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NOTA FINAL

CURSO DE MEDICINA - AFYA


Aluno:
Componente Curricular: Estágio em Atenção Ambulatorial e Hospitalar em Clínica
Médica
Professor (es):
Período: 202302 Turma: Data: 29/11/2023

Prova N2 de CM 2023 II Rot 3

RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA


PROVA 10246 - CADERNO 001

1ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Questão que aborda principais características da psoríase, inclusive com os sinais dermatológicos
clássicos do diagnóstico. Paciente com lesões eritematodescamativas em áreas de dobra e com sinais
típicos presentes na psoríase. Os sinais da vela e orvalho sangrento são típicos da doença e não estão
presentes em situações dispostas em outras alternativas. O envolvimento articular inflamatório pode ser
encontrado na artrite psoriásica.

Referência:

MARTINS, Mílton de Arruda et al (ed.). Clínica médica: alergia e imunologia clínica, doenças da pele,
doenças infecciosas e parasitárias. 2. ed. São Paulo: Manole, 2016. v. 7.

2ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

De acordo com as Diretrizes Clínicas para o Cuidado ao Paciente com Doença Renal Crônica, um paciente,
com taxa de Filtração Glomerular de 38 ml/min/1,73 m2 e com a Relação Albumina Creatinina acima de 300
mg/g, é classificado como DRC Estágio 3B e deve ser encaminhado às unidades de atenção
especializadas em DRC, para acompanhamento. É importante encaminhar o paciente para unidades
especializadas, pois essas unidades dispõem de recursos e profissionais capacitados para oferecer o
tratamento adequado e prevenir o agravamento da doença. O acompanhamento com o médico nefrologista
também é importante para garantir a monitorização da função renal e o controle da progressão da DRC.

Referência:

Sugahara M, Pak WLW, Tanaka T, Tang SCW, Nangaku M. Update on diagnosis, pathophysiology, and
management of diabetic kidney disease. Nephrology (Carlton). 2021 Feb 7.

3ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Reação alérgica ao vírus Chikungunya.

ERRADO: As dores articulares associadas à febre Chikungunya não são causadas por reações
alérgicas ao vírus.

Lesões nas articulações causadas pela replicação viral.

ERRADO: Embora o vírus Chikungunya possa causar danos às células, não é a principal razão
para as dores articulares intensas e prolongadas.

Resposta autoimune desencadeada pelo vírus Chikungunya.

CORRETO: As dores articulares intensas e prolongadas na febre Chikungunya estão associadas


a uma resposta autoimune desencadeada pelo próprio vírus. O vírus induz uma resposta imune
que pode atacar as articulações, resultando em inflamação e dor.

Ativação excessiva dos linfócitos T.

ERRADO: Embora os linfócitos T desempenhem um papel na resposta imunológica à infecção


pelo vírus Chikungunya, não são a principal causa das dores articulares.

Deposição de imunocomplexos nas articulações.

ERRADO: A deposição de imunocomplexos nas articulações é uma característica de algumas


doenças autoimunes, mas não está diretamente relacionada às dores articulares na febre
Chikungunya.

Referência:

Suhrbier, A., & Jaffar-Bandjee, M. C. (2019). Chikungunya Virus: Novel Targets and Immune Modulators.
Annual Review of Pharmacology and Toxicology, 59, 417-437. doi:10.1146/annurev-pharmtox-010818-
021650.

4ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A asma consiste em uma doença com obstrução ao fluxo aéreo, que desaparece ou melhora
significativamente após o uso de broncodilatador.

Um achado ao hemograma compatível com o diagnóstico de asma é a eosinofilia, inclusive, utilizada para
decisão terapêutica.

História de atopia pessoal e/ou familiar pode contribuir para o diagnóstico de asma.

São fatores precipitantes de asma: exercício, ar frio, uso de betabloqueadores.

