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MEDIDAS DE PREVENÇÃO À

CONTAMINAÇÃO COVID-19 EM
ESCOLAS
Centro de Emprego e Formação Profissional de Leiria
Setembro 2021

Formador(a): Enfª Sandrina Crespo


SUMÁRIO
1. Medidas Gerais como prevenção à
contaminação COVID-19:
a) O que é a COVID-19
b) Medidas de prevenção
c) O ensino em contexto de COVID-19
2. Organização de espaços:
a) Seccionamento do Espaço Escolar
b) Acesso ao Recinto Escolar
c) Disposição da Sala de Aula
d) Transporte escolar
3. Higienização ambiental na Escola, como
prevenção à contaminação COVID-19;
SUMÁRIO
4. Utilização dos equipamentos de
proteção individual (EPI);
5. Procedimento perante caso
suspeito de doença COVID-19;
6. Campanha de rastreio com testes
laboratoriais para SARS-CoV-2 na
comunidade escolar;
1. Medidas Gerais como prevenção
à contaminação COVID-19
a) O que é e como é transmitida

• A COVID-19 é uma doença causada


pela infeção pelo novo Coronavírus
(SARS-CoV2). A doença manifesta-se
predominantemente por sintomas
respiratórios, nomeadamente, febre,
tosse e dificuldade respiratória,
podendo também existir outros
sintomas, entre os quais, odinofagia
(dor de garganta), dores musculares
generalizadas, perda transitória do
paladar ou do olfato, diarreia, dor no
peito e dor de cabeça, entre outros. A
pessoa infetada pode não apresentar
sinais ou sintomas (assintomática).
a) O que é e como é transmitida
• As crianças e jovens diagnosticados com COVID-19 têm habitualmente uma manifestação
ligeira da doença, com menor risco de complicações e hospitalização.
• Com base na evidência científica atual, este vírus transmite-se principalmente através de:

– Contacto direto: disseminação de gotículas respiratórias,


produzidas quando uma pessoa infetada tosse, espirra ou
fala, que podem ser inaladas ou pousar na boca, nariz ou
olhos de pessoas que estão próximas.
– Contacto indireto: contacto das mãos com uma superfície
ou objeto contaminado com SARS-CoV-2 e, em seguida,
com a boca, nariz ou olhos.
• Existem ainda estudos que sugerem a acumulação de aerossóis potencialmente infetados
em espaços fechados.
• Atualmente, estima-se que o período de incubação da doença (tempo decorrido desde
a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas) seja entre 1 e 14 dias. A
transmissão de SARS-CoV-2 pode ocorrer cerca de dois dias antes da manifestação de
sintomas.
Principais sintomas
Principais sintomas em crianças e
adolescentes
• Febre igual ou superior a • Náuseas ou vómitos
37,5ºC • Cansaço ou fraqueza
• Tosse
• Perda de apetite
• Taquicardia
• Expetoração
• Dor de cabeça
• Dor de garganta ou dor ao • Dor abdominal
engolir • Espirros
• Dor no corpo ou nas • Manchas no corpo
articulações • Linfonodomegalia
• Dificuldade respiratória • Perda ou diminuição de
• Sintomas nasais (congestão paladar e olfato
nasal ou pingo ao nariz)
• Dor no peito
• Diarreia
b) Medidas de prevenção
Lavagem das mãos
Técnica de lavagem das mãos

