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Gabriella Freitas Silva
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Laura Victorya Rodrigues de Oliveira
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Stephany Maria Pereira da Silva
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Por muitos o origami foi visto apenas como uma arte que se baseia em repetições e que
não apresentava nenhum significado pedagógico, sendo utilizado apenas como passatempo.
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Universidade Federal de Pernambuco, gabsfreittassilva@outlook.com.
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Universidade Federal de Pernambuco, victorya_laura@hotmail.com.
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Universidade Federal de Pernambuco, stephany_jenniffer@hotmail.com.
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ORIGAMI: UM INSTRUMENTO PARA O ENSINO DE GEOMETRIA NO ENSINO BÁSICO
SILVA, OLIVEIRA E SILVA
Sabe-se que ensinar Geometria se torna uma tarefa complicada para os professores, pois
possui conceitos e representações abstratas que muitas vezes são de difícil percepção por parte
dos alunos, o professor em sua formação inicial, muitas vezes não tem contato com formas
não tradicionais de abordar esses conteúdos. Com o intuito de diversificar o ensino da
Matemática, a utilização de objetos concretos auxilia o aluno a dar significado ao que está
sendo aprendido. A utilização do origami cumpre o papel de representar de maneira concreta
o que está sendo ensinado, dando uma visão mais completa de formas geométricas na qual o
aluno possa se desvincular apenas da imaginação e reconhecer os conceitos por meio de
objetos manipuláveis. NÉIA e SILVA (2016) argumenta que “A aprendizagem da Matemática
consiste em criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado
às ideias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar,
discutir e criar.”
Esta oficina busca apresentar para professores, o origami como ferramenta para auxiliar
no ensino e na visualização de conceitos geométricos tais como: sólidos platônicos, poliedros
convexos cujas faces são polígonos regulares, ângulos, área, perímetro, região poligonal, retas
paralelas, perpendiculares, diagonal de uma região poligonal, mediana e bissetriz. As formas
de ensino tradicional em que se tem apenas uma aula expositiva e exercícios de fixação acaba
por engessar o desenvolvimento cognitivo do aluno. Em contrapartida, uma aprendizagem
significativa se dá por meio de aulas mais dinâmicas e da utilização de materiais de forma a
atrair o aluno, como orienta a Base Curricular Comum para as redes públicas de ensino de
Pernambuco (BRASIL, 2008) os alunos precisam desenvolver as competências de raciocinar,
fazer abstrações com base em situações concretas, generalizar, organizar e representar, visto
isso, o origami será um auxiliar do professor nessa metodologia.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 O Origami como ferramenta metodológica diversificada no ensino de
Geometria
O termo Origami deriva de duas palavras, Ori que significa dobrar e Kami que
significa papel, desta forma a expressão em sua totalidade torna-se a palavra Origami, que
assim como cita Freitas (2013, p. 8, apud FREITAS E NOGUEIRA, 2016, p. 2), “a arte de
criar figuras diversas utilizando-se apenas papéis e dobraduras, sem cortá-los ou colá-los.”. A
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respeito da criação desta arte, acredita-se que tenha surgido no Japão no mesmo período em
foi trazido ao país o papel, pelos monges budistas, e por causa do alto valor do papel recém
chegado, o Origami era uma produção exclusiva dos nobres e utilizado em cerimônias
religiosas.
Apenas em 1837 data-se que houve a primeira utilização desta arte com relação com a
matemática a qual foi feita pelo alemão Friedrich Froebel ao utilizar a papiroflexia, onde a
criança dobrando o papel deveria identificar princípios da geometria euclidiana. O inglês
Arthur H. também utilizou o origami como forma de reconhecer conceitos matemáticos de
maneira divertida por meio de flexágonos, como cita Freitas e Nogueira (2016).
A geometria se faz presente nas mais variadas formas em nosso cotidiano, além de
constituir uma parte importante no currículo de Matemática no Ensino Básico e sendo seu
estudo capaz de vincular a Matemática a outras áreas do conhecimento. Por meio dos
conhecimentos geométricos, o aluno desenvolve um pensamento que o permite de forma
organizada representar o mundo em que vive, assim o estudo da geometria não se detém
apenas ao estudo das figuras geométricas e o reconhecimento de suas propriedades, mas
permite que o aluno desenvolva habilidades espaciais, e também o estimule a descrever o
espaço que o cerca observando semelhanças. Sendo, segundo Lorenzato (1995, apud
OLIVEIRA, 2013, p.3), que a descrição do mundo seria incompleta sem o conhecimento
geométrico.
A Base Curricular para as Redes Públicas de Ensino de Pernambuco, destaca, dentre
outras coisas a importância dos conhecimentos geométricos na formação dos alunos no nível
básico de ensino. Dando relevância para os alunos desenvolverem as competências
necessárias acerca do estudo da geometria o professor deve apresentar habilidades em criar,
em suas salas de aula, situações nas quais os alunos sejam levados a desenvolver
visualizações das figuras geométricas, por vezes tão abstratas.
Assim, o uso do origami como ferramenta de ensino, propõe uma metodologia que
permite aos alunos uma percepção por meio de um objeto manipulável e a construção do
conhecimento com a mediação do professor durante o processo de elaboração dos materiais.
Sendo o origami um objeto que desenvolve a coordenação motora e a criatividade, além de,
melhorar na visão espacial do aluno.
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2.2 Metodologia
A oficina será realizada três momentos de 2 horas no total. No primeiro momento
faremos uma breve apresentação sobre a importância do ensino diversificado da Geometria na
educação básica, com foco na relevância do ensino de conceitos matemáticos serem
trabalhados de modo a relacionar ao cotidiano para uma compreensão mais fácil e acessível,
bem como expor o contexto histórico do Origami e sua relação com o ensino de matemática.
Após, iremos construir os sólidos geométricos de origami buscando orientar os
participantes da oficina a fazerem analogias com os conceitos de geometria, e como abordar
cada assunto em sala de aula. Os sólidos escolhidos são o Cubo, Tetraedro e Dodecaedro
como estão descritos nas figuras 1, 2 e 3, respectivamente.
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3 REFERÊNCIAS