Referência:

Christopher H Fanta, MD, Nancy Lange-Vaidya, MD, MPH Uptodate: “Asthma in adolescents and adults:
Evaluation and diagnosis” – última revisão em: jun. 2023.

5ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

- Rx simples de abdome e/ou ultrassom: indicados para o diagnóstico e também evolução tanto em
pacientes em observação clínica de cálculos não obstrutivos quanto para acompanhamento pós-
procedimento.

- Tomografia Helicoidal de abdome e pelve sem contraste, realizada com técnica para visualização de litíase
(cortes finos de 5 mm): a tomografia é considerada padrão-ouro, sendo especialmente útil em suspeita de
cálculo ureteral, e também para auxiliar no diagnóstico diferencial entre calcificações pelvicaliciais (litíase)
das parenquimatosas (nefrocalcinose).

- Urocultura deve ser solicitada na dependência de: sintomas de ITU (diagnóstico diferencial com pielonefrite
ou associação da litíase com ITU), leucocitúria muito importante, bactérias presentes no exame de urina
simples, nitrito positivo, características do cálculo (ex: coraliforme, obstrutivo, etc.).

- Medicina Nuclear: esses exames são úteis no caso de litíase reno-ureteral obstrutiva, já que quantificam o
comprometimento de função renal unilateral e, portanto, podem auxiliar na indicação do tipo de intervenção
urológica e/ou na monitorização da recuperação de função renal.

Referência:

Diretrizes de Litíase Renal. Brazilian Journal of Nephrology, Volume 45, Issue 3 / 2023.

6ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Teste sorológico para dengue (IgM/IgG).

O teste sorológico para dengue, que detecta a presença de anticorpos IgM e IgG específicos para o vírus, é
uma abordagem adequada para confirmar o diagnóstico. A presença de anticorpos IgM indica uma infecção
recente, enquanto a detecção de IgG pode indicar infecção passada ou atual.

Referência:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue:
diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Diretoria Técnica de Gestão. – 4. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

7ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A principal hipótese diagnóstica é síndrome nefrotica, baseado nos achados edema, proteinúria e
hipoalbuminemia, sendo que as causas mais prováveis são nefropatia membranosa, glomeruloesclerose
segmentar e focal, amiloidose e doença por lesão mínima. CORRETA.

Obesidade e pielonefrite aguda não são causas de síndrome nefrotica.

O caso não é característico de síndrome nefrítica e nem de síndrome hemolítico urêmica

Referências:

DIAS, Cristiane B. Doenças glomerulares. [Digite o Local da Editora]: Editora Manole, 2021. E-book. ISBN
9786555764864. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555764864/. Acesso
em: 20 nov. 2023.

LERMA, Edgar V.; BERNS, Jeffrey S.; NISSENSON, Allen R. CURRENT: Nefrologia e Hipertensão. Grupo
A, 2011. E-book. ISBN 9788580550689. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580550689/. Acesso em: 20 nov. 2023.

8ª QUESTÃO
Resposta comentada:

São critérios de inclusão para tratamento da hepatite B sem agente Delta:

Paciente com HBeAg reagente e ALT > 2x limite superior da normalidade (LSN).
Adulto maior de 30 anos com HBeAg reagente.
Paciente com HBeAg não reagente, HBV-DNA >2.000 UI/mL e ALT > 2x LSN.

Outros critérios

Outros critérios de inclusão para tratamento independentemente dos resultados de HBeAg, HBV-DNA e
ALT para hepatite B, sem agente Delta:

História familiar de CHC;


Manifestações extra-hepáticas com acometimento motor incapacitante, artrite, vasculites,
glomerulonefrite e poliarterite nodosa; Coinfecção HIV/HBV ou HCV/HBV;
Hepatite aguda grave (coagulopatias ou icterícia por mais de 14 dias);
Reativação de hepatite B crônica;
Cirrose/insuficiência hepática;
Biópsia hepática METAVIR ≥ A2F2 ou elastografia hepática > 7,0 kPa (80);

Prevenção de reativação viral em pacientes que irão receber terapia imunossupressora (IMSS) ou
quimioterapia (QT).

