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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

ALIA THANISE AZIZ SANTIAGO

LUANA DA ROSA MARQUES ALVES

MAYARA PEREIRA CENTENO

ROSA ANTÔNIA LAGRANHA DA SILVA LOPES

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO

SÃO JERÔNIMO

2021/2
ALIA THANISE AZIZ SANTIAGO

LUANA DA ROSA MARQUES ALVES

MAYARA PEREIRA CENTENO

ROSA ANTÔNIA LAGRANHA DA SILVA LOPES

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO

Artigo apresentado na disciplina de Estágio


Básico de Psicopatologia da Universidade
Luterana do Brasil, Curso de Psicologia.

PROFESSORA: ANGELA APARECIDA WOLFF DE OLIVEIRA

SÃO JERÔNIMO

2021/2

RESUMO
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é caracterizado por obter obsessões e
compulsões. As obsessões podem ser classificadas como eventos mentais, tais como
pensamentos, ideias, imagens, e impulsos vivenciados persistentemente que são
vivenciados como didáticos e que provocam ansiedade, não são apenas preocupações
excessivas em relação a problemas cotidianos, o indivíduo tenta ignorá-los, suprimi-los
ou neutralizá-los através de outro pensamento ou ação como forma de amenizar. As
obsessões podem ser criadas a partir de qualquer elemento da mente, tais como
palavras, medos, preocupações, memórias, imagens, músicas ou cenas. Para realização
deste estudo, foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica, a fim de desenvolver o
conhecimento sobre o assunto, e também, levá-lo aos demais. A pesquisa para
realização do portfólio foi iniciada dia 09/10/2021, para que fosse apresentado dia
25/10/2021, ao decorrer do tempo outras partes do artigo foram desenvolvidas,
utilizando as plataformas Scielo e Pepsic. Com base nos estudos revisados, conclui-se
que o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é um problema que atinge em grande
parte a porcentagem feminina, mesmo que nos homens inicie mais cedo. Esse transtorno
afeta o desempenho cotidiano das pessoas, que passam boa parte de seus dias repetindo
ações, conferindo janelas e porta ao sair para seus compromissos, ou veem pensamentos
intrusos ao longo do seu dia que afetam seu rendimento, seja ele escolar ou profissional.
A qualidade de vida da pessoa com TOC acaba reduzindo, visto que a mesma gasta
muito tempo e energia em seu ciclo de compulsão e obsessão, fica claro que até mesmo
seu convívio familiar pode ser prejudicado em longo prazo, como nos casos de pessoas
que tem fobia a germes, que pode ver o meio familiar como algo perigoso e evitar todas
as formas manter contato com os mesmo.

Palavras-Chaves: Transtorno Obsessivo Compulsivo; fobias; ansiedade;

ABSTRAT
Obsessive-compulsive disorder (OCD) is characterized by getting obsessions
and compulsions. Obsessions can be classified as mental events, such as persistently
experienced thoughts, ideas, images, and impulses that are experienced as didactic and
cause anxiety, they are not just excessive concerns about everyday problems, the
individual tries to ignore them, suppress them. them or neutralize them through another
thought or action as a way to alleviate. Obsessions can be created from any element of
the mind, such as words, fears, worries, memories, images, music or scenes. To carry
out this study, the bibliographic research method was used, in order to develop
knowledge on the subject, and also to take it to others. The research to carry out the
portfolio started on 10/09/2021, to be presented on 10/25/2021, over time other parts of
the article were developed, using the Scielo and Pepsic platforms. Based on the
reviewed studies, it is concluded that Obsessive Compulsive Disorder (OCD) is a
problem that affects a large percentage of women, even if it starts earlier in men. This
disorder affects the daily performance of people, who spend a good part of their days
repeating actions, checking windows and doors when leaving for their appointments, or
see intrusive thoughts throughout their day that affect their performance, whether at
school or work. The quality of life of people with OCD ends up reducing, as they spend
a lot of time and energy in their cycle of compulsion and obsession, it is clear that even
their family life can be harmed in the long term, as in the cases of people who have
phobia of germs, which can see the familiar environment as something dangerous and
avoid all forms of contact with them.

