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Disciplina Avaliação e Manejo Clínico de doente adulto com HIV-SIDA N° da Aula 21

Tópico Abordagem sistemática do paciente HIV+ Tipo Teórica


Conteúdos Patologia digestiva no doente HIV+: Diarreia Duração 2h

Objectivos de Aprendizagem
Até ao final da aula os alunos devem ser capazes de:
1. Reconhecer a importância e prevalência da diarreia na população seropositiva em Moçambique
2. Enumerar e descrever as possíveis causas de diarreia no doente HIV+
o Causas comuns
o Infecções oportunistas
o Reacções adversas
o O próprio HIV
o Síndrome de imuno-reconstituição que se apresenta como diarreia
3. Identificar os sinais de perigo nos pacientes que se apresentam com diarreia
4. Reconhecer a relação entre diarreia e estadiamento da infecção
5. Descrever a abordagem sindrómica da diarreia no doente HIV+
6. Manejar os casos de diarreia no doente HIV+ a partir do uso do algoritmo

Estrutura da Aula

Bloco Título do Bloco Método de Ensino Duração

1 Introdução ao Módulo

Introdução à aula

2 Prevalência e importância da diarreia no


doente HIV+

3 Principais causas de diarreia no doente HIV+:

4 Abordagem e gestão sindrómica da diarreia no


doente HIV+

5 Prevenção da diarreia no doente HIV+

6 Actividade: Casos clínicos para uso do


algoritmo

7 Pontos-Chave

Avaliação e Manejo de doentes adultos com HIV/SIDA


Versão 2.0 1
Equipamentos e meios audiovisuais necessários:

Trabalhos para casa (TPC), exercícios e textos para leitura – incluir data a ser entregue:

Bibliografia (referências usadas para o desenvolvimento do conteúdo):


 Brink A-K et al. Diarreia, CD4 e Infecções entéricas em uma coorte de base comunitária de
adultos infectados pelo HIV em Uganda. Journal of Infection 2002;45:99-106.
 Carcamo C et al. Etiologias e manifestações de diarréia persistente em adultos com infecção
VIH-1: Um Estudo de Caso-Controle em Lima, Peru. Journal of Infectious Diseases
2005:191:11-19.
 Brink A-K, Mahe C, Watera C, Lugada E, Gilks C, Whitworth J, French N. Diarreia, CD4 e
Infecções entéricas em uma coorte de base comunitária de adultos infectados pelo HIV em
Uganda. Journal of Infection 2002;45:99-106.
 MISAU Guia de Bolso: TARV e IOS em Adultos e Adolescentes 2004, p.30.

Avaliação e Manejo de doentes adultos com HIV/SIDA


Versão 2.0 2
BLOCO 1: INTRODUÇÃO À AULA
1.1 Apresentação do tópico, conteúdos e objectivos de aprendizagem
1.2 Apresentação da estrutura da aula
1.3 Apresentação da bibliografia que o aluno deverá manejar para ampliar os conhecimentos

BLOCO (2-7): DESENVOLVIMENTO DA AULA


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Avaliação e Manejo de doentes adultos com HIV/SIDA


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Nota para o Docente:


Nesta unidade, abordar-se-á
especificamente a Diarreia no
doente HIV+
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Avaliação e Manejo de doentes adultos com HIV/SIDA


Versão 2.0 4
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Informação adicional para o


Docente:
Causas comuns: Giardia, E.
histolitica, Shigella,
Campylobacter.
Causas oportunistas: Existem
muitos germes oportunistas
(isospora, criptosporidia, etc)
que podem causar diarreia de
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estadio IV, mas ainda não


podem ser diagnosticados em
Moçambique
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Avaliação e Manejo de doentes adultos com HIV/SIDA


Versão 2.0 5
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Informações adicionais:
Peça aos formandos para
consultarem as Tabelas de
estadiamento na Unidade 2.4.
No estadio III podem encontrar
a definição completa.
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Informação adicional para o


Docente:
Peça aos formandos para
consultarem as Tabelas de
estadiamento na Unidade 2.4.
No estadio IV, podem encontrar
a definição completa de
síndrome de caquexia.
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Avaliação e Manejo de doentes adultos com HIV/SIDA


Versão 2.0 6
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Avaliação e Manejo de doentes adultos com HIV/SIDA


Versão 2.0 7
Instruções para o Docente:
Peça aos formandos para
consultarem o Manual de
Referência Unidade 8.1
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Avaliação e Manejo de doentes adultos com HIV/SIDA


Versão 2.0 8
Informação adicional para o
Docente:
Diarreia aguda significa que
começou recentemente, há
menos de 5 dias.
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Informação adicional para o


Docente:
• Algumas pessoas
consideram que diarreia
crónica é a diarreia de mais
de três semanas
• Para qualquer diarreia: se
não conseguir identificar a
causa da diarreia e o
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paciente não melhorar com


os tratamentos indicados no
algoritmo, encaminhe
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Versão 2.0 9
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Instruções para o Docente:


• Peça aos formandos para
consultarem a Folha de
Exercício da Unidade 8.1
“Casos Clínicos para Uso
do Algoritmo de Diarreia” do
Caderno de Exercícios.
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• Consulte as instruções na
Folha de Exercícios a seguir
para realizar a actividade.

