÇÃO ou DEPRECIAÇÃO, ou
quando houver dificuldade para sua MANUTENÇÃO. Deste modo, o juiz determinará
a:
• Liberação total ou parcial dos bens, direitos e valores quando comprovada
a licitude de sua origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e
valores necessários e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento
de prestações pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração penal.
Outrossim, nenhum pedido de liberação será conhecido sem o
comparecimento pessoal do acusado ou de interposta pessoa a que se refere a lei,
podendo o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação de bens,
direitos ou valores, sem prejuízo do exposto.
Ademais, observo que a alienação antecipada para preservação de valor de
bens sob constrição será decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
Público ou por solicitação da parte interessada, mediante petição autônoma, que
será autuada em apartado e cujos autos terão tramitação em separado em relação
ao processo principal.
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FIQUE LIGADO
Mediante ordem da autoridade judicial, o valor do depósito, após o trânsito em
julgado da sentença proferida na ação penal, será, em caso de sentença:
• Condenatória, nos processos de competência da Justiça Federal e da Justiça do
Distrito Federal, incorporado definitivamente ao patrimônio da União, e, nos
processos de competência da Justiça Estadual, incorporado ao patrimônio do
Estado respectivo;
• Absolutória extintiva de punibilidade, colocado à disposição do réu pela instituição
financeira, acrescido da remuneração da conta judicial.
FIQUE LIGADO
São efeitos da condenação, além dos previstos no Código Penal:
• a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de competência da Justiça
Estadual -, de todos os bens, direitos e valores relacionados, direta ou
indiretamente, à prática dos crimes previstos nesta Lei, inclusive aqueles
utilizados para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de
boa-fé;
• a interdição do exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza e de
diretor, de membro de conselho de administração ou de gerência das pessoas
jurídicas referidas no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade
aplicada.
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2.3 Abuso de Autoridade.
I - servidores públicos e
militares ou pessoas a eles
equiparadas;
agente público, servidor
II - membros do Poder
ou não, da administração
Legislativo;
direta, indireta ou
III - membros do Poder
f undacional de qualquer
Sujeito ativo não se limitando a: Executivo;
dos Poderes da União,
IV - membros do Poder
dos Estados, do Distrito
Judiciário;
Federal, dos Municípios
V - membros do Ministério
e de Território
Público;
VI - membros dos tribunais ou
conselhos de contas.
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Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou
entidade abrangidos pelo caput deste artigo.
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IMPORTANTE
Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.
Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova,
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a
ação como parte principal (Artigo 3º, § 2º).
FIQUE ATENTO.
A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da
data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
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Os são condicionados à ocorrência de cumulativamente.
reincidência em crime de abuso de
autoridade e não são automáticos,
devendo ser declarados motivadamente
na sentença.
FIQUE ATENTO.
Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática
ou telemática, promover escuta ambien tal ou quebrar segredo da Justiça, sem
autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei e incorre na mesma
pena a autoridade judicial que determina a execução de conduta prevista no caput
deste artigo com objetivo não autorizado em lei.
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(Sinam), o qual tem circunscrição em todo o território nacional com competência
definida no artigo 2º da Lei nº 10.826/2003.
Para facilitar nosso estudo, vejamos a seguir, tabela descrevendo o tipo de
crime e a respectiva conduta incriminadora, conforme definido em lei:
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direção a ela, desde que essa conduta não tenha como
finalidade a prática de outro crime:
Posse ou porte ilegal Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber,
de arma de fogo de uso ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
restrito gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
(Redação dada pela lei munição de uso restrito, sem autorização e em
denominada de Pacote desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Anticrime, nº
13.964/2019).
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir,
ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar,
adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de
atividade comercial ou industrial, arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização ou em
Comércio ilegal de desacordo com determinação legal ou regulamentar:
arma de fogo § 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega
arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou
em desacordo com a determinação legal ou
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando
presentes elementos probatórios razoáveis de conduta
criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019 – Pacote Anticrime).