Referência:

https://www.gov.br/aids/pt-br/centrais-de-conteudo/pcdts/2016/hepatites-
virais/pcdt_hepatite_b_270917.pdf/view

9ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Na asma o processo de sensibilização via linfócitos T helper 2 (Th2) culmina em maior estímulo à produção
de IgE pelos linfócitos B, além de estimular a produção de mastócitos e aumentar a meia-vida de
eosinófilos. Essa via está mais associada a quadros de exacerbação da asma. Por esse motivo, é comum
a presença de eosinófilos no escarro de pacientes asmáticos, já que apresentam meia-vida mais longa.

Referência:

Goldman-Cecil Medicina, volume 1. 25. ed. - Rio de janeiro: GEN. Guanabara Koogan Ltda., 2022.

10ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A ausculta cardíaca mostra diversos achados: a primeira bulha (B1) é hiperfonética em foco mitral. Porém,
em fases tardias da doença, quando a estenose se torna mais importante e há um aumento da calcificação,
a primeira bulha pode se normalizar. Além disso, a abertura da valva também produz um ruído, conhecido
como estalido de abertura da valva mitral. O sopro da estenose mitral é diastólico, em ruflar, com reforço
pré-sistólico, mais audível com a campânula, em foco mitral e em decúbito lateral esquerdo. Esse reforço
acontece, já que, ao final da diástole, o átrio esquerdo se contrai e, dessa forma, acelera a passagem de
sangue pela valva mitral estenosada.

Referência:

Goldman-Cecil Medicina, volume 1; 25. ed. - Rio de janeiro: GEN. Guanabara Koogan Ltda., 2022.

11ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Os inibidores da protease do vírus da hepatite C (HCV) são uma classe de medicamentos antivirais
utilizados no tratamento da hepatite C crônica. Esses medicamentos atuam inibindo uma enzima essencial
para a replicação do vírus da hepatite C, ajudando a suprimir a replicação viral e a reduzir a carga viral no
organismo.

As outras opções apresentadas não são utilizadas no tratamento específico da hepatite C crônica. Os
antibióticos de amplo espectro são usados para tratar infecções bacterianas, os betabloqueadores são
comumente utilizados no tratamento de doenças cardíacas e pressão arterial elevada, os anticoagulantes
orais são utilizados para prevenir a formação de coágulos sanguíneos e os diuréticos tiazídicos são
indicados no tratamento da hipertensão arterial e da insuficiência cardíaca congestiva. O tratamento da
hepatite C crônica envolve o uso de medicamentos antivirais específicos que são prescritos de acordo com
o genótipo viral do paciente e outros fatores clínicos relevantes.

Referências:

González-Grande R, Jiménez-Pérez M, González Arjona C, Mostazo Torres J. New approaches in the


treatment of hepatitis C. World J Gastroenterol. 2016 Jan 28;22(4):1421-32. doi: 10.3748/wjg.v22.i4.1421.
PMID: 26819511; PMCID: PMC4721977.

Ghany MG, Morgan TR; AASLD-IDSA Hepatitis C Guidance Panel. Hepatitis C Guidance 2019 Update:
American Association for the Study of Liver Diseases-Infectious Diseases Society of America
Recommendations for Testing, Managing, and Treating Hepatitis C Virus Infection. Hepatology. 2020
Feb;71(2):686-721. doi: 10.1002/hep.31060. PMID: 31816111; PMCID: PMC9710295.

12ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A EPO recombinante melhora a anemia e reduz as necessidades de transfusão em pacientes com doença
renal crônica e, geralmente, é iniciada quando a hemoglobina é < 10 g/dL (<100 g/dL). Em pacientes que
recebem diálise a longo prazo, eritropoetina recombinante (p. ex., epoetina alfa ou darbepoetina alfa)
juntamente com suplementos de ferro é o tratamento de escolha. Entretanto, como pode haver tanto
redução na produção da EPO como aumento na resistência medular à EPO, talvez a dose precise ser mais
alta. O objetivo é alcançar um nível sérico de hemoglobina de 10 a 11,5 g/dL (100 a 115 g/L). Todavia, o
monitoramento cuidadoso da resposta de hemoglobina é necessário porque os efeitos adversos (p.
ex., tromboembolia venosa, infarto do miocárdio, morte) podem ocorrer quando hemoglobina alcança > 12-
13 g/dL (> 120-130 g/L). Doses mais baixas de EPO são usadas em pacientes com doença renal crônica
que não estão em diálise.

Além disso, é necessária a reposição adequada dos depósitos de ferro para assegurar uma resposta
adequada à EPO recombinante, e suplementação concomitante de ferro costuma ser necessária.
Considera-se a adição de ferro IV em pacientes com hemoglobina < 10 g/dL (< 100 g/L), ferritina ≤ 500
ng/mL (< 500 microgramas/L) e saturação de transferrina (TSAT) ≤ 30%.

Referência:

Singh AK, Carroll K, Perkovic V, et al: Daprodustat for the Treatment of Anemia in Patients Undergoing
Dialysis. N Engl J Med 2021;385(25):2325-2335. doi:10.1056/NEJMoa2113379.

13ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Glicemia de jejum de 136mg/dL e teste oral de tolerância a glicose 75g (2h) de 226 mg/dL.

Critérios diagnósticos: 02 exames positivos de Hemoglobina glicada ≥ 6,5%; glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL;
TOTG 75 (2h) ≥ 200mg/dL ou glicemia aleatória ≥ 200mg/dL com presença de sintomas.

Referência:

Cobas R, Rodacki M, Giacaglia L, Calliari L, Noronha R, Valerio C, Custódio J, Santos R, Zajdenverg L,


Gabbay G, Bertoluci M. Diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2. Diretriz Oficial da
Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). DOI: 10.29327/557753.2022-2, ISBN: 978-65-5941-622-6.

14ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

A dosagem de alfafetoproteína (AFP) é um exame de sangue que é frequentemente utilizado para o


monitoramento de neoplasias hepáticas em pacientes com hepatite B crônica. A AFP é uma proteína que
pode estar elevada em casos de hepatocarcinoma (câncer de fígado) e, portanto, sua dosagem é útil para o
diagnóstico precoce e acompanhamento dessa neoplasia em pacientes com hepatite B.

Os outros exames listados não são específicos para monitorar neoplasias em pacientes com hepatite B
crônica. O teste de função hepática é útil para avaliar a função do fígado, mas não é específico para câncer.
A radiografia de tórax é mais utilizada para avaliar condições pulmonares. A colonoscopia é um exame
indicado para avaliar o cólon e o reto, não tendo relação com a monitorização de neoplasia hepática. Para a
monitorização de neoplasia em paciente com hepatite B crônica, a dosagem de AFP é a opção mais
apropriada. A ultrassonografia abdominal também pode ser usada no rastreio e não a tomografia abdominal.
o CEA é um marcador tumoral que pode estar elevado em outros tipos de câncer, como o de mama, ovário,
tireoide, pâncreas e pulmão e em outras situações, como inflamações, pancreatite, infecções pulmonares,
cirrose hepática, pessoas que fumam, entre outras doenças e condições.

Referências:

Aghoram R, Cai P, Dickinson JA. Alpha-foetoprotein and/or liver ultrasonography for screening of
hepatocellular carcinoma in patients with chronic hepatitis B. Cochrane Database of Systematic Reviews
2012, Issue 9. Art. No.: CD002799. DOI: 10.1002/14651858.CD002799.pub2.

