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Especialista_Saúde_Natural

ÍNDICE
No guia “Por que envelhecemos? - A Importância da Modulação
Hormonal”, o Dr. Carlos Schlischka aborda o tema do envelhecimento
humano e apresenta os últimos conhecimentos científicos que nos
permitem intervir sobre este processo.

Em três videoaulas exclusivas, você vai entender o que é a modulação


hormonal, do que você precisa para iniciá-la e descobrir quais são as
estratégias para aumentar a produção daquele que é o mais importante
hormônio para a saúde masculina: a testosterona.

Introdução...................................................................................... 04

Por que envelhecemos?...............................................................06

A modulação hormonal..................................................................11
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Bem-vindo, Homem de Ferro!
Eu quero falar com você sobre um assunto que, infelizmente, ainda é
praticamente um tabu em nossa sociedade: o envelhecimento.

É como se ignorássemos a informação de que, necessariamente, vamos


reduzir nossas capacidades e perder nossa energia ao longo do tempo.

Vivemos, comemos, nos movimentamos e nos relacionamos como se isso


nunca fosse acontecer.

Desta forma, perdemos a preciosa oportunidade de nos prepararmos


melhor para este momento.

“Se é certo que eu vou envelhecer, será que não existe uma maneira de
passar por essa experiência com mais vitalidade e integridade?”

Essa é uma pergunta que deveríamos nos fazer mais.

E a boa notícia é que, se você está aqui, a janela para pensar nisso está
aberta. A hora é agora!

A alimentação é fundamental e falamos bastante disso no módulo anterior.

Se você colocar em prática, diariamente, as orientações dietéticas que já


tem em mãos, boa parte do caminho para um envelhecimento saudável já
está trilhado. Mas ainda há muito a ser feito.

E para mergulhar neste assunto, peço sua permissão para dar uma rápida
“filosofada”. Vamos lá!

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POR QUE ENVELHECEMOS?

Você já ouviu falar na Lei da Entropia?

É uma lei da físico-química que estuda a desorganização dos sistemas ou


– em termos mais catastróficos – como o “caos” é o destino final de todo
organismo.

Todos os corpos que integram o Universo estão em constante


transformação e tendem à organização, à estabilização e à inércia do
sistema.

Os organismos vivos, portanto, são seres de alta entropia.

A vida é um verdadeiro caldeirão de reações físicas e químicas em


constante ebulição, tornando os seres vivos altamente degradáveis e
impondo-lhes um processo de decomposição extremamente rápido para
os padrões universais.

Segundo a Lei da Entropia, a estabilização do sistema é o que conhecemos


como “morte”.

E para exercer uma força no sentido contrário dessa forte entropia, os


seres vivos possuem diversos mecanismos de reparo e manutenção de
sua estrutura física e do seu metabolismo.

As células que compõem os variados tecidos e órgãos são constantemente


destruídas, reparadas e substituídas durante a vida.

Aparentemente, estes recursos poderiam neutralizar esta alta entropia, de


modo a corrigir qualquer alteração de forma e de função que ocorra.

Porém, isto não acontece na prática.

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Apesar de todos os mecanismos de proteção contra a entropia, as forças
que atuam sobre os seres vivos vão progressivamente danificando sua
estrutura molecular, o que leva ao envelhecimento e à morte.

SAÚDE E ENVELHECIMENTO

Para a medicina, o envelhecimento é definido como um processo


progressivo e deletério, que acomete todos os seres vivos, em
consequência da perda progressiva da capacidade de adaptação do
organismo às condições do ambiente.

Todos os problemas de saúde relacionados a este processo ocorrem em


nível celular e molecular.

A boa notícia é que o progresso das pesquisas e descobertas da biofísica


e da bioquímica celular tem permitido interpretar e compreender
os sintomas e sinais das doenças relacionadas ao envelhecimento,
proporcionando a descoberta de meios para promover uma vida mais
longa e mais saudável.

Assim, torna-se possível acrescentar “vida” aos anos e não somente


“anos” à vida, de forma a preservar a atividade vital para se aumentar a
quantidade e a qualidade de vida.

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O QUE NOS ENVELHECE?

Principais fatores que influenciam o envelhecimento

• Reparo e manutenção das funções cognitivas


• Reparo do DNA e reparo metabólico
• Equilíbrio nutricional
• Análise antioxidativa e suplementação otimizada
• Reabilitação músculo-esquelética
• Atividade e condicionamento físicos
• Controle do stress.
• Maximização da função imunitária.
• Desintoxicação.
• Proteção cardiovascular.
• Equilíbrio (balanceamento) hormonal.
• Rejuvenescimento e reparo cutâneo (pele).

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O QUE ACELERA O ENVELHECIMENTO?
• Obesidade
• Stress não compensado
• Dieta incorreta
• Estilo de vida não saudável
• Sedentarismo
• Inflamação crônica
• Declínio da atividade hormonal***

Poderíamos resumir, portanto, todas elas a uma única causa principal: a


falta de informação.

Afinal, é por conta dela que nos deixamos de tomar as medidas necessárias
para preservar e promover a saúde.

