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10/01/2024, 15:40 UNINTER

CONSTRUÇÃO CIVIL
AULA 2

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Prof. André Cansian

CONVERSA INICIAL

Qual é o papel e a importância do arquiteto em uma obra de construção civil? Por onde se inicia

uma construção? O que o arquiteto faz durante a obra? Ao final da exposição do conteúdo desta etapa,

essas questões devem ser respondidas de modo completo. Entender perfeitamente suas funções e
responsabilidades é premissa básica da função do arquiteto construtor.

A construção civil é baseada em um conjunto de ações em que cada participante deve ter sua

função claramente definida. As obras são divididas em etapas lógicas, normalmente encabeçadas e
geridas pelos engenheiros, e o papel de cada profissional apresenta-se de modo complementar, ou seja,
a importância de todos os envolvidos em um projeto é significativa.

Estudaremos essas etapas de modo individualizado, passando pelas regras. Estabeleceremos

interrelações entre elas, propondo que se faça um plano com base nesse conhecimento preliminar.
Através de exemplos práticos, apresentação das normas técnicas, descrição de cada fase de uma
construção e dos conceitos fundamentais, ao final desta etapa você deverá ser capaz de entender e
iniciar o planejamento das etapas de uma obra. As atividades principais serão apresentadas após a

sequência lógica e, com a explanação de cada um dos tópicos deste estudo, os períodos de duração de
execução e tempos acumulados complementarão o cronograma físico de uma obra.

O foco nos conceitos e a atenção aos detalhes farão a diferença para a compreensão do conteúdo a
seguir. Nesta etapa, abordaremos uma das principais funções do arquiteto: planejar!

TEMA 1 – FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES DO ARQUITETO – UM POUCO DE


HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Como vimos anteriormente, o arquiteto possui atribuições que somente esse profissional poderá
efetuar, sendo o responsável técnico por essas ações, havendo lei explicitando cada uma delas,

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conforme vimos em etapa anterior. Projetos, execuções de obras e reformas fazem parte desse rol.

Em função da multiplicidade e das especificidades de cada encargo, a atividade de arquiteto


construtor exige profissionais que tenham uma formação holística, palavra que, no dicionário, significa
“entender os fenômenos ou a realidade por completo, e não somente como resultado da união de suas

partes; que analisa e entende algo por inteiro”. Assim, além dos conhecimentos genéricos e de
administração, o profissional terá que ter conhecimentos em áreas técnicas específicas como geotecnia,
estruturas, hidráulica, materiais de construção, entre outras, e tratar toda essa diversidade de assuntos
de modo a uni-los e torná-los uma edificação.

Obviamente, raríssimos arquitetos serão especialistas em todas as atividades que compõem uma
obra, porém deverá conhecê-las para geri-las, uma vez que estará à frente do conjunto, que deverá
funcionar como um sistema. Tendo em vista que se responsabilizará tecnicamente por todos os atos
técnicos praticado, iniciamos apresentando quem regula a profissão, as atribuições e responsabilidades

dos arquitetos.

1.1 CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL – CAU/BR E


CONSELHOS DE ARQUITETURA E URBANISMO (DOS ESTADOS) – CAU/UF:
ÓRGÃOS DE CLASSE DOS ARQUITETOS

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e

Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal – CAU/UF são os órgãos de classe dos arquitetos, de
representatividade e fiscalização. Oficialmente, a Lei n. 12.378/2010 define, no parágrafo 1º do art. 24,
que esses órgãos têm a função de “orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de arquitetura
e urbanismo, zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe em todo o território
nacional, bem como pugnar pelo aperfeiçoamento do exercício da arquitetura e urbanismo” (Brasil,
2010).

Entendendo o contexto do surgimento dos órgãos poderemos compreender melhor suas funções e
dar a devida importância a sua participação na profissão. Como vimos em etapa anterior, no dia 11 de
dezembro de 1933 o governo federal publica um decreto criando o Conselho Federal de Engenharia e
Arquitetura – Confea e os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura – Crea, a fim de regular o
exercício das profissões de engenharia, arquitetura e engenharia agrônoma, o Confea em nível federal e
o Crea em níveis regionais. Esses órgãos nascem com a função de coibir o exercício ilegal da profissão e

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dar suporte técnico em produtos e serviços relacionados à engenharia e à arquitetura. Em 1966, a


profissão foi regulamentada e oficialmente regida pelo Confea e pelo Crea.