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída
do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo,
Tráfico internacional de acessório ou munição, sem autorização da autoridade
arma de fogo competente:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou
entrega arma de fogo, acessório ou munição, em
operação de importação, sem autorização da autoridade
competente, a agente policial disfarçado, quando
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
presentes elementos probatórios razoáveis de conduta
criminal preexistente (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019 – Pacote Anticrime)
No que tange sobre a possibilidade de fiança nos crimes definidos nessa lei, é
importante salientar que o crime disparo de arma de fogo é inafiançável apenas, já o
crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é inafiançável, salvo quando
a arma de fogo estiver registrada em nome do agente
Vale lembrar que nos crimes de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
restrito (artigo 16, §: 1º do Estatuto do Desarmamento) também incorrem nas
mesmas penas incorre quem:
• I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de
identificação de arma de fogo ou artefato;
• II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la
equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de
dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou
juiz;
• III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou
incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar;
• IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com
numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado,
suprimido ou adulterado;
• V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo,
acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e
• VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar,
de qualquer forma, munição ou explosivo.
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
Vale ressaltar ainda que o crime de porte de arma de fogo é absorvido pelo
crime de roubo quando estiver caracterizada a dependência ou subordinação entre
as duas condutas. Para essa absorção, ainda, é necessário que os delitos sejam
praticados no mesmo contexto fático.
IMPORTANTE
Nos crimes de comércio ilegal de arma de fogo e tráfico internacional de arma de
fogo, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição
forem de uso proibido ou restrito.
FIQUE LIGADO
É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os
integrantes das entidades:
• os integrantes das Forças Armadas;
• os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144
da Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP);
• os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios
com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no
regulamento desta Lei;
• os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do
Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República;
• os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da
Constituição Federal;
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
• os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes
das escoltas de presos e as guardas portuárias;
• integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-
Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário.
Por fim, denoto que consta na lei que os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18
conforme consta em lei, são insuscetíveis de liberdade provisória e conforme explica
a doutrina recente19, a lei se refere a todos os crimes do art. 16, bem como ao
comércio ilegal (art. 17) e ao tráfico internacional de armas de fogo (art. 18). O
Supremo Tribunal Federal, todavia, no julgamento da ADIn 3.112, ocorrido em 2 de
maio de 2007, declarou a inconstitucionalidade desse dispositivo, de modo que,
atualmente, a pessoa presa em flagrante por um desses crimes pode obter a
liberdade provisória, desde que ausentes as vedações do art. 324 do Código de
Processo Penal, ou seja, que o réu não tenha quebrado a fiança anteriormente
concedida, que não tenha descumprido as obrigações de comparecimento a todos
os atos do processo e que estejam ausentes os requisitos da prisão preventiva.
A propósito:
“V — Insusceptibilidade de liberdade provisória quanto aos delitos
elencados nos arts. 16, 17 e 18. Inconstitucionalidade reconhecida, visto
que o texto magno não autoriza a prisão ex lege, em f ace dos princípios da
presunção de inocência e da obrigatoriedade de f undamentação do s
mandados de prisão pela autoridade judiciária competente; (...) IX — Ação
julgada procedente, em parte, para declarar a inconstitucionalidade dos
parágraf os únicos dos artigos 14 e 15 e do artigo 21 da Lei n. 10.826, de 22
de dezembro de 2003” (STF — ADI 3.112, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Tribunal Pleno, julgado em 02/05/2007, DJe 131, p. 538).
No estudo do referido tópico, iremos nos ater ao que tange as condutas mais
usuais definidas como crime por essa lei.
19Gonçalves, Victor Eduardo Rios Legislação penal especial esquematizado® / Victor Eduardo Rios
Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior. – 5. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019. (Coleção
esquematizado® / coordenador Pedro Lenza). 1. Direito penal - Legislação - Brasil I. Título II. Baltazar
Junior, José Paulo III. Lenza, Pedro IV. Série. 2018.
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste
Código20, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo
Penal, se a lei específica não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099,
de 26 de setembro de 1995, no que couber.
