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TECNOLOGIA E LUDICIDADE NO ENSINO DE MATEMÁTICA: UMA

EXPERIÊNCIA COM O WORDWALL NO PIBID

Jeane do Socorro Costa da Silva1


Lucicleia Chagas Magno2
Laylson Paulo Silva de Castro3
Ruan Wenderson de Oliveira Sousa4
Wallace do Carmo Muniz5

Resumo: O ensino de geometria plana no 8º ano enfrenta o desafio de tornar conceitos


abstratos mais concretos e facilitar a visualização e manipulação de figuras geométricas. A
experimentação com desenho surge como uma metodologia inovadora para promover a
aprendizagem significativa e despertar o interesse dos alunos. Essa metodologia se baseia em
três pilares: experimentação, desenho e interação. Os alunos são incentivados a realizar
atividades práticas com figuras geométricas, utilizando o desenho para registrar descobertas,
organizar ideias e comunicar o conhecimento. A interação entre os alunos é fundamental para
a troca de experiências, resolução de problemas e construção colaborativa do conhecimento.

Palavras-chave: Experimentação, Desenho, Geometria Plana, Aprendizagem Significativa.

TECHNOLOGY AND PLAYFULNESS IN MATHEMATICS TEACHING: AN


EXPERIENCE WITH THE WORDWALL IN PIBID

Abstract: The teaching of plane geometry in the 8th year faced the challenge of making
abstract concepts more concrete and facilitating the visualization and manipulation of
geometric figures. Experimentation with drawing emerges as na innovative methodology to
promote meaningful learning and awaken students’ interest. This methodology is based on
three pillars: experimentation, design and interaction. Students are encouraged to carry out
practical activities with geometric figures, using drawing to record discoveries, organize ideas
and communicate knowledge. Interaction between students is fundamental for the exchange of
experiences, problem solving and collaborative construction of knowledge.

Keywords: Experimentation, Drawing, Plane Geometry, Meaningful Learning.


INTRODUÇÃO
O presente artigo relata uma experiência de ensino de geometria plana no 8º ano do Ensino
Fundamental em uma escola pública de Belém do Pará. A pesquisa teve como objetivo
investigar o potencial do desenho como ferramenta de aprendizagem para promover a
compreensão dos conceitos geométricos pelos alunos.

Discussão teórica
A discussão Teórica da Geometria Plana: Uma Jornada Através de Conceitos e Fundamentos

A geometria plana, um ramo da matemática dedicado ao estudo de figuras


geométricas em duas dimensões, possui uma rica história e um conjunto de fundamentos que
moldam sua estrutura teórica. Para desvendarmos essa área fascinante, embarcaremos em
uma jornada exploratória, percorrendo seus principais conceitos, axiomas, sistemas dedutivos
e aplicações em diversas áreas do conhecimento.

1. Conceitos Fundamentais:
 Pontos: Entidades básicas, sem dimensões, que servem como base para a
construção de figuras geométricas.
 Retas: Linhas infinitas em apenas uma direção, definidas por dois pontos distintos.
 Planos: Superfícies infinitas em duas dimensões, com extensão ilimitada em todas
as direções.
 Ângulos: Figuras geométricas formadas por duas semirretas com um vértice
comum.
 Polígonos: Figuras geométricas fechadas formadas por segmentos de reta que se
interceptam em pontos específicos.
 Círculos: Figuras geométricas planas delimitadas por uma circunferência,
equidistantes de um ponto central.

2. Axiomas e Sistemas Dedutivos:

A geometria plana se baseia em um conjunto de axiomas, proposições básicas


consideradas verdadeiras sem necessidade de prova. A partir desses axiomas, sistemas
dedutivos como a geometria euclidiana são construídos, utilizando lógica e dedução para
gerar novos teoremas e corolários.
3. Aplicações da Geometria Plana:
A geometria plana encontra aplicações em diversas áreas, como:

 Arquitetura e Engenharia: No projeto de construções, plantas baixas, pontes, edifícios e


outros projetos que exigem precisão e cálculo de medidas.
 Astronomia: No estudo da posição e movimento de planetas, estrelas e outros corpos
celestes, utilizando trigonometria e relações geométricas.
 Cartografia: Na criação de mapas e representações da superfície terrestre, utilizando
conceitos de escala, projeções e coordenadas.
 Artes Visuais: Na criação de obras de arte com proporções, perspectiva e formas
geométricas, como pinturas, esculturas e arquitetura.
 Ciências da Computação: No desenvolvimento de algoritmos, gráficos e interfaces
gráficas, utilizando princípios de geometria computacional.

4. Discussões Atuais:

A geometria plana não se limita a um conjunto de teoremas e fórmulas estáticas.


Discussões e pesquisas contemporâneas exploram novas perspectivas, como:

 Geometrias não euclidianas: Investigando sistemas geométricos alternativos à


geometria euclidiana, com diferentes propriedades e aplicações.
 Geometria fractal: Estudando formas geométricas complexas e auto-similares,
presentes na natureza e em diversos sistemas dinâmicos.
 Geometria computacional: Utilizando algoritmos e ferramentas computacionais para
resolver problemas geométricos e gerar modelos tridimensionais.

