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1. DEFINIÇÃO
É um conjunto de acções que contempla a instilação de soro fisiológico, ou outros solutos, com
seringa, através da algália, até à bexiga. Existem 2 tipos de lavagem vesical:
a intermitente / manual
a continua (sifonagem) – Norma técnica de Enfermagem 1.4.5
2. OBJECTIVOS
Remover potenciais fontes de obstrução do cateter urinário (ex.: coágulos, pús, muco
intestinal)
Promover a hemostase e limpeza da bexiga (ex.: doentes com cistite rádica)
3. INFORMAÇÕES GERAIS
A – Quem executa:
O enfermeiro
O médico
B – Horário:
Quando prescrito ou em SOS
A lavagem vesical só deve ser realizada após ter a certeza de que há obstrução do
cateter, pois, pode aumentar o risco de infecção pela quebra do sistema fechado.
Doentes com urina com pH elevado (urina alcalina) e altas concentrações de
amónia, têm tendência a obstruir a algália. É uma situação, normalmente,
encontrada nos doentes que têm infecção urinária por Proteus mirabilis. As
mulheres têm mais tendência a fazer obstrução da algália do que os homens
porque, também, têm mais tendência a fazer infecções urinárias por presença de
cateter urinário.
Nunca usar água para irrigação da bexiga pela rápida absorção por osmose. As
lavagens vesicais deverão ser realizadas com cloreto de sódio a 0,9%
O líquido deverá ser injetado a baixa pressão e, deverá sair por gravidade mas, por
vezes, é necessário aspirar suavemente para remover os detritos e coágulos
sanguíneos que estão a obstruir o cateter.
Em caso de hematúrias francas com coágulos poderá ser necessário proceder à
desalgaliação e depois a uma algaliação com “sonda de Bequille”. Após a
introdução da sonda e entre cada instilação de cloreto de sódio a 0,9% deve-se
proceder à sua mobilização para facilitar a saída de coágulos e a lavagem de todas
as paredes da bexiga. Quando o líquido de retorno for claro, sem coágulos deve-se
algaliar com sonda de 3 vias e colocar sifonagem para lavagem contínua. As
“sondas de Bequille” são cateteres rígidos em PVC com lúmen largo que permitem
um fluxo rápido.
Usar técnica asséptica.
4. MATERIAL E EQUIPAMENTO
Carro de apoio, em inox, com:
Álcool a 70º
Máscara com viseira, se necessário (em hematúrias francas com coágulos, onde
possam existir salpicos)
5. PROCEDIMENTO
AÇÃO JUSTIFICAÇÃO
28. Retirar a seringa e deixar que a solução Promover drenagem das fontes de obstrução
de irrigação seja drenada, por da bexiga
gravidade, para dentro da cuvete grande Prevenir traumatismos
6. REGISTOS
Data e hora da lavagem vesical
Finalidade da lavagem
Quantidade de soro introduzida
Quantidade e características do líquido drenado
Dificuldades na execução da técnica
Reação do utente
Referir se houve necessidade de algaliação com outro tipo de cateter
Ensino efetuado
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
“Manual of Clinical Nursing Procedures”. Mallet, Jane; Dougherty, Lisa. The Royal
Marsden Hospital, Blackwell Science, 5ª edição, 2000.