Key words: Obsessive Compulsive Disorder; phobias; anxiety;

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO
Introdução

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é caracterizado por obter obsessões e


compulsões. As obsessões podem ser classificadas como eventos mentais, tais como
pensamentos, ideias, imagens, e impulsos vivenciados persistentemente que são
vivenciados como didáticos e que provocam ansiedade, não são apenas preocupações
excessivas em relação a problemas cotidianos, o indivíduo tenta ignorá-los, suprimi-los
ou neutralizá-los através de outro pensamento ou ação como forma de amenizar. As
obsessões podem ser criadas a partir de qualquer elemento da mente, tais como
palavras, medos, preocupações, memórias, imagens, músicas ou cenas.
Já as compulsões são definidas como comportamentos ou atos mentais que se
repetem, realizadas para diminuir o incômodo ou a ansiedade causada pelas obsessões
ou para evitar que uma situação temida venha a ocorrer. São ilimitadas as variedades
possíveis das obsessões e das compulsões. O indivíduo muitas vezes reconhece que seus
rituais são fazem sentido, mas na ausência deles, o mesmo acaba tendo um sofrimento
constante. Geralmente a pessoa realiza uma compulsão para reduzir o sofrimento
causado por uma obsessão. Preocupação com limpeza/sujeira ou secreções corporais,
medo de que algo terrível possa acontecer a si ou a alguém querido, preocupação com
simetria e organização são características bem comuns da patologia. As compulsões
mais rotineiras são lavagem de mãos, verificação de portas, ordenação e arrumação,
contagem e colecionismo.
Para o diagnóstico do transtorno é necessário que o nível da sintomatologia
interfira no funcionamento social, interpessoal, ocupacional ou acadêmico do indivíduo
e que os sintomas gerem sofrimento ao indivíduo e as pessoas ao redor. Diante de um
paciente com TOC, é importante uma avaliação criteriosa em relação à possibilidade de
comorbidade. Em casos considerados refratários, a comorbidade deve ser avaliada, pois
certamente trará implicações terapêuticas e prognósticas. Para a interpretação e
conhecimento mais avançado do TOC é necessário buscar subgrupos mais similares de
pacientes, pois as peculiaridades da apresentação do TOC na infância e adolescência
sugerem que o início precoce dos sintomas classificaria um subtipo de pacientes.
Ao mesmo tempo em que, atualmente, o Transtorno Obsessivo Compulsivo
(TOC), é bastante comentado, e idealizado como “mania de limpeza e/ou organização”,
ele ainda é pouco compreendido. Segundo Berrios (2010), no século XIX, as
classificações das obsessões variavam entre a mania, a neurose e a psicose. Já no século
XX, esse aparece como um transtorno da vontade, do intelecto e das emoções. Ao longo
da história, entretanto prevaleceu o caráter emocional.
Conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5,
APA, 2014), o Transtorno Obsessivo Compulsivo é caracterizado “pela presença de
obsessões e compulsões” (p. 235). Sobre as obsessões, o manual se refere a
“pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que são vivenciadas
como intrusivos e indesejados” (APA, 2014, p. 235) e as compulsões são
“comportamentos repetitivos ou atos mentais que um indivíduo se sente compelido a
executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com as regras que devem ser
aplicadas rigidamente” (APA, 2014, p. 235). Outras características do obsessivo-
compulsivo são as dúvidas em relação ao que irá ocorrer, percepção de responsabilidade
elevada e lentidão na realização de atividades do dia-a-dia (RODRIGUES et al, 2010)
Normalmente, homens apresentam sintomas mais cedo em relação ao feminino,
apesar de a prevalência, a aparição de sintomas e a diferença entre a incidência de
sintomas em homens e mulheres serem pequenas.
Segundo Noshirvani et al. (1991), O início do TOC nas mulheres parece
estar frequentemente associado a transtornos alimentares e depressão. Os autores
verificaram ainda que os que apresentavam verificações, mais comuns em
homens, tinham um início mais precoce do transtorno, enquanto que os que
apresentavam rituais de lavagem apresentavam um início mais tardio.
Aparentemente o início mais precoce poderia estar associado a uma gravidade
maior da doença, e poderia ser um indicador de mau prognóstico. (CORDIOLI,
OLIVEIRA, VIVAN, 2010, p. 5)

O diagnóstico do Transtorno Obsessivo Compulsivo costuma demorar a ser feito


pelo fato de a população, em geral, não ter conhecimento suficiente sobre mesmo, desta
forma, custando a procurar ajuda de um profissional especializado.

