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MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO

Os MAP são divididos em duas camadas: a camada superficial e a camada


profunda.

A camada superficial é composta por:

 Bulboesponjoso;
 Isquiocavernoso;
 Músculo transverso superficial e profundo do períneo;
 Esfíncter anal externo.

A camada profunda é formada pelos:

 Músculos coccígeo
 Grupo muscular levantador do ânus: músculos puborretal, ilioccocígeo e
pubococcígeo

Inervação dos MAP

É realizada pelo nervo pudendo, um nervo misto que realiza as funções


somáticas e sensitivas, formado por ramos oriundos das raízes nervosas s2-
s4.

CLIMATÉRIO

Menopausa: cessação da secreção hormonal ovariana, após um ano


completo sem nenhuma menstruação. geralmente os 5 anos pré-
menopausa e os 5 anos pós-menopausa é determinado o período de
CLIMATÉRIO.

 O climatério pode ser determinado pelo estado fisiológico de baixa


concentração progressiva de estrogênio, resultando na interrupção
definitiva dos ciclos menstruais.

Fisiologia da menopausa

 A diminuição gradativa do estrogênio é um resultado natural do


envelhecimento feminino, além disso, o estrogênio possui papéis
importantes no metabolismo dos carboidratos e dos lipídios, no sistema
reprodutivo, sistema vascular, sistema urogenital, sistema
musculoesquelético e no sistema neurológico, portanto, na sua redução
ou ausência, causa alterações funcionais nesses sistemas.
 Já as gonadotrofinas – hormônio foliculoestimulante (FSH) e hormônio
luteinizante (LH) – e o estradiol, principal estrogênio natural feminino,
apresentam alto grau de variabilidade nos seus níveis circulantes.

Sintomatologia da menopausa

Transtornos Perda de
Fogachos Cefaleias
do sono memória

Alterações de
Depressão Ansiedade Irritabilidade
humor

Secura e Dores na Incontinência


Sudorese
atrofia vaginal relação sexual urinária

Fadiga Osteopenia e Fatores


Artralgias
muscular osteoporose ocupacionais

A osteopenia e osteoporose estão presentes devido a redução do


estrogênio ser causa da deficiência na formação e reabsorção óssea,
aumentando, assim, o risco de fraturas.

Menopausal de Blatt-Kupperman (IMBK)


É possível mensurar os sinais e sintomas do climatério pelo Índice
Menopausal de Blatt-Kupperman (IMBK), este instrumento monitora os
efeitos de diversos tratamentos usados na fase do climatério com grande
precisão.
Sua composição é dada pelos seguintes sintomas: ondas de calor,
parestesia, insônia, nervosismo, depressão, fadiga, atralgia/mialgia,
cefaleia, palpitação e zumbido no ouvido, aos quais a paciente deve
atribuir pontos segundo cada intensidade: 1, 2 e 3, que apresentam
sintomas leve, moderado e acentuado, respectivamente.
O escore final é definido pela soma das pontuações desses sintomas
supracitados, após multiplicação por fatores de conversão, com objetivo
de mensurar quantitativamente a intensidade da sintomatologia
climatérica. Os resultados da soma até 19 são considerados leves, de 20
a 35 são moderados e mais de 35 são classificados como intensos .

Conduta fisioterapêutica nas disfunções sexuais e do assoalho


pélvico no Climatério

 Treinamento dos músculos do assoalho pélvico

Conduta fisioterapêutica na osteoporose e perda de massa óssea no


climatério

A osteoporose é uma doença metabólica do tecido ósseo definida pela perda


gradual da massa óssea, enfraquecendo os ossos devido a deterioração da
microarquitetura tecidual óssea, deixando os ossos frágeis e sujeitos a
fraturas. Essa afecção pode gerar fraturas e, consequentemente, a perda da
independência funcional, incapacidade de deambular, medo de quedas. O
sedentarismo gera piora da osteoporose e aumento dos riscos de quedas e
novas fraturas.