FIQUE LIGADO
I - sob a influência de álcool ou qualquer
outra substância psicoativa que determine
Aplica-se aos crimes de trânsito de dependência;
lesão corporal culposa o disposto II - participando, em via pública, de corrida,
nos arts. 74, 76 e 88 da Lei disputa ou competição automobilística, de
no 9.099, de 26 de setembro de exibição ou demonstração de perícia em
1995 (transação penal e suspensão manobra de veículo automotor, não autorizada
condicional do processo) exceto se pela autoridade competente;
o agente estiver: III - transitando em velocidade superior à
máxima permitida para a via em 50 km/h
(cinquenta quilômetros por hora).
Nessas hipóteses, deverá ser instaurado inquérito policial para a i nvestigação da
infração penal
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A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por
efeito de condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional.
Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a
garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a
requerimento do Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade
policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da
habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
A suspensão para dirigir veículo automotor ou a proibição de se obter a permissão
ou a habilitação será sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho
Nacional de Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em que o
indiciado ou réu for domiciliado ou residente.
IMPORTANTE
Imprudência é a prática de um fato perigoso, como dirigir em velocidade excessiva,
atravessar um sinal vermelho, desrespeitar via preferencial.
Negligência é a ausência de uma precaução, como, por exemplo, a falta de
manutenção no freio ou de outros mecanismos de segurança do automóvel, cuja
falha acaba provocando um acidente com morte.
Imperícia é a falta de aptidão para a realização de certa manobra.
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Tem-se, como exemplo, perder o controle de um automóvel na curva e causar
um acidente, sem que tenha havido alguma forma específica de imprudência, mas
pela simples falta de habilidade na condução do automóvel.
Note-se que a caracterização da culpa nos delitos de trânsito provém,
normalmente, do desrespeito às normas disciplinares contidas no próprio Código de
Trânsito (excesso de velocidade, embriaguez, direção na contramão, desrespeito à
sinalização, conversão ou ultrapassagem em local proibido, conversa ao telefone
celular, manobra de marcha à ré sem os cuidados necessários, desrespeito à faixa
de pedestres, transporte de passageiros na carroceria de caminhão ou caminhonete
etc.).
Essas, entretanto, não constituem as únicas hipóteses de configuração do
crime culposo, pois o agente, ainda que não desrespeite as regras disciplinares do
Código, pode agir com inobservância do cuidado necessário e, assim, responder
pelo crime.
FIQUE LIGADO
A ultrapassagem, por exemplo, se feita em local permitido, não confi gura infração
administrativa, mas, se for efetuada sem a necessária atenção, pode dar causa a
acidente e implicar crime culposo.
Vale ressaltar que o perdão judicial, com as regras previstas no Código Penal,
aplica-se aos crimes de trânsito.
De acordo com o art. 121, § 5º, do Código Penal, o juiz pode deixar de aplicar a
pena do homicídio culposo se as consequências do fato delituoso tiverem atin gido o
próprio agente de forma tão grave que sua imposição se mostre desnecessária.
Os casos mais comuns de aplicação do perdão judicial são aqueles em que a
vítima fatal é um parente próximo, cônjuge ou companheiro do réu, ou aqueles em
que o próprio condutor fica também gravemente ferido como consequência do
acidente que provocou.
O perdão judicial é circunstân cia de caráter pessoal e, por isso, não se
comunica no caso de concorrência de culpas, bem como, não precisa ser aceito
para gerar efeito.
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Outrossim, os requisitos necessários para a configuração do crime de lesão
culposa na direção de veículo automotor são os mesmos já estudados referente ao
homicídio culposo. A diferença reside apenas no resultado, pois a vítima não morre
e no montante da pena, que é consideravelmente menor.
Figura21
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Figura22
Figura24.
22 Gonçalves, Victor Eduardo Rios Legislação penal especial esquematizado® / Victor Eduardo Rios
Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior. – 5. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019.
23 Gonçalves, Victor Eduardo Rios Legislação penal especial esquematizado® / Victor Eduardo Rios
Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior. – 5. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019.
24 Gonçalves, Victor Eduardo Rios Legislação penal especial esquematizado® / Victor Eduardo Rios Gonçalves
e José Paulo Baltazar Junior. – 5. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019.
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A embriaguez voluntária ou a culposa não excluem a imputabilidade penal,
segundo a actio libera in causa. Da embriaguez culposa, contudo, só pode advir um
crime culposo.
Se em decorrência da disputa, conhecida como “racha”, ocorre um acidente do
qual resulta a morte, será aplicada a qualificadora do crime em estudo (art. 308, §
2º), ou, ainda, dependendo do caso concreto (modo como se desenrolou a disputa),
responderá o motorista por homicídio doloso, pois não é demasiado entender que
pessoas que se dispõem a tomar parte em disputas, imprimindo velocidade
extremamente acima do limite e ainda em locais públicos, assumem o risco de
causar a morte de outrem (dolo eventual).
Existem diversos casos em que houve condenações por homicídio com dolo
eventual e que foram mantidas pelos tribunais superiores.
“Consoante já se manifestou esta Corte Superior de Justiça, a qualificadora
prevista no inciso IV do § 2º do art. 121 do Código Penal é, em princípio, compatível
com o dolo eventual, tendo em vista que o agente, embora prevendo o resultado
morte, pode, dadas as circunstâncias do caso concreto, anuir com a sua possível
ocorrência, utilizando-se de meio que surpreenda a vítima. Precedentes. 2. Na
hipótese, os réus, no auge de disputa automobilística em via pública, não
conseguiram efetuar determinada curva, perderam o controle do automóvel e o ora
Paciente atingiu, de súbito, a vítima, colidindo frontalmente com a sua motocicleta,
ocasionando-lhe a morte. 3. Nesse contexto, não há como afastar, de plano, a
qualificadora em questão, uma vez que esta não se revela, de forma incontroversa,
manifestamente improcedente. 4. Ordem denegada” (STJ — HC 120.175/SC, Rel.
Min. Laurita Vaz, 5ª Turma, julgado em 02/03/2010, DJe 29/03/2010); e “A conduta
social desajustada daquele que, agindo com intensa reprovabilidade ético jurídica,
participa, com o seu veículo automotor, de inaceitável disputa automobilística
realizada em plena via pública, nesta desenvolvendo velocidade exagerada — além
de ensejar a possibilidade de reconhecimen to do dolo eventual inerente a esse
comportamento do agente —, justifica a especial exasperação da pena, motivada
pela necessidade de o Estado responder, grave e energicamente, a atitude de
quem, em assim agindo, comete os delitos de homicídio doloso e de lesões
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corporais” (STF — HC 71.800, Rel. Min. Celso de Mello, 1ª Turma, julgado em
20/06/1995, DJ 03/05/1996, p. 13899).
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CAPÍTULO 3 – PROCEDIMENTOS RELACIONADOS A LEI DE INTERCEPTAÇÃO
TELEFÔNICA, JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS E PACOTE ANTICRIME.
FIQUE LIGADO
Não houver indícios razoáveis da autoria ou
participação em infração penal;
Não será admitida a interceptação de
A prova puder ser feita por outros meios
comunicações telefônicas quando (art.
disponíveis;
2º e incisos da Lei nº 9.296/1996):
O fato investigado constituir infração penal
punida, no máximo, com pena de detenção.
Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da
investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo
impossibilidade manifesta, devidamente justificada.
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Insta salientar que a decisão que deferir a interceptação deverá ser
fundamentada, sob pena de nulidade, indicando, também, a forma de execução da
diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual
tempo, uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova.
Após, deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os procedimentos de
interceptação, dando ciência ao Ministério Público, que poderá acompanhar a sua
realização.
No caso da diligência possibilitar a gravação da comunicação interceptada,
será determinada a sua transcrição e cumprida a diligência, a autoridade policial
encaminhará o resultado da interceptação ao juiz, acompanhado de auto
circunstanciado, que deverá conter o resumo das operações realizadas.
IMPORTANTE
A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, ocorrerá em autos
apartados, apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal,
preservando-se o sigilo das diligências, gravações e transcrições respectivas.
A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial,
durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento
do Ministério Público ou da parte interessada e o incidente de inutilização será
assistido pelo Ministério Público, sendo facultada a presença do acusado ou de seu
representante legal.
Por fim, ressalto que recentemente, entrou em vigor a Lei nº 13.964/2019,
conhecida como Pacote Anticrime e tendo em vista que a referida lei modificou e
incluiu artigos na Lei de Interceptação Telefônica, passo a destacá-los:
Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá ser autorizada pelo juiz, a
requerimento da autoridade policial ou do Ministério Público, a captação ambiental
de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, quando:
I - a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e igualmente eficazes; e
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II - houver elementos probatórios razoáveis de autoria e participação em infrações
criminais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos ou em infrações
penais conexas.
§ 1º O requerimento deverá descrever circunstanciadamente o local e a forma de
instalação do dispositivo de captação ambiental.
§ 2º (VETADO).
§ 3º A captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15 (quinze) dias,
renovável por decisão judicial por iguais períodos, se comprovada a
indispensabilidade do meio de prova e quando presente atividade criminal
permanente, habitual ou continuada.
§ 4º (VETADO).
§ 5º Aplicam-se subsidiariamente à captação ambiental as regras previstas na
legislação específica para a interceptação telefônica e telemática.
Por fim, vale frisar que captação designa aqui a filmagem ou gravação
realizada pela própria autoridade policial, enquanto a interceptação é a obtenção dos
sinais por meio da interferência em um sistema previamente instalado por terceiro
para fins de filmagem ou gravação. Sinais eletromagnéticos são aqueles gravados
em fita ou banda magnética, enquanto sinais óticos são imagens e acústicos são os
sons, de modo que a lei autoriza a gravação e a filmagem ambientais, bem como a
produção de fotografias, seu registro e análise, para fins de prova, mediante
autorização judicial 26.
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togados e leigos, com competência para a conciliação, o julgamento e a execução
das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão
e continência.
São consideradas infrações penais de menor potencial ofensivo, para os
efeitos da lei nº 9.099/95 27 as contravenções penais e os crimes a que a lei comine
pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
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do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado
ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante,
nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar,
como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência
com a vítima.
Comparecendo o autor do fato e a vítima em audiência, e não sendo possível a
realização imediata da audiência preliminar, será designada data próxima, da qual
ambos sairão cientes.
Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o autor
do fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados por seus
advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da
aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade.
A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz
mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil
competente.
O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica
decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei.
FIQUE LIGADO
Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública
incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá
propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser
especificada na proposta.
Não se admitirá a proposta se ficar comprovado (Artigo 76, § 2º. Lei 9099/95):
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena
privativa de liberdade, por sentença definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela
aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a
adoção da medida.
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Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à
apreciação do Juiz.
IMPORTANTE:
Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz
aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência,
sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de
cinco anos
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• IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para
informar e justificar suas atividades.
O legislador, ao permitir a suspensão condicional do processo (cf. art. 89),
estabeleceu mais uma exceção. Ao oferecer denúncia e fazer a proposta de
suspensão, que, sendo aceita pelo acusado e homologada pelo Juiz, paralisa a
instância com consequente extinção da punibilidade, o Ministério Público desistirá de
prosseguir no processo.
Na doutrina, Rangel salienta que o legislador mais uma vez deixando claro qu e
o importante nas infrações penais de menor e médio potencial ofensivo não é a
punição, mas, sim, a oportunidade dada ao acusado de se reintegrar, desde já, ao
convívio social. Pois a suspensão condicional do processo é um instituto
despenalizador indireto. Nesse caso, da suspensão condicional do processo, o
Ministério Público dispõe da ação penal pública, não por mero capricho ou deleite
pessoal, mas sim para adotar uma via alternativa à pretensão acusatória 28.
Entretanto, sempre movido pelo princípio da legalidade. É a lei que diz a ele quando
caberá a suspensão condicional do processo.
Uma vez dito e preenchidos os requisitos legais, deverá ser feita a proposta de
suspensão condicional do processo, sob pena de, havendo recusa do promotor de
justiça, ser aplicado analogicamente o disposto no art. 28 do Código de Processo
Penal (Súmula 696)29.
Foi visto ao longo de todo o curso, ou seja, em todas as unidades além desta
(unidade 5), diversas alterações por toda lei penal e processual penal advindas da
lei denominada de Pacote Anticrime, deste modo, trarei nesse módulo breves
considerações.
28Rangel, Paulo Direito processual penal / Paulo Rangel. – 27. ed. – São Paulo: Atlas, 2019.
29 SÚMULA 696 Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do
processo, mas se recusando o promotor de justiça a propô -la, o juiz, dissentindo, remeterá a ques t ão
ao procurador-geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do código de p rocesso penal.
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
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A Lei nº 13.964/201930 foi publicada em 24 de dezembro de 2019 e entrou em
vigor no dia 23 de janeiro de 2020.
Entre as principais mudanças trazidas pela lei, devo destacar a mudança de
competência para executar a pena de multa, a qual passou a ser executada pelo
juízo das execuções penais.
“Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será
executada perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de
valor, aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública,
inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da
prescrição.
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
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do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes , para rastrear sua
posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de
crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada
a existência de vestígio.
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial f ica responsável por sua
preservação.
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado
ou recolhido, que se relaciona à inf ração penal.’
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio
nas seguintes etapas:
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios
e local de crime;
III - f ixação: descrição detalhada do vestígio conf orme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames,
podendo ser ilustrada por f otograf ias, f ilmagens ou croqui, sendo
indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito
responsável pelo atendimento;
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio
coletado é embalado de f orma individualizada, de acordo com suas
características f ísicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com
anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o
acondicionamento;
VI - transporte: ato de transf erir o vestígio de um local para o outro,
utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura,
entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas características
originais, bem como o controle de sua posse;
VII - recebimento: ato f ormal de transf erência da posse do vestígio, que
deve ser documentado com, no mínimo, inf ormações ref erentes ao número
de procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem,
nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do
exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identif icação de quem o
recebeu;
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de
acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas,
f ísicas e químicas, a f im de se obter o resultado desejado, que deverá ser
f ormalizado em laudo produzido por perito;
IX - armazenamento: procedimento ref erente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do
laudo correspondente;
X - descarte: procedimento ref erente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da
investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja
f ranquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário,
competindo-lhe especialmente: XVII - decidir sobre a homologação de
acordo de não persecução penal ou os de colaboração premiada, quando
f ormalizados durante a investigação.
Art. 28-A, § 2º, IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica
ou f amiliar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo
f eminino, em f avor do agressor.
§ 3º O acordo de não persecução penal será f ormalizado por escrito e será
f irmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu
def ensor.
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será
realizada audiência na qual o juiz deverá verif icar a sua voluntariedade, por
meio da oitiva do investigado na presença do seu def ensor, e sua
legalidade.
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuf icientes ou abusivas as
condições dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os
autos ao Ministério Público para que seja ref ormulada a proposta de acordo,
com concordância do investigado e seu def ens or.
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz
devolverá os autos ao Ministério Público para que inicie sua execução
perante o juízo de execução penal.
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos
requisitos legais ou quando não f or realizada a adequação a que se ref ere o
§ 5º deste artigo.
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério
Público para a análise da necessidade de complementação das
investigações ou o of erecimento da denúncia.
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução
penal e de seu descumprimento.
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não
persecução penal, o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para f ins
de sua rescisão e posterior of erecimento de denúncia.
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo
investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como
justif icativa para o eventual não of erecimento de suspensão condicional do
processo.
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal
não constarão de certidão de antecedentes criminais, exceto para os f ins
previstos no inciso III do § 2º deste artigo.
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecuç ão penal, o juízo
competente decretará a extinção de punibilidade.
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o
acordo de não persecução penal, o investigado poderá requerer a remessa
dos autos a órgão superior, na f orma do art. 28 deste Código.”
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Art. 5º O art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, passa a vigorar com
as seguintes alterações:
II - roubo:
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso
V);
b) circunstanciado pelo emprego de arma de f ogo (art. 157, § 2º-A, inciso I)
ou pelo emprego de arma de f ogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º -
B);
c) qualif icado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);
III - extorsão qualif icada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de
lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º);
Art. 171, § 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a
vítima f or:
I - a Administração Pública, direta ou indireta;
II - criança ou adolescente;
III - pessoa com def iciência mental; ou
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.” (NR)
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a) interceptação telef ônica, do f luxo de comunicações em sistemas de
inf ormática e telemática ou de outras f ormas de comunicação;
b) af astamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telef ônico;
c) busca e apreensão domiciliar;
d) acesso a inf ormações sigilosas;
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos f undamentais
do investigado;
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do of erecimento da denúncia;
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental;
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art .
399 deste Código;
XV - assegurar prontamente, quando se f izer necessário, o direito outorgado
ao investigado e ao seu def ensor de acesso a to dos os elementos
inf ormativos e provas produzidos no âmbito da investigação criminal, salvo
no que concerne, estritamente, às diligências em andamento;
XVI - def erir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a
produção da perícia;
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou
os de colaboração premiada, quando f ormalizados durante a investigação;
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições def inidas no caput deste
artigo.
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante
representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público,
prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias,
após o que, se ainda assim a investigação não f or concluída, a prisão será
imediatamente relaxada.’
‘Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as inf rações
penais, exceto as de menor potencial of ensivo, e cessa com o recebimento
da denúncia ou queixa na f orma do art. 399 deste Código.
§ 1º Recebida a denúncia ou q ueixa, as questões pendentes serão
decididas pelo juiz da instrução e julgamento.
§ 2º As decisões prof eridas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da
instrução e julgamento, que, após o recebimento da denúncia ou queixa,
deverá reexaminar a necessidade das medidas cautelares em curso, no
prazo máximo de 10 (dez) dias.
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das
garantias f icarão acautelados na secretaria desse juízo, à disposição do
Ministério Público e da def esa, e não serão apensados aos autos do
processo enviados ao juiz da instrução e julgamento, ressalvados os
documentos relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de
provas ou de antecipação de provas, que deverão ser remetidos para
apensamento em apartado.
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na
secretaria do juízo das garantias.’
‘Art. 3º-D. O juiz que, na f ase de investigação, praticar qualquer ato incluído
nas competências dos arts. 4º e 5º deste Código f icará impedido de
f uncionar no processo.
Parágraf o único. Nas comarcas em que f uncionar apenas um juiz, os
tribunais criarão um sistema de rodízio de magistrados, a f im de atender às
disposições deste Capítulo.’
‘Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conf orme as normas de
organização judiciária da União, dos Estados e do Distrito Federal,
observando critérios objetivos a serem periodicamente divulgados pelo
respectivo tribunal.’
‘Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras
para o tratamento dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer
autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa
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submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, administrativa e
penal.
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último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágraf o únic o d o
art. 312 deste Código.
§ 5º O juiz poderá, de of ício ou a pedido das partes, revogar a medida
cautelar ou substituí-la quando verif icar a f alta de motivo para que subsista,
bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justif iquem.
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não f or cabível
a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste
Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá
ser justif icado de f orma f undamentada nos elementos presentes do caso
concreto, de f orma individualizada.” (NR)
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo
estabelecido no caput deste artigo, a não realização de audiência de
custódia sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a
ser relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de
imediata decretação de prisão preventiva.” (NR)
“Art. 311. Em qualquer f ase da investigação policial ou do processo penal,
caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério
Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade
policial.” (NR)
“Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou
para assegurar a aplicação da lei p enal, quando houver prova da existência
do crime e indício suf iciente de autoria e de perigo gerado pelo estado de
liberdade do imputado.
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e
f undamentada em receio de perigo e existência conc reta de f atos novos ou
contemporâneos que justif iquem a aplicação da medida adotada.” (NR)
“Art. 313 § 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a
f inalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência
imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de
denúncia.” (NR)
“Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva
será sempre motivada e f undamentada.