Desenvolvimento

Critérios Diagnósticos

A. Presença de obsessões, compulsões ou ambas: Obsessões são definidas por:


1. Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que, em algum
momento durante a perturbação, são experimentados como intrusivos e indesejados e
que, na maioria dos indivíduos, causam acentuada ansiedade ou sofrimento.
2. O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens
ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação. As compulsões são definidas
por Comportamentos repetitivos ou atos mentais que o indivíduo se sente compelido a
executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser
rigidamente aplicadas.
Os comportamentos ou os atos mentais visam prevenir ou reduzir a ansiedade
ou o sofrimento ou evitar algum evento ou situação temida; entretanto, esses
comportamentos ou atos mentais não têm uma conexão realista com o que visam
neutralizar ou evitar ou são claramente excessivos. Nota: Crianças pequenas podem não
ser capazes de enunciar os objetivos desses comportamentos ou atos mentais.
B. As obsessões ou compulsões tomam tempo ou causam sofrimento
clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em
outras áreas importantes da vida do indivíduo.
C. Os sintomas obsessivo-compulsivos não se devem aos efeitos fisiológicos de
uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica.
D. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno
mental (p. ex., preocupações excessivas, como no transtorno de ansiedade generalizada;
preocupação com a aparência, como no transtorno dismórfico corporal; dificuldade de
descartar ou se desfazer de pertences, como no transtorno de acumulação; arrancar os
cabelos, como na tricotilomania [transtorno de arrancar o cabelo]; beliscar a pele, como
no transtorno de escoriação [skin-picking]; estereotipias, como no transtorno de
movimento estereotipado; comportamento alimentar ritualizado, como nos transtornos
alimentares; preocupação com substâncias ou jogo, como nos transtornos relacionados a
substâncias e transtornos aditivos; preocupação com ter uma doença, como no
transtorno de ansiedade de doença; impulsos ou fantasias sexuais, como nos transtornos
parafílicos; impulsos, como nos transtornos disruptivos, do controle de impulsos e da
conduta; ruminações de culpa, como no transtorno depressivo maior; inserção de
pensamento ou preocupações delirantes, como nos transtornos do espectro da
esquizofrenia e outros transtornos psicóticos; ou padrões repetitivos de comportamento,
como no transtorno do espectro autista).
Especificar se:
Com insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as crenças do
transtorno obsessivo-compulsivo são definitiva ou provavelmente não verdadeiras ou
que podem ou não ser verdadeiras
Com insight pobre: O indivíduo acredita que as crenças do transtorno obsessivo-
compulsivo são provavelmente verdadeiras.
Com insight ausente/crenças delirantes: O indivíduo está completamente
convencido de que as crenças do transtorno obsessivo-compulsivo são verdadeiras.
Especificar se:
Relacionado a tique: O indivíduo tem história atual ou passada de um transtorno
de tique.

