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INTRODUÇÃO A

ARQUITETURA
E URBANISMO

Andre Huyer
Legislação brasileira/
sistema CREA-CONFEA
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Relacionar a evolução histórica da legislação do arquiteto e urbanista


no Brasil.
„„ Analisar os sistemas de conselhos profissionais.
„„ Reconhecer os principais itens da legislação profissional brasileira.

Introdução
Você confiaria em um cirurgião sem formação superior? Imagine a quantos
riscos você estaria exposto se o profissional que fosse realizar uma cirurgia
não tivesse a comprovoção de ter estudado para isso? Da mesma forma,
profissionais de arquitetura e urbanismo precisam de uma formação ade-
quada para que a população não esteja sujeita a riscos, como o desmoro-
namento de uma edificação, por exemplo. Por isso, a profissão de arquiteto
e urbanista é regulamentada no Brasil, e somente diplomados em cursos
superiores reconhecidos pelo Governo Federal podem exercê-la.
Neste texto, você irá conhecer o histórico de formação dessa legislação,
como ela está atualmente e como é o funcionamento do sistema de
conselhos profissionais.

Evolução histórica da legislação do arquiteto e


urbanista no Brasil
A legislação de regulamentação da arquitetura e urbanismo no Brasil passou
por grandes transformações ao longo da nossa história. No período do Brasil

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colônia, não havia restrições para atuação na área, pois não havia disponi-
bilidade de profissionais, ou seja, não havia motivo para regulamentação.
Dessa forma, tanto graduados como leigos exerciam as atividades técnicas de
arquitetura, engenharia e urbanismo. Contudo, com a independência do país,
começaram a surgir as exigências, inicialmente em relação às obras públicas.
Somente em 1862 é que foi exigido pela primeira vez o diploma para o exer-
cício da engenharia. Um Decreto de 1880 exigia a apresentação de diploma para
posse em cargos ou comissões do governo, porém, a Proclamação da República,
em 1889, mudou este quadro. De inspiração positivista, a Constituição de 1891
(BRASIL, 1891) estipulava que era livre o exercício de qualquer profissão moral,
intelectual e industrial, todavia, essa Constituição deixou ampla liberdade aos
estados da federação para fazerem suas próprias regulamentações.

Os primórdios da regulamentação da profissão de arquiteto, como a conhecemos hoje,


remontam a 1918, quando foi criado o Departamento Nacional do Trabalho, que tinha
o objetivo de regulamentar a organização do trabalho no país.

Nas primeiras décadas do século XX, qualquer pessoa podia praticar


arquitetura e engenharia, não era necessário curso superior ou qualquer outra
formação técnica comprovada. Como não havia regulamentação, também não
havia uniformidade na denominação da profissão, sendo empregados os termos
arquiteto, engenheiro, construtor, topógrafo, projetista, desenhista, fiscal e
outros, sem um critério claro e objetivo. Muitas vezes, o mesmo profissional
empregava várias dessas denominações, conforme o trabalho ou para quem o
realizava. Já no meio governamental, era utilizado somente o termo engenheiro.
Essa situação, em que qualquer um podia fazer qualquer coisa, levava à
ocorrência de muitos abusos e situações de insegurança. Com essa justificativa,
em 1933, o governo de Getúlio Vargas, regulamentou as profissões de arquiteto,
engenheiro e engenheiro agrônomo. Porém, como naquele momento, em razão
da prática usual, havia muitos profissionais atuantes no mercado que não tinham
diploma de curso superior, foi encontrada uma solução transitória para que
eles pudessem continuar trabalhando: quem não tinha diploma, mas pudesse
comprovar um currículo de realizações no ramo, ganhava a autorização com
o título de “construtor-licenciado”.

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Com isso, ocorreram muitas arbitrariedades, pois houve interpretações de