• https://covid19.min-
saude.pt/lavagem-das-
maos-2/

• https://www.youtube.co
m/watch?v=6EFG_u41
LpE
Correta utilização da
máscara
https://www.youtube.c
om/watch?v=bnZ9vRr
7_vI
Grupos de risco
1. Portador de doenças pulmonares crónicas, como doença pulmonar
obstrutiva crónica (DPOC), asma moderada/grave não controlada
(necessidade de corticoide recente), fibrose, displasia, sequela de
tuberculose prévia, bronquiectasia, entre outras com comprometimento da
função pulmonar.​
2. Portador de doenças cardíacas graves ou descompensadas: enfarte,
doença arterial coronária, insuficiência cardíaca, cardiopatia congénita não
corrigida com disfunção, hipertensão pulmonar, arritmias, entre outras. ​
3. Portador de diabetes mellitus tipo 1 ou tipo 2.​
4. Portador de doença renal crónica.
5. Imunossuprimido: com algum cancro ativo e em tratamento, transplantados
de órgãos sólidos, transplante de medula óssea, HIV positivas, síndrome de
Down (com imunodeficiência documentada), imunodeficiência congénita, uso
de corticoides (dose superior a 20 mg/dia de prednisolona ou equivalente por
tempo superior a 14 dias ou com metilprednisolona no último mês), uso de
imunossupressores por tempo prolongados, entre outros.​
Grupos de risco
6. Portador de doenças do sangue, como anemia falciforme, talassemia,
leucemia, entre outras.​
7. Portador de doenças neurológicas que acometem a função pulmonar,
como epilepsia não controlada, demência, paralisia cerebral, derrame
cerebral, lesão medular e doenças neuromusculares.​
8. Portador de doenças metabólicas hereditárias/cromossomiais com
comprometimento de função de pelo menos um órgão.​
9. .Obeso com IMC>35 Kg/m2.​
10. Portador de cirrose ou insuficiência hepática.​
11. .Gravidez.​
Checklist de saúde em casa
➢ As crianças, os alunos, bem como o pessoal docente e
não docente com sinais ou sintomas sugestivos de
COVID-19 não devem apresentar-se no estabelecimento
de educação pré-escolar ou na escola. Devem contactar o
SNS24 (808 242424) ou outras linhas telefónicas criadas
especificamente para o efeito, e proceder de acordo com as
indicações fornecidas, pelos profissionais de saúde.
➢ É expressamente proibido encaminhar o aluno para a
escola se apresentar, pelo menos um sintoma de Covid-
19, mesmo que leve. Em caso de sintomas, o aluno passa a
estar inapto a frequentar o ambiente escolar e deve
permanecer em casa em isolamento, seguindo as
recomendações dos profissionais de saúde.
Sinalize caso tenha:
• Algum dos sintomas nas últimas 24 horas.
• Se teve contato próximo ou prolongado com
alguém que apresentou sintomas nos
últimos 14 dias.
• Se teve contato próximo ou prolongado com
alguém com suspeita ou confirmação de
Covid-19 nos últimos 14 dias.
Aguarde a orientação e verifique se está apto
a comparecer ao trabalho/escola.
c) Ensino em contexto de
COVID-19
• Os estabelecimentos de educação ou ensino são locais de convívio e partilha,
onde importa estabelecer medidas de saúde pública, em alinhamento com as medidas
implementadas a nível comunitário.
• Face à evolução epidemiológica e tendo como prioridade garantir o direito à educação
das crianças e jovens, gradualmente, os países ajustaram as suas políticas e medidas,
reabrindo os estabelecimentos de educação ou ensino.
• O encerramento dos estabelecimentos de educação ou ensino e o confinamento,
ainda que sejam medidas necessárias para o controlo de uma epidemia, têm impacto
nos determinantes sociais, mentais e ambientais da saúde, que se podem refletir
em consequências a longo prazo no bem-estar físico, psicológico e social dos
alunos. Estas consequências tenderão também a aumentar as desigualdades sociais e
de saúde já existentes.
• Neste contexto, importa definir estratégias que permitam o ensino presencial,
dando prioridade à prevenção da doença e à minimização do risco de
transmissão de SARS-CoV-2, com condições de segurança e higiene nos
estabelecimentos de educação ou ensino (Orientações Ano letivo 2020/2021, de 3 de
julho de 2020).
A atuação célere e coordenada entre os diferentes agentes
da comunidade educativa, será essencial para o controlo
da transmissão em contexto escolar. Como tal devem ser
garantidas e destacadas as seguintes estratégias:
✓ Planeamento meticuloso: Plano de Contingência
✓ Reorganização do espaço escolar;
✓ Promoção de comportamentos preventivos;
✓ Gestão adequada de casos;
✓ Comunicação fluída;
Antecipando os diferentes cenários que podem ocorrer no
contexto escolar em tempos de COVID-19, é essencial
organizar uma resposta célere e adequada que permita
controlar as cadeias de transmissão e evitar a ocorrência
de um surto.
2. Organização de espaços
a) Seccionamento do Espaço
Escolar
1. Os alunos devem ser organizados, preferencialmente, em
grupos/turmas, mantendo-se esta organização ao longo de todo o período
de permanência na escola. Os grupos/turmas devem ter, sempre que
possível, horários de aulas, intervalos e período de refeições
organizados de forma a evitar o contacto com outros grupos/turmas;

2. As aulas de cada turma devem decorrer, sempre que possível, na


mesma sala e com lugar/secretária fixo por aluno;

3. Privilegiar a utilização de salas amplas e arejadas, sendo que as salas


devem ser utilizadas de acordo com a sua dimensão e características da
escola, em função do número de alunos por turma;
a) Seccionamento do Espaço
Escolar
4. Nas salas, devem ser mantidas as medidas de distanciamento,
garantindo a maximização do espaço entre pessoas. Assim:
a) As mesas devem ser dispostas, sempre que possível, junto das
paredes e janelas, de acordo com a estrutura física das salas;
b) As mesas devem estar dispostas, preferencialmente, com a mesma
orientação. Pode ainda optar-se por outro tipo de organização do
espaço, evitando uma disposição que implique ter alunos virados de
frente uns para os outros;
c) Sempre que possível, deve garantir-se um distanciamento físico
entre os alunos e alunos/docentes de, pelo menos, 1 metro, sem
comprometer o normal funcionamento das atividades letivas.
5. As atividades desportivas, bem com outras atividades que
impliquem maior contacto físico, devem ser planificadas e adequadas
às orientações das autoridades de saúde em vigor;
a) Seccionamento do Espaço
Escolar
6. Os intervalos entre as aulas devem ter a menor duração possível,
devendo os alunos permanecer, tanto quanto possível, em zonas
específicas, definidas pela escola;
7. Definir e identificar circuitos e procedimentos no interior da escola,
que promovam o distanciamento físico, nomeadamente no percurso
desde a entrada da escola até à sala de aula e nos acessos aos locais
de atendimento e convívio como, por exemplo: refeitório, bufete/bar,
papelaria, salas de apoio, polivalente, entradas de pavilhões e casas de
banho. Estes devem ser divulgados a toda a comunidade escolar, no
início das atividades letivas;
8. Evitar a concentração de alunos nos espaços comuns da escola,
nomeadamente na biblioteca, bares ou nas salas de informática;
a) Seccionamento do Espaço
Escolar
9. Criar e divulgar regras de utilização das salas do pessoal docente e
não docente;
10. Definir procedimentos para utilização dos refeitórios,
designadamente com as seguintes normas de funcionamento:
a) Períodos de almoço, sempre que possível, desfasados entre turmas, de
forma a respeitar as regras de distanciamento e evitando a concentração
de alunos;
b) Prever a possibilidade de recurso a refeição na modalidade de take-away;
c) Lavagem/desinfeção das mãos antes e após o consumo de qualquer
refeição por parte de qualquer pessoa;
d) Utilização obrigatória de máscara, exceto no período de refeição;
e) Talheres e guardanapos devem ser fornecidos dentro de embalagem;
f) Higienização e desinfeção de mesas e cadeiras, após cada utilização;
g) Retirar artigos decorativos e outros objetos das mesas;
h) Assegurar uma boa ventilação e renovação do ar.
a) Seccionamento do Espaço
Escolar
11. Por serem espaços de utilização comum e com superfícies de
contacto frequente, nos bares/bufetes deve-se aumentar a
frequência de limpeza e higienização após utilização (balcões,
mesas, cadeiras), e devem ser seguidas as seguintes normas de
funcionamento:
a) Higienização das mãos à entrada e à saída;
b) Utilização obrigatória de máscara, exceto no período de refeição;
c) Distanciamento físico;
d) Definir lotação máxima, de acordo com as características do espaço,
evitando concentrações;
e) Assegurar uma boa ventilação e renovação do ar.
a) Seccionamento do Espaço
Escolar
12. Criar/reforçar equipas de educação para a saúde nos
agrupamento de escolas ou escola não agrupada
(AE/ENA), compostas por pessoal docente e não
docente, em colaboração permanente com os centros de
saúde (equipas de saúde escolar), associações de pais e
de estudantes e outros - responsáveis por elaborar e
coordenar os respetivos planos de saúde, promovendo-
se, entre outras ações, sessões de
informação/sensibilização para toda a comunidade
escolar.
b) Acesso ao recinto escolar
c) Disposição da Sala de Aula
d) Transporte escolar
As seguintes medidas devem ser praticadas
sempre que se utilizem transportes coletivos de
passageiros, públicos ou privados, de acordo com
a Orientação 027/2020 da DGS:
• Etiqueta respiratória;
• Higiene das mãos – desinfetar ou lavar as mãos
depois de tocar em superfícies ou objetos;
• Cumprimento do intervalo e da distância de
segurança entre passageiros (ex. um por
banco);
• Utilização de máscara no transporte (ex:
autocarros escolares, metro, entre outros).
As medidas a aplicar no transporte de crianças estão presentes na
Orientação 025/2020 da DGS, sendo complementadas com as
recomendações da Orientação 027/2020 da DGS, no que concerne
ao transporte coletivo de passageiros. De destacar:
• Cumprimento do intervalo e da distância de segurança entre
passageiros (ex. um por banco);
• Sinalizar os lugares onde as pessoas se devem sentar, quando o
meio de transporte o permita, por forma a garantir o
distanciamento recomendado entre passageiros;
• Lotação máxima de 2/3 da sua capacidade (Art. 13.º-A do
Decreto-Lei n.º 10A/2020, de 13 de março, na sua redação atual);
• Disponibilização de solução antissética à base de álcool à entrada
e saída da viatura;
• Descontaminação da viatura após cada viagem, segundo a
Orientação 014/2020 da DGS.
3. Higienização ambiental na
Escola, como prevenção à
contaminação COVID-19