Características Diagnósticas

O sintoma característico do TOC é a presença de obsessões e compulsões


(Critério A). Obsessões são pensamentos repetitivos e persistentes (p. ex., de
contaminação), imagens (p. ex., de cenas violentas ou horrorizantes) ou impulsos (p.
ex., apunhalar alguém). É importante observar que as obsessões não são prazerosas ou
experimentadas como voluntárias: são intrusivas e indesejadas e causam acentuado
sofrimento ou ansiedade na maioria das pessoas. O indivíduo tenta ignorá-las ou
suprimi-las (p. ex., evitando os desencadeantes ou usando a supressão do pensamento)
ou neutralizá-las com outro pensamento ou ação (p. ex., executando uma compulsão).
Compulsões (ou rituais) são comportamentos repetitivos (p. ex., lavar, verificar)
ou atos mentais (p. ex., contar, repetir palavras em silêncio) que o indivíduo se sente
compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem
ser aplicadas rigidamente. A maioria das pessoas com TOC têm obsessões e
compulsões. As compulsões são geralmente executadas em resposta a uma obsessão (p.
ex., pensamentos de contaminação levando a rituais de lavagem ou pensamentos de que
alguma coisa está incorreta levando à repetição de rituais até parecer “direita” [just
right)]. O objetivo é reduzir o sofrimento desencadeado pelas obsessões ou evitar um
evento temido (p. ex., ficar doente).
Contudo, essas compulsões não estão conectadas de forma realista ao evento
temido (p. ex., organizar itens simetricamente para evitar danos a uma pessoa amada) ou
são claramente excessivas (p. ex., tomar banho durante horas todos os dias). As
compulsões não são executadas por prazer, embora alguns indivíduos experimentem
alívio da ansiedade ou sofrimento. O Critério B enfatiza que as obsessões e compulsões
devem tomar tempo (p. ex., mais de uma hora por dia) ou causar sofrimento ou prejuízo
clinicamente significativo para justificar um diagnóstico de TOC. Esse critério ajuda a
distinguir o transtorno dos pensamentos intrusivos ocasionais ou comportamentos
repetitivos que são comuns na população em geral (p. ex., verificar duas vezes se a porta
está trancada).
A frequência e a gravidade das obsessões e compulsões variam entre os
indivíduos com TOC (p. ex., alguns têm sintomas leves a moderados, passando 1 a 3
horas por dia com obsessões ou executando compulsões, enquanto outros têm
pensamentos intrusivos ou compulsões quase constantes que podem ser incapacitantes).

Características Associadas

O conteúdo específico das obsessões e compulsões varia entre os indivíduos.


Entretanto, certos temas, ou dimensões, são comuns, incluindo os de limpeza (obsessões
por contaminação e compulsões por limpeza); simetria (obsessões por simetria e
compulsões por repetição, organização e contagem); pensamentos proibidos ou tabus (p.
ex., obsessões agressivas, sexuais ou religiosas e compulsões relacionadas); e danos (p.
ex., medo de causar danos a si mesmo ou a outros e compulsões de verificação).
Algumas pessoas também têm dificuldades em descartar e acumulam objetos
como uma consequência de obsessões e compulsões típicas, como o medo de causar
danos a outras pessoas. Esses temas ocorrem em diferentes culturas, são relativamente
consistentes ao longo do tempo em adultos com o transtorno e podem estar associados a
diferentes substratos neurais. É importante observar que os indivíduos com frequência
têm sintomas em mais de uma dimensão. As pessoas com TOC experimentam uma
gama de respostas afetivas quando confrontadas com situações que desencadeiam
obsessões e compulsões
Por exemplo, muitos indivíduos experimentam ansiedade acentuada que pode
incluir ataques de pânico recorrentes. Outros relatam fortes sentimentos de nojo.
Enquanto executam as compulsões, algumas pessoas relatam uma angustiante sensação
de “incompletude” ou inquietação até que as coisas pareçam ou soem “direitas” (Just
right). É comum que indivíduos com o transtorno evitem pessoas, lugares e coisas que
desencadeiam obsessões e compulsões. Por exemplo, indivíduos com preocupações com
contaminação podem evitar situações públicas (p. ex., restaurantes, banheiros públicos)
para reduzir a exposição aos contaminantes temidos; pessoas com pensamentos
intrusivos sobre causar danos podem evitar as interações sociais.

Prevalência
A prevalência de 12 meses do TOC nos Estados Unidos é de 1,2%, com uma
prevalência similar internacionalmente (1,1 a 1,8%). O sexo feminino é afetado em uma
taxa um pouco mais alta do que o masculino na idade adulta, embora este seja mais
comumente afetado na infância.

