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TRABALHO SOBRE MELASMA

MARISA MENEGHETTI

PROFESSORA - ALESSANDRA PINHEIRO

CASA DO CAMINHO – 13/05/202

Melasma

Melasma é o surgimento de manchas escuras na pele, que

normalmente aparecem no rosto, mas pode ocorrer em outras áreas expostas

ao sol, como braços e colo. É mais comum em mulheres entre os 20 e 50 anos,

porém também pode afetar os homens. Quando surgem na gravidez, as

manchas são chamadas de cloasma gravídico. Também chamado de

Melasma gravídico

Tipos

 Melasma epidérmico: Quando há depósito aumentado de pigmento

através da epiderme (camada mais superficial da pele).

 Melasma dérmico: Caracterizado pelo depósito de melanina ao redor

dos vasos superficiais e profundos.

 Misto: Quando se tem excesso de pigmento na epiderme em certas

áreas e na derme em outras regiões.


Ainda há três tipos comuns de padrão facial de melasma, o malar (maçãs do

rosto), centrofacial (testa, bochechas, acima do lábio, nariz e queixo) e

mandibular, conforme a região em que aparece.

Causas

Não há uma única causa definida para o melasma, mas sabe-se

que ele está relacionado principalmente à exposição solar, mas também ao uso

de anticoncepcionais e algumas outras medicações, fatores hormonais,

predisposição genética, algumas doenças (ex: hepatopatias) e à gravidez. A

maior parte das pessoas com melasma possui um histórico de exposição diária

ou intermitente ao sol, embora também suspeita-se que o calor seja um fator

subjacente. É mais comum em mulheres, aproximadamente 90% dos casos, e

àquelas com tons de pele mais escuro tem mais probabilidade de apresentar a

doença.

São diversos os fatores que podem desencadear o surgimento do melasma,

dentre eles:

 Exposição ao sol, pois a luz ultravioleta estimula os melanócitos (que

produzem os pigmentos de cor da pele, a melanina). Apenas uma

pequena quantidade de exposição solar pode fazer com que o melasma

retorne, mesmo em uma pessoa que já o tratou anteriormente, e essa é

uma das principais razões de porque os casos aumentam no verão.

 Mudanças hormonais causadas pela gravidez, uso de pílulas

anticoncepcionais ou repositores hormonais, além das endocrinopatias,

como as doenças da tireóide

 Produtos cosméticos para o tratamento da pele que acabam por irritá-la

podem piorar os episódios de melasma.


Fatores de risco

São vários e diversos os fatores que aumentam o risco da pessoa contrair

melasma, entre eles:

 Ser mulher, pois elas representam aproximadamente 90% do total dos

casos de melasma conhecidos

 Ter um tom de pele mais escuro, como as africanas e afrodescendentes,

indianas, hispânicas e asiáticas, pois são mais propensas a contrair

melasma por possuírem mais melanócitos ativos para a produção de

melanina (pigmentação da pele)

 Estar gestante também contribui devido às alterações hormonais

 Algum familiar direto já ter tido melasma

 Altas temperaturas, exposição ao sol e período de verão.

Sintomas de Melasma

Os sintomas do melasma são escurecimento de áreas da pele expostas ao sol,

majoritariamente no rosto. As cores variam de acordo com o tom de pele da

pessoa e o formato é irregular e, normalmente, simétrico, sendo igual dos dois

lados do rosto.

Buscando ajuda médica


Caso apareçam manchas na região do rosto ou pescoço a pessoa deve

procurar imediatamente um dermatologista para verificar o que está

acontecendo. Mesmo que seja um caso recorrente de melasma, é importante

verificar com o especialista o tipo e tratamento adequado para este momento.

O melasma não é cancerígeno, mas manchas na pele podem ter diversos

significados.

Na consulta médica

Ao aparecimento de manchas no rosto e corpo é sempre importante procurar

um dermatologista para verificar. Estar preparado para a consulta pode facilitar

o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar ao

consultório com algumas informações:

 Uma lista com todas as manchas e há quanto tempo elas apareceram

 Se já teve outros episódios de melasma, informar quando foi a primeira

vez e a data dos últimos tratamentos

 Histórico médico, incluindo outras condições que tenha e medicamentos

ou suplementos que tome com regularidade

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

 Com qual frequência você se expõe ao sol e por quanto tempo?

 Costuma usar protetor solar? Qual FPS?

 Já teve outros episódios de melasma anteriormente? Como foi tratado?

 Algum parente próximo (pais e/ou irmãos) já teve melasma?

 Já fez ou faz tratamentos com hormônios?

 Usa pílula anticoncepcional?

 Está grávida ou com suspeita de gravidez?


É importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela

mais importante, pois isso garante que você conseguirá respostas para todas

as perguntas relevantes antes da consulta acabar. E caso tenha uma dúvida

nova durante o atendimento ou tratamento, não hesite em perguntar ao

profissional.

