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INSTITUTO INDUSTRIAL E COMERCIAL JOAQUIM MARRA

Turma: CV4-C2

Trabalho Individual do Modulo Resolver Problemas Estatísticos

Tema: Impacto da pandemia de COVID-19 na vida dos estudantes

Nome do estudante:

João Paulo João

Formador:

Dr. Manuel Muchina

CHIMOIO

2021
Índice
RESUMO ................................................................................................................................3

1. Introdução ...........................................................................................................................4

1.1. Metodologia .............................................................................................................5

2. Resultados e discussão ........................................................................................................6

3. Conclusão ..........................................................................................................................17

4. Anexo .................................................................................................................................18
RESUMO

O surgimento do novo Coronavírus no mundo trouxe impactos inimagináveis em diversas áreas


na sociedade, levando ao fechamento de serviços não essenciais, para realizar o distanciamento
social e prevenir uma maior propagação do vírus. O presente estudo teve como objectivo avaliar
as consequências causadas pela COVID19 no âmbito escolar e no cotidiano dos estudantes de
Escola Secundaria Eduardo Mondlane, por meio da aplicação de um questionário. Concluiu-se,
com base no questionário, que os entrevistados reconhecem a importância dos cuidados básicos
para prevenir a infecção pelo vírus, assim como, a importância de abordar este tema nas escolas e
instituições de ensino e, por fim, grande parte dos entrevistados afirmam considerar
desnecessário o retorno às aulas presencias e que ainda não retornariam às instituições de ensino.
1. Introdução

Em 1 de Dezembro de 2019 foi anunciado pela primeira vez o surgimento de um novo vírus na
cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, na China.

A pandemia COVID-19, causada pelo SARS-CoV-2, transformou a vida dos estudantes do


ensino superior em todo o mundo com implicações na maneira como esses alunos vivem e
trabalham, afectando seu bem-estar físico e mental.

No seguimento da identificação do primeiro caso em Moçambique no mês Março de 2020 e em


consonância com as recomendações da Direcção Geral de Saúde, de modo a proteger a
segurança da comunidade académica e prevenir os riscos de contágio, suspendeu todas as aulas
presenciais que ainda não tivessem sido substituídas pelo ensino através de plataformas digitais,
encerrando também bibliotecas, salas de estudo, cantinas, serviços administrativos e outros
serviços de apoio.

O coronavírus causa uma doença capaz de ser transmitida de animais para humanos, e seu
reservatório são animais selvagens. Geralmente causa infecções leves no trato respiratório,
porém, devido às mutações nas proteínas de superfície desta nova cepa, pode ocasionar uma
infecção mais grave no trato respiratório

Os funcionários passaram a teletrabalho sempre que possível e todas as viagens foram


canceladas ou adiadas. Exames e provas académicas passaram a ser feitos online ou por
videoconferência. Esta situação, reavaliada com regularidade, persiste até hoje, com excepção de
aulas laboratoriais presenciais aderindo a normas de distanciamento e de biossegurança.
1.1. Metodologia

Lançou-se um questionário sobre a vida do aluno durante a pandemia COVID-19, incluindo


ensino e aprendizagem, contactos sociais, bem como a sua forma de lidar com a situação
emocionalmente em diferentes partes do mundo. Os resultados permitirão fazer recomendações
sobre a forma como os estudantes podem vir a ser melhor apoiados em situações de crise em
diferentes contextos económicos, sociais, culturais, políticos e institucionais.

O questionário Destinava-se a alunos do ensino superior da Universidade Católica de


Moçambique, com idade igual ou superior a 18 anos.
2. Resultados e discussão

O questionário (Anexo A) foi aplicado com objectivo de fazer um levantamento de informações


acerca de como os estudantes da Universidade Católica de Moçambique com a nova rotina
durante a pandemia.

Na primeira pergunta (FIGURA 1), 61,3% responderam que não procuraram serviços de saúde
nos últimos 5 meses e 38,7% responderam que procuraram, porém para casos que não estavam
relacionados à COVID-19.

FIGURA 1: Procurou serviço de saúde na rede pública ou privada nos últimos 5 meses?

Não
39%

Sim
61%

Desta maneira, observa-se que pela nova rotina adoptada por causa da pandemia, a procura por
atendimento médico decorrente de outras causas diminuiu. Portanto, com um maior número de
pessoas evitando aglomerações e seguindo protocolos de higiene das mãos e uso de máscara,
preveniu-se também outras patologias.
Na segunda pergunta (FIGURA 2), 83,9% responderam que alguns membros da família todavia
permanecem em isolamento social e outros membros não. 9,7% Responderam que nenhum
membro da família permanece em isolamento social e 6,5% responderam que todos os membros
da família permanecem em isolamento.