A profissão, em continuada ascensão no país, desenvolveu-se e houve um aumento de escolas de


arquitetura nas décadas de 1980 e 1990. Inicia-se, na década de 1990, um processo entre os arquitetos,
almejando uma entidade, um conselho próprio que representasse exclusivamente seus interesses, cuja
representação, nesse período, dividia-se entre engenheiros e agrônomos. Após grande esforço
empreendido pela categoria, no final do ano de 2010 foi sancionada a Lei n. 12.378, que regulamenta o
exercício da arquitetura e urbanismo no país, cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e os

Conselhos dos Estados e do DF – CAUs, independentes administrativamente entre si, compondo o


sistema autárquico criado pela mesma e importante lei que deu maior autonomia e representatividade
para a profissão.

1.2 RRT – REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Criado e obrigatório, de acordo com a Lei n. 12.378/2010, o Registro de Responsabilidade Técnica


(RRT) serve para definir legalmente a responsabilidade profissional pelos atos praticados pelos
arquitetos no exercício de suas funções, conforme Resolução n. 91, de 9 de outubro de 2014, do
CAU/BR, em seu capítulo primeiro:

Art. 1º A elaboração de projetos, a execução de obras e a realização de quaisquer outros

serviços técnicos no âmbito da Arquitetura e Urbanismo, que envolvam competência privativa de


arquitetos e urbanistas ou atuação compartilhada destes com outras profissões

regulamentadas, ficam sujeitas ao Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) nos termos desta

Resolução, em conformidade com a Lei nº 12.378, de 31 de dezembro de 2010.

De acordo com o CAU/BR:

O Registro de Responsabilidade Técnica é o documento que comprova que projetos, obras ou

serviços técnicos de Arquitetura e Urbanismo possuem um responsável devidamente habilitado


e com situação regular perante o Conselho para realizar tais atividades. Os RRTs são gravados

no SICCAU (Sistema de Informação e Comunicação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo) e

compõem o acervo técnico do arquiteto e urbanista, com as informações registradas sobre o


exercício da profissão. É uma proteção à sociedade e confere legitimidade ao profissional,

fornecendo segurança técnica e jurídica para quem contrata e para quem é contratado.

Exemplificando: o arquiteto que elabora um projeto deve registrar um RRT em seu nome,
responsabilizando-se tecnicamente por esse projeto. O arquiteto que executa uma obra ou um serviço
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deve emitir um RRT responsabilizando-se pelas execuções. Ou seja, cada obra pode ter diversos
responsáveis técnicos, dependendo da quantidade de profissionais envolvidos nos projetos e na
execução, porém os registros devem ser efetuados no CAU do estado em que o profissional está
atuando.

Finalizado um projeto, serviço ou execução, o profissional comunica-o ao CAU e, através da baixa

do RRT, o registro torna-se um acervo técnico. Todos os trabalhos efetuados pelos arquitetos ficam
registrados no órgão, sendo uma forma de se demostrar posteriormente a capacidade técnica desse
profissional. Como o próprio CAU explica: “O Acervo Técnico (CAT) serve para comprovar as atividades
registradas pelo profissional no CAU, com dados de todos os RRT já efetuados e baixados”.

1.3 ATRIBUIÇÕES DO ARQUITETO NAS CONSTRUÇÕES NO BRASIL

Inicialmente, vamos verificar o que diz a Lei n. 12.378/2010 que, em seu art. 2º, define as atividades
e atribuições:

I - supervisão, coordenação, gestão e orientação técnica;

II - coleta de dados, estudo, planejamento, projeto e especificação;

III - estudo de viabilidade técnica e ambiental;

IV - assistência técnica, assessoria e consultoria;

V - direção de obras e de serviço técnico;

VI - vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria e arbitragem;

VII - desempenho de cargo e função técnica;

VIII - treinamento, ensino, pesquisa e extensão universitária;

IX - desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, padronização, mensuração e controle de

qualidade;

X - elaboração de orçamento;

XI - produção e divulgação técnica especializada; e

XII - execução, fiscalização e condução de obra, instalação e serviço técnico. (Brasil, 2010)

Note que, relacionando-as com construção civil, de acordo com a legislação, a maioria das
atividades são correlatas ao planejamento, projeto, execução e manutenção de obras, sejam de

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infraestruturas ou edificações civis, sendo essas as fases em que o arquiteto pode vir a atuar, e somente
os profissionais habilitados devem desempenhar tais atividades conforme determina essa mesma lei.