Diagnóstico de Melasma

O dermatologista normalmente faz o diagnóstico de melasma reconhecendo a

sua aparência típica de manchas na face. Uma luz negra (lâmpada de Wood)

também pode ser utilizada para ajudar no diagnóstico. É mais comum que seja

diagnosticado o tipo misto de melasma e muito raramente é necessário uma

biópsia da pele para excluir outras causas para a hiperpigmentação no local.

Tratamento de Melasma

Os tratamentos para melasma variam, mas é importante que o

paciente sempre se proteja contra os raios ultravioleta e a luz visível, além de

procedimentos para o clareamento e uso de medicamentos tópicos e/ou orais.

Para iniciar o tratamento é necessário cuidar da proteção contra

os raios solares, e, para isto, se deve aplicar um bom protetor solar com fator

de proteção (FPS) mínimo de 30 nas regiões expostas do corpo. É importante

que o paciente dê preferência para os que oferecem proteção contra os raios

ultravioleta A (UVA) e ultravioleta B (UVB). O filtro ajuda a estabilizar os

benefícios do tratamento.
Para ajudar na remoção das manchas podem ser utilizados

cremes clareadores a base de hidroquinona, ácido glicólico, ácido retinóico,

ácido azelaico, entre outras substâncias, e, os resultados demoram cerca de

dois meses para aparecer. O método não funciona em todos os pacientes e,

mesmo que os resultados apareçam mais rapidamente, é necessário tempo

para estabilizar a condição e impedir que a mínima exposição ao sol traga os

sintomas de volta. O tratamento será constante/contínuo.

Ainda é possível que o paciente e o dermatologista optem por

tratar a doença com o uso do peeling, que pode clarear a pele de forma gradual

e, muitas vezes, mais rapidamente que os cremes. Contudo, é bom se atentar

para a profundidade do procedimento, lembrando que os mais superficiais são

mais seguros que os profundos e o dermatologista poderá dizer qual é a forma

mais adequada caso a caso.

Também existe a possibilidade de usar laser ou outras formas

de energia luminosa para ajudar no processo, mas o profissional tem que ser

reconhecido na técnica e ela deve ser a mais adequada para o caso. Se não

for a mais recomendada ou não for aplicada corretamente, o procedimento

pode gerar ainda mais manchas na pele do paciente.

Se depois de iniciar o tratamento do melasma o paciente notar

que a pele escureceu, está irritada ou apresentou algum outro problema deve-

se contatar o dermatologista o quanto antes.

Medicamentos para Melasma

Os medicamentos mais usados para o tratamento de melasma são:


 Fluocinolona acetonida + hidroquinona + tretinoína

 Suavicid.

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais

indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do

tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se

automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico

antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que

a prescrita, siga as instruções na bula.

Convivendo/ Prognóstico

Apesar do melasma poder ser uma doença crônica com

períodos que aparece e outros que desaparece, o prognóstico para a maior

parte dos casos é bom. Como ele se desenvolve devagar, o clareamento

também tende a ser lento, baseando-se sempre na estabilização dos

benefícios já alcançados.

Na grande maioria dos casos que não tiveram sucesso no

tratamento, a razão foi porque o paciente continuou se expondo ao sol sem os

devidos cuidados ou de forma excessiva.

Tratando corretamente e tomando todos os cuidados

diariamente é possível que os episódios de melasma não voltem a se repetir,

apesar da doença ainda não ter cura.

Complicações possíveis
Corretamente tratado, com o dermatologista, o melasma não

apresenta complicações referentes à doença, apesar dele poder demorar um

pouco para começar a clarear e pode ser uma doença recorrente (crônica).

Melasma e a cura

Após o aparecimento do melasma, o paciente pode esperar

que ele demore alguns meses para começar a regredir, e mesmo depois de

clareado é necessário continuar com um tratamento de manutenção

recomendado pelo dermatologista. Mesmo assim, como ainda não há cura para

o melasma, as manchas podem voltar à pele depois de algum tempo.

O mais importante no caso do melasma, é evitar a exposição

solar e sempre usar bons protetores solares com o mínimo de FPS 30. Como a

pele se torna mais sensível, é bom sempre atentar para a qualidade dos

cremes e maquiagens que usará daí por diante, uma vez que irritações

também podem interferir no melasma.

Também pode ser necessário rever o uso de hormônios

como repositores ou para controle de natalidade. É importante seguir as

recomendações médicas caso a caso, no mais, a doença não traz grandes

complicações para a vida do paciente.

Prevenção
O uso de protetor solar diariamente é importante para todas

as pessoas, mas para aquelas que sabidamente têm tendência a adquirir o

melasma ou se enquadram nos fatores de risco os cuidados devem ser ainda

maiores. O principal da prevenção é evitar a exposição ao sol e sempre usar

um bom protetor solar no rosto e demais áreas expostas. A aplicação deve

acontecer várias vezes ao dia com a finalidade de evitar o estímulo para

produção de pigmento. Se a pessoa já apresentou os sintomas ou sabe-se que

tem grande tendência a desenvolver melasma, ela ainda pode conversar com

os médicos para, se possível, evitar pílulas anticoncepcionais e reposição de

hormônios.

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