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INTERVENÇÃO Geometria:

PEDAGÓGICA Localização e
MATEMÁTICA Deslocamento
CONHECIMENTOS ESPACIAIS
o O conhecimento espacial é um dos temas da Geometria a que muitos professores não
dão a devida importância por acreditar que eles podem ser compreendidos de forma
intuitiva, conforme as experiências do cotidiano.

o Aprender a se localizar em um espaço determinado - como uma cidade -, indicar um


itinerário e seguir orientações de direção são ações que podem ser aprendidas no dia a
dia.
o Contudo a escola tem de garantir que todos os alunos desenvolvam tais habilidades. 
O QUE NOS DIZ A BNCC
“A Matemática não se restringe apenas à quantificação de fenômenos
determinísticos – contagem, medição de objetos, grandezas – e das técnicas de
cálculo com os números e com as grandezas, pois também estuda a incerteza
proveniente de fenômenos de caráter aleatório. A Matemática cria sistemas
abstratos, que organizam e inter-relacionam fenômenos do espaço, do movimento,
das formas e dos números, associados ou não a fenômenos do mundo físico. Esses
sistemas contêm ideias e objetos que são fundamentais para a compreensão de
fenômenos, a construção de representações significativas e argumentações
consistentes nos mais variados contextos.”
LETRAMENTO MATEMÁTICO
“O Ensino Fundamental deve ter compromisso com o desenvolvimento
do letramento matemático45, definido como as competências e habilidades de
raciocinar, representar, comunicar e argumentar matematicamente, de modo a
favorecer o estabelecimento de conjecturas, a formulação e a resolução de
problemas em uma variedade de contextos, utilizando conceitos, procedimentos,
fatos e ferramentas matemáticas. É também o letramento matemático que
assegura aos alunos reconhecer que os conhecimentos matemáticos são
fundamentais para a compreensão e a atuação no mundo e perceber o caráter de
jogo intelectual da matemática, como aspecto que favorece o desenvolvimento do
raciocínio lógico e crítico, estimula a investigação e pode ser prazeroso (fruição).”
A GEOMETRIA NO ENSINO
FUNDAMENTAL
“A Geometria envolve o estudo de um amplo conjunto de conceitos e
procedimentos necessários para resolver problemas do mundo físico e de
diferentes áreas do conhecimento. Assim, nessa unidade temática, estudar posição
e deslocamentos no espaço, formas e relações entre elementos de figuras planas e
espaciais pode desenvolver o pensamento geométrico dos alunos. Esse pensamento
é necessário para investigar propriedades, fazer conjecturas e produzir argumentos
geométricos convincentes. É importante, também, considerar o aspecto funcional
que deve estar presente no estudo da Geometria: as transformações geométricas,
sobretudo as simetrias. As ideias matemáticas fundamentais associadas a essa
temática são, principalmente, construção, representação e interdependência.”
QUANTO A LOCALIZAÇÃO E
DESLOCAMENTO
“No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, espera-se que os alunos
identifiquem e estabeleçam pontos de referência para a localização e o
deslocamento de objetos, construam representações de espaços
conhecidos e estimem distâncias, usando, como suporte, mapas (em
papel, tablets ou smartphones), croquis e outras representações.”
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE MATEMÁTICA PARA
O ENSINO FUNDAMENTAL

1.Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de

produzir argumentos convincentes, recorrendo aos conhecimentos

matemáticos para compreender e atuar no mundo.

2.Compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos diferentes

campos da Matemática (Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e

Probabilidade) e de outras áreas do conhecimento, sentindo segurança

quanto à própria capacidade de construir e aplicar conhecimentos

matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de

soluções.
1.Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias
digitais disponíveis, para modelar e resolver problemas cotidianos,
sociais e de outras áreas de conhecimento, validando estratégias e
resultados.