que apenas diplomas brasileiros seriam validos, o que levou muitos profissio-
nais estrangeiros atuando no Brasil, bem como profissionais brasileiros que
haviam se graduado no exterior, a terem dificuldades de obter suas licenças.
Dessa forma, de um tempo em que tudo era permitido, passou-se a um tempo
no qual tudo era restrito, com a criação de uma reserva de mercado para os
profissionais diplomados no Brasil.
A primeira profissão a ser regulamentada foi a de engenheiro agrônomo,
pelo Decreto nº 23.196, de 12 de outubro de 1933. Em 11 de dezembro, veio o
Decreto nº 23.569 (BRASIL, 1933), que regulamentou as profissões de enge-
nheiro, arquiteto e agrimensor. Este último, definiu requisitos de formação para
o exercício das profissões, questões de fiscalização e quais as competências
de cada tipo de profissão.
Uma nova alteração significativa da legislação ocorreu mais de trinta anos
após o início das regulamentações, com a Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de
1966 (BRASIL, 1966). A engenharia agronômica foi incorporada, passando a
substituir agrimensura na nomenclatura dos conselhos profissionais. Também
são inovações dessa nova lei questões de direitos autorais e as câmaras espe-
cializadas nos conselhos regionais. Os Conselhos Regionais de Engenharia e
Agronomia (CREAs), por meio de seus representantes, compõem o Conselho
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), formando o
chamado sistema CREAs/CONFEA. No mesmo ano, 1966, foi promulgada
a Lei nº 4.950-A, em 22 de abril, que instituiu o salário mínimo profissional
para os profissionais da categoria.
O CONFEA editou, em 1973, a Resolução nº 218, que veio discriminar de
forma mais detalhada as atividades das diferentes modalidades de engenharia,
arquitetura e agronomia. É importante que você se lembre desse marco, pois, a
partir de então, houve importantes modificações nas atribuições, especialmente
na engenharia civil. Passados mais de 40 anos do lançamento dessa Resolução,
há, ainda, atividades da engenharia que são regidas pelo “Decretão” – como
é chamado o Decreto de 1933, e a Resolução nº 218.
Apesar de serem atribuições relativas aos engenheiros civis, essa definição
é de interesse dos arquitetos e urbanistas, pois se refere a atividades comuns
as duas carreiras. Exemplos disso são projetos de loteamento e questões de
patrimônio cultural. Em 2005, a Resolução do CONFEA nº 1.010 renovou
as atribuições dos títulos profissionais, as atividades, as competências e a
caracterização do âmbito de atuação.
Com regulamentação datada de 1977, temos a Anotação de Responsabi-
lidade Técnica (ART), de grande importância na prática profissional, tanto

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pela obrigatoriedade como pela utilidade. Em resumo, cada trabalho feito por
profissional do sistema deve ter sua respectiva ART, emitida e registrada no
conselho, ao mesmo tempo que vale como um contrato.

É de 1971 o primeiro Código de Ética adotado pelo sistema, que foi renovado em 2002,
por meio da Resolução nº 1.002 do CONFEA.

Por diversas razões, muito extensas e complexas para serem detalhadas


aqui, a maioria dos arquitetos e urbanistas brasileiros durante décadas reivin-
dicaram um conselho profissional exclusivo. Essa demanda, que inicialmente
tinha ares de utopia, com o tempo passou a ganhar consistência e, em 2003,
foi encaminhado um Projeto de Lei propondo a criação do conselho de arqui-
tetura e urbanismo. O projeto foi aprovado pelo Senado e pela Câmara, mas
em 2007 não foi sancionado, sendo vetado pela Presidência da República,
por vício de origem. Ele havia sido encaminhado pelo Senado, porém essas
iniciativas são de exclusividade do Poder Executivo. Reconhecendo o mérito
da questão, a Presidência da República encaminhou então seu próprio Projeto
de Lei, praticamente idêntico ao projeto vetado. Novamente aprovado, foi
sancionada pela Presidenta da República, em 31 de dezembro de 2010, como
Lei nº 12.378 (BRASIL, 2010), que regulamenta o exercício da Arquitetura
e Urbanismo, cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/
BR) e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito
Federal (CAUs).
A nova regulamentação profissional mantém as mesmas atribuições estabe-
lecidas na Resolução nº 1.010/2005 do CONFEA. Portanto, não houve criação
de novas atribuições, muito menos os arquitetos passaram a ter atribuições que
antes eram exclusivas dos engenheiros. Você precisa ter esse esclarecimento
para evitar mal entendidos, até hoje não bem esclarecidos junto ao meio
profissional.
Desde 2011, portanto, os arquitetos e urbanistas não têm mais nenhuma
vinculação com o sistema CREAs/CONFEA. Toda sua regulamentação pro-
fissional é dada pela Lei nº 12.378/2010 (BRASIL, 2010), com as resoluções
posteriores ditadas pelo CAU, inclusive Código de Ética próprio.