Orientação 014/2020 DGS


Limpeza e desinfeção de superficies
• Todas as superfícies podem ser veículos de contágio,
mas o risco deste contágio varia consoante a frequência
de manipulação, de toque ou de utilização.

Exemplos: maçanetas de portas, interruptores de luz,


telefones, tablets e teclados de computadores
principalmente quando usados por várias pessoas, botões
de elevadores, torneiras de lavatórios, manípulos de
autoclismos, mesas, bancadas, cadeiras, corrimãos,
brinquedos em salas de diversão para crianças em
espaços públicos, dinheiro, entre outros.

Orientação 014/2020 DGS


Limpeza e desinfeção de superficies
Algumas áreas de maior risco para a transmissão entre
pessoas incluem:
• Áreas de isolamento, quer o quarto da pessoa
doente de COVID-19 que permanece no seu
domicílio e a casa de banho que utiliza, quer a
área(s) de isolamento em estabelecimentos
públicos;
• Áreas de restauração onde as pessoas comem
(nomeadamente em grandes superfícies e
restaurantes) ou outros (mesas, tabuleiros,
bancadas, cadeiras) podem aumentar o risco para
as pessoas que as frequentam, se não forem
desinfetadas frequentemente e entre clientes;
Limpeza e desinfeção de superficies

• Áreas de confeção de alimentos, são críticos para


evitar contaminação dos mesmos. Por isso, existem
regras muito rigorosas de limpeza e desinfeção destas
áreas;

• Instalações sanitárias públicas.


Técnicas de limpeza
Os estabelecimentos devem assegurar-se que a limpeza segue a
seguinte técnica:
❑ A limpeza deve ser sempre húmida - não usar aspiradores a
seco em zonas públicas, salvo se forem aspiradores com
tanque de água que recolhe a sujidade na água; este depósito
deve ser despejado e lavado entre cada uma das áreas a
aspirar;
❑ Deve ser realizada sempre no sentido de cima para baixo
e, das áreas mais limpas, para as mais sujas:
1. Paredes e teto (se aplicável)
2. Superfícies acima do chão (bancadas, mesas, cadeiras,
corrimãos, outros);
3. Equipamentos existentes nas áreas;
4. Instalações sanitárias;
5. Chão – é o último a limpar.
Materiais de Limpeza
Em relação aos materiais de limpeza, os estabelecimentos devem assegurar-se
que:
• Devem existir materiais de limpeza distintos (de uso exclusivo) de
acordo com o nível de risco das áreas a limpar;
• Os panos de limpeza devem ser, preferencialmente, de uso único e
descartáveis (usar e deitar fora), diferenciados por um código de cores, para
cada uma das áreas, de acordo com o nível de risco. São exemplos:
– Bancadas, mesas, cadeiras, cadeirões de restaurantes e de gabinetes, entre outros:
azul;
– Mesas de refeição e áreas de preparação de alimentos: verde;
– Casas de banho: pano só para limpar o lavatório: amarelo;
– pano para as sanitas (exterior): vermelho;

A parte interior da sanita não precisa de pano. Deve ser esfregada com o próprio piaçaba e
com detergente de base desinfetante;
O balde e esfregona para o chão são habitualmente reutilizáveis, pelo que se deve garantir
uma limpeza e desinfeção destes equipamentos no final de cada utilização. O balde e
esfregona devem ser diferentes, para as áreas atrás referidas. Por exemplo: o balde e
esfregona usados nas casas de banho, não devem ser usados nas áreas de
alimentação, ou em outros espaços públicos.
Frequência da Limpeza
Em relação à frequência de limpeza, os estabelecimentos devem assegurar-se que:

• A limpeza de superfícies de toque frequente pode ser realizada com detergente de base
desinfetante, para conseguir um procedimento mais rápido, isto é, um produto que contém
na sua composição, detergente e desinfetante em simultâneo (2 em 1), compatíveis.
Podem ter várias apresentações: líquida, gel, espuma ou spray. Não usar produtos em spray
nas áreas de exposição e venda de alimentos já confecionados;
• A frequência de limpeza das superfícies de toque frequente deve ser no mínimo 6 vezes
ao dia, mas pode ser necessário aumentar essa frequência;
• Nas áreas de restauração/cafés, esta limpeza rápida deve ser feita quando sai um cliente e
entra outro para a mesma mesa. Os puxadores de portas devem ser limpos com mais
frequência (cerca de 1 vez por hora);
• Chão: lavar com água quente e detergente comum, seguido da desinfeção com solução
de lixívia diluída em água. A frequência de limpeza deve ser no mínimo 2 vezes ao dia;
• Instalações sanitárias (casas de banho): lavar preferencialmente com produto que contenha
na composição detergente e desinfetante porque é de mais fácil aplicação e desinfeção. A
frequência de limpeza do chão deve ser no mínimo, 3 vezes ao dia;
• Os espaços onde podem estar crianças a brincar, devem ser limpos mais vezes durante o
dia.
Produtos de limpeza e desinfeção
Em relação aos produtos de limpeza e desinfeção, os estabelecimentos devem assegurar-
se que:

• De forma a serem tomadas as medidas necessárias para proteger a saúde e o ambiente


e garantir a segurança nos locais de trabalho, é necessário ter no estabelecimento as
fichas de dados de segurança dos produtos (vulgarmente designadas por fichas
técnicas) que constam no plano de higienização;

• Devem ser cumpridas as indicações do fabricante e instruções nos rótulos dos


produtos e nas fichas de segurança;

• Os produtos químicos devem estar devidamente rotulados, fechados e conservados


nas suas embalagens de origem, de modo a evitar o risco de contaminação de
alimentos, por exemplo;

• Os produtos químicos devem ser armazenados fora das áreas onde são manuseados
os alimentos, em local fechado e devidamente identificado e fora do alcance de crianças
ou pessoas com necessidades especiais;
Produtos de limpeza e desinfeção
• Os detergentes a usar são os comuns ou de uso doméstico;

• Os desinfetantes mais utilizados são: a vulgar lixívia (hipoclorito de sódio) com pelo menos 5% de
cloro livre na forma original e o álcool a 70%;

• Podem ser ainda utilizados produtos de desinfeção rápida sob a forma de toalhetes humedecidos no
desinfetante e fornecidos em dispensador próprio (facilitando tirar 1 a 1 sem os contaminar). Estes são
produtos que juntam habitualmente na sua composição, detergente e desinfetante compatíveis. Estes
toalhetes são para usar numa superfície e não devem ser reutilizados em várias superfícies, porque
favorece a disseminação dos agentes contaminantes. Usar um toalhete para cada superfície e descartar
para o caixote do lixo. Não secar a superfície depois de usar o toalhete desinfetante, porque é
necessário que a superfície fique molhada durante uns minutos até secar ao ar, para ser eficaz;

• Existem no mercado, pastilhas de Dicloroisocianurato de sódio (com efeito semelhante à lixívia) mas
de preparação mais rápida, não necessitando de grandes espaços para armazenar. Os utilizadores devem
seguir as instruções do fabricante (rótulos) para o seu uso em segurança; estas pastilhas devem ser
preparadas só na altura da utilização, para manter a sua eficácia;

• As partes metálicas das superfícies ou as que não são compatíveis com a lixívia, devem ser
desinfetadas com álcool a 70% ou outro produto compatível, para evitar a corrosão ou danificação;

• Ao aplicar lixívia ou outro produto semelhante, abrir as janelas para arejar e renovar o ar, ajudando
também a secar mais rapidamente as superfícies.
Uso de equipamentos de proteção
individual pelos funcionários de limpeza
Em relação a equipamentos de proteção individual, os estabelecimentos devem
assegurar-se que:

• Os funcionários que limpam as áreas de alimentação não são os mesmos que limpam as
casas de banho;

• Nesta fase de possível disseminação do vírus, aconselha-se a que os profissionais de limpeza usem:

o Bata impermeável, embora possa também ser usado um avental impermeável por cima da farda
(não usar a roupa que traz de casa);

o Uma máscara comum bem ajustada à face - a máscara deve ser mudada sempre que estiver
húmida (mínimo de 4-6 horas);

o Luvas resistentes aos desinfetantes (de usar e deitar fora);

o Utilizar uma farda limpa todos os dias e um calçado próprio só para as limpezas; a farda deve ser
lavada nos locais de trabalho e preferencialmente em máquina com ciclo de lavagem e desinfeção
pelo calor - não deve ser levada para casa, para ser lavada pelos funcionários;
Uso de equipamentos de proteção
individual pelos funcionários de limpeza