Choi J, Tayob N, Lim YS. Detecting Early Hepatocellular Carcinoma in Patients With Chronic Hepatitis B
Using Longitudinal α-Fetoprotein Screening. Clin Gastroenterol Hepatol. 2023 Jun;21(6):1590-1597. doi:
10.1016/j.cgh.2022.08.018. Epub 2022 Aug 27. PMID: 36031091; PMCID: PMC9968818.

15ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A história familiar de psoríase é frequente em pacientes que apresentam diagnóstico da doença, cerca de
40% dos casos possuem história familiar positiva. A psoríase apresenta evolução flutuante, com surtos e
remissão, mas raramente desaparece por completo. O pitting ou depressões cupuliformes são achados
comuns de psoríase ungueal e refletem uma alteração que ocorre na matriz ungueal.

Referência:

Steven R Feldman, MD, PhD, Uptodate - “Psoriasis: Epidemiology, clinical manifestations, and diagnosis”,
última revisão em: jun. 2023.

16ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

O tratamento da dislipidemia, deve-se definir o risco cardiovascular do paciente. Aqueles com doença
cardiovascular estabelecida (como IAM, AVC, angioplastia prévia) ou placa obstrutiva > 50% são
considerados de muito alto risco, com meta de LDL-c < 50 mg/ml, estando indicadas estatinas de alta
potência.

Atorvastatina: INCORRETA. Atorvastatina nessa dose é de moderada potência com redução de 30-50% do
LDL.

Bezafibrato: INCORRETA. Reduzir triglicérides com fibratos não tem impacto em desfechos CV, esse
tratamento está indicado apenas se TG >500 mg/dL pelo risco de pancreatite aguda.

Ezetimiba: INCORRETA. O ezetimibe está indicado em substituição à estatina em pacientes intolerantes ou


em associação para atingir a meta.

Pravastatina: INCORRETA. A pravastatina de 20mg é de baixa potência e reduz menos que 30% a dose do
LDL.

Rosuvastatina: CORRETA. São consideradas estatinas de alta potência: atorvastatina 40 a 80 mg e


rosuvastatina 20 a 40 mg.

Referência:

BRAUNWALD – TRATADO DE DOENCAS CARDIOVASCULARES, 10ª EDIÇÃO, by Elsevier.


Diretrizes de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Cardiologia.

17ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A síndrome nefrótica em adultos pode ter diversas causas, mas o diabetes mellitus é uma das principais
etiologias. A nefropatia diabética é caracterizada por proteinúria e é uma complicação comum do diabetes.
O controle glicêmico adequado é crucial para prevenir danos aos rins nesses pacientes.

Referência:

Kumar, V., Abbas, A. K., Aster, J. C., & Robbins, S. L. (2015). Robbins & Cotran pathologic basis of disease
(9th ed.). Saunders.

18ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Paciente com quadro de cistite, apresentando sintomas de disúria, polaciúria, urgência e dor supra-púbica,
sem sinais de pielonefrite. Os exames de escolha, neste caso, são: Urina 1 (EAS).

Bacterioscopia + e/ou Urocultura +. Por ser tratar de um quadro de ITU baixa, o tratamento deve ser
realizado com antibiótico de baixo espectro e com tempo menor de tratamento. Além disso, deve-se realizar
a adequação da terapia antimicrobiana, conforme cultura e/ou evolução clínica.

- Antibióticos de escolha no caso de cistite: Nitrofurantoína 100mg VO 6/6h 3-5 dias OU; Fosfomicina 3g VO
em dose única OU; Cefuroxima 500mg VO 12/12h 3-5 dias OU; Amoxicilina-clavulanato 500/125mg VO
8/8h 5 dias.

Em pacientes com sintomas como febre, calafrios, lombalgia, náuseas e vômitos, além de Giordano
positivo ao exame físico o diagnóstico é de uma ITU alta - Pielonefrite. A presença de sintomatologia de
cistite não é obrigatória. Os antibióticos utilizados devem ter espectro maior e a terapia deve ser em sua
maioria endovenosa (EV). Em casos que o paciente apresente a possibilidade de terapia oral, realiza-se
uma dose de ataque EV e complementa-se com antibióticos orais por um tempo mais prolongado.