FIGURA 2: Actualmente algum membro da família permanece em isolamento social ou já


realiza atividades na medida do possível?

Todos os
membros da
família
Nenhum permanecem em
membro da isolamento
família 6%
permanece em
isolamento
social
10%

Alguns
membros da
família
permanece em
isolamento
84%

Nesta análise, verificou-se a consciência dos entrevistados em relação a uma pandemia que ainda
não terminou e não se tem previsão de quando a situação vai melhorar. Observa-se que a maior
percentagem dos entrevistados mostrou conscientização acerca dos cuidados necessários quando
à aglomeração.
Na terceira pergunta (FIGURA 3), 45,2% responderam que nenhum membro da família teve
sintomas, 35,5% responderam que tiveram sintomas, mas por outros problemas respiratórios e
19,4% responderam que tiveram sintomas e que o diagnóstico mediante exame foi de COVID-
19.

FIGURA 3 - Você ou algum membro da família teve sintomas que pudessem gerar alertas para
uma possível contaminação pelo coronavírus (febre, dores pelo corpo, falta de ar, tosse seca etc)?

50.00%
45.00%
40.00%
35.00%
30.00%
25.00%
20.00%
15.00%
10.00%
5.00%
0.00%
Nenhum membro da Tiveram sintomas, mas por Tiveram sintomas e que o
família teve sintomas outros problemas diagnóstico mediante
respiratórios exame foi de COVID-19

O somatório da percentagem das pessoas que apresentaram sintomas por outros problemas
respiratórios e pessoas que tiveram sintomas de COVID19, totaliza mais de 50% dos
entrevistados. Isso reforça ainda mais a recomendação do isolamento social e cuidados de
higiene das mãos e uso de máscara. Uma pessoa com sintomas de doença respiratória pode
demorar a ser diagnosticada com COVID19. Sob esta perspectiva, é necessário tomar todos os
cuidados necessários para a prevenção do novo coronavírus.
A quarta pergunta refere-se à positividade da resposta da terceira (FIGURA 4).

FIGURA 4 - Se a resposta da pergunta anterior foi positivo, quantos membros da família foram
acometidos pela COVID-19?

3.5

3
3

2.5

2
2

1.5

1 1 1 1
1

0.5

0
0 1 2 2 3 4

Nesta pergunta 33,3% dos entrevistados responderam que dois membros da família foram
acometidos pela COVID-19, 11,1% responderam que quatro membros da família foram
contaminados pela COVID-19, 11,1% responderam que três membros da família foram
contaminados, 11,1% responderam que dois membros da família foram contaminados e 11,1%
respondeu que um membro da família foi contaminado pela COVID-19. E, 22,2% responderam
que nenhum membro da família foi contaminado pela COVID-19. A partir dessas informações,
destacam-se quase 80% dos entrevistados com conhecimento de alguém com sintomas de
COVID-19 em seu círculo familiar. Caso as medidas de higiene e isolamento social não fossem
adoptadas, com certeza haveria uma grande probabilidade de disseminação do vírus no ambiente
familiar.
Na pergunta 5 (FIGURA 5), 74,2% responderam que não conhecem casos de falecimento
próximo por COVID-19 e 25,8% responderam que conhecem casos de falecimento próximo por
COVID-19.

FIGURA 5 - Conhece casos de falecimento próximo por COVID-19?

Sim
26%

Não
74%

Nos dados apresentados acima, a grande maioria dos entrevistados mostrou não ter relatos
próximos de vítimas fatais perante a pandemia do COVID-19, porém, aproximadamente ¼ dos
entrevistados, tiveram contato com alguém que foi acometido da doença. Isso demonstra que
muitas pessoas tiveram contato com o vírus, desenvolveram a doença e não vieram a óbito em
contrapartida a um grande número de infectados.
Na questão 6 (FIGURA 6), 37,5% responderam que duas pessoas próximas vieram a óbito pela
COVID-19, 25% responderam que foram cinco, 12,5% responderam que foram três pessoas
próximas e 12,5% responderam que uma pessoa veio a óbito.

FIGURA 6 - Se a resposta da pergunta anterior foi sim, quantas pessoas próximas a você vieram
a óbito em virtude da COVID-19?