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Sistemas de conselhos profissionais


O órgão regulador da profissão do arquiteto e urbanista opera em uma mo-
dalidade denominada “sistema”. Anteriormente, sistema CREAs/CONFEA,
agora CAU. O CAU/BR é a instância nacional, composta pelos CAUs estaduais,
também chamados de Conselhos de Arquitetura e Urbanismo das Unidades da
Federação, que, nas suas nomenclaturas, recebem o nome do respectivo estado
após o prefixo CAU. É um sistema porque abrangem todo o território nacional
e tem interdependência entre si. Na realidade, este sistema é equiparado à au-
tarquia pública. Cada CAU estadual, assim como o nacional, é fiscalizado pelo
Tribunal de Contas da União, mas têm autonomia administrativa e financeira,
não recebendo verbas do governo, nem federais nem estaduais.

A missão do CAU é orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Arquitetura


e Urbanismo. Salienta-se que o conselho é da profissão, e não dos profissionais, portanto,
ele fiscaliza o exercício da profissão.

Como a profissão só pode ser exercida por profissionais graduados em


cursos superiores reconhecidos, a fiscalização verifica se quem exerce a
profissão tem essa qualificação. Como o CAU é um conselho da profissão, e
não dos profissionais, ele fiscaliza quem realiza a prática ilegal da profissão,
ou seja, leigos ou pessoas sem diploma no ramo.
Assim como foi com o decreto de Getúlio Vargas, em 1933, a maior justi-
ficativa para existir um sistema de fiscalização profissional é a segurança da
sociedade, também é com a Lei de 2010. Proteger o cidadão de pessoas não
capacitadas quanto a, por exemplo, construírem prédios, é muito importante,
pois por não ter conhecimento técnico suficiente, os prédios de leigos poderão,
eventualmente, colapsar. Portanto, assegurar uma reserva de mercado aos
arquitetos e urbanistas não é uma finalidade corporativa. O que está em jogo
é a segurança da população.
Se você fizer uma avaliação sobre essa forma de sistema, verá que ela é
muito bem-sucedida, uma vez que casos de acidentes com edificações devido
a falhas de projeto ou execução são mínimas no Brasil, tanto em épocas sob a
fiscalização do CAU como sob a fiscalização do CREAs/CONFEA. Apesar

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de correntes ideológicas proporem a livre iniciativa de atuação, estima-se que


os resultados seriam desastrosos, se não houvesse a regulação do exercício
das profissões da área tecnológica.
Os CAUs estaduais são geridos por conselheiros, eleitos entre os profissio-
nais atuantes nos respectivos estados. Cada CAU estadual deve ter, no mínimo,
cinco conselheiros, se tiver população de até 499 profissionais inscritos. Esse
número, contudo, vai aumentando, até o número de nove conselheiros para
3 mil profissionais inscritos e mais um para cada milhar a mais inscritos ou
fração (descontados os 3 mil iniciais). Ao eleger seus conselheiros estaduais, o
eleitor também elege, a cada três anos, um conselheiro federal por estado, que
irá compor o CAU/BR. O voto é obrigatório para os profissionais registrados.
O cargo de conselheiro é honorífico, não sendo remunerado. Os CAUs esta-
duais e o nacional, além dos conselheiros, contam com quadros profissionais
permanentes para exercer todas as suas tarefas.

Para poder exercer sua profissão, o arquiteto e urbanista deve pagar uma anuidade
ao CAU.

A ART do sistema CREAs/CONFEA, no CAU recebe a denominação de


Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), sendo o documento que dis-
crimina o serviço técnico que será realizado, assinado pelo profissional e seu
cliente, e serve como contrato. É o elemento de fiscalização para comprovação
da participação de um profissional legalmente habilitado e qualificado para
executar a tarefa. A RRT também tem a utilidade de servir para formar o acervo
técnico do profissional, com o qual ele comprova o que já produziu, servindo
como currículo e comprovante para participação em licitações.

Principais itens da legislação profissional


brasileira
Como a regulamentação visa oferecer resguardo de segurança para a população,
a primeira condição exigida pela lei é de que quem pratica arquitetura e urba-

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nismo seja graduado no respectivo curso superior. Neste sentido, o parágrafo


2º do art. 3º da Lei nº 12.378/2010 esclarece (BRASIL, 2010):

Serão consideradas privativas de profissional especializado as áreas de


atuação nas quais a ausência de formação superior exponha o usuário
do serviço a qualquer risco ou danos materiais à segurança, à saúde ou
ao meio ambiente.