- Exemplo de pacientes com pielonefrite, sem complicações: Paciente com possibilidade de via oral -
Ceftriaxone 2g uma dose e alta com cefuroxima ou amoxicilina-clavulanato para completar 10 dias de
tratamento. Paciente sem possibilidade de via oral - Ceftriaxone 2g Ev 24/24h (hospital-dia).

Referência:

Bonkat G, Bartoletti R, Bruyère F, et al. EAU Guidelines on urological infections. 2022. Acessado em
22/11/2023. Disponível em: https://d56bochluxqnz.cloudfront.net/documents/pocket-guidelines/EAU-Pocket-
on-Urological-Infections-2022.pdf.

19ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Após o diagnóstico de hiperprolactinemia, que se relaciona com irregularidade menstrual e galactorreia, o


próximo passo é investigar a sela túrcica visando a busca de uma massa. Podem ser realizados TC ou
RNM de crânio, sendo a melhor escolha a RNM de crânio.

Referência:

COLAO, A.; CICCARELLI, A. Tratamento dos prolactinomas. In: VILAR, L. (editor). Endocrinologia clínica.
3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006, p. 39-50.

20ª QUESTÃO
Resposta comentada:

O paciente apresenta sintomas clássicos de diabetes, como sede excessiva (polidipsia), aumento da
frequência urinária (poliúria) e perda de peso inexplicada. Além disso, o resultado do teste de glicemia
capilar aleatória é elevado (240 mg/dL), o que indica hiperglicemia.

O Diabetes Mellitus tipo 1 é caracterizado pela destruição das células produtoras de insulina no pâncreas,
levando a uma deficiência absoluta desse hormônio. Geralmente, surge em pacientes mais jovens e
magros. No entanto, a paciente apresentada na questão tem 38 anos, e o tipo 1 é mais comum em crianças
e adolescentes. Portanto, estamos diante do DM 2.

Referência:

American Diabetes Association. (2021). Standards of Medical Care in Diabetes - 2021. Diabetes Care,
44(Supplement 1), S1-S232. doi: 10.2337/dc21-S000.

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21ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Referência:

Montera M.W., Mesquita E.T., Colafranceschi A.S., Oliveira Junior A.M., Rabischoffsky A., Ianni B.M., et al.
Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz Brasileira de Miocardites e Pericardites. Arq. Bras.
Cardiologia, 2013; 100 (4 supl. 1): 1-36.

22ª QUESTÃO
Resposta comentada:

De acordo com a Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda (2018), a definição dos perfis
clínico-hemodinâmicos à beira do leito, de forma não invasiva, a partir de aspectos do exame físico, é uma
estratégia segura e amplamente utilizada para orientar o emprego das drogas vasodilatadoras e/ou agentes
inotrópicos em pacientes com insuficiência cardíaca aguda (ICA).

No caso do paciente da questão, com dois fatores de risco identificáveis para descompensação de
insuficiência cardíaca (uso de álcool e HAS não controlada), observa-se o perfil quente-congesto, ou seja,
não há sinais de baixo débito cardíaco (paciente hipertenso ao exame físico e com extremidades bem
perfundidas) e há congestão pulmonar. Nesse perfil, está recomendada a redução da congestão através da
administração de diuréticos, preferencialmente de alça, tipo furosemida endovenosa (dose inicial de 20 a
40mg EV em bólus) e o início de vasodilatadores, com benefícios comprovados de controle da pressão
arterial nos pacientes com hipertensão arterial sistêmica e de melhora da dispneia. Os vasodilatadores
utilizados na ICA são o nitroprussiato de sódio e a nitroglicerina, ambos endovenosos. Como não há sinais
de baixo débito cardíaco, não está indicado o uso de inotrópicos como dobutamina. Dessa forma, a
alternativa correta é a "O perfil é quente-congesto e devem ser administrados furosemida e vasodilatador,
tipo nitroprussiato de sódio, endovenosos."