Art. 7º Exerce ilegalmente a profissão de arquiteto e urbanista a pessoa física ou jurídica que

realizar atos ou prestar serviços, públicos ou privados, privativos dos profissionais de que trata
esta Lei ou, ainda, que, mesmo não realizando atos privativos, se apresenta como arquiteto e

urbanista ou como pessoa jurídica que atue na área de arquitetura e urbanismo sem registro no
CAU. (Brasil, 2010)

1.4 RESPONSABILIDADES DO ARQUITETO

No caso de um erro em projeto ou execução, desabamento de uma obra, de quem é a culpa? De


quais formas um arquiteto responsabiliza-se por um projeto ou por uma execução de obra e serviços?
Para obtermos essas respostas, alguns conceitos fundamentais devem ser conhecidos. Os arquitetos
devem compreender perfeitamente seus deveres e as responsabilidades de sua alçada, seja atuando
como projetistas, executores, consultores ou fiscais de uma construção, bem como as responsabilidades
de seu contratante e/ou proprietário da obra.

Primeiramente, é importante destacar que, independentemente de culpa, conforme Pelacani (2010),


com o conceito básico adotado pelo Código de Defesa do Consumidor,

o exercício de uma atividade de risco cria, para o agente causador, uma responsabilidade

objetiva, que independe da existência de culpa, bastando provar a relação de causa e efeito
entre o comportamento do agente e o dano causado à vítima, para que esta possa exercer o

direito de ser indenizada.

Por ser uma construção uma atividade de risco, a responsabilidade existirá para cada agente e, no
caso de uma situação que cause prejuízo de qualquer espécie, haverá um responsável que suprirá tal
condição.

1.4.1 Responsabilidades do arquiteto em construções

Conforme Carbonari (2002), um edifício apresenta ciclos de vida, podendo ser divididos em duas
fases: produção e uso. A legislação brasileira, através do Código de Defesa do Consumidor (CDC), traz a
responsabilização em ambas as etapas, com suas especificidades, ou seja, desde a concepção de uma
obra, em que se podem antever possíveis defeitos, até o momento em que está sendo utilizada e se
verifica a qualidade da obra quanto ao desempenho pretendido, passando-se pela fase de produção,

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observando-se a integridade da execução. As fases que compreendem a responsabilidade na construção


civil em seu ciclo de vida são:

fase de produção: planejamento, projeto e construção, inclusos os serviços;


fase de uso: uso e manutenção da edificação.

Podemos dividir a responsabilidade do arquiteto devidamente registrado no CAU (como vimos,


obrigatório para que se possa exercer a profissão), em quatro tipos.

1. Responsabilidade legal. Todo profissional deve obedecer às leis vigentes e relacionadas ao seu
ofício, não cabendo o desconhecimento como desculpa para não as cumprir. A conduta do
arquiteto deve ser pautada primeiramente pela legalidade.
2. Responsabilidade contratual. O acordo, ou contrato, estabelece o objeto por meio do qual as
partes resolvem um serviço de arquitetura a ser prestado, bem como estabelece parâmetros e

regula os atos entre contratante e contratado, determinando responsabilidades ao profissional de


arquitetura.
3. Responsabilidade pelos materiais. Cabe exclusivamente ao arquiteto a opção pelos materiais
aplicados em uma construção, seja na fase de projeto (quando se especifica um material), seja em
sua execução, ficando impossibilitado o profissional de se eximir quanto à responsabilidade se os
materiais aplicados forem incondizentes com a obra, gerando quaisquer tipos de prejuízos.
4. Responsabilidade por danos a terceiros. Todo prejuízo causado a terceiros (vizinhos, por
exemplo), gerados durante ou posteriormente a realização de uma obra, são de responsabilidade
do profissional que a conduziu, cabendo corresponsabilização ao proprietário ou contratante,
conforme a situação.

1.4.2 Prazos das responsabilidades

No exercício de sua profissão, foi pontuado que, conforme o Código de Defesa do Consumidor e o
Código Civil Brasileiro, o arquiteto responsabiliza-se por todos os atos técnicos que fizer, passando por
todas as fases da obra: projeto, execução e pós-entrega.

Após o recebimento da obra, o proprietário tem um prazo de até noventa dias para apontar os
problemas da edificação (que, a partir deste momento, trataremos como vícios construtivos, o termo
correto tecnicamente). Esses vícios podem ser aparentes – defeitos perceptíveis já no recebimento ou

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uso da obra – ou ocultos – sistemas que não funcionam corretamente e em desconformidade com a
norma.

Listamos a seguir os prazos de responsabilidade ou garantia quanto aos defeitos, que são “os vícios
do produto ou serviço que afetam, ou ameaçam afetar, a saúde ou a segurança do consumidor (NBR
137752:1996, item: 3.28)” (Pelicani, 2010).