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5

Observa-se que todos os entrevistados tiveram conhecimento de pelo menos um caso próximo de
vítima fatal pelo COVID-19. Apesar de não se observar um grande número de vítimas fatais no
conhecimento de cada entrevistado, o fato de todos apresentaram algum conhecimento sobre
alguma vítima é relevante.
Com relação aos cuidados básicos de higiene pessoal e segurança (FIGURA 7), 80,6%
responderam que aumentaram os cuidados básicos e 19,4% responderam que apresentam
cuidados básicos apenas em locais públicos.

FIGURA 7 - Em relação a cuidados básicos de higiene pessoal e segurança (álcool em gel e


máscara), houve mudança de hábitos?

Não
19%

Sim
81%

É possível notar que grande maioria tomou conhecimento que os cuidados básicos de higiene não
são apenas necessários em um momento delicado como o da presente pandemia, mas apenas 1/5
toma precauções em locais com maiores possibilidades de contágio. Uma pessoa infectada
poderá contaminar locais de menor circulação, pois o vírus apresenta resistência em
determinados materiais como plásticos e metais, ou seja, um maior cuidado geral poderá ser
benéfico, e não somente em locais públicos ou de maior circulação, sendo necessária uma
atenção maior aos cuidados básicos de higiene.
Todos os entrevistados (100%) responderam que consideram muito importante a abordagem
deste tema nas escolas, meios públicos e de comunicação (FIGURA 8).

FIGURA 8 - O quão importante você considera que este tema seja abordado nas escolas?

Sim
100%

As escolas servem como um grande local de comunicação com a população e é de grande


importância que as pessoas enxerguem a necessidade de manter informado as pessoas que
acessam estes lugares, assim, continuando sempre uma relação de comunicação não somente
para os assuntos de pandemia como de saúde e conhecimentos em geral para os alunos e suas
respectivas famílias.

A amostra é constituída por 23 estudantes

Idades em rol:

18 18 18 18 19 19 19 19 19 20
20 20 20 20 21 21 22 22 23 23
24 25 26
Depois de organizar os dados em rol deve-se se construir a tabela de classe e frequência, e para
isto deve-se achar:

Amplitude Total

Dados 𝐴𝑇 = 𝑋_𝑚𝑎𝑥 − 𝑋_𝑚𝑖𝑛

𝑋𝑚𝑎𝑥 = 26 𝐴𝑇 = 26 − 18

𝑋𝑚𝑖𝑛 = 18 𝐴𝑇 = 8

Número de Classe

Para determinarmos o número de intervalos de classes, nesse caso usa-se a seguinte fórmula:

𝑲 = √𝑛

𝑲 = √23

𝑲 = 4.7 ≈ 5

Amplitude de Classe

𝐴𝑇 8
𝒉= = 5 = 1.6 ≈ 1.7
𝐾

Com esses dados passamos assim a construir a nossa tabela de classes e frequências

Classe 𝒇𝒊 𝑭𝒂𝒄 𝒇𝒓 𝑭𝒓𝒂𝒄 𝒇% 𝑭𝒓𝒂𝒄% 𝑷𝑴(𝒙𝒊 ) 𝑿𝒊 × 𝒇𝒊


[18 − 19.7[ 9 9 0.39 0.39 39 39 18.85 165.65
[19.7 − 21.4[ 7 16 0.31 0.70 31 70 20.35 142.45
[21.4 − 23.1[ 4 20 0.17 0.87 17 87 22.25 89
[23.1 − 24.8[ 1 21 0.04 0.91 4 91 23.95 23.95
[24.8 − 26.5[ 2 23 0.09 1 9 100 25.55 51.1
Total 23 ---- 1 ---- 100 ---- ---- 472.15
Tabela 2: Distribuição de frequências das idades dos estudantes
Para continuarmos com o estudo do nosso caso, já com os dados da tabela 2 podemos determinar
as medidas de tendências centrais.

Medidas de tendências centrais


Media Aritmética

Para o cálculo da média usaremos a seguinte formula:

𝑛
𝑿𝒊 × 𝒇𝒊 472.15
𝑋̅ = ∑ = = 20.52
𝑓𝑖 23
𝑖=1

𝐹𝑚𝑎𝑥 −𝐹𝑎𝑛𝑡
Moda: 𝑀𝑜 = 𝐿𝑖 (𝑀𝑜) + [2𝐹 ]×ℎ ⇔
𝑚𝑎𝑥 −(𝐹𝑝𝑜𝑠𝑡 +𝐹𝑎𝑛𝑡 )

9−0
⇔ 𝑀𝑜 = 18 + [ ] × 1.7
2 × 9 − (7 + 0)

9
⇔ 𝑀𝑜 = 18 + ( ) × 1.7
18 − 7

9
⇔ 𝑀𝑜 = 18 + ( ) × 1.7
11

⇔ 𝑀𝑜 = 18 + 1.39

⇔ 𝑀𝑜 = 19.39

0,5𝑛−𝐹𝑎𝑐 −1
Mediana: 𝑀𝑒 = 𝐿𝑖 (𝑀𝑒) + ( )×ℎ ⇔
𝐹𝑚𝑒

11.5 − 9
⇔ 𝑀𝑒 = 19.7 + ( ) × 1.7
7

2.5
⇔ 𝑀𝑒 = 19.7 + ( ) × 1.7
7

⇔ 𝑀𝑒 = 19.7 + 0.60

⇔𝑀𝑒 = 20.3
Para calcularmos as medidas de dispersão, passamos a preencher a nossa tabela de cálculos
auxiliares, partindo da tabela 2.

̅)
(𝑿𝒊 − 𝑿 ̅ )𝟐
(𝑿𝒊 − 𝑿 ̅ )𝟐 × 𝒇
(𝑿𝒊 − 𝑿 𝒊

-1.67 2.78 25.02


-0.17 0.02 0.14
1.73 2.99 11.96
3.43 11.76 11.76
5.03 25.30 50.6
----- ---- 99.48
Tabela 3: Afastamento das idades

Variância

̅ )𝟐 ×𝑓
(𝑿𝒊 −𝑿 99.48
𝑆 2 = ∑𝑛𝑖=1 𝑖
= = 4.32
𝑓𝑖 23

Desvio Padrão:

𝐷𝑃 = √𝑆 2 = √4.32 = 2.07

Coeficiente de variação

𝑆 2.07
𝐶𝑉 = = = 0.10
𝑋̅ 20.52
3. Conclusão

Com os dados obtidos foi possível concluir que os entrevistados apresentam grande consciência
em relação à pandemia, vistos os cuidados tomados para que não haja contato excessivo, gerando
maiores riscos de transmissão da doença. Ainda acerca dos entrevistados, sua totalidade
considera muito importante a abordagem deste tema em escolas e instituições de ensino, fato este
justificado com a clara insegurança da veracidade das informações passadas sobre esta doença
pelos diversos meios de comunicação. Entretanto, grande parte dos entrevistados afirmaram
considerar desnecessário o retorno às aulas e negaram o retorno à instituição de ensino, o que
demonstra a grande incerteza e insegurança que esta pandemia tem trazido. Enquanto a vacina
não for desenvolvida e a maior parte da população imunizada, dificilmente ocorrerá uma grande
adesão ao retorno das atividades e à vida considerada normal.
4. Anexo

1. Procurou serviço de saúde na rede pública ou privada nos últimos 5 meses?


 Sim___
 Não___

2. Actualmente algum membro da família permanece em isolamento social ou já realiza


atividades na medida do possível?
 Alguns membros da família todavia permanecem em isolamento___
 Nenhum membro da família permanece em isolamento___
 Todos os membros da família permanecem em isolamento____

3. Você ou algum membro da família teve sintomas que pudessem gerar alertas para uma p
ossível contaminação pelo coronavírus (febre, dores pelo corpo, falta de ar, tosse seca
etc)?
 Nenhum membro da família teve sintomas____
 Tiveram sintomas, mas por outros problemas respiratório____
 Tiveram sintomas e que o diagnóstico mediante exame foi de COVID-19____

4. Se a resposta da pergunta anterior foi positivo, quantos membros da família foram


acometidos pela COVID-19?
 0___
 1___
 2___
 3___
 4___

5. Conhece casos de falecimento próximo por COVID-19?


 Sim conheço casos de falecimento próximo por COVID-19 ____
 Não conheço casos de falecimento próximo por COVID-19 ____
6. Se a resposta da pergunta anterior foi sim, quantas pessoas próximas a você vieram a
óbito em virtude da COVID-19?
 Duas pessoas próximas vieram a óbito pela COVID-19___
 Três pessoas próximas___
 Uma pessoa veio a óbito___

7. Em relação a cuidados básicos de higiene pessoal e segurança (álcool em gel e máscara),


houve mudança de hábitos?
 Sim___
 Não___

8. O quão importante você considera que este tema seja abordado nas escolas?
 Muito importante___
 Menos___

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