Referência:

Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda, 2018.

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23ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Quadro 13.4 – Medicamentos usados por via parenteral para o tratamento das emergências hipertensivas

Fonte imagem: https://abccardiol.org/wp-content/uploads/articles_xml/0066-782X-abc-116-03-0516/0066-


782X-abc-116-03-0516.x55156.pdf

Referência:

Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM, et al. Diretrizes
Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol. 2021; 116(3):516-658.

24ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

O início dos sintomas é tipicamente insidioso, sendo as manifestações clínicas mais comuns: febre (mais
de 80% dos casos), tosse seca e dispneia progressiva. Fadiga e perda de peso também são sintomas
frequentes. Tosse com expectoração purulenta é uma manifestação rara de PCP e, portanto, sua presença
deve levantar suspeita de infecção bacteriana secundária (pneumonia bacteriana).

São achados sugestivos de pneumocistose:

Contagem de LT-CD4+ abaixo de 200 céls/mm3 ou sinais clínicos de imunodepressão grave,


como candidíase oral.
Dispneia progressiva aos esforços.
Presença de febre, taquipneia e/ou taquicardia ao exame físico.
Rx de tórax normal ou infiltrado pulmonar difuso, peri-hilar, simétrico.
DHL sérica elevada.
Hipoxemia em repouso ou após esforço.
Ausência de uso ou utilização irregular de profilaxia para PCP.

Referência:

http://antigo.aids.gov.br/pt-br/pub/2013/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-manejo-da-infeccao-
pelo-hiv-em-adultos

25ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Paciente hipertenso estágio I (PA = 142/92 mmHg) e diabético, é de alto risco cardiovascular. A conduta é
iniciar modificação do estilo de vida associada à terapia farmacológica, combinada com meta pressórica de
PA < 130/80 (mas não menor que 120/70).

Referência:

BARROSO, W. K.S, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. 2020.

26ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Todas estão corretas

I – A síndrome nefrótica pode ter etiologia primária (doenças renais idiopáticas) ou secundária (doenças
sistêmicas). Correta

II – A biópsia renal é o procedimento padrão em adultos para a confirmação diagnóstica da causa da


síndrome nefrótica de etiologia primária. Correta

III – Malária, hepatite B e C, sífilis e HIV são algumas das causas secundárias infecciosas de síndrome
nefrotica. Correta

IV – Lupus Eritematoso Sistêmico, diabetes mellitus, artrite reumatoide e tireoidite são causas secundarias
autoimunes de síndrome nefrótica. Correta

Referências:

DIAS, Cristiane B. Doenças glomerulares. [Digite o Local da Editora]: Editora Manole, 2021. E-book. ISBN
9786555764864. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555764864/. Acesso
em: 20 nov. 2023.

LERMA, Edgar V.; BERNS, Jeffrey S.; NISSENSON, Allen R. CURRENT: Nefrologia e Hipertensão. [Digite
o Local da Editora]: Grupo A, 2011. E-book. ISBN 9788580550689. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580550689/. Acesso em: 20 nov. 2023.

27ª QUESTÃO
Resposta comentada:

Na emergência hipertensiva, é comum observar um aumento nos níveis de creatinina no sangue, indicando
uma possível lesão renal aguda decorrente da elevação súbita e intensa da pressão arterial. Os outros
achados listados (hipocalemia, hipercalemia, hipoglicemia e hiponatremia) não são geralmente associados à
emergência hipertensiva, embora cada caso deva ser avaliado individualmente.

Referência:

Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM, et al. Diretrizes
Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol. 2021; 116(3):516-658.

28ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

De acordo com as diretrizes atuais, para diagnóstico da infecção do HIV, precisamos de dois testes
consecutivos e podemos fazer os seguintes exames:

1. Dois testes rápidos com amostra de sangue.


2. Um teste rápido usando fluido oral e outro teste rápido usando sangue.
3. Um imunoensaio de 3ª ou 4 a geração e um teste molecular (carga viral).
4. Um imunoensaio de 3ª ou 4 a geração e um western blot ou imunoblot rápido.

A I é incorreta, porque os testes rápidos possuem uma janela imunológica que pode variar de 1 a 3 meses,
portanto não são bons para detecção de infecção aguda.

A II é incorreta, porque os valores mais altos da carga viral são encontrados nas fases iniciais da doença.

A III está correta, porque a detecção da infecção pelo HIV é um diagnóstico que muda a vida do paciente,
portanto devemos fazer o possível para minimizar erros. Por isso, devemos pedir dois testes consecutivos,
que podem ser por métodos imunológicos (imunoensaios) ou por biologia molecular (detecção do RNA do
HIV).

Referência:

UNAIDS.org [Internet]. Geneva: UNAIDS.

World Health Organization [Internet]. Geneva: WHO.

Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Portal sobre AIDS, doenças
sexualmente transmissíveis e hepatites virais [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde.

29ª QUESTÃO

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Resposta comentada:

Causa de aumento de prolactina:

Medicações: Os Antipsicóticos típicos e atípicos: bloqueio do receptor dopaminérgico D2. Os


Antidepressivos tricíclicos e inibidores de receptação de serotonina, entre outros.
Os Pró-cinéticos como metoclopramida, domperidona, proclorperazina: bloqueio do receptor dopaminérgico.

Hipertireodismo não está relacionado a aumento de prolactina. Hipotireoidismo sim.Nos pacientes que
apresentam concentrações basais elevadas de prolactina sérica, os valores retornam ao normal quando o
hipotireoidismo é corrigido.

Doença renal crônica: o principal mecanismo é um aumento na secreção de prolactina, e há uma diminuição
de um terço na taxa de depuração metabólica.

A maioria dos adenomas que secretam prolactina são constituídos apenas por células lactotróficas; no
entanto, 10% são compostos por células lactotróficas e somatotróficas e, portanto, também secretam
hormônio de crescimento -Acromegalia.

Referências:

Williams ́ - Tratado de Endocrinologia Clínica – 11a edição.


Endocrinologia Clínica 6a edição, 2016 Vilar, Lúcio.
HARRISON – Medicina Interna, Mc Graw Hill, 19a ed, 2016.

30ª QUESTÃO
Resposta comentada:

A anemia só é vista, na doença renal crônica, a partir do estágio 4. A anemia começa a ser vista a partir
do estágio 3 (clearance 30 a 59mL/min) e é quase universal nos estágios 4 e 5 (clearance <30).

A anemia, na doença renal crônica, deve-se principalmente a redução da produção renal de


eritropoetina e diminuição da absorção de vitamina B12. A anemia na DRC deve-se principalmente a
redução da produção renal de eritropoetina e diminuição da absorção de ferro.

A reposição da eritropoietina quando realizada deve ser de 20 a 50UI/kg/ IV ou SC, 3 vezes por
semana. Correta

A reposição de ferro deve ser feita se a saturação de transferrina for menor que 40% ou ferritina
menor que 500ng/ML. A reposição de ferro deve ser feita se a saturação de transferrina for menor ou igual
que 30% ou ferritina menor ou igual que 500ng/ML.

Para pacientes com doença renal crônica, que necessitam de suplementação de ferro, deve-se
selecionar a via de administração de ferro, com base apenas na gravidade da deficiência de ferro.
Para pacientes com DRC que necessitam de suplementação de ferro, selecione a via de administração de
ferro com base na gravidade da deficiência de ferro, disponibilidade de acesso venoso, resposta à terapia
oral anterior com ferro, efeitos colaterais com terapia de ferro oral ou IV, adesão do paciente e custo.

Referência:

https://kdigo.org/wp-content/uploads/2016/10/KDIGO-2012-Anemia-Guideline-English.pdf

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