o Na desinfeção de áreas de isolamento e/ou em grandes


espaços (cinemas, restaurantes, centros comerciais, cantinas,
escolas, entre outros) onde se supõe que possam ter ocorrido casos
de COVID-19 ou eventual disseminação, pode recorrer-se ao
método de desinfeção por vapor de peróxido de hidrogénio,
através da aquisição de uma máquina e produto próprio. Esta
desinfeção é feita depois da limpeza prévia e só pode ser realizada
com a área vazia (sem ninguém presente). Cumprir as instruções do
fabricante/fornecedor para a utilização deste desinfetante em
segurança.
Limpeza e desinfeção de áreas comuns
• Preparar a solução de lixívia (hipoclorito de sódio) com
concentração original de 5% ou mais de cloro livre. A lixívia
deve ser diluída na altura de utilizar. A solução diluída deve ser
a 0,1%, na proporção de 1 parte de lixívia para 99 partes iguais
de água
• Lavar primeiro as superfícies com água e detergente.
• Em seguida, espalhar uniformemente a solução de lixívia
nas superfícies.
• Deixar atuar a lixívia nas superfícies durante pelo menos
10 minutos – ler as instruções do fabricante/fornecedor. Essa
etapa é fundamental.
• De seguida enxaguar as superfícies só com água quente.
• Deixar secar ao ar.
Instalações sanitárias
• Utilizar panos diferentes para os lavatórios e
as áreas à volta destes e para o exterior das
sanitas.
• Seguir a sequência:
– Iniciar a limpeza pelos lavatórios (1.º as torneiras
e só depois o lavatório) e superfícies à volta
destes;
– Limpar os trocadores de fraldas;
– Limpar as sanitas;
– Limpar o chão.
Instalações sanitárias
Limpeza da sanita:
Parte interior:
limpar o interior da sanita apenas com o piaçaba:
Se houver urina ou fezes, descarregar primeiro o autoclismo;
Não deitar lixívia ou produto com amoníaco sobre a urina,
porque provoca uma reação gasosa nociva para a saúde;
Aplicar o produto detergente com base desinfetante; deixar atuar
durante pelo menos 5 minutos;
Esfregar bem por dentro com o piaçaba;
Puxar o autoclismo com o piaçaba ainda dentro da sanita para
que este também fique limpo;
Volte a puxar a água
Instalações sanitárias
• Limpeza da sanita:
– Parte exterior:
• Espalhar o detergente/desinfetante na parte de cima da sanita
e sobre os tampos;
• Esfregar com o pano: primeiro os tampos e só depois, a parte
exterior da sanita (em cima e nos lados);
• Passar com pano só com água;
• Deixar secar ao ar;
• Limpar e desinfetar bem o botão do autoclismo. Pode
desinfetar também com álcool a 70º-80º.
– No final da limpeza, deve voltar a passar um pano
humedecido em desinfetante em todas as torneiras.
– Não esquecer de limpar frequentemente as maçanetas
das portas das casas de banho
Refeitórios/bares
Respeitar os planos de limpeza de refeitórios existentes, utilizando
agentes de limpeza e desinfeção aprovados pela legislação em vigor
para o setor alimentar.

Os profissionais da área de preparação e confeção dos alimentos


devem:
▪ Usar sempre máscara, durante as fases de preparação, confeção e
distribuição dos alimentos;
▪ Lavar as mãos com água e sabão imediatamente antes e após a
manipulação de alimentos crus ou antes e após a utilização da casa de
banho;
▪ Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou com solução
antisséptica de base alcoólica (SABA);
▪ Cumprir a etiqueta respiratória.
Considerações importantes

• Os funcionários que limpam as áreas de alimentação


não são os mesmos que limpam as casas de banho;
• Nesta fase de possível disseminação do vírus,
aconselha-se a que os profissionais de limpeza usem:
– Bata impermeável, embora possa também ser usado um
avental impermeável por cima da farda (não usar a roupa que
traz de casa);
– Uma máscara comum bem ajustada à face - a máscara deve
ser mudada sempre que estiver húmida (mínimo de 4-6 horas);
– Luvas resistentes aos desinfetantes (de usar e deitar fora);
Áreas de preparação e confeção de
alimentos
• Os materiais de limpeza são específicos para estas
áreas e seguem as regras definidas pela legislação
em vigor;
• Deve haver panos diferentes de limpeza para as
bancadas e utensílios destas; as mesas, cadeiras e
outro mobiliário; material específico para o chão;
• Os produtos a utilizar (detergentes e desinfetantes
devem ser produtos que não contaminem
eventualmente os alimentos);
• Não borrifar com desinfetante em spray nas
áreas onde há alimentos em confeção ou em
exposição.
Limpeza e desinfeção de superfícies
que contenham sangue ou outros
produtos orgânicos
Na limpeza e desinfeção das superfícies de áreas que contenham
sangue ou outros produtos orgânicos (vómito, urina, fezes), deve
seguir as seguintes indicações:
• Utilizando luvas resistentes, avental impermeável e óculos de
proteção, absorver o mais possível o derrame com papel
absorvente para não espalhar os líquidos;
• Aplicar de seguida a solução de lixívia na diluição de 1 parte de
lixívia em 9 partes iguais de água;
• Deixar atuar durante pelo menos 10 minutos; tapar a zona afetada
com toalhetes para que as pessoas não pisem e colocar o
dispositivo de alerta para zona em limpeza de manutenção;
• Lavar a área suja com água e detergente comum; enxaguar só com
água e deixar secar ao ar.
4. Utilização dos equipamentos
de proteção individual (EPI)

Orientação 019/2020 DGS


5. Procedimento perante caso
suspeito de doença COVID-19
ATUAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE
EDUCAÇÃO OU ENSINO PERANTE UM CASO
SUSPEITO DE COVID-19
ÁREA DE ISOLAMENTO

• A existência de uma área de isolamento equipada


com telefone, termómetro, cadeira, água e alguns
alimentos não perecíveis, solução alcoólica,
caixote do lixo e acesso a instalação sanitária;
Na sequência da triagem telefónica:

• Se o caso não for considerado suspeito de COVID-19 pela triagem


telefónica (SNS 24 ou outras linhas), a pessoa segue o procedimento
normal da escola, de acordo com o quadro clínico apresentado.
Terminam os procedimentos constantes no Plano de Contingência para
COVID-19 e não se aplica o restante “Fluxograma de atuação perante
um caso suspeito de COVID-19 em contexto escolar”.

• Se o caso for considerado suspeito de COVID-19 pela triagem


telefónica (SNS 24 ou outras linhas) será encaminhado de uma das
seguintes formas:
o Autocuidado: isolamento em casa;
o Avaliação Clínica nas Áreas Dedicadas COVID-19 nos Cuidados de
Saúde Primários;
o Avaliação Clínica em Serviço de Urgência.

Devem ser prosseguidos os procedimentos do ponto 5, “Fluxograma de atuação perante um caso


suspeito de COVID-19 em contexto escolar”.
Ponto 6:
A Autoridade de Saúde Local:
• prescreve o teste para SARS-CoV-2 e encaminha para a sua
realização;
• esclarece o caso suspeito, se for um adulto ou o encarregado de
educação, caso se trate de um menor sobre os cuidados a adotar
enquanto aguarda confirmação laboratorial e sobre os procedimentos
seguintes (no que for aplicável da Orientação n.º10/2020 da DGS).

