TÍTULO SUPERIOR EM
ANESTESIOLOGIA
PROVA ESCRITA - 2009
CADERNO DE QUESTÕES
PROVA AMARELA
COMISSÃO EXAMINADORA
- MARCOS GUILHERME CUNHA CRUVINEL
- GLÓRIA MARIA BRAGA POTÉRIO
- ANTÔNIO FERNANDO CARNEIRO
- MARCOS ANTÔNIO COSTA DE ALBUQUERQUE
- LIGIA ANDRADE DA SILVA TELLES MATHIAS
- RONALDO CONTREIRAS DE OLIVEIRA VINAGRE
CE.TSA AMARELA
QUESTÕES DO TIPO S de 01 a 87
INSTRUÇÕES: Cada questão tem cinco opções (A, B, C, D e E). Marque no cartão de respostas, a
alternativa correta.
1- Um cilindro com volume interno de 50 litros registra no manômetro pressão de 100 atm. O volume
de gás liberado para a atmosfera, em litros, será:
A) 50
B) 100
C) 150
D) 4000
E) 4950
Resposta: E
Comentário:
Numa mistura de gases, a pressão exercida por cada gás é a mesma que ele exerceria se ocupasse
sozinho o recipiente da mistura, portanto, a pressão de cada gás será proporcional à sua concentração na
mistura (lei de Dalton). A soma das pressões parciais será igual à pressão total. Se estivermos utilizando
um cilindro cujo volume interno é de 50 litros e, no manômetro, a pressão registrada for 100 atm, o volume
de gás liberado para a atmosfera será de 5.000 litros, pois: 100atm x 50litros = 1 atm x Volume final.
Portanto, o volume final é 5.000 litros (Lei de Boyle: P1.V1 = P2.V2). Entretanto, quando a pressão no
interior do cilindro se iguala à pressão atmosférica, o volume de gás resultante no mesmