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Fita reagente
Fita reagente Fita reagente
Investigação Cultura de Jato médio
(cultura jato médio + Cultura de jato médio +
E cultura de sangue
como requerido) US Renal ou Tomografia VVUU
US Renal e/ou TC abdome ou TC VVUU
Tratamento
Médico e Empírico + dirigido Empírico + dirigido
Empírico +
Cirúrgico NO* Empírico 7-14 dias 10-14 dias
dirigido
3 – 5 dias Considerar a combinação Combinação de 2
7-14 dias de 2 antibióticos antibióticos
3-53
3-5 3-53 3-5
3
3. ALOCAÇÃO
O paciente com ITU baixa raramente precisará de internação, em geral a ITU baixa que requer internação é uma infecção de repetição
com fatores complicadores e/ou morbidades descompensadas bem como infecções que exijam tratamento parenteral.
Já as pielonefrites que se apresentam como urosepse devem sempre ser internadas com antibioticoterapia parenteral em ambiente de
terapia intensiva. Os pacientes com pielonefrites não complicadas podem a critério clínico serem medicad0s inicialmente na UPA com a
1ª. Dose de antimicrobianos e liberad0s para tratamento oral com acompanhamento ambulatorial
Critérios de internação
• Pielonefrite complicada com necessidade de abordagem urológica, estável hemodinamicamente, sem sinais de descompensação
clínica;
• Pielonefrite complicada por germe resistente isolado ou suspeita embasada em fatores de risco (em geral infecção recorrente) que
necessite de antibioticoterapia parenteral inicial com posterior possível descalonamento.
Critérios de internação em UTI
• Emergências urológicas com infecção e necessidade de descompressão da via urinaria em 24 horas;
• Urosepse. [1]
Apresentação clínica
Grau de severidade
UR: Uretrite
CY: Cistite Fatores de risco ORENUC
1: Baixo, cistite
PN: Pielonefrite 2: PN, moderado Patógenos
O: Não RF
US: Urosepse 3: PN, severo, Espécies
R: Recorrente UTI
MA: Glândulas estabelecido
RF
genitais masculinas 4: US: SIRS
E: Extra Urogenital Grau de
5: Disfunção de RF suscetibilidade
órgãos
N: Nefropatia RF Suscetível
6: Falência do órgão
U: Urológico RF Suscetibilidade
C: Cateter RF reduzida
Multirresistente
4. EXAMES ADICIONAIS
Nas ITU baixas em mulheres, a triagem de urina e urocultura de jato médio são suficientes para diagnóstico. Nas prostatites e uretrites,
deve-se solicitar triagem (diptest ou teste de fita de urina) e urocultura do jato inicial.
A urocultura, hemocultura e a triagem de urina também devem ser solicitadas nas ITU altas ou pielonefrites. Nestes casos, também são
indicados os exames de imagem, Ultrassom ou tomografia computadorizada de rins e vias urinárias. Este último, mais sensível na detecção
de cálculos renais ou ureterais, bem como outras anormalidades do trato urinário de homens e mulheres. Indicação de outros exames
A ressonância magnética pode ser utilizada como alternativa a tomografia em pacientes gestantes.
5. TRATAMENTO
Antimicrobiano é a pedra angular do tratamento da pielonefrite e deve ser ofertado em até 1 hora para pacientes em urosepse,
principalmente os hipotensos. No caso dos pacientes com pielonefrite estável, o tratamento também deve ser ofertado em até 1 hora na
UPA caso haja suspeita ou confirmação de complicação.
Tratamento inicial
5.1)Antibioticoterapia com espectro que leve em consideração a epidemiologia local do hospital, bem como os fatores de risco associados
a germes resistentes que o paciente apresente, como imunossupressão, diabetes mellitus, uso de antimicrobianos (principalmente
quinolonas e cefalosporinas) nos últimos 6 meses, ITU de repetição, anormalidades do trato urológico, nefro litíase, entre outros. Outras
drogas como analgesia potente, hidratação e reanimação volêmica podem ser necessários caso a caso.
5.1.a) Cistite aguda não complicada em mulheres: fosfomicina 3g VO dose única ou macrodantina 100 mg VO 6/6h durante 5 dias,
cefuroxima 500 mg VO 12/12h durante 3 dias. Somente usar sulfametoxazol-trimetropima se resistência dos isolados de E. coli na
epidemiologia local for menor que 20%: 800/160 mg VO 12/12h durante 3 dias.
5.1.b) Pielonefrite aguda não complicada: ciprofloxacina 500 mg – 750 mg VO 12/12h durante 7 dias ou levofloxacina 750 mg VO 1x/dia
durante 7 dias (se resistência local dos isolados for menor do que 10%); se usar sulfametoxazol-trimetropima 800/160 mg VO 12/12h
durante 14 dias, nos casos de resistência local < 20% e dose de ataque intravenoso com ceftriaxona 2g/dia. Se opção intravenosa,
ceftriaxona 2g/dia; ciprofloxacina 400mg 12/12h; levofloxacina 750mg/dia; cefotaxima 2g 8/8h
5.1.c) Infecção não complicada – ceftriaxona 2g/dia ; cefalosporina de segunda geral ou aminopenicilina associado com aminoglicosídeo
.
Critérios para conversão para terapia oral
Pacientes internados com urocultura positiva e antibiograma demonstrando sensibilidade a drogas orais e o paciente com condições de
receber medicação por via oral, estabilidade hemodinâmica e ausência de febre por mais de 24 horas.
6. ALTA HOSPITALAR
Critérios de alta
Pacientes com possibilidade de terapêutica oral ou com terapêutica oral instituída sem outras necessidades.
II – INDICADORES DE QUALIDADE
- tempo médio de permanência
- taxa de mortalidade
- taxa de reinternação hospitalar (até 30 dias)
- taxa de complicações
III. GLOSSÁRIO:
ABU: bacteriúria assintomática; UR:Uretrite; CY: Cistite; PN: Pielonefrite; US: Urosepse; MA: Glândulas genitais masculinas;
ITU: infecção do trato urinário; SIRS : síndrome inflamatória de resposta sistêmica; TC VVUU: tomografia de vias urinárias; US
renal: ultrassonografia renal; NO*: não; UPA: unidade de pronto atendimento
V. REFERÊNCIAS
[1] Bonkat G, Bartoletti R, Bruyère F, et al. EAU Guidelines on urological infections. 2022. Acessado em 30/09/2022. Disponível em :
https://d56bochluxqnz.cloudfront.net/documents/pocket-guidelines/EAU-Pocket-on-Urological-Infections-2022.pdf.
Data de revisão:
30/09/2022