Porém, não basta ser diplomado para usar o título e exercer as atividades,
é necessário que o profissional seja registrado no CAU. Pessoas jurídicas,
desde que administradas por arquitetos e urbanistas, também podem ser
registradas no CAU.

Os projetos de arquitetura são obras que implicam direitos autorais, portanto, não podem
ser modificados sem autorização do autor. Dessa maneira, o profissional que tiver a
demanda de trabalhar sobre o projeto de outro, deverá obter autorização para fazê-lo.

Assim como a legislação implica obrigações e direitos, ela também esta-


belece vedações. Entre elas, é muito importante que você conheça a prática
conhecida como “acobertamento”. Nela, um profissional assume perante o
CAU a autoria de um trabalho feito por outra pessoa. Igualmente, delegar para
terceiros as suas responsabilidades é outra infração. Como profissional, você
deve estar atento também de não poder fazer projetos e obras em discordância
com a legislação em geral e as técnicas pertinentes. Também é sua obrigação
pagar as anuidades do CAU e fazer as RRTs, quando obrigatórias.
A lei prevê punições para os profissionais faltosos, que vão desde uma
advertência até o cancelamento do registro. O Código de Ética do CAU dispõe
sobre condutas como outros similares, mas é de uma abordagem bem mais
contemporânea, até porque é bem recente (CONSELHO DE ARQUITETURA
E URBANISMO DO BRASIL, 2015). Não trata somente de questões relativas
à prática da profissão, mas também em relação ao meio ambiente, pessoas em
geral, subordinadas e muito mais. Uma grande novidade trazida pelo Código
de Ética do CAU é tratar abertamente de uma questão remuneratória obscura,
para a qual não havia transparência.

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É o costume de comerciantes pagarem “comissões” aos profissionais,


quando estes empregam produtos ou serviços em suas obras. Essa prática,
contudo, implica uma dupla remuneração: o profissional recebe honorários
do cliente e também recebe alguma vantagem do fornecer que ele indica ao
cliente. Tratado por sofismas com Reserva Técnica (RT), a comissão por indi-
cação de produtos ou serviços cria desconfiança dos clientes para com todos
os profissionais, pois o cliente fica na dúvida sobre se o produto foi indicado
pelas suas qualidades ou devido à comissão que o arquiteto e urbanista recebe.
O Código de Ética (CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO
BRASIL, 2015) estipula que o profissional não pode receber contrapartidas
de duas partes de um mesmo contrato vigente.
Seguindo a velha máxima de que ninguém pode alegar desconhecimento da
lei como justificativa para não atender ela, o Código de Ética também indica aos
profissionais que eles devem se manter atualizados em relação a sua respectiva
legislação profissional. Relativamente alinhado com esse conceito, o Código
de Ética (CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL,
2015) estabelece que o arquiteto e urbanista somente assuma trabalhos para
os quais está de fato qualificado a realizar.

1. Sobre o exercício das atividades de das novas escolas e faculdades


arquitetura e urbanismo no Brasil, foram regulamentadas as
assinale a alternativa correta. profissões da área tecnológica.
a) Sempre foi regulamentado, uma vez d) A atividade e profissão de
que a legalidade no Brasil colônia arquiteto e urbanista somente
era expressa pelas Ordenanças passou a existir em 1933, com a
Afonsinas, de 1446, e as Ordenanças regulamentação da profissão.
Manoelinas, de 1521. e) Sempre foi liberado no
b) A atual regulamentação Brasil, até que em 2010 foi
iniciou no primeiro governo regulamentada a profissão,
de Getúlio Vargas, em 1933. com a criação do Conselho de
c) Foi regulamentado com a Arquitetura e Urbanismo (CAU).
Proclamação da República, uma 2. Os sistemas de conselhos
vez que esta propunha uma profissionais da área tecnológica,
nova era de separação entre especialmente de arquitetura,
Estado e Igreja, quando o ensino engenharia e agronomia, no Brasil:
deixou de ser atribuição da Igreja a) visam criar uma reserva de
e para assegurar a viabilidade mercado para os diplomados

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em cursos superiores destas a) deve ser atendido pelo