Entrega da edificação ao proprietário: cinco anos. Nesse período, o proprietário simplesmente


aponta o defeito ao responsável técnico, no caso o arquiteto, não cabendo ao proprietário
qualquer prova quanto ao problema apresentado. São vícios aparentes, notados na entrega da

obra. O executor da obra terá que corrigi-los de imediato e também os vícios ocultos, notados em
até noventa dias após a entrega.
Quanto à solidez da edificação: dez anos, sendo os primeiros cinco anos conforme o Código de
Proteção e Defesa do Consumidor, que prevê a

obrigação destes de indenizarem os consumidores independentemente de existência de culpa

pelos danos causados por defeitos relativos aos fatos do produto e do serviço, relacionando
ao profissional liberal, ser a sua responsabilidade pessoal condicionada à apuração de culpa,

ou seja, subjetivamente (art.14, caput e § 4º).

Quanto aos últimos cinco anos, a existência dos defeitos deve ser comprovada pelo proprietário,
para que sejam de responsabilidade do profissional.

Tendo em vista as inúmeras responsabilidades dos arquitetos em consonância com as leis,


podemos responder objetivamente as questões apresentadas inicialmente neste tópico quanto às
possibilidades de falhas ou erros profissionais que gerem prejuízos a terceiros, provocados por
imperícia ou negligência: o arquiteto pode sofrer sanções em nível profissional, cível e até mesmo
criminal em caso de comprovado dolo.

TEMA 2 – NORMATIZAÇÃO

Para garantir que as obras tenham um padrão de qualidade e que haja uma proteção aos
trabalhadores da construção civil quanto a segurança e procedimentos foram criadas as normas
regulamentadoras – NRs e as normas brasileiras da ABNT – NBRs.

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Essas normas devem ser de conhecimento do arquiteto, pela obrigatoriedade legal e,


principalmente, porque irão garantir a qualidade nos serviços, padronizando-os, apresentando desde a
montagem dos ambientes de trabalho nas construções até os parâmetros a serem seguidos em
canteiros de obras para que cada atividade tenha a qualidade mínima necessária, passando por
recomendações, padrões e métodos executivos.

Note que as NBRs e as NRs apresentam objetivos e funcionalidades diferentes, ou seja, são

conceitos diferenciados, os quais apresentaremos a seguir.

2.1 NBRS – NORMAS BRASILEIRAS DA ABNT

As NBRs são desenvolvidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABTN, com o primeiro
objetivo de padronizar procedimentos construtivos e materiais de construção, estabelecendo a
qualidade nos serviços que compõem uma obra de construção civil. A ABNT, órgão privado sem fins
lucrativos, reconhecido legalmente como entidade de utilidade pública, define a base normativa para o
desenvolvimento tecnológico do país por meio de normas técnicas. Promovendo a padronização nos
processos produtivos, gera documentos técnicos, registros e qualificações de produtos e procedimentos.

Atualmente, existem cerca de novecentas normas técnicas vigentes no Brasil. Seu cumprimento
assegura ao engenheiro que o procedimento adotado na atividade desenvolvida está tecnicamente
correto e dentro de um padrão de qualidade previsto. As falhas são minimizadas à medida que as NBRs
auxiliam na orientação quanto aos materiais e produtos a serem aplicados e apresentam os processos
construtivos pormenorizadamente, buscando sempre a qualidade dos serviços e evitando prejuízos de
quaisquer ordens.

2.1.1 NBRs da construção civil

Existem diversas normas relacionadas diretamente à construção civil, não havendo como classificá-

las em níveis de importância ou relevância. O arquiteto consulta as normas conforme cada atividade
específica que está exercendo naquele momento. Entre as especificidades das normas brasileiras da
ABNT podemos citar:

viabilidade, contratação e gestão de obras;


especificação e desempenho de materiais;
projetos;

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sistemas construtivos;
execução de serviços;
controles tecnológicos;

manutenção;
gestão de resíduos da construção.

Para apontar ao menos um exemplo da importância das normas brasileiras, trazendo você à
consulta das normas técnicas, apresentamos a ABNT NBR 15775:2013 – Edificações habitacionais –
desempenho. A NBR 15775 é uma norma de desempenho que define parâmetros de qualidade na
produção habitacional. Através dessa norma será possível aferir a qualidade da construção. Os
requisitos estão divididos em seis partes: requisitos gerais da obra, sistema estrutural, pisos, cobertura,
vedação e sistemas hidrossanitários.

2.2 NRS – NORMAS REGULAMENTADORAS

As NRs, criadas pela Portaria n. 3.214, de 8 de junho de 1978, relativas à segurança e medicina do
trabalho, são baseadas na Consolidação das Leis do Trabalho (regulamentam o Capítulo V) e no
Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador. A principal ferramenta de cumprimento de uma
das cláusulas pétreas (aquelas que jamais poderão ser suprimidas e têm aplicação imediata em todas as
esferas) é o art. 7º, inciso XXII da Constituição Federal de 1988, que estabelece que a “redução dos riscos
no trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança” é direito fundamental dos
trabalhadores. A elaboração das normas é de responsabilidade de um grupo tripartite, formado por
representantes dos trabalhadores, empresas e governo com o objetivo de escutar todos os grupos
interessados na atividade econômica em questão e na segurança e saúde do trabalhador.

