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MATEMÁTICO EM GEOMETRIA
O reforço escolar tem insurgido como instrumento frente à repetência escolar, que
configurasse como uma realidade apresentada em diversas escolas brasileiras. Diante
de quadro, esse projeto tem como objetivo analisar indícios do desenvolvimento da
aprendizagem dos estudantes do 9º ano durante o reforço escolar em conceitos de
Geometria. Como procedimentos metodológicos realizaremos uma pesquisa de cunho
qualitativa e quantitativa, na qual realizaremos uma triangulação de dados para a
análise diagnóstica do desenvolvimento do pensamento matemático dos participantes
da pesquisa.
1.INTRODUÇÃO
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Graduação do curso X pela Universidade Y e Pós-Graduação do curso Z pela Universidade T.
emaildoaluno@paracontato.com
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educativa que auxilia o aluno a aprender conteúdos que não foi possível na escola.
Professores são contratados pelos pais dos alunos para ajudarem nas atividades
escolar.
Assim, surge a seguinte questão-problema: Que contribuições o reforço escolar
pode propiciar para o desenvolvimento de competências matemáticas no processo de
aprendizagem? O projeto justifica-se pelo fato de que o reforço escolar em Matemática
pode ser um instrumento didático-pedagógico que possibilitará sanar as dificuldades de
aprendizagem relacionadas a conceitos matemáticos e que muitas vezes não são
consolidadas durante o período escolar, por exigirem em uma atenção diferenciada
para esses alunos que apresentam déficits de aprendizagem.
Diante desse contexto, este projeto de pesquisa tem como objetivo geral analisar
indícios do desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes do 9º ano durante o
reforço escolar em conceitos de Geometria. Como objetivos específicos pretende-se
compreender as ações didático-pedagógicas desenvolvidas pelo professor durante as
aulas de reforço e verificar as elaborações conceituais realizadas pelos estudantes e os
reflexos do desenvolvimento a partir do reforço escolar.
2.DESENVOLVIMENTO
Desta forma, Saviani e Vigotski estão de acordo com o convívio de indivíduos com
diferentes níveis de experiências. Assim é de grande relevância a atuação do orientador
mediador para uma aprendizagem escolar significativa no reforço em geometria.
A Geometria é uma área extensa e rica para um ensino que envolve uma investigação
e exploração de atividades que sobrepõe resolução de problemas e memorização de
fórmulas. Scheffer (2006, p. 3 apud Pavanello)1Eles sinalizam para que o ensino de
geometria seja de uma forma que utilize uma metodologia usando materiais didáticos
manipuláveis.
Os materiais manipuláveis podem potencializar o desenvolvimento de habilidades
para que o aluno possa analisar e resolver os problemas com uma melhor
aprendizagem. Nesse contexto temos alguns estudiosos que realizaram seus estudos
nessa temática. Por exemplo, Moura (1996); Murari (2011); Nacarato (2005) que
contribuem significativamente para fundamentação desta pesquisa.
Para que o reforço escolar alcance seus objetivos, o orientador deverá ter um
domínio dos conteúdos a serem trabalhados extraclasse e diante das dificuldades
apresentadas pelo aluno, encontrará meios didáticos e compreensivos para que o aluno
tenha aquela aprendizagem significativa no meio escolar e quotidiano.
Além disso, enfatiza-se que o professor sai da sua colocação de dono do
conhecimento e vira objeto, por causa do desejo do aluno em adquirir conhecimento. E
nesse sentido salienta Pereira:
Pereira cita Freire que “suporta o ato de educar, lhe é reservado um lugar de
objeto na relação com o aluno [ ... ] no instante em que suporta esse lugar - seja
de identificações, fantasias, crenças, valores e idealizações - ele causará no
discente um movimento contínuo de retificação e reposicionamento subjetivo,
de mover o seu desejo de saber, pois toda a ação do aluno passa pelo olhar do
professor, no que tange às projeções do primeiro” (2008, p. 177 apud MOTA,
2011, p. 442).
para evasão e o fracasso escolar. O professor não deverá ser um mero transmissor de
conteúdos e sim um orientador, um facilitador no processo de aprendizagem, com uma
relação entre professor - aluno que venha a favorecer o pensamento matemático.
Segundo Tacca (2008), o pensamento que o discente tem sobre o professor e os
métodos utilizados em aula constitui um dos fatores que poderá afastar ou atraí-los em
aula. Neste pensamento, o professor deverá contribuir com os alunos de forma que se
tenha uma interação baseada no diálogo.
Constituição Federal de 1988, em seu artigo 205 reconhece a educação como
direito fundamental compartilhado entre Estado, família e sociedade ao
determinar que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família,
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
cabe destacar que a Geometria está ligada à Matemática e estas, por sua vez, são
muito antigas. A civilização babilônica, segundo alguns historiadores, talvez seja a
precursora dos estudos geométricos. Afinal de contas os babilônicos utilizavam nas
construções, os famosos zigurates egípcios que eram centros de adoração aos deuses
babilônicos. A geometria na Babilônia também era usada para observar os astros.
Um destaque muito interessante relacionado à Geometria utilizada pelos babilônios é
que eles utilizavam a geometria para prever a localização do maior Planeta do Sistema
Solar, Júpiter. Isso era feito através de um método muito curioso.
Em 2016 foi descoberto pelo arqueastrônomo Math Ossendrijver que os
babilônios já utilizavam geometria para prever a localização do planeta Júpiter.
O método, descoberto em quatro tabletas, consiste na construção de um gráfico
que representa o avanço da posição do astro pelo céu depois de 60 e 120 dias,
a partir do momento que ele nasce no horizonte. (RODRIGUES, 2020, p. 6).
Júpiter era um dos deuses venerados pelos babilônios, talvez essa seja a razão
por quererem saber onde fica a posição deste Planeta. Para Monteiro (2015) observa-
se que outros povos antigos também se utilizaram da geometria para medir e calcular,
como por exemplo os hindus, chineses e egípcios, mas é na Grécia, local onde grandes
matemáticos deram formas definitiva aos conhecimentos geométricos. Mas afinal de
contas como o ensino da Geometria chega ao Brasil? Durante um tempo o ensino da
matemática no Brasil estava ligado a Companhia de Jesus, responsáveis por trazer a
primeira escola ao Brasil, localizada na primeira capital do Brasil, Salvador (ANGELO,
BARBOSA E SANTOS, 2020, p. 3). A geometria é vista com certas dificuldades não só
para os alunos, mas também para muitos educadores, até mesmo aqueles com a
formação em Licenciatura em Matemática. A geometria fez parte dos três períodos da
História do Brasil, o Brasil Colônia, Brasil Império e no Brasil República. Importante
observer que até mesmo o uso da geometria está ligado aos conceitos de dominação
impostos pelo eurocentrismo típicos do colonialismo nos parâmetros do imperialismo.
No século XVII, Portugal enviou especialistas ao Brasil para formarem pessoas
capacitadas em fortificações militares, dando origem às aulas de fortificação em 1699.
A partir dessas aulas, surgiram os dois primeiros livros em português, escritos por
Alpoim, em 1744: O exame de artilheiros e o Exame de Bombeiros. (ANGELO,
BARBOSA E SANTOS, 2020, p. 4)
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3.CONCLUSÃO
passam a assistir mais aulas em ferramentas como o Youtube visando aprimorar seus
conhecimentos ou tentar entender melhor o conteúdo proposto. Observa-se que a
busca pelo reforço escolar em matemática é algo que acontece nos países de 1º
Mundo, no entanto o que se percebe é que em muitos países, diferente do Brasil, se
busca um reforço como complemento, como aulas extras, para se ter mais
conhecimento e mais currículo. Aqui no Brasil a realidade é outra, o reforço serve como
aulas que farão com o que o aluno entenda aquilo que não foi entendido em sala, o
sentido em si não é de reforço e sim de aprender mesmo o conteúdo.
3.REFERÊNCIAS
DO CARMO NARCISO, Ana Lucia et al. O reforço escolar como um espaço para
superação de dificuldades em matemática. TANGRAM-Revista de Educação
Matemática, v. 4, n. 4, p. 182-193, 2021.
MOTA, Maria Creusa. O reforço escolar na educação integral: uma leitura a partir da
psicanálise. 2011. 92 f., il. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de
Brasília, Brasília, 2011. Disponível em:
http://repositorio.se.df.gov.br/bitstream/123456789/604/1/MariaCreusaMota.pdf. Acesso
em: 4 de dez de 2020.
COSTA, Jorge Adelino et al. Reforço escolar: análise comparada dos meandros de um
fenômeno em crescimento. Educação Unisinos, v. 17, n. 03, p. 205-214, 2013.