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Objectivos de Aprendizagem
Até ao final da aula os alunos devem ser capazes de:
1. Identificar as reacções adversas mais comuns no doente HIV positivo ao TARV, CTZ e
tratamento de TB
2. Conhecer a classificação em graus das reacções adversas
3. Gerir as reacções adversas ao TARV, CTZ e tratamento para TB
Estrutura da Aula
1 Introdução à aula.
8 Pontos-Chave
Trabalhos para casa (TPC), exercícios e textos para leitura – incluir data a ser entregue:
Bibliografia
Forna, F et al. Toxicidade clínica de Highly Active Anti-Retroviral Therapy em um Programa de
Assistência Home-Based AIDS em Uganda Rural. Jornal de Acquired Immune Deficiency
Syndrome 2007;44:456-62.
Bartlett,g 7 Gallant,J. Tratamento médico de HIV. 2006.
MISAU – PNCTL. Manual Clínico de Tuberculose. 2006.
MISAU. Guia de tratamento anti-retroviral e infecções oportunistas no adulto, adolescente e
grávida. 2010.
de iniciar o
medicamento? (Qual foi
a altura exacta?)
• O possível efeito adverso
começou no momento
esperado (cedo ou
tarde)?
• Consulte as instruções
na Folha de Exercícios a
seguir para realizar a
actividade.
Objectivos da Actividade: O TMG deve ser capaz de utilizar as tabelas de reacções adversas a
medicamentos para a resolução de casos clínicos no seu dia-a-dia.
Caso:
Um paciente que iniciou o TARV com d4T + 3TC + NVP) chega à consulta (três semanas após inicio do
TARV) e refere os seguintes sintomas: Dor abdominal (desconforto e não dor intensa) e náuseas. O
paciente já tomava Cotrimoxazol há mais de um ano e nunca teve problemas.
Estavudina. Pancreatite: Sintomas de pancreatite: Dor abdominal (muitas vezes dor epigástrica com
radiação nas costas, náuseas, e vómitos)
Exame físico: Procure icterícia. Examine o abdómen; procure dor e hepatomegalia.
Peça testes de laboratório: transaminases, bilirrubina, amilase ou lipase.
• Se for hepatotoxicidade: verificar o grau:
• Grau 1 e 2; Controlar
• Grau 3 e 4: Suspender Nevirapina
• Se for pancreatite, e se for sintomático, suspender d4T e substituir ZDV ou outro (consulte o
médico). Se houver elevação assintomática de amílase ou lípase, suspender d4T (e substituir por
outro anti-retroviral) se >= 2x ALN.
Informações adicionais:
A suspensão sequencial dos ARVs
tem como objectivo evitar a
aparição de resistências ao
tratamento (a vida média da
Nevirapina é muito mais longa).
Slide 24
Objectivo da Actividade: O TMG deve ser capaz de aplicar as tabelas de reacções adversas a
medicamentos para a resolução de casos clínicos no seu dia-a-dia.
Caso 1:
Doente de 45 anos, HIV+, no estadio IV por Sarcoma de Kaposi. Inicia TARV com d4T + 3TC + NVP. O
doente toma Cotrimoxazol há três meses, sem nenhum problema. Três semanas após o início do TARV
(uma semana com Nevirapina, o que constitui a dose completa), o paciente marca consulta com o
TMG. Ele diz que há alguns dias que não se sente bem. Diz que sente cansaço intenso e a falta de
apetite. Nega ter diarreia mas diz que sente náuseas e, quando come, sente-se pesado. Refere
também uma ligeira comichão, mas diz que não lhe incomoda e não tem notado erupção ou borbulhas.
No exame físico constata-se:
Temperatura: 38o C. Sem icterícia. Sem edemas. Ligeira palidez
Auscultação cardíaca e pulmonar sem anomalias
Abdómen: mole, dor na apalpação na região do fígado sem massas nem megalias.
Pergunta 4: Quais são as possíveis reacções adversas que este paciente apresenta?
Resposta: Hepatite, prurido - erupção cutânea
Pergunta 6: Quais são as provas que o TMG deve solicitar para apoiar no diagnóstico da reacção
adversa?
Caso 2:
Paciente de 24 anos, HIV positiva em seguimento. Os últimos CD4 da paciente são de 203 cels/mm 3. O
TMG decide iniciar o TARV na paciente. Ela queixa-se de dor e dormência em ambos os pés desde há
muitos meses, pelo que o TMG decide iniciar o TARV com AZT+3TC+NVP. A doente tem hemograma e
bioquímica normais no início do tratamento. Ela já tomava Cotrimoxazol há mais de um ano sem
problemas.
Um mês após o início, a paciente chega à consulta referindo cansaço intenso e falta de ar com os
esforços físicos (não consegue subir as escadas ou carregar água). Nega febre ou outra clínica
associada.
No exame físico destaca:
Temperatura 36,5o C
Palidez cutâneo-mucosa intensa. Taquipneia
Auscultação cardio-pulmonar: Taquicardia. O resto do exame é normal
Abdómen: normal
Pergunta 4: Quais são as possíveis reacções adversas que este paciente apresenta?
Resposta: Anemia. A clínica de neuropatia que apresenta não deve ser considerada uma reacção
adversa (já tinha antes de iniciar o TARV)
Pergunta 6: Quais são as provas que o TMG deve solicitar para apoiar o diagnóstico de reacção
adversa?
Resposta: Hemograma ou hemoglobina
Caso 3:
Uma paciente de 32 anos, HIV+ e em seguimento foi testada num internamento por malária grave, que
requereu tratamento com Quinina endovenosa. Os seus CD4 iniciais foram de 158 cels/mm 3. O TMG
decidiu iniciar o TARV. A doente vive longe da Unidade Sanitária, pelo que o TMG decidiu iniciar no
mesmo dia o CTZ e o TARV com d4T+3TC+NVP.
Pergunta 3: Quais são as possíveis reacções adversas que este paciente apresenta?
Resposta: Síndrome de Stevens-Johnson
Caso 4:
Paciente de 36 anos HIV+ em seguimento. O paciente iniciou o TARV 7 meses atrás (CD4 de 120
cels/mm3) com Triomune 30 (Estavudina + Lamivudina + Nevirapina). Nos primeiros três meses,
melhorou das suas queixas, recuperou peso e sentia-se bem. Há dois meses que se queixa de dor
abdominal difusa, debilidade e mal-estar, náusea e vómitos não constantes, dispneia, perda de peso.
No exame físico só constata-se:
Apirético, corado
Perda de peso de 5 kg em dois meses
Resto do exame normal.
Pergunta 5: Quais são as provas que o TMG deve solicitar para apoiar no diagnóstico de reacção
adversa?
Resposta: Não existem provas complementares para apoiar a suspeita. O TMG deve encaminhar o
paciente ao médico