Atualmente vigoram 37 normas regulamentadoras. Cada uma delas aborda uma especificidade do
ambiente de trabalho, seja trazendo parâmetros e indicadores ou relacionadas ao planejamento,
organização e segurança dos trabalhadores. Sendo o cumprimento das normas regulamentadoras
legalmente obrigatório a todas as entidades brasileiras, pessoas físicas e jurídicas, destacamos abaixo
um trecho da NR-1 demonstrando a responsabilidade das empresas e dos empregados.

Cabe às empresas cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho e

instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido


de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais, constituindo contravenção penal por

parte da empresa que deixar de cumprir as normas de segurança.

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Cabe aos empregados observar as normas de segurança e medicina do trabalho, colaborar

com a empresa na aplicação dos dispositivos de segurança no trabalho, constituindo até ato
faltoso (justa causa) a recusa injustificada à observância das instruções expedidas pelo

empregador e ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.

Listamos a seguir as normas regulamentadoras vigentes.

NR-1 – Disposições gerais


NR-2 – Inspeção prévia
NR-3 – Embargo ou interdição
NR-4 – Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho
NR-5 – Comissão interna de prevenção de acidentes
NR-6 – Equipamentos de proteção individual - EPI
NR-7 - Programas de controle médico de saúde ocupacional
NR-8 – Edificações
NR-9 – Programa de prevenção de riscos ambientais
NR-10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade
NR-11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais
NR-12 – Máquinas e equipamentos
NR-13 – Caldeiras, vasos de pressão e tabulações e tanques metálicos de armazenamento
NR-14 – Fornos
NR-15 – Atividades e operações insalubres
NR-16 – Atividades e operações perigosas
NR-17 – Ergonomia
NR-18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção
NR-19 – Explosivos
NR-20 – Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis
NR-21 – Trabalhos a céu aberto
NR-22 – Segurança e saúde ocupacional na mineração
NR-23 – Proteção contra incêndios
NR-24 – Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho
NR-25 – Resíduos industriais

NR 26 – Sinalização de segurança

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NR-27 – Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no MTB (Revogada pela


Portaria GM n. 262/2008)
NR-28 – Fiscalização e penalidades
NR-29 – Segurança e saúde no trabalho portuário
NR-30 – Segurança e saúde no trabalho aquaviário
NR-31 – Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária silvicultura, exploração florestal e
aquicultura
NR-32 – Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de saúde
NR-33 – Segurança e saúde no trabalho em espaços confinados
NR-34 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, reparação e
desmonte naval
NR-35 – Trabalho em altura
NR-36 – Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e
derivados
NR-37 – Segurança e saúde em plataformas de petróleo

TEMA 3 – SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

A atividade do arquiteto, atuando na construção civil, está intrinsicamente ligada ao planejamento e


à liderança. Principalmente em execução de obras, o conhecimento técnico deve estar alinhado aos
cuidados com o ambiente de trabalho, passando pela gestão da segurança e saúde dos operários que
compõem a equipe.

Existe a especialização em engenharia de segurança do trabalho, porém somente empresas (e


obras) com mais de cinquenta trabalhadores exigem que haja um especialista em segurança do trabalho
nos locais das atividades, conforme determina a NR-4 – Serviços especializados em engenharia de
segurança e em medicina do trabalho, trazendo o arquiteto como responsável técnico pela execução à
frente das situações. O conhecimento das normas regulamentadoras diretamente ligadas à construção

civil, que apresentaremos a seguir, torna-se essencial nesse contexto.

3.1 NORMAS REGULAMENTADORAS DESTACADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

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Repetindo, não há a afirmação de que as normas apresentadas a seguir são mais importantes que
as epigrafadas no tópico anterior e não citadas abaixo. O destaque se deve à necessidade constante do
conhecimento mais aprofundado para a elaboração de planos de execução de obras e cuidados com a

saúde ocupacional dos operários da construção civil.

NR-4 – Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho –


SESMT

Em suma, esta norma determina a obrigatoriedade, por parte das empresas que possuem
trabalhadores registrados, de manutenção de serviços especializados em engenharia de segurança e
medicina do trabalho (SESMT), de acordo com a atividade do estabelecimento e o número de
empregados. Através de tabelas, a norma determina o grau de risco das atividades, relacionando-as com
o número de profissionais, caracterizando a equipe que forma o SESMT (médico do trabalho,
engenheiro de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho e
técnico de segurança do trabalho), determinando qual a carga de trabalho e quantos profissionais
devem ser lotados nos estabelecimentos, canteiros de obras e frentes de trabalho.