Sabendo como se alimentar adequadamente, como se exercitar, como


gerenciar suas emoções e a utilizar uma suplementação correta, portanto,
é possível interferir sobre este processo.

Mas é sobre uma dessas causas em particular que quero ajudá-lo a lidar a
partir de agora, apresentando meus conhecimentos sobre a ação que, na
minha opinião, pode ter o maior impacto sob a velocidade com que você
envelhece: a atividade dos seus hormônios.

Duas idades

Temos 2 tipos diferentes de idade: a cronológica, contada em número de


anos a partir da data do nosso nascimento, e a biológica, que representa a
capacidade funcional do nosso corpo.

Nosso objetivo neste programa, a partir das mudanças de hábitos de vida


propostas aqui, é reduzir cada vez mais a nossa idade cronológica em
relação à biológica.

Pode parecer loucura, mas é possível. Para isso, você vai ter que começar a
olhar para os seus hormônios…

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MODULAÇÃO HORMONAL

AS PAUSAS HUMANAS
Já é um consenso dentro da comunidade científica que o processo de
envelhecimento humano é natural e se caracteriza por uma série de pausas
hormonais.

Tratar somente uma ou outra pausa, portanto, não resolve o problema, pois
os hormônios funcionam como instrumentos de uma orquestra, isto é, as
funções são interdependentes e todos devem estar bem “afinados”.

As principais pausas humanas são:

• Adrenopausa: diminuição dos hormônios das glândulas suprarrenais


(controle do estresse).
• Andropausa: diminuição de testosterona – hormônio sexual masculino
– e outros hormônios androgênicos.
• Menopausa: melhor chamado de climatério: queda dos hormônios
sexuais femininos – estradiol, progesterona principalmente.
• Tireopausa: diminuição de produção dos hormônios da tiroide.

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• Melatopausa: diminuição da produção de melatonina – o hormônio que
controla o ciclo do sono e o nosso relógio biológico.
• Eletropausa: diminuição da pregnenolona, hormônio que controla o
metabolismo cerebral.
• Somatopausa: diminuição de produção do hormônio do crescimento,
responsável, no adulto, pelos processos de regeneração e reparação
tecidual.

Vamos nos ater aqui ao processo de envelhecimento masculino: a


Andropausa.

O termo Andropausa, também chamado de hipogonadismo masculino


tardio, refere-se principalmente à queda dos níveis dos hormônios
androgênios, dos quais o mais importante é a testosterona.

Sintetizada nos testículos e glândulas suprarrenais, a testosterona é o


principal hormônio do grupo chamado “hormônios andrógenos”, derivados
do colesterol.

Tem funções importantíssimas no organismo masculino, não agindo


somente na esfera sexual e reprodutiva, mas sendo responsável pelo
desenvolvimento e manutenção das características sexuais masculinas e
com importante papel no metabolismo dos tecidos.

Como o homem não tem um evento específico que marca o problema,


como a menopausa, os sintomas são de instalação lenta, insidiosa e
progressiva, passando despercebidos, sendo de diagnóstico mais difícil e
de abordagem mais complexa do que a menopausa.

A partir dos 40 anos, os níveis de testosterona diminuem em média 1% ao ano.

E como eu posso iniciar a modulação?


Infelizmente, não é qualquer médico que está apto a oferecer este tipo de
atendimento.

Geralmente, são profissionais que realizaram uma pós-graduação (já


que isto não é ensinado nos cursos de graduação de medicina) ligada à
medicina fisiológica, medicina regenerativa ou, um termo mais antigo mas
ainda utilizado eventualmente, medicina anti-aging ou antienvelhecimento.

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Procure na sua cidade por médicos que atendam a alguma dessas
especialidades e tente descobrir se eles estão aptos a trabalhar com
a modulação hormonal.

Os hormônios utilizados são os bioidênticos, aqueles que possuem


exatamente a mesma estrutura química e molecular encontrada nos
hormônios produzidos pelo nosso organismo.

A modulação pode ser feita via oral, mas eu não aconselho porque
90% dos hormônios são inativados ao passar pelo fígado.

As maneiras mais eficientes seriam a aplicação em forma de gel de


absorção cutânea, direto na pele, ou por injeções subcutâneas de
liberação lenta.

TESTOSTERONA

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OS ALIADOS DA LIBIDO

ALIMENTOS QUE POTENCIALIZAM A


AÇÃO DA TESTOSTERONA
PS: Não se trata de consumir todos eles, todos os dias. Alguns podem ser
difíceis de encontrar na sua região, como ostras e romãs. Minha sugestão é
que você inclua esses alimentos no seu dia a dia, todos se equivalem e se
completam. Nosso objetivo é fazer a coisa certa sem complicar. Praticidade
é o termo.

Com altos níveis de antioxidantes, vitaminas A, C, E e ferro, esta fruta


tem sido utilizada medicinalmente durante séculos.

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Pesquisadores descobriram que um copo de suco de romã por dia
pode aumentar os níveis de testosterona entre 16 e 30 por cento,
melhorar o humor e aumentar a libido, além de diminuição da
pressão arterial.