Fatores de Risco e Prognóstico

Temperamentais: Mais sintomas internalizantes, afetividade negativa mais alta e


inibição do comportamento na infância são possíveis fatores de risco temperamentais.
Ambientais: Abuso físico e sexual na infância e outros eventos estressantes ou
traumáticos foram associados a um risco aumentado para o desenvolvimento de TOC.
Algumas crianças podem desenvolver o início abrupto de sintomas obsessivo-
compulsivos, o que foi associado a diferentes fatores ambientais, incluindo vários
agentes infecciosos e uma síndrome autoimune pós-infecciosa.
Genéticos e fisiológicos: A taxa de TOC entre parentes de primeiro grau de
adultos com o transtorno é aproximadamente duas vezes a de parentes de primeiro grau
daqueles sem o transtorno; no entanto, entre os parentes de primeiro grau de indivíduos
com início de TOC na infância ou adolescência, a taxa é aumentada em 10 vezes. A
transmissão familiar deve-se, em parte, a fatores genéticos (p. ex., uma taxa de
concordância de 0,57 para gêmeos monozigóticos vs. 0,22 para gêmeos dizigóticos).
Disfunção no córtex orbita frontal, no córtex cingulado anterior e no estriado tem sido
mais fortemente envolvida.

Questões Diagnósticas Relativas à Cultura

O TOC ocorre em todo o mundo. Existem semelhanças substanciais entre as


culturas na distribuição por gênero, idade de início e comorbidade do transtorno. Além
do mais, em todo o globo existe uma estrutura de sintomas similar envolvendo limpeza,
simetria, acúmulo, pensamentos tabus ou medo de danos. No entanto, existem variações
regionais na expressão dos sintomas, e os fatores culturais podem moldar o conteúdo
das obsessões e compulsões.

Questões Relativas à Gênero


O sexo masculino tem idade de início mais precoce de TOC do que o feminino,
além de maior probabilidade de ter transtornos de tique comórbidos. Diferenças de
gênero no padrão das dimensões dos sintomas foram relatadas, por exemplo, com o
sexo feminino tendo maior probabilidade de apresentar sintomas na dimensão da
limpeza, e o masculino, nas dimensões dos pensamentos proibidos e de simetria. O
início ou a exacerbação do TOC, assim como os sintomas que podem interferir na
relação mãe-bebê (p. ex., obsessões agressivas levando à esquiva do bebê), foram
relatados no período do Peri parto.

Consequências Funcionais

O TOC está associado a uma qualidade de vida reduzida, assim como a altos
níveis de prejuízo social e profissional. O prejuízo ocorre em muitos domínios
diferentes da vida e está associado à gravidade do sintoma. Pode ser causado pelo tempo
dispendido em obsessões e executando compulsões. A esquiva de situações que podem
desencadear as obsessões ou compulsões também pode restringir gravemente o
funcionamento. Além disso, sintomas específicos podem criar obstáculos específicos.
Por exemplo, obsessões sobre danos podem fazer as relações com a família e os amigos
parecerem perigosas; o resultado pode ser a esquiva dessas relações.
Obsessões sobre simetria podem impedir a conclusão oportuna dos projetos
escolares ou de trabalho porque o projeto nunca parece “direito”, potencialmente
resultando em fracasso escolar ou perda de emprego. Consequências de saúde também
podem ocorrer. Por exemplo, os indivíduos com preocupações com contaminação
podem evitar consultórios médicos e hospitais (p. ex., devido ao medo da exposição a
germes) ou desenvolver problemas dermatológicos (p. ex., lesões cutâneas devido à
lavagem excessiva). Ocasionalmente, os sintomas do transtorno interferem no próprio
tratamento (p. ex., quando os medicamentos são considerados contaminados).
Quando o transtorno começa na infância ou na adolescência, os indivíduos
podem experimentar dificuldades desenvolvimentais. Por exemplo, adolescentes podem
evitar a socialização com os colegas; jovens adultos podem ter dificuldades quando
saem de casa para viver de forma independente. O resultado pode ser poucas relações
significativas fora da família e falta de autonomia e de independência financeira em
relação à família de origem. Além disso, alguns indivíduos com TOC tentam impor
regras e proibições aos membros da família devido ao transtorno (p. ex., ninguém na
família pode receber visitas em casa por medo de contaminação), e isso pode levar à
disfunção familiar.

