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AVALIAÇÃO E

CUIDADOS PRÁTICOS
INICIAIS PARA O
TRATAMENTO DAS
FERIDAS
Antes da conduta terapêutica,
precisamos investigar a
evolução da ferida

➢ Qual a causa

➢ Há quanto tempo surgiu

➢ História ou não de infecção

➢ Intensidade da dor/edema

➢ Extensão/profundidade

➢ Características do leito

➢ Situação da pele ao redor


Avaliação das Feridas
❖ Tamanho
Avaliação das Feridas
❖ Localização
Avaliação das Feridas
❖ Profundidade
Avaliação das Feridas
❖ Exposição tendinosa
Avaliação das Feridas

❖ Presença de túneis e cavidades


Avaliação das Feridas
❖ Presença de descolamentos, lojas
Avaliação das Feridas
❖ Presença de tecido necrótico

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➢ Remoção de tecidos necróticos/corpos estranhos do leito da ferida

➢ Identificação e eliminação de processos infecciosos

➢ Eliminação de espaços mortos

➢ Absorção do excesso de exsudato

➢ Manutenção do leito da ferida úmido

➢ Isolamento térmico da ferida

➢ Proteção contra traumas e contaminação bacteriana


Limpeza

Desbridamento

Curativo em si
➢ Soluções preferencialmente aquecidas (temperatura
constante de 37oC é capaz de estimular a mitose durante a
granulação e a epitelização).

➢ Minimizar traumas mecânicos e/ou químicos. Em feridas


granuladas e limpas, se preconiza uma irrigação suave, para
não danificar o tecido neoformado.
➢ Para irrigações suaves de feridas mais superficiais:
pode ser utilizada agulha de calibre 12 e seringa de 20 mL ou
ainda um frasco de soro perfurado em diferentes locais.

➢ Em feridas profundas,
estreitas ou com espaço
morto:
mais eficaz se realizada
com uma seringa
conectada a um cateter, o
qual deverá ser introduzido
com cuidado no leito da
ferida antes de se iniciar a
irrigação.
 Material Necessário
- Pacote estéril de curativo : 1 pinça anatômica, 1

1 pinça kelly 1 pinça dente de rato 1 anatômica


À medida que a ferida cronifica, a eficácia da irrigação
poderá tornar-se menor, uma vez que as bactérias alojam-se
mais profundamente nos tecidos.

Nestes casos, considerar o uso de medidas mais agressivas,


como desbridamento e antibioticoterapia.
➢ Remoção de tecidos necrosados aderidos e/ou de corpos
estranhos, deixando-a em condições adequadas para a
cicatrização.
➢ Recomenda-se que qualquer tecido necrótico seja
desbridado, desde que consistente com as condições clínicas
do paciente.
➢ Exceções:
● Feridas isquêmicas com necrose seca (melhorar as condições
vasculares)
● Úlceras com escaras (poderia haver desconforto e dor)
● Condições clínicas não forem boas (cicatrização seria
prejudicada)
➢ utiliza os próprios leucócitos e enzimas do
AUTOLÍTICO paciente para a degradação do tecido necrótico.
Lento, porém confortável. Necessidade de meio
úmido.

QUÍMICO ou ENZIMÁTICO ➢ utiliza enzimas proteolíticas que estimulam a


degradação do tecido necrótico. Pouco agressivo.
Necessidade de meio úmido.

MECÂNICO ➢ remoção do tecido necrótico com o uso de força


física (fricção com gazes ou esponja ou
remoção de gazes secas previamente aderidas
na lesão).
CIRÚRGICO ➢ realizado com tesoura ou lâmina de bisturi (à
beira do leito, em ambulatório ou em centro
cirúrgico). O mais eficaz, embora possa haver dor
ou sangramento.
 Necessidade de escarotomia: feita para que a
cobertura penetre mais facilmente na escara
Tec.de
necrose
granulação

Tec. adiposo

Apendicite, usado actisorb


Tecido
pronto
para
enxerto
Tecido
desvitalizado

Dermatite
Ocre

Colonização
Pouco tec.de
granulação
Tecido de
granulação
 Aberto:curativo em feridas sem
infecção, que após tratamento
permanecem abertos (sem proteçã o
de gaze).
 Fechado: São curativos que
permanecem fechados com
gases, sendo fixado somente nas
laterais
 Oclusivo: curativo que após a limpeza
da ferida e aplicaçã o do
medic amento é fechado ou ocluido
com gaze ou atadura, pode ser seco
ou úmido com soluções prescritas;
 Compressivo: é o que faz
c ompressão para estancar hemorragia
ou vedar bem uma incisão.
 Com irrigação: nos ferimentos com
infecção dentro da cavidade ou
fistula, com indicação de irrigação
com soluções salinas ou anti-
séptico. A irrigação é feita com
 seringa.
Com drenagem: nos ferimentos
com grande quantidade de
exsudato.
C oloca -se dreno de (Penrose,
Kehr),
tubos, cateteres ou bolsas de
colostomia.
Relato de
Casos
03.04.20
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E FINALMENTE... O CURATIVO
Este não seria o termo mais adequado, uma vez que a palavra "curar" englobaria também todos os
procedimentos anteriores. A adoção do termo cobertura parece então ser mais adequada