NR-5 – Comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA

Importante norma que determina a implantação de uma comissão, dentro das organizações, com o
objetivo de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível,
permanentemente, o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

NR-6 – Equipamentos de proteção individual (EPI)

Esta norma, em resumo, conceitua o EPI (equipamento de proteção individual), estabelecendo a


obrigatoriedade da distribuição gratuita pelo empregador, entre outras responsabilidades citadas deste
e de outros atores, como os empregados, o órgão regional do MTE e o fabricante dos equipamentos.
Descreve a NR-6 no Anexo I – Lista de equipamentos de proteção individual, todos os equipamentos e
suas utilizações específicas para proteção dos trabalhadores.

Figura 1 – EPIs utilizados na construção civil, conforme NR-6

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Crédito: Rvector/Shutterstock.

NR-8 – Edificações

Norma sucinta que estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas
edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem. Cita altura de pé-direito,
condições de piso, coberturas, rampas e escadas, relacionando requisitos mínimos à segurança e ao
conforto nos ambientes laborais.

NR-9 – Programas de prevenção de riscos ambientais

Esta norma regulamentadora estabelece obrigatoriedade da elaboração e da implementação, por


parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA), visando a preservação da saúde e da integridade
dos trabalhadores, por meio da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do consequente
controle da ocorrência de riscos ambientais, existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho,

tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

NR-18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção

Destaque entre todas as outras NRs, esta norma, como cita o título, é totalmente voltada à
construção civil, sendo obrigatório seu entendimento e treinamento com certificado a todos os
trabalhadores envolvidos em construções e serviços de engenharia. A NR-8 estabelece diretrizes de

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ordem administrativa, de planejamento e de organização que objetivam a implementação de medidas


de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de
trabalho na indústria da construção.

Obrigatoriedades, parâmetros e informações diversas – desde montagem do canteiro de obras a


uniformes dos operários – relacionadas à obra e aos trabalhadores devem ser buscadas nesta norma,
que não se limita à segurança do trabalho.

NR-35 – Trabalho em altura

A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura,


como o planejamento, a organização e a execução, a fim de garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores em atividades executadas acima de dois metros do nível inferior, em que haja risco de
queda.

Todo trabalhador que for atuar em atividades consideradas em altura deve receber treinamento
com certificado da NR-35, obrigatoriamente.

TEMA 4 – PLANEJAMENTO

Atuando à frente das obras, o arquiteto deve ter em mente que todos os atos devem ser
meticulosamente planejados. Projetos, execuções e manutenções envolvem diversas matérias a serem
aplicadas, somadas aos processos e sistemas construtivos. Profissionais habilitados e especializados nos
elementos e serviços componentes de uma obra devem elaborar planos nos quais devem estar inclusas
questões legais, de segurança e no uso posterior da edificação.

4.1 ELEMENTOS PARA O PLANEJAMENTO DAS OBRAS

Vimos anteriormente que as edificações têm finalidades variadas (residenciais, comerciais,

industriais, entre outras) e diversos sistemas construtivos podem ser aplicados, escolhidos de acordo
com as possibilidades locais e momentâneas. Essas são as premissas para o planejamento de uma obra
que, conjuntamente com o objetivo da construção e os recursos disponíveis promoverão as bases para
o planejamento:

sistema construtivo – processos que serão utilizados;

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recursos materiais – materiais necessários para a obra;


recursos humanos – mão de obra necessária para a execução das atividades.

Com base nesses elementos iniciais, podemos organizar o planejamento com uma sequência de
procedimentos a serem seguidos, em que mostramos também as nomenclaturas utilizadas na
arquitetura que, a partir desta fase, utilizaremos em nossa matéria:

plano gráfico – projetos;


plano de execução – cronograma físico da construção;
plano financeiro – orçamento da obra;
plano pós-obra – uso e manutenção da edificação.

Para cada construção, os itens apresentados acima são imprescindíveis, bem como a criação de

sistemas e subsistemas para relacioná-los e organizá-los, possibilitando o gerenciamento do todo. Essa


integração entre projetos, cronograma e orçamento trará uma rede de informações a respeito das
atividades a serem desenvolvidas que precisará ser igualmente organizada, de modo a criar processos
permanentes e contínuos. Chiavenato (2011) define: “O planejamento é um processo permanente e
contínuo, sendo a primeira função gerencial, por ser exatamente aquela que serve de base para as
demais”.