A deslocação para casa, para os serviços de saúde ou para o local de


realização de teste deve ser feita em viatura própria, ou em viatura
própria dos encarregados de educação, caso seja menor de idade. Se
tal não for possível, deve ser utilizada uma viatura de transporte
individual, não devendo recorrer-se a transporte público coletivo.
Durante todo o percurso o caso suspeito e o(s) respetivo(s)
acompanhante(s) devem manter a máscara devidamente colocada.
A Autoridade de Saúde Local, no primeiro contacto com o
estabelecimento de educação ou ensino, procede a uma rápida
avaliação da situação/risco, para decidir a celeridade e amplitude
das medidas a adotar.

Caso considere necessário, pode implementar medidas de


proteção, enquanto aguarda confirmação laboratorial,
nomeadamente:
• Isolamento dos contactos que estiveram sentados em proximidade
na sala de aula ou no refeitório ou outros contactos próximos
identificados;

Após confirmação laboratorial do caso, a Autoridade de Saúde Local


deve prosseguir com a investigação epidemiológica (in loco, se
necessário):
• Inquérito epidemiológico;
• Rastreio de contactos;
• Avaliação ambiental.
A Autoridade de Saúde informa o caso, os contactos de alto e
baixo risco e o estabelecimento de educação ou ensino sobre as
medidas individuais e coletivas a implementar, de acordo com a
avaliação da situação/risco efetuada, nomeadamente:

• Isolamento de casos e contactos, encerramento da turma, de áreas


ou, no limite, de todo o estabelecimento de educação ou ensino;
• Limpeza e desinfeção das superfícies e ventilação dos espaços
mais utilizados pelo caso suspeito, bem como da área de isolamento
(Orientação n.º 014/2020 da DGS);
• Acondicionamento dos resíduos produzidos pelo caso suspeito em
dois sacos de plástico, resistentes, com dois nós apertados,
preferencialmente com um adesivo/atilho e colocação dos mesmos em
contentores de resíduos coletivos após 24 horas da sua produção
(nunca em ecopontos).
Para implementação de medidas e gestão de casos, a Autoridade de
Saúde Local, pode mobilizar e liderar uma Equipa de Saúde Pública.
ATUAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE
EDUCAÇÃO OU ENSINO PERANTE UM CASO
COFIRMADO DE COVID-19 FORA DO
ESTABELECIMENTO
MEDIDAS A ADOTAR PELO CASO
CONFIRMADO
• Perante um caso com teste laboratorial (rRT-PCR) positivo para
COVID-19, o mesmo deve permanecer em isolamento até cumprir
com os critérios de cura documentada (Norma nº. 004/2020 da
DGS).
• As pessoas com COVID-19, são consideradas curadas quando:
– Apresentam ausência completa da febre (sem recurso a medicação) e
melhoria significativa dos sintomas durante 3 dias consecutivos, e
– Apresentam teste laboratorial (rRT-PCR) negativo, realizado, no
mínimo, 14 dias após o início dos sintomas (nos doentes sem
internamento hospitalar por COVID-19) ou dois testes laboratoriais
(rRT-PCR) negativos, com pelo menos 24 horas de diferença,
realizados, no mínimo, 14 dias após o início dos sintomas (nos
doentes com internamento hospitalar por COVID-19).
• Após determinação de cura e indicação da Autoridade de Saúde
Local, a pessoa pode regressar ao estabelecimento de educação
ou ensino.
RASTREIO DE CONTACTOS

• O rastreio de contactos deve ser iniciado


prontamente após a confirmação de um
caso de COVID-19, preferencialmente nas
12 horas seguintes à identificação do caso,
incluindo os contactos na escola (alunos,
pessoal docente, pessoal não docente), os
coabitantes e contactos de outros
contextos que possam ser relevantes
(Norma n.º 015/2020 da DGS).
CLASSIFICAÇÃO DE CONTACTOS

• O risco de contrair infeção por SARS-CoV-2 é


dependente do nível de exposição, sendo os
contactos classificados, de acordo com esse
nível, em exposição de alto risco e de baixo
risco. Esta estratificação de risco é realizada
pela Autoridade de Saúde Local/Unidade de
Saúde Pública no decurso da investigação
epidemiológica, de acordo com a Norma n.º
015/2020 da DGS.
IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS
A Autoridade de Saúde Local, após identificação e classificação do nível
de risco dos contactos do caso de COVID-19, e de acordo com a
avaliação de risco efetuada, implementa um conjunto de medidas
individuais e coletivas (Norma n.º 015/2020 da DGS).
Contactos de alto risco
Os contactos classificados como tendo exposição de alto risco ficam
sujeitos aos procedimentos de:
• Isolamento profilático no domicílio ou noutro local definido pela
Autoridade de Saúde, até ao final do período de vigilância ativa
(Despachos n.º 2836-A/2020 e/ou n.º 3103-A/2020);
• Teste laboratorial para deteção de SARS-CoV-2;
• Vigilância ativa durante 14 dias, desde a data da última exposição.
• Perante teste negativo e assintomático deve repetir teste laboratorial
ao 10.º dia após a última exposição de alto risco.
ATENÇÃO:
• A realização de teste molecular com resultado negativo não
invalida a necessidade do cumprimento do período de
isolamento profilático e vigilância ativa de 14 dias desde a
data da última exposição.
• Se o resultado do teste molecular for positivo, considera-se
como caso confirmado e iniciam-se os procedimentos
relativos à “Abordagem do caso confirmado de COVID-19"
do presente documento (capítulo 3.3) e da Norma nº.
004/2020 da DGS e os procedimentos de “Rastreio de
contactos” do presente documento (capítulo 4) e da Norma
n.º 015/2020 da DGS.
• A Autoridade de Saúde Local determina as medidas
supramencionadas e informa todos os intervenientes dos
procedimentos a adotar.
Contactos de baixo risco
Os contactos classificados como tendo exposição de baixo risco ficam
sujeitos aos procedimentos de:
• Vigilância passiva, com monitorização de sintomatologia pelos
encarregados de educação, se menores, ou pelo próprio, durante 14 dias
desde a data da última exposição.
• Cumprimento da Orientação n.º 010/2020 “Distanciamento Social e
Isolamento” da DGS;
• Automonitorizar e registar diariamente sintomas compatíveis com
COVID-19, bem como medir e registar a temperatura corporal, duas
vezes por dia;
• Limitar os contactos com outras pessoas, reduzindo as suas deslocações
ao indispensável (ex: trabalho, escola, casa), e adotar as medidas
preventivas em permanência;
• Contactar o SNS 24 se surgirem sintomas compatíveis com COVID-19;
• Efetuar teste laboratorial molecular (TAAN) para deteção de SARS-CoV-
2, segundo as Normas n.º 015/2020 e n.º 019/2020 da DGS. Se o teste
molecular não estiver disponível ou não permitir a obtenção do resultado
em menos de 24 horas, deve ser utilizado um teste rápido de antigénio
(TRAg).
GESTÃO DE SURTOS