Folha de Exercício – Pequenos Casos Clínicos para Uso do


Algoritmo da Diarreia

Objectivo da Actividade: O TMG deve ser capaz de aplicar o algoritmo da diarreia para a resolução de
casos clínicos no seu dia-a-dia.

Tempo de Duração: 15 minutos

Instruções para o Docente:


 Peça aos formandos para consultarem a Folha de Exercício “Pequenos Casos Clínicos para
Uso do Algoritmo da Diarréia”, do Caderno de Exercícios, e o algoritmo de diarreia
 Divida os formandos em grupos
 Peça aos grupos para resolverem todos os casos clínicos
 Dê 15 minutos para que os grupos resolvam o exercício
 Promova um debate de 10 minutos com todos os formandos para analisar as respostas.

Caso 1:
Manuel é um homem de 29 anos, seropositivo. Não faz o TARV nem CTZ. Trabalha na sua machamba.
Não tem água potável em casa. Ontem, começou uma diarreia forte, com sangue e febre.

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Versão 2.0 10
Pergunta 1: O que deve fazer o Técnico de Medicina? A que caixa do algoritmo da diarreia chegou?
Resposta 1: O TM deve primeiro procurar sinais de perigo. Se o doente não tiver, deve seguir o
algoritmo até a Caixa 10 (dar Cotrimoxazol ou Ciprofloxacino).

Caso 2:
Doente de 30 anos, homem, seropositivo em seguimento no Serviço TARV. Está a fazer profilaxia com
CTZ há 1 ano. Refere febre e diarreia há 6 dias, sem dor abdominal ou tosse. No Banco de Socorros, o
doente recebeu tratamento com Coartem por três dias, porém o quadro clínico não melhorou. Hoje é o
6º dia com diarreia e com febre, o doente marca uma nova consulta, desta vez no Serviço de TARV.
Refere persistência da diarreia com sangue e da febre, com 4 ou 5 dejeccões por dia. O hematozoário e
o teste rápido para malária hoje são negativos.

Exame físico:
1. Não há sinais de perigo
2. Temperatura 38°C
3. Auscultação Pulmonar: normal
4. Abdómen: mole com dor difusa e leve; sem massas palpáveis nem sinais de alarme.
5. O hematozoário é negativo e você não dispõe de exame de fezes.

Pergunta 1: Qual é o tratamento que este doente deve receber? A que caixa do algoritmo chegou?
Resposta 1: Deve receber reidratação oral e Albendazol dose única, se não tomou nos últimos 6
meses (Caixa 3). Também deve tomar Ciprofloxacina ou Cotrimoxazol em doses terapêuticas (Caixa
10). Como já está a tomar Cotrimoxazol diariamente, a Ciprofloxacina seria a mais aconselhável, se
disponível.

Pergunta 2: Neste caso, a malária foi a causa da diarreia?


Resposta 2: Neste caso, a malária provavelmente não foi a causa da diarreia. O doente foi tratado com
antimaláricos sem confirmação laboratorial de malária. Uma outra possibilidade é que o doente tenha
malária resistente a Coartem, mas é pouco provável porque o teste rápido para malária é negativo hoje.
Três dias depois de tomar o último comprimido de Coartem, o hematozoario também é negativo.

Pergunta 3: Se esteve a receber o tratamento acima indicado por cinco dias e continua com diarreia,
qual é o passo seguinte? Em que caixa do algoritmo terá chegado?
Resposta 3: Neste caso, se a diarreia não piora (com sinais de perigo), deve continuar com o
Cotrimoxazol ou Ciprofloxacina para completar um tratamento de 10 dias. Se não há resposta ao
tratamento depois de 10 dias, estaria na Caixa 15 do algoritmo, e deve tomar Metronidazol.

Caso 3:
Cristina é uma mulher de 32 anos. É seropositiva e iniciou o TARV (Triomune) há 6 semanas. Está a
tomar Cotrimoxazol diário. Tomou Albendazol há dois meses. Tem diarreia há duas semanas, sem
perda de peso, sangue nem febre. Depois de fazer reidratação oral e depois de tomar Metronidazol e
Ciprofloxacina, não registou melhoria, mas ainda não há sinais de perigo. Um exame de fezes não
amostra nenhuma anormalidade.

Pergunta 1: O que deve fazer o Técnico de Medicina? Em que caixa do algoritmo de diarreia chegou?
Resposta 1: Está na Caixa 18. “Diarreia por mais de 1 mês sem resposta ao tratamento com
Ciprofloxacina e Metronidazol, em TARV”: O TMG deve referir o caso ou consultar o médico.

Pergunta 2: Neste caso, qual é uma possível causa da diarreia?


Resposta 2: O TMG deve pensar na possibilidade de RAM ao TARV, que a doente iniciou
recentemente. O conteúdo sobre RAM vai ser abordado numa outra unidade. Também pode-se pensar
em SIR.

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Versão 2.0 11
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Pontos-chave

• A diarreia é frequente e pode ser oportunista ou não no


doente HIV+
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• É preciso ter uma abordagem sistemática das diarreias


agudas e crónicas nas pessoas seropositivas
• A diarreia pode ser causada pelos medicamentos que o
doente está a tomar
• A diarreia crónica que não responde ao tratamento pode
ser uma condição do estadio III ou IV

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