No climatério ocorre a redução gradativa do estrogênio, o que interfere


diretamente na massa óssea, pois a relação entre deposição de cálcio e a
retirada do mesmo dos ossos fica desequilibrada, sendo retirado mais cálcio
dos ossos do que sua deposição, contribuindo assim para o
desenvolvimento da osteoporose e osteopenia, agravadas também por
hábitos sedentários, alimentação inadequada e tabagismo.

 Exercícios de fortalecimento muscular e de impacto moderado a alto.


 Trabalhos proprioceptivos, de equilíbrio e de postura, que irão
prevenir quedas e evitar fraturas.
 exercícios de extensão isométrica de tronco, atividades em cadeia
cinética aberta, corridas, caminhadas e exercícios de equilíbrio e
coordenação.
 Fortalecimento dos músculos da coxa previne fraturas do colo
femoral, melhora o condicionamento físico, aumentando a qualidade
de vida.
 Os exercícios físicos aeróbios de alta intensidade e de impacto como
 atividade física habitual geram contração muscular, que transmitem
carga aos ossos, o que aumenta a absorção mineral do cálcio pelo
intestino e reabsorção óssea.

DISFUNÇÃO GINECOLÓGICA

Incontinência urinária

A incontinência urinária é a perda de urina contra a vontade da pessoa, e os


tipos mais comuns são: a incontinência urinária de esforço (IUE), a
incontinência urinária por urgência e incontinência urinária mista (IUM), que
é uma combinação das duas anteriores.

Incontinência urinária de esforço

Fisiopatologia: um aumento da pressão intra-abdominal transmite uma


força externa à bexiga, fazendo com que haja aumento da pressão
intravesical e, para que não ocorra escape de urina, os esfíncteres devem
permanecer contraídos com uma pressão maior do que a que foi criada
dentro da bexiga. Quando os esfíncteres não conseguem manter pressão
suficiente, a perda urinária ocorre.

Bexiga Hiperativa / Neurogênica

É uma síndrome que ocorre em pessoas sem uma patologia de base cujo
sintoma principal é a urgência urinária, que é a vontade forte e súbita de
urinar, sendo esta urgência um sintoma para diagnosticar a síndrome. Pode
apresentar sintomas de acordo com fase miccional: enchimento e
esvaziamento.

acontece por um funcionamento inadequado do músculo detrusor, que deve


permanecer relaxado durante a fase de enchimento vesical, porém contrai-
se fora de hora, geralmente com uma quantidade pequena de urina, o que
causa desejo forte e súbito de urinar.

Prolapsos dos órgãos pélvicos

O prolapso ocorre quando há a descida, ou herniação, de órgãos da região


pélvica pela vagina. Ele se desenvolve como resultado do enfraquecimento
dos MAP. O órgão que está fora da sua posição fisiológica tem seus
ligamentos tracionados, e estes podem ser rompidos.

Etiologia é multifatorial, e os fatores de risco incluem gravidez, obesidade,


parto, anormalidades dos tecidos de sustentação pélvicos – tanto
congênitos como adquiridos –, denervação ou fraqueza dos MAP,
envelhecimento, menopausa e atividade física de alto impacto.

Sintomas variados como: sensação de peso na pelve, sensação de algo


descendo pela vagina – muitas vezes relatam a sensação de uma “bola na
vagina”–, e também podem apresentar dor nas costas e dor na relação
sexual.

Classificação dos prolapsos

 Prolapsos de parede vaginal anterior a cistocele – quando a bexiga


desce em direção à vagina –, e a uretrocele – quando há prolapso
uretral;
 Prolapso apical ocorre quando há descida do útero e/ou da cúpula
vaginal; e
 prolapsos de parede posterior quando há herniação do intestino sobre
a parede vaginal posterior – a enterocele –, ou prolapso retal,
chamado de retocele.

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