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra
cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de f atos novos ou
contemporâneos que justif iquem a aplicação da medida adotada.
A Lei de Execução Penal trouxe um novo tabelamento para a progressão de
regime, no art. 112, algo muito mais realista em f ace da criminalidade
reinante.
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em f orma
progressiva com a transf erência para regime menos rigoroso, a ser
determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: § 1º Em
todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se
ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do
estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre
motivada e precedida de manif estação do Ministério Público e do def ens o r,
procedimento que também será adotado na concessão de livramento
condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previs t o s
nas normas vigentes.
§ 5º Não se considera hediondo ou eq uiparado, para os f ins deste artigo, o
crime de tráf ico de drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23
de agosto de 2006.
§ 6º O cometimento de f alta grave durante a execução da pena privativa de
liberdade interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de
cumprimento da pena, caso em que o reinício da contagem do requisito
objetivo terá como base a pena remanescente.
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O livramento condicional incorporou determinada tendência da jurisprudência
majoritária. Criou-se uma fórmula interessante de se detectar enriquecimento ilícito,
além de prever novas causas de suspensão da prescrição. Somente esta alteração
permitirá um ganho enorme, evitando-se impunidade de quem manipula recursos
protelatórios.
Art. 112. a) condenado pela prática d e crime hediondo ou equiparado, com
resultado morte, se f or primário, vedado o livramento condicional; VIII - 70%
(setenta por cento) da pena, se o apenado f or reincidente em crime
hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento
condicional. § 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime
será sempre motivada e precedida de manif estação do Ministério Público e
do def ensor, procedimento que também será adotado na concessão de
livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os
prazos previstos nas normas vigentes.
Por fim, outros crimes como a extorsão qualificada pela restrição da liberdade
da vítima e o roubo com arma de fogo e com arma de uso restrito ou proibido, foram
incluídos na categoria de hediondos, o mesmo caminho tomou o furto com uso de
explosivos.
Art. 5º O art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, passa a vigorar com
as seguintes alterações: III - extorsão qualif icada pela restrição da liberdade
da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); II - roubo:
b) circunstanciado pelo emprego de arma de f ogo (art. 157, § 2º -A, inciso I)
ou pelo emprego de arma de f ogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º -
B); IX - f urto qualif icado pelo emprego de explosivo ou de artef ato análogo
que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A).
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REFERÊNCIAS
COSTA, Marli Marlene Moraes da. RITT, Caroline Fockink. O Estatuto do Idoso e o
Combate à Violência: Principais Aspectos da Parte Penal. Ministério Público do
Estado de Goiás. Disponível em:
http://www.mpgo.mp.br/portal/system/resources/W1siZiIsIjIwMTMvMDQvMjUvMTZf
MjdfNTZfNjQyX09fRXN0YXR1dG9fZG9fSWRvc29fZV9vX2NvbWJhdGVfXHUwMGU
wX3Zpb2xcdTAwZWFuY2lhX2NvbnRyYV9vX2lkb3NvLnBkZiJdXQ/O%20Estatuto%2
0do%20Idoso%20e%20o%20combate%20%C3%A0%20viol%C3%AAncia%20contr
a%20o%20idoso.pdf . Acesso em 17.04.2020.
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm. Brasília, 23 de setembro de 1997.
Messa, Ana Flávia. Prática penal para exame da OAB / Ana Flávia Messa. – 11. ed.
– São Paulo : Saraiva Educação, 2020.
Prática forense : prática penal / Fernando Marques...[et al.] – São Paulo : Saraiva
Educação, 2019. (Coleção Prática Forense / coordenada por Darlan Barroso e
Marco Antonio Araujo Junior) 1. Direito 2. Direito penal - Brasil 3. Prática forense 4.
Ordem dos Advogados do Brasil - Exames I. Tı́tulo II. Marques, Fernando III.
Barroso, Darlan IV. Araujo Junior, Marco Antonio V. Série.
Rangel, Paulo. Direito processual penal / Paulo Rangel. – 27. ed. – São Paulo:
Atlas, 2019.
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