5. Conclusão:

A geometria plana, com seus fundamentos sólidos e aplicações abrangentes, se


configura como uma área fundamental para o desenvolvimento do conhecimento científico,
tecnológico e artístico. A compreensão dos seus conceitos, axiomas e sistemas dedutivos nos
permite interpretar o mundo ao nosso redor com maior precisão e compreender a beleza e a
ordem presentes nas formas geométricas que permeiam a natureza e as criações humanas.

6. Observações:
Este resumo serve como ponto de partida para uma exploração mais profunda da geometria
plana.
 Consulte livros, artigos e outros recursos para aprofundar seus conhecimentos sobre
os diversos tópicos mencionados.
 Explore as aplicações da geometria plana em diferentes áreas do conhecimento para
ampliar sua perspectiva.
 Participe de debates e pesquisas sobre novas perspectivas em geometria para
contribuir para o avanço dessa área fascinante.

Processos metodológicos da atividade


A pesquisa se baseou em uma metodologia qualitativa, utilizando a experimentação
com desenho como principal ferramenta de coleta de dados. A turma do 8º ano foi dividida
em grupos e cada grupo recebeu uma atividade específica relacionada à geometria plana. As
atividades foram desenvolvidas de forma lúdica e interativa, utilizando materiais como lápis,
papel, régua, compasso e outros recursos manipuláveis.

Discussão dos resultados


Os resultados da pesquisa corroboram com a literatura que destaca a importância da
experimentação e da interação social na aprendizagem de matemática. O desenho, como
ferramenta de ensino, permite que os alunos construam seus conhecimentos de forma ativa e
significativa, promovendo o desenvolvimento da autonomia, da criatividade e da capacidade de
resolução de problemas.
Os resultados da pesquisa indicaram que o uso do desenho como ferramenta de aprendizagem
contribuiu significativamente para a compreensão dos conceitos geométricos pelos alunos.
Através da experimentação com desenho, os alunos puderam:
 Visualizar e manipular figuras geométricas de forma concreta.
 Explorar propriedades geométricas de forma lúdica e interativa.
 Investigar relações métricas entre diferentes elementos geométricos.
 Descobrir relações entre diferentes figuras geométricas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Experiência de ensino com desenho demonstrou ser uma estratégia eficaz para o
ensino de geometria plana no 8º ano. O uso do desenho como ferramenta de aprendizagem
contribuiu para a compreensão dos conceitos geométricos pelos alunos, de forma lúdica,
interativa e significativa.

Recomendações:
Recomenda-se a implementação do método de desenho em outras turmas e
disciplinas.
É importante destacar a necessidade de formação continuada dos professores para o
uso de metodologias inovadoras no ensino de matemática.
Sugere-se a realização de novas pesquisas que investiguem o potencial do desenho
como ferramenta de aprendizagem em outras áreas do conhecimento.

Nesse ínterim, nossa participação no programa PIBID logo no início da formação inicial, possibilitou
uma aproximação entre o conhecimento produzido no ambiente universitário e escolar, podendo assim,
desenvolver reflexões acerca da realidade do ensino básico e, fundamentalmente, das práticas docentes,
pois como futuro professores pretendemos a partir das observações feitas temos a pretensão de atuar de
maneira crítica e construtiva na profissão que escolhemos.

Assim, o programa PIBID oferece aos alunos das licenciaturas a possibilidade de experimentar de fazer
reflexões como essas, colocando assim em prática as teorias que geralmente fazem parte do currículo do
curso, por isso é imprescindível divulgações mais amplas no meio acadêmico sobre a importância de
integrar em programas de extensão universitária como este.

Assim, variados foram os percursos que enveredamos para chegar no consenso da irremediável ação de
assumir um papel crítico perante a construção de saberes práticos teóricos na formação inicial e,
posteriormente nas práticas como docentes construtores de ambientes de aprendizagens adequados para o
ensino de Matemática, visto que rever nossas práticas é fator primordial para conseguir amenizar as
dificuldades e desinteresses pela disciplina cujos alunos, possivelmente, apresentarão, tendo como base a
experiência que pudemos vivenciar, para que possamos contribuir para a melhoria da qualidade da
educação tendo como foco principal a formação de sujeitos críticos e transformadores de sua realidade.

É por conta dessa discursão que propomos que sejam criados ambientes de divulgação sobre o os
benefícios que o programa PIBID traz para a bagagem acadêmica do licenciando não só em matemática,
mas nas outras áreas também, além da socialização de outras experiências vivenciadas tornando-se
essencial a adaptação do ensino, em particular, novas pesquisas e atividades que mostrem os benefícios
da utilização de plataformas digitais voltadas para a educação, em particular o Wordwall, pois houve
dificuldades para conseguir materiais, os quais trabalhassem com essa ferramenta, principalmente, no
ensino de matemática. Por conseguinte, para que haja um desempenho mais significativo e qualitativo
para a aprendizagem dos alunos e motivação para estudar os conteúdos e participar na sala de aula.
Referências

Coxeter, H. S. M. (1969). Introdução à geometria. Rio de Janeiro: Zahar.

Euclid. (1956). The thirteen books of Euclid’s Elements (T. L. Heath, Trad.). New York:
Dover Publications.

Hilbert, D. (1902). Foundations of geometry (E. J. Townsend, Trad.). Chicago: Open Court
Publishing Company.

Manning, H. P. (1967). Geometry of four dimensions. New York: Dover Publications.

Weeks, J. R. (2008). The shape of space (2nd ed.). New York: CRC Press.

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