• Será considerado um surto em contexto escolar,


qualquer agregado de 2 ou mais casos com
infeção ativa e com ligação epidemiológica.
Numa situação em que existam dois ou mais
casos com origens diferentes, a atuação é
análoga, pelo que doravante ambas se
designam como “surtos”.
• Perante casos de COVID-19, no estabelecimento
de educação ou ensino podem verificar-se
diferentes Cenários:
• A. “Surto” numa turma: casos numa turma ou turmas
que funcionem em coorte (ver Glossário). Nas coortes,
as cadeias de transmissão poderão ficar circunscritas a
este grupo de contacto mais próximo;
• B. “Surto” em várias turmas sem ligação
epidemiológica: casos que ocorrem em diferentes
turmas no mesmo período temporal, mas sem ligação
epidemiológica entre eles;
• C. “Surto” em várias turmas com ligação
epidemiológica: casos que ocorrem em diferentes
turmas, resultantes de transmissão secundária ou
terciária dentro da comunidade escolar;
• D. “Surto” sem controlo de transmissão: elevado
número de casos em diferentes grupos da comunidade
escolar (alunos, pessoal docente e não docente) com
transmissão não controlada.
• Perante a existência de um “surto” num
estabelecimento de educação ou ensino, será
necessário uma rápida atuação e aplicação de
medidas individuais e coletivas pela Autoridade de
Saúde Local. As medidas a adotar irão depender de
um conjunto de fatores considerados na avaliação
de risco, realizada pela Autoridade de Saúde Local,
tais como:
– Distanciamento entre pessoas;
– Disposição e organização das salas;
– Organização das pessoas por coortes (ver Glossário);
– Organização estrutural do estabelecimento,
nomeadamente corredores e circuitos de circulação;
– Ventilação dos espaços;
– Período entre o início de sintomas e a identificação do
caso suspeito;
– Outros fatores.
• Após a realização da investigação
epidemiológica, a Autoridade de Saúde Local
decidirá, de acordo com a avaliação de risco,
quais as medidas de controle a implementar,
podendo determinar:
– Isolamento de casos confirmados ou suspeitos;
– Isolamento de casos confirmados ou suspeitos e
isolamento profilático de contactos de alto risco;
– Encerramento de uma ou mais turmas;
– Encerramento de uma ou mais zonas da escola;
– Encerramento de todo o estabelecimento de
educação ou ensino
6. Campanha de rastreio com
testes laboratoriais para
SARS-CoV-2 na comunidade
escolar
Considera-se adequado para a proteção da Saúde
Pública na comunidade escolar, reforçar a utilização de
testes laboratoriais em situações de surto e, durante o
período de vigência das medidas mais restritivas,
impostas pelo Decreto n.º 3-B/2021, de 19 de janeiro, a
adoção de uma campanha de rastreio laboratorial da
infeção por SARS-CoV-2 com a aplicação de testes
rápidos de antigénio (TRAg) aos alunos, pessoal
docente e não docente dos estabelecimentos de
ensino, conforme seja uma situação de surto ou de
campanha de rastreio, em concelhos identificados
com incidência cumulativa a 14 dias superior a 960
por 100.000 habitantes .
Assim:

1. Em qualquer circunstância:
a. A utilização rápida e atempada de testes laboratoriais para diagnóstico de
SARS-CoV-2, nos termos da Norma 019/2020 da DGS, é uma prioridade para:
i. Todas as pessoas com sintomas sugestivos de COVID-19, nos
termos da Norma 004/2020 da DGS.
ii. Todos os contactos de alto risco de casos confirmados de
COVID-19, nos termos da Norma 015/2020.

b. Não devem ser realizados testes laboratoriais nas pessoas com


história de infeção por SARS-CoV-2, confirmada laboratorialmente,
nos últimos 90 dias, nos termos da Norma 019/2020 da DGS.

c. Todos os testes laboratoriais devem seguir os procedimentos


estabelecidos na Norma 019/2020 da DGS e na Circular Informativa
Conjunta DGS/INFARMED/INSA n.º 004/CD/100.20.200.

d. Todos os resultados dos TRAg para SARS-CoV-2 devem ser


notificados, nos termos da Norma 019/2020 da DGS e da Circular
Informativa Conjunta DGS/INFARMED/INSA n.º 006/CD/100.20.200
Teste PCR Vs Teste de antigénio
Teste PCR (Polymerase Chain Reaction)
Também chamado de teste molecular, este teste para a COVID-19
deteta o material genético do vírus, o ácido ribonucleico (ARN),
usando uma técnica de laboratório chamada reação em cadeia da
polimerase (PCR).