4.2 PROJETOS ADEQUADOS E COMPATIBILIZADOS

É na fase dos projetos que se concebe uma edificação. O projeto arquitetônico traz os conceitos do
prédio e as necessidades a serem atendidas, logo este será o primeiro a ser feito. Espaçamentos,
espessuras, áreas, cotas, devem ser trazidos em detalhes para embasar os projetos complementares que
virão em seguida: fundações, estruturas, cobertura, hidráulico, elétrico, lógica, telefonia, ar-condicionado
entre outros, dependendo do tipo da obra em questão.

Seguir as normas (NBRs) é obrigação de cada projetista em sua expertise, e o detalhamento de cada
elemento que será construído fará com que cada um desses projetos seja passível de execução. Note
que são diversos projetos de uma mesma edificação e após a confecção de todos deve-se fazer uma
análise conjunta, verificando se existe uma harmonia entre eles, o que chamamos compatibilização de
projetos. A compatibilização de projetos evita um pilar no meio da sala, tomadas e interruptores em
locais inadequados, por exemplo. Para a execução de uma obra, todos os projetos devem estar
disponíveis e atualizados em canteiro e o arquiteto responsável técnico pela execução deve conhecê-los

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integralmente, a fim de transmitir instruções e sanar quaisquer dúvidas para os profissionais que
participarão da realização da construção.

4.3 MÃO DE OBRA E MATERIAIS ADEQUADOS

Serão apresentados, no decorrer do estudo, diversos sistemas construtivos, suas características,


materiais e profissionais envolvidos nos processos. O enfoque dado será o do arquiteto construtor, ou
seja, como se executa cada atividade elencada. A prioridade será o sistema construtivo mais utilizado no
Brasil, que chamaremos, de agora em diante, sistema construtivo convencional:

materiais – estruturas em concreto armado, fechamentos em alvenaria de blocos cerâmicos,


revestimentos argamassados e cerâmicos, telhados estruturados em madeira cobertos por telhas
cerâmicas, entre outros acabamentos;
mão de obra – mestre de obra, contramestre, pedreiros, carpinteiros, armadores, meio oficiais e
serventes são algumas das nomenclaturas relativas aos profissionais envolvidos nesses processos.

TEMA 5 – FASES DE UMA OBRA

Vimos que há uma vasta gama de edificações e possibilidades construtivas e que, para todos os
tipos, há a necessidade de planejar a obra desde sua concepção até sua manutenção pós-entrega. O
sistema construtivo convencional será detalhado com a apresentação de todas as suas fases, em
sequência lógica.

O enfoque deste estudo será baseado nos projetos arquitetônicos e complementares já elaborados
e os serviços que os antecedem, como estudos de viabilidade econômica do empreendimento, aquisição
do terreno, aprovações para a construção, terão a compreensão de que foram previamente estudados e
aprovados junto aos órgãos competentes.

5.1 SEQUÊNCIA LÓGICA

Antes de mostrarmos como deve ser apresentado o planejamento de uma obra, é fundamental que
você tenha em mente a sequência lógica de uma construção. Inicialmente, utilizaremos o sistema
construtivo convencional, pois certamente a grande maioria dos acadêmicos já viu uma construção e,
mesmo que não tenha adentrado, conhece minimamente a nomenclatura relativa a alguns materiais e

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aos profissionais envolvidos numa obra desse método. Vamos nos colocar em frente a um terreno
aleatório e tentar visualizar como se constrói uma edificação, estabelecendo etapas e dando nome a
cada atividade de modo gradual, em ordem de execução.

O importante nesta fase é que se comece a imaginar como se inicia e desenvolve a construção de
uma edificação. Posteriormente iremos introduzindo as nomenclaturas técnicas e ajustando as fases,

apresentando com exatidão cada serviço, materiais e mão de obra utilizados nesse passo a passo.

Figura 2 – Terreno onde será construída uma casa

Crédito: PIXEL to the PEOPLE/Shutterstock.

Crédito: Mind Pixell/Shutterstock.

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Lembramos que as fases de estudos, burocracia (aprovações e licenças), projeto arquitetônico com
memorial descritivo e projetos complementares serão apresentadas em outra parte do estudo. Para
efeito deste conteúdo e exercício, devemos imaginar que estão devidamente confeccionados e
disponíveis para esta fase: a execução da obra.

Sequência lógica construtiva, sistema convencional

1. Os serviços iniciais serão a preparação e o isolamento do terreno e construções provisórias de


áreas de trabalho para dar suporte à construção: canteiro de obras e instalações provisórias de
água e energia.
2. Locação da obra.
3. Escavação para fundações e passagem de tubulações elétricas e hidráulicas.
4. Elétrica e hidráulica: tubulações que estarão sob a casa.
5. Infraestrutura: fundações e vigas baldrames.
6. Superestrutura: pilares, vigas superiores e laje (se houver).
7. Alvenaria de vedação.
8. Elétrica e hidráulica: tubulações embutidas nas paredes.
9. Cobertura: telhado (estrutura e telhas).
10. Revestimentos internos e externos: argamassados (chapisco, emboço e reboco), cerâmicos (pisos
cerâmicos e azulejos), outros revestimentos (pisos em madeira, revestimentos em granitos e

diversas outras possibilidades).


11. Esquadrias: portas e janelas.
12. Acabamentos em gesso: forro, sancas, detalhes (se houver).
13. Elétrica e hidráulica: tomadas, interruptores, luminárias, louças, metais, outros detalhes e
acabamentos de elétrica e hidráulica.
14. Pintura.
15. Áreas externas: muro, paisagismo, calçadas, piscina, diversos conforme projeto.

Nesta fase dos estudos, no mínimo esses quinze itens deverão constar em sua sequência.
Poderíamos ter desmembrado alguns deles em mais etapas ou serviços (como formas, armações de aço,
concretagem etc.), mas estamos iniciando o planejamento e não é conveniente nem necessário
acelerarmos os estudos, uma vez que serão apresentados todos eles, um a um, neste estudo.

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O mais importante, neste primeiro exercício de planejamento, é que se tenha a percepção de que há
uma sequência lógica de execução de uma edificação e a apresentação das etapas do sistema
construtivo convencional.

5.2 ORGANIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS ETAPAS DE UMA OBRA

Iniciamos no tópico anterior a organização das etapas da obra. Cada um dos itens de uma
construção, em sequência, representa um serviço, envolvendo processos que incluem material e mão de
obra, ou seja, para desenvolvermos um plano de execução da obra precisamos analisar cada um deles,
quantificá-los e dimensionar seus tempos de execução, afinal não existe um plano adequado se não
houver um prazo estipulado.

O cronograma de obra, tema a ser abordado em etapa posterior, mostrará como o engenheiro deve
apresentar esse plano nas construções e reformas de edificações.

NA PRÁTICA

No Tópico 5, Figura 2, apresentamos a imagem de um terreno vazio, no qual imagina-se uma


construção. No exercício da profissão, o arquiteto terá diversas situações próximas a essa, seja para
projetar ou executar. No caso da execução, antever o processo de cada etapa sendo edificada facilitará o
processo do planejamento.

Tente desde já: busque um terreno próximo e descreva cada etapa (e anote em uma folha) na
ordem em que você acha que será construído e depois compare-as com as etapas descritas neste
material.

Na prática, inicia-se o processo de planejamento da construção de uma obra!

FINALIZANDO

O arquiteto tem diversas funções e atribuições em uma obra, acompanhadas das responsabilidades
inerentes aos que lideram equipes.

A visão holística, destacada em etapa anterior, que o profissional da arquitetura deve ter, mostra-se
imprescindível, uma vez que além dos conhecimentos técnicos foi apontada a necessidade de

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entendimentos legais e administrativos para planejar e organizar uma construção. Apresentadas as


normas, NBRs ou NRs, nota-se que são imprescindíveis, pois resguardam a técnica e reforçam os
aspectos de segurança do trabalho que regem o desenvolvimento das atividades em canteiros de obras.

O conteúdo desta unidade servirá como base para o desenvolvimento das atividades de todo o
estudo. A importância do exercício de imaginar uma construção, partindo de um terreno vazio, passando
por todas as etapas de uma obra, numa sequência lógica, será extrema, pois o planejamento partirá
sempre desse trecho.

REFERÊNCIAS

BESSA, L. R. Código de defesa do consumidor comentado. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021.

BRASIL. Lei n. 12.378, de 31 de dezembro de 2010. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 2010.

CAMISASSA, M. Q. Segurança e saúde no trabalho: NRs 1 a 37 comentadas e descomplicadas. 6.


ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2019.

CAU-BR – CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL. Atividades e atribuições

profissionais do arquiteto e urbanista. Disponível em: <https://www.caubr.gov.br/wp-


content/uploads/2015/07/Atribuicoes_CAUBR_06_2015_WEB.pdf>. Acesso em: 5 set. 2023.

CHIAVENATO, I. Administração para não administradores: a gestão de negócios ao alcance de


todos. 2. ed. Barueri: Manole, 2011.

CUNHA, A. et al. Construção civil. Porto Alegre: SAGAH, 2017.

HALPIN, D. W.; WOODHEAD, R. W. Administração da construção civil. Tradução de Orlando


Celso Longo e Vicente Custódio Moreira de Souza. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017.

PELACANI, V. L. Responsabilidade na construção civil. Cadernos do CREA, n. 7, Curitiba, 2010.

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