Embora muitos dos estudos se refiram ao suco, sugiro consumir


a fruta “in natura”, pois além de fornecer fibras (encontrada nas
sementes comestíveis), vai garantir que você não está exagerando na
ingestão de frutose, que é encontrada em níveis elevados em todos
os tipos de sucos de frutas.

Lembre-se que toda a fruta é rica em açúcar e deve ser consumida


com moderação.

Duas colheres de sopa ao dia, em média. Pesquisas demonstraram


que as pessoas que consumiam azeite tiveram um aumento nos
níveis de testosterona entre 17 e 19 por cento ao longo de um período
de três semanas.

Estes alimentos provocam, naturalmente, o aumento da produção e


uma otimização da função da testosterona, melhorando a libido e sua
contagem de esperma.

Incluem as ostras (principalmente), sardinhas, anchovas, castanha de


caju e salmão (selvagem).

Sementes cruas de abóbora são mais uma boa fonte. Recomendo


uma colher de sopa por dia.

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O corpo necessita de gorduras saturadas saudáveis ​​para produzir a
maioria dos hormônios, a testosterona incluída.

O coco melhora a capacidade do organismo de produzir colesterol,


necessário para uma boa saúde, reduzir a gordura corporal e manter
seu peso.

O controle de peso é outra maneira natural de melhorar a sua


produção de testosterona (gordura corporal em excesso aumenta a
produção de Estradiol – hormônio feminino).

Quantidade sugerida: 2 colheres de sopa de óleo virgem de coco ao


dia.

Consuma diariamente os vegetais deste grupo, como brócolis,


repolho, couve-flor e couve-de-bruxelas.

Eles podem ajudar o corpo do homem a eliminar o excesso de


estrogênio e aumentar a quantidade de testosterona disponível para
as células.

Esses vegetais contêm um composto chamado Indol-3-carbinol que


pode aumentar a excreção de estradiol (uma hormônio estrogênico)
em alguns homens em até 50%, aumentando assim a quantidade de
testosterona disponível.

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Embora não atue aumentando a produção de testosterona, a
melancia é rica numa substância chamada citrulina, um poderoso
vasodilatador que favorece a “performance” sexual.

A concentração maior está na casca, não na polpa. A casca pode ser


ingerida na salada (o sabor lembra pepino) ou pode ser batida com a
polpa, como suco.

Além disso, é riquíssima em licopeno, substância que protege contra


o câncer de próstata.

Embora não contenha os nutrientes necessários para produzir


testosterona, o alho contém alicina, um composto que reduz os níveis
de cortisol em seu corpo.

Com seus níveis de cortisol reduzidos, seu corpo poderá utilizar a


testosterona produzida de forma mais eficiente.

Da mesma forma que o alho não atua aumentando a produção de


testosterona, mas sim, aumentando a produção de óxido nitroso,
potente vasodilatador, facilitando o processo de ereção.

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SUPLEMENTANDO A IMPOTÊNCIA
Alguns suplementos apresentam suficientes evidências clínicas para
que sejam considerados não somente como preventivos, mas também
como terapêuticos.

O mecanismo de ação unificado para todos eles pode ser considerado


como o estímulo à atividade vascular do pênis, do sistema L-arginina-
óxido nítrico, que é necessário para que ocorra dilatação vascular,
promovendo a ereção.

RESVERATROL:
Tem potente ação antioxidante. Pode-se usar em
combinação com o extrato de Gingko-biloba, que tem
efeito vasodilatador. Dose recomendada: 150 a 250
mg/dia.

GINGSENG COREANO:
Em um estudo foi demonstrada a melhora da função
sexual com um bom perfil de segurança com o uso de
350mg de Ginseng coreano ao dia por 8 semanas. É a
dose que eu recomendo.

TRIBULUS TERRESTRIS:
Tem sido demonstrado clinicamente sua ação na
melhora da função sexual (libido e ereção) pela sua
conversão em DHEA (Dehidroandrostenediona), um
androgênio precursor da Testosterona no organismo,
que ainda tem grande importância no controle
fisiológico e naturaldo “stress”. Dose recomendada:
750 mg/dia.

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PINUS PINASTER:
É um potente vasodilatador. Aumenta o óxido
nítrico endógeno. Foi observado num estudo que a
associação do Pinus pinaster com a L-arginina faz
aumentar os níveis de testosterona salivar sem relato
de efeitos adversos. Dose recomendada: 100 a 200
mg/dia.

L-ARGININA:
É um aminoácido, substrato precursor biológico
do óxido nítrico. A sua atividade esta associada ao
relaxamento da musculatura do corpo cavernoso. Pode
ser associado ao Pinus pinaster, melhorando a função
sexual. Dose recomendada: 500 mg a 1 g/dia.

OUTROS SUPLEMENTOS
Vitamina E: 600 a 800 mg/dia

Vitamina D: 5.000 a 10.000 UI/dia [só suplementar se a dosagem


sanguínea do 25(OH)D3 estiver abaixo de 50 ng/ml]

Zinco: 10 a 15 mg/dia

Betacaroteno: 1.500 a 3.000 UI/dia

Vitamina do complexo B: Suplemente com levedo de cerveja


(cápsulas de 2 g/dia)

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