Uma amostra de fluido é coletada inserindo uma zaragatoa longa na


narina e retirando fluido da parte de trás do nariz (cotonete nasofaríngeo)
ou inserindo uma zaragatoa na garganta. Os resultados podem estar
disponíveis em horas se enviados para um laboratório externo. Os testes
de PCR são muito precisos quando realizados de maneira adequada por
um profissional de saúde, podendo mesmo assim haver falsos negativos
(doentes com vírus que não é detetado). Este teste admite resultado de
“detetado”, “não detetado” ou “inconclusivo” para a pesquisa de SARS-
Cov-2. O resultado “inconclusivo” significa que foram encontradas partes
do vírus mas não a sua totalidade. Os testes PCR são a referência para
o diagnóstico de novos casos.
Teste de antigénio (testes rápidos)

Este teste à COVID-19 deteta certas proteínas do vírus.


Usando da mesma forma uma zaragatoa nasal ou da garganta para
obter uma amostra de fluido, o resultado do teste de antigénio pode
obter-se em minutos.
Estes testes são mais rápidos e económicos do que os testes de
PCR, sendo especialmente sensíveis para os doentes que já
apresentam sintomas compatíveis com COVID-19.
Podem ser usados por serem mais práticos, ou para testar um grande
número de pessoas, na ausência de testes de PCR. Um resultado de
teste de antigénio positivo significa confirmação da doença, já a
sua negatividade não exclui a COVID-19, devendo realizar-se um
teste de PCR.
Avaliação
1. COVID-19 é o mesmo que o
SARS-CoV-2?
RESPOSTA:
SARS-CoV-2 é o nome do novo vírus e significa Severe Acute
Respiratory Syndrome (Síndrome Respiratória Aguda Grave) –
Coronavírus – 2.
COVID-19 (Coronavirus Disease) é o nome da doença e significa
Doença por Coronavírus, fazendo referência ao ano em que foi
descoberta, em 2019.
Existe outro coronavírus que causa uma Síndrome Respiratória
Aguda Grave, que foi identificado em 2002, este é chamado SARS-
CoV por isso o Novo Coronavírus é designado por SARS-CoV-2.
2. As pessoas que têm a
doença ficam imunes?
RESPOSTA:
De acordo com a evidência científica disponível à data, ainda não é
possível confirmar se as pessoas infetadas com o SARS-CoV-2
desenvolvem imunidade protetora. O organismo humano pode ir
ganhando anticorpos após a infeção e desenvolvimento da
doença.
3. O que quer dizer
"transmissão comunitária"?
RESPOSTA:
Transmissão comunitária significa que o vírus circula na
comunidade sem que seja possível identificar a origem de todas
as cadeias de transmissão.
4. Antes do aparecimento de
sintomas, a pessoa pode
transmitir a infeção?
RESPOSTA:
A pessoa pode transmitir a infeção cerca de um a dois dias antes
do aparecimento dos sintomas, no entanto, a pessoa é mais
infeciosa durante o período sintomático, mesmo que os sintomas
sejam leves e muito inespecíficos.

Estima-se que o período infecioso dure de 7 a 12 dias em casos


moderados e até duas semanas, em média, em casos graves.
5. O SARS-CoV-2 pode ser
transmitido através das fezes?
RESPOSTA:
O risco de transmissão por SARS-CoV-2 a partir das
fezes de uma pessoa infetada parece ser reduzido.
Embora esta seja uma via de excreção do vírus, não
parece ser uma via preferencial de transmissão.
6. Quando é recomendado o
uso de máscara, esta pode ser
substituída por viseira?
RESPOSTA:
A viseira deve ser usada complementarmente com um
método barreira que permita proteger a boca e o nariz.
7. Quando não for possível ter uma
sala dedicada/própria para o
“isolamento” num
estabelecimento/empresa, como se
deve proceder?
RESPOSTA:
A área de “isolamento” não tem de ser uma sala ou um gabinete, podendo
ser uma secção ou zona, desde que cumpra o objetivo de separar o caso
suspeito das restantes pessoas do estabelecimento/empresa. A pessoa
com sintomas deve apenas ser mantida na área de “isolamento”, com
máscara cirúrgica, até serem acionados os devidos meios - telefonema
para o SNS24 e cumprimento das orientações emanadas por esta linha.
8. Os antibióticos são efetivos
a prevenir e tratar a COVID-19?
RESPOSTA:
Não, os antibióticos são dirigidos a bactérias, não tendo efeito
contra vírus. A COVID-19 é provocada por um vírus, o SARS-CoV-
2, e, como tal, os antibióticos não são efetivos na prevenção ou
tratamento. O uso indevido e sem indicação médica de antibióticos
poderá contribuir para o aumento das resistências a
antimicrobianos (antibióticos) com efeito negativo para a saúde
individual e coletiva.
9. Há vacina para a COVID-19?
Bibliografia
− Orientações Ano letivo 2020/2021 de 03 de Julho de 2020 (orientação conjunta
da DGEstE, DGE DGS);
− Referencial Escolas - Controlo da Transmissão de COVID-19 em Contexto
Escolar – DGS;
− Orientação 024.2020 da DGS: Regresso ao Regime Presencial dos 11.º e 12.º
Anos de Escolaridade e dos 2.º e 3.º Anos dos Cursos de Dupla Certificação do
Ensino Secundário.
− Informação da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares com a
orientação da Direção-Geral de Saúde e a colaboração das Forças Armadas –
Limpeza e desinfeção de superfícies em ambiente escolar no contexto da
pandemia COVID-19;
− Orientação nº 14 de 2020 e Limpeza e desinfeção de superfícies em
estabelecimentos de atendimento ao público ou similares;
− Orientação n.º 19/2020, de 3 de abril, relativa à “Utilização de Equipamentos de
Proteção Individual por Pessoas NãoProfissionais de Saúde”;
− Campanha de rastreio com testes laboratoriais para SARS-COV-2 na
comunidade escolar – DGS e DGEstE
MEDIDAS DE PREVENÇÃO À
CONTAMINAÇÃO COVID-19 EM
ESCOLAS

Formador(a): Enfª Sandrina Crespo

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