Características fundamentais de qualquer cobertura

1. Manter elevada umidade entre a ferida e a cobertura.


2. Remover o excesso de exudação.
3. Permitir as trocas gasosas.
4. Manter o isolamento térmico.
5. Manter impermeabilidade a bactérias.
6. Ser asséptica.
7. Permitir sua remoção sem traumas.

Algoritmo de Turner, 1982


COBERTURAS

MAIS DE 400 TIPOS NO MERCADO

PASSIVAS  LIMPEZA / ABSORÇÃO / PROTEÇÃO

INTERATIVAS  UMIDADE / pH BACTERIANO / OXIGÊNIO

BIOATIVAS  FATORES DE CRESCIMENTO EQUIVALENTE

À PELE HUMANA

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Coberturas
TEGAGEN
DUODERM

BIOFILL
TIELLE

ADAPTIC
CARBOFLEX
ACTISORB
2ND SKIN PLUS
NU-GEL

TEGASORB ALLEVYN
COMFEEL FIBRACOL
PLUS
AQUACEL

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Drenos abertos:

Eliminam secreções para dentro do curativo ou


coletores específicos, normalmente são inseridos
por meio de incisão cirúrgica.
✓ Drenos abertos
✓ Penrose:
✓ Consiste numa “fita” de
látex semelhante ao
dedo de luva;
✓ Tamanho variado;
✓ Utilizado
principalmente para
secreções
✓ Da cavidade
abdominal em cirurgias
contaminadas;


✓Por ser aberto, constitui porta de
entrada para bactérias;
✓Deve-se realizar curativo, trocar bolsa
coletora adesiva quando a drenagem é
volumosa.
Técnica de limpeza do dreno da ferida
-Retirar o curativo anterior;

-Limpar pele ao redor do dreno e depois dreno


se presença de infecção, caso contrário,
primeiro o dreno.
- Usar SF 0,9%;
- PVPI, esperar 2 minutos e retirar com SF
0,9%;
- Aplicar gaze e fechar com esparadrapo,
deixando a gaze exposta para observação
de drenagem.

Dreno Kehr
Inserido no canal colédoco para drenagem
de bile, sua extremidade tem forma de T
- Deve-se observar a pele ao redor, que
pode ser irritada pela bile se esta
extravasar;
- Realizar a limpeza da mesma forma que
se faz com o dreno suctor;
- Trocar o vaso coletor anotando aspecto
e quantidade de drenagem;
Drenos Fechados
Suctor / Portovac:

- Drena a secreção atraves do


efeito de vácuo
provocado pelo seu coletor,
através de sucção;
-Por ser um sistema fechado,
tem baixo
Índice de infecção;
Possui coletor acoplado em
forma de
“sanfona”.
Técnicas de limpeza de dreno suctor:
-Retirar o curativo com gaze embebida em éter;

-Limpar a pele ao redor do dreno com SF 0,9%;

-Limpar parte do dreno em contato com a pele


com SF 0,9%;
-Fechar com curativo;

-Pinçar extensão do dreno;

-Esvaziar o coletor em recipiente, lavando-o com


SF 0,9% e em seguida fechá-lo.
 Observar funcionamento do dreno ,anotar débito e a
coloração da secreção drenada.
 Observar a extensão do dreno e evitar dobras e
toções;
 Observar sinais de infecção em pele peri-dreno;
 Trocar diariamente o curativo do local de inserção do
dreno;
 Manter o dreno com vácuo (sucção).
Dreno de tórax –
Tudo inserido no tórax para
drenagem de ar ( pneumotrax)
ou secreções ( hemotórax ,
empiema).
-O fim de sua extensão fica
submerso em recipiente com
SF 0,9% (selo d’água);

-Realizar o curativo do local de


inserção do dreno com SF
0,9%, aplicar PVPI, esperar 2
minutos e retirar com SF 0,9%
e ocluir;
-Pinçar dreno para evitar a
entrada de ar no sistema;

-Desprezar o soro com


secreções do recipiente,
lavando-o e colocando soro
suficiente para deixar o dreno
imerso.

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