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01 Pacote estéril de cateterismo vesical Uso do pacote operacionaliza o trabalho da
(01 cuba rim, 01 pinça Pean, 01 pacote de enfermagem e pode reduzir o risco de contaminação
gaze em uma cuba redonda pequena); durante a realização da técnica
01 Campo fenestrado estéril com fenda O campo fenestrado aumenta a área estéril de trabalho
durante a técnica, apesar de ser opcional
em alguns serviços.
01 Cateter uretral (tipo Foley/duas vias) Selecionar o menor calibre capaz de proporcionar
(usualmente de 12Fr a 16Fr); uma drenagem de urina adequada e minimizar as
lesões uretrais.
O uso do cateter de silicone é indicado por alguns
pesquisadores, para reduzir o risco de incrustações e
obstruções do cateter.
01 Bolsa coletora A bolsa deve ter uma extensão de cumprimento
suficiente para permitir a mobilidade, não
proporcionar tensão no cateter e consequente lesão
uretral(9,15,16). São recomendados alguns itens na
bolsa coletora para facilitar o cuidado e reduzir o risco
de infecção: válvula antirrefluxo, câmara de
gotejamento e via de aspiração para coleta de
Exame.
01 Frasco com solução antisséptica Os antissépticos mais utilizados nas instituições
aquosa tópica. brasileiras são a Clorexidina 2% e PVPI tópico 10%
(9, 16). A Clorexidina é mais indicada para indivíduos
alérgicos ao iodo, se o indivíduo desconhecer alergias
questionar sobre alergias a frutos do mar (16). A
solução aquosa é indicada para o uso em
mucosas.
01 Agulha calibrosa. Para aspiração da água destilada que preencherá o
balonete.
01 Seringa de 20 ml com bico luer slip. Este bico é indicado para o encaixe no cateter para
testar e preencher o balonete.
Gel anestésico estéril (01 Seringa pré- Indicada a seringa pré-enchidas, descartável após cada
enchidas para procedimentos urológicos procedimento, proporcionando a praticidade e
ou 01 Tubo de gel anestésico estéril com diminuindo o risco de contaminação da
01 Seringa de 20 ml). técnica(9,14, 16). O reaproveitamento do tubo de gel
anestésico
estéril não é indicado, devendo ser aberto um novo
tubo a cada procedimento.
01 Ampola de 10 ml de água destilada. O soro fisiológico e ar não são indicados para o
preenchimento do balonete, pois o ar pode ser
esvaziado espontaneamente e o soro fisiológico
pode cristalizar e dificultar a deflação do balonete(9,
13).
Alguns países possuem também a seringa pré-
enchida com água destilada.
11. Abrir a embalagem externa do cateter Abrir a embalagem externa do cateter uretral e mantê-
uretral (mantê-lo dentro embalagem lo dentro embalagem plástica, assim protege o cateter
plástica) da seringa, da agulha, da bolsa caso o mesmo encoste em algo fora do campo estéril.
coletora, do campo fenestrado e da seringa Organizar e oferecer fácil acesso aos materiais para a
com gel anestésico estéril ou 01 seringa de realização da técnica.
20 ml, colocando-os no campo do pacote
de cateterismo;
12. Abrir o pacote de luvas estéril e Facilitar o manuseio do material estéril sem
calçá-las; contaminá-los e evitar a infecção cruzada.
13. Conectar a agulha à seringa, solicitar Afastar-se do campo para retirar o ar da seringa,
ao auxiliar que desinfecte e abra a ampola evitando molhar o campo.
de água destilada e posicione-a para
aspiração do conteúdo. Retirar o ar da
seringa, desconectar a agulha e
conectar a seringa à via do balonete do
cateter (válvula de inflação);
14. Efetuar o teste do balonete do cateter O teste prévio do balonete é recomendado para
injetando volume de água destilada confirmar sua integridade, evitando o deslocamento,
indicado pelo fabricante. Após realizar o saída acidental do cateter e nova cateterização(15).
teste, esvaziar o balonete e manter a Volumes altos de água para insuflar o balonete devem
seringa conectada ao cateter; ser evitados, pois podem impedir o total esvaziamento
da bexiga, mantendo urina residual e propiciando a
proliferação de microorganismos e a aumentando
probabilidade de infecção.
15. Caso não tenha disponibilidade de Desconsiderar esse passo se tiver disponível a seringa
seringa pré-enchida com gel anestésico de gel pré-enchida, caso contrário, afastar- se do
estéril, solicitar ao auxiliar que abra o tubo campo para retirar o ar da seringa, evitando molhar o
de gel anestésico (com a agulha utilizada campo.
para aspirar a água). Em seguida, retirar o
êmbolo da seringa de 20 ml e solicitar ao
auxiliar que despeje o gel dentro da
mesma. Após, recolocar
o êmbolo da seringa e retirar o ar;
16. Posicionar o campo fenestrado com a O campo fenestrado aumenta a área estéril de trabalho
fenda para baixo sobre o períneo do durante a técnica(9). A fenda para baixo
paciente, expondo a genitália; facilita a retirada do campo após o término do
procedimento.
17. Expor o meato uretral com a não mão Facilitar a visualização do meato uretral e evitar o
dominante. Esta mão deve ficar potencial de contaminação do cateter durante a
expondo a região até o término da Inserção.
inserção do cateter; Considerar contaminada a mão não dominante que
Masculino: segurar o pênis posicionando- está expondo o meato.
o perpendicularmente e retrair o prepúcio;
Feminino: Com o dedo indicador e
polegar abrir os pequenos lábios;
18. Usando uma pinça estéril na mão Iniciar a antissepsia sempre partindo da área menos
dominante, pegar uma gaze umedecida contaminada para a mais contaminada, visando
com solução antisséptica e proceder a reduzir o número de microorganismos, e evitar trazê-
antissepsia do meato uretral; los ao meato uretral.
Masculino: em movimento único e Ressalta-se que a antissepsia não substitui a
circular na uretra, repita o mesmo higienização da genitália pré-cateterização(9,18,19).
movimento agora até a base da glande,
depois o mesmo até o prepúcio.
Trocando a gaze em cada movimento
Feminino: com movimento circular no
meato, deslizando sempre no sentido
ântero-posterior. Repetir o movimento
realizando a antissepsia do meato uretral
deslizando pelo pequeno lábio direito com
a segunda gaze e, em seguida, deslizando
pelo pequeno lábio esquerdo com a
terceira gaze.
19. Após a antissepsia, desprezar a Fixar a pinça na borda inferior do campo ou em um
pinça; local para itens contaminados
20. Pegar a seringa com gel anestésico Para potencializar o efeito anestésico do gel é
estéril; recomendado esperar de 3 a 5 minutos para a inserção
Masculino: injetar lentamente pelo do cateter.
meato uretral, cerca de 5 a 10ml de gel; .
Feminino: injetar diretamente no meato O gel anestésico lubrifica e facilita a introdução do
uretral ou lubrificar o cateter e cateter pelo meato uretral e minimiza o desconforto
acomodá-lo sob uma gaze dentro da cuba do procedimento.
rim ou;
21. Introduzir o cateter; Retirar o cateter da embalagem plástica.
Masculino: Mantendo o pênis posicionado A posição masculina de 90° retifica a curvatura da
em 90°, introduzir o cateter pelo meato uretra e minimiza o risco de trauma.
uretral, até a bifurcação do mesmo; Introduzir o cateter até a sua bifurcação no homem e
Feminino: introduzir o cateter pelo meato mais cerca 5,0cm após a urina fluir na mulher,
uretral, cerca de 5,0 cm após a urina fluir. assegura a seu posicionamento na bexiga e reduz o
risco de insuflar o balonete no meato uretral.
22. Injetar a água destilada que está na Injetar o volume indicado pelo fabricante. O soro
seringa na via do balonete; fisiológico e ar não são indicados para o
preenchimento do balonete, pois o ar pode ser
esvaziado espontaneamente e o soro fisiológico pode
cristalizar e dificultar a deflação do balonete.
23. Tracionar o cateter delicadamente Posicionar o balonete na base da bexiga e garantir a
até obter resistência; drenagem da urina.
24. Masculino: Reposicionar o prepúcio Evitar a retração e constrição do prepúcio na base da
glande e prevenir a parafimose.
25. Fixar o cateter com a fita A ficção correta impede a tração do cateter e
hipoalergênica, deixando uma folga, minimiza o risco de traumas uretrais e no colo vesical
permitindo livre movimentação dos
membros inferiores;
Masculino: fixar na região supra-púbica
ou na face anterior da coxa;
Feminino: fixar na região da face interna
da coxa;
26. Colocar a bolsa coletora na parte Garantir a drenagem por gravidade. Evitar a tração do
inferior da cama do mesmo lado em que cateter e o refluxo de urina.
foi fixado o cateter, abaixo do nível da
bexiga;
27. Observar o volume drenado e as Monitorar a drenagem adequada de urina.
características da urina;
28. Recolher o material usado e colocá- Manter o ambiente organizado.
lo na bandeja;
29. Identificar a bolsa coletora com data, Promover a segurança do paciente.
hora, nº do cateter utilizado, volume
injetado no balonete, nome do executor
da técnica;
30. Reposicionar confortavelmente a Evitar lesões de pele, restaurar o conforto e a
paciente e certificar-se que a pele e a segurança.
cama do paciente estão secos;
31. Encaminhar o material para o Evitar a contaminação do meio ambiente
desprezo adequado;
32. Higienizar as mãos; Reduzir risco de infecções.
33. Realizar a anotação de enfermagem. Anotar a indicação da cateterização, data e hora do
procedimento, tipo e tamanho do cateter, volume de
água instilado no balonete, sistema de drenagem
utilizado e intercorrência durante o procedimento(9).
Avaliar diariamente a necessidade de troca ou
retirada do cateter, visando o controle e redução de
infecções.