áreas, para compensar os profissional do ramo.
investimentos da sua formação. b) é orientativo, não sendo
b) são de livre adesão dos obrigatório seu atendimento.
profissionais, assim como, por c) diz que a Reserva Técnica, uma
exemplo, os sindicatos. prática de mercado em que o
c) são equiparados a autarquias profissional recebe uma comissão
públicas, apesar de não receberem do vendedor, justamente por ser
verbas dos governos. uma prática usual, não é vedada.
d) os dirigentes dos conselhos d) prevê a conduta que os profissionais
profissionais são indicados pelos devem manter entre si, a fim de
Governadores, nos Estados, e resguardarem o mercado.
pelo Presidente da República, no e) foi criado como contrapartida
nível Federal, uma vez que são pela exclusividade do
equiparados a autarquias públicas. exercício da profissão.
e) têm a função de fiscalizar somente 5. Qual das seguintes
os diplomados em cursos alternativas está correta?
superiores de suas áreas, a fim a) Quando o Registro de
de verificar se estão cumprindo Responsabilidade Técnica (RRT)
corretamente suas atribuições. é feito on-line, ele não tem custo
3. Quem pode exercer as atividades algum. Ao contrário, quando
da profissão de arquiteto impresso e protocolado nas sedes
e urbanista no Brasil? do CAU, há uma taxa a ser paga.
a) Quem tiver graduação no b) Somente profissionais registrados
respectivo curso superior, bem no sistema CAU podem modificar
como o leigo que provar currículo projetos de arquitetura de
de atividades na área, recebendo outros arquitetos e urbanistas.
o título de construtor-licenciado. c) O CAU trabalha apenas com
b) Qualquer um, pois a profissão pessoas físicas, uma vez que é
é de livre atuação, uma vez necessário diploma em curso
que a regulamentação é sobre superior para exercer a profissão.
a formação dos arquitetos e d) Por atuar sobre o exercício ilegal
urbanistas diplomados, e não da profissão, que é quando ela é
sobre o exercício da profissão. exercida por pessoas não habilitadas,
c) Engenheiros civis, vinculados o CAU não prevê punições para os
ao sistema CREAs/CONFEA, de profissionais nele registrados.
onde se originou o sistema CAU. e) O arquiteto e urbanista
d) Todos os arquitetos e urbanistas registrado no CAU deve
diplomados em cursos se manter atualizado em
regularmente reconhecidos. relação à respectiva legislação
e) Os profissionais registrados no CAU. profissional, portanto, se houver
4. O Código de Ética do arquiteto modificação da legislação,
e urbanista (CONSELHO DE ele não poderá alegar
ARQUITETURA E URBANISMO desconhecimento em sua defesa,
DO BRASIL, 2015): caso infrinja algo contra ela.

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BRASIL. Constituição (1981). Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de
24 de fevereiro de 1891). Rio de Janeiro, 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm>. Acesso em: 14 dez. 2016.
BRASIL. Decreto nº 23.569 de 11 de dezembro de 1933. Brasília, DF, 1933. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/d23569.htm>. Acesso
em: 25 out. 2017.
BRASIL. Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. Brasília, DF, 1966. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5194.htm>. Acesso em: 25 out. 2017.
BRASIL. Lei nº 12.378, de 31 de dezembro de 2010. Brasília, DF, 2010. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12378.htm>. Acesso
em: 25 out. 2017.
CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL. Código de ética e disciplina
para arquitetos e urbanistas. Brasília, DF: CAU/BR, 2015. Disponível em: <http://www.
caubr.gov.br/wp-content/uploads/2015/08/Etica_CAUBR_06_2015_WEB.pdf>. Acesso
em: 25 out. 2017.

Leituras recomendadas
CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL. Manual do arquiteto e ur-
banista. 2. ed. Brasília, DF: CAU/BR, 2015. Disponível em: <http://www.caubr.gov.br/
wp-content/uploads/2017/09/MANUAL_DO_AU_2016.pdf>. Acesso em: 24 out. 2017.
COUTINHO, C.; RODRIGUES, E. A. (Org.). História de trabalho e credibilidade: engenharia,
arquitetura e agronomia no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: CREA-RS, 2009.
PEREIRA, L. M. L. Sistema CONFEA/CREA: 75 anos construindo uma nação. Brasília, DF:
Confea, 2008.
WEIMER, G. Arquitetos e construtores no Rio Grande do Sul: 1892/1945. Santa Maria:
UFSM, 2004.

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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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