Método
Para realização deste estudo, foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica, a
fim de desenvolver o conhecimento sobre o assunto, e também, levá-lo aos demais. A
pesquisa para realização do portfólio foi iniciada dia 09/10/2021, para que fosse
apresentado dia 25/10/2021, ao decorrer do tempo outras partes do artigo foram
desenvolvidas, utilizando as plataformas Scielo e Pepsic, como algumas das
responsáveis para obtenção de artigos, sendo alguns destes: “Responsabilidade e
fragilidade: contribuição ao estudo da psicopatologia fenomenológica do transtorno
obsessivo-compulsivo [dissertação de mestrado]”, “Classificação de transtornos mentais
e de comportamento da CID-10 ¾ descrições clínicas e diretrizes diagnósticas”,
“Transtorno obsessivo-compulsivo de início precoce e início tardio: características
clínicas, psicopatológicas e de comorbidade [dissertação], “TOC: Manual de terapia
cognitivo-comportamental para o transtorno obsessivo, 2º EDIÇÃO” e “Manual
diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5”.

Considerações Finais
Com base nos estudos revisados, conclui-se que o Transtorno Obsessivo
Compulsivo (TOC) é um problema que atinge em grande parte a porcentagem feminina,
mesmo que nos homens inicie mais cedo. Esse transtorno afeta o desempenho cotidiano
das pessoas, que passam boa parte de seus dias repetindo ações, conferindo janelas e
porta ao sair para seus compromissos, ou veem pensamentos intrusos ao longo do seu
dia que afetam seu rendimento, seja ele escolar ou profissional. A qualidade de vida da
pessoa com TOC acaba reduzindo, visto que a mesma gasta muito tempo e energia em
seu ciclo de compulsão e obsessão, fica claro que até mesmo seu convívio familiar pode
ser prejudicado em longo prazo, como nos casos de pessoas que tem fobia a germes, que
pode ver o meio familiar como algo perigoso e evitar todas as formas manter contato
com os mesmo.
Concluímos então com base nos estudos sobre transtorno obsessivo compulsivo,
o grupo conseguiu expandir um conhecimento mais vasto em relação às dificuldades
apresentadas por pacientes com este transtorno, onde se observa que o número de casos
apresentados é bem divido em contexto que este transtorno afeta ambos os sexos e
orienta-se a procura de tratamento desde cedo.

Referências Bibliográficas:

Lima MA. Responsabilidade e fragilidade: contribuição ao estudo da psicopatologia


fenomenológica do transtorno obsessivo-compulsivo [dissertação de mestrado]. São
Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 1994;

Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed,


2014.

Organização Mundial da Saúde. Classificação de transtornos mentais e de


comportamento da CID-10 ¾ descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre:
Artes Médicas Editora; 1993.

Rosário-Campos MC. Transtorno obsessivo-compulsivo de início precoce e início


tardio: características clínicas, psicopatológicas e de comorbidade [dissertação]. São
Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de Săo Paulo; 1998.

SANTOS, Gustavo Alvarenga Oliveira. A Angústia e a culpa no transtorno obsessivo-


compulsivo: uma compreensão fenomenológico-existencial. Rev. abordagem gestalt., 
Goiânia ,  v. 19, n. 1, p. 85-91, jul.  2013 .   Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
68672013000100011&lng=pt&nrm=iso>. acesso em  04  dez.  2021.

Volpato Cordioli Aristides. TOC: Manual de terapia cognitivo-comportamental para o


transtorno obsessivo, 2º EDIÇÃO.
https://books.google.com.br/books?
id=fLw3AgAAQBAJ&lpg=PA4&ots=T4GfrBX3_2&dq=transtorno%20obsessivo
%20compulsivo&lr&hl=ptBR&pg=PA159#v=onepage&q&f=false;

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