2.Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando


coletivamente no planejamento e desenvolvimento de pesquisas para
responder a questionamentos e na busca de soluções para problemas,
de modo a identificar aspectos consensuais ou não na discussão de
uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos colegas
e aprendendo com eles.
O Mundo no Papel

As implicações conceituais e cognitivas da leitura e da escrita

David R. Olson, 344 págs., Ed.Ática, São Paulo

Fora do meu escritório, próximo à porta, há uma planta - na verdade, um simples esquema - do andar térreo do prédio, a Unidade de Desenvolvimento

Cognitivo do MRC, em Londres, onde escrevo este trabalho na qualidade de professor visitante. Perto do centro da planta destaca-se uma seta com os

dizeres "Você está aqui". Como qualquer planta que funciona, esta orienta o observador em seus deslocamentos no interior do prédio.

Mas, num sentido profundo, que normalmente passa despercebido, esses dizeres são anômalos. Não preciso de uma planta ou um mapa que me diga

onde estou. Eu sei onde estou: estou bem aqui, exatamente onde estou. A planta, por assim dizer, me contradiz, insistindo em que estou no ponto

indicado pela seta; procura transportar-me do lugar onde estou firmemente situado, os pés no chão, para um ponto em uma geometria de linhas e

ângulos.

Os mapas são, talvez, o meio mais evidente de nos colocar no papel, a nós e ao mundo. Não nos detivemos o suficiente no fato de que nossas

representações têm como nos dizer, nos ditar, o que somos e onde estamos. Não estamos em parte alguma até que nossa localização seja identificada no

mapa; se quisermos realmente saber onde estamos, teremos de encarar o mapa; ele nos dirá onde estamos - como se já não o soubéssemos.
SUGESTÃO DE
ATIVIDADES
- Existem conhecimentos espaciais cuja aquisição requer um trabalho sistemático, por exemplo, a
interpretação de uma representação gráfica.
-
- É necessário propor problemas que apresentem dificuldades aos alunos para que eles produzam
conhecimentos práticos espaciais que as situações cotidianas e os jogos não lhes permitem elaborar.

- É possível pensar em questões que incluam representações gráficas e descrições orais e escritas. Ao
ter de oferecer ou interpretar informações para localizar objetos em determinado espaço, os estudantes
avançam progressivamente no domínio de um vocabulário específico que permite dar uma localização
mais ajustada.
-
- O espaço de trabalho coletivo - no qual se discutem as imprecisões das indicações, os acertos e os
erros - é essencial para promover avanços na apropriação e no uso de um vocabulário cada vez mais
próximo dos termos e códigos de uso social.
SUGESTÃO DE ATIVIDADES

oVídeo: Matemática é D+ (Organização


Espacial - 3ª série)
https://www.youtube.com/watch?v=_GuA
Qh4QNA0&t=75s
- Quais percursos é possível fazer para visitar, obrigatoriamente, os
espaços do macaco, da onça pintada e do jacaré?

- Quais animais estão próximos do hipopótamo?


- Em que alameda fica o leão?

- Quais indicações podem ser dadas para ajudar uma pessoa que
não conhece o local a chegar até a área dos felinos. Qual dos dois
acessos facilita o percurso?

- Quantas áreas de descanso existem nesse zoológico? Quantos


banheiros? Quantos restaurantes?

- Quais alamedas fazem parte da área dos répteis?

- Com base na rosa dos ventos representada ao lado, é possível


dizer que a girafa está na região sul do zoológico? E o elefante, em
que região ele está? Quais animais estão na região norte?

- Qual o caminho mais curto para visitar o rinoceronte, as cobras e


os tucanos ao entrar no zoológico pelo acesso 1?
     
oGoogle Earth
ohttps://google-earth.gosur.com/en/

oJogos: Minecraft - The Sims - Batalha Naval

oCaça ao tesouro com pistas


ALÉM DE ESTRATÉGIAS
Para além de estratégias e atividades este é o momento de analisarmos nossa prática.
Fazendo perguntas como:

Como posso melhorar?


Estou repetindo velhos erros?
Por que os alunos não se interessam ou se interessam pouco?
O que posso fazer para mudar tal quadro?
Que modelos de educação usar?
DICAS DE LEITURA
BIBLIOGRAFIA

Ensinar: Tarefa para Profissionais, Beatriz Cardoso, Delia Lerner, Neide


Nogueira e Tereza Perez (orgs.), 
406 págs., Ed. Record,

O Diálogo entre Ensino e Aprendizagem, Telma Weisz, 136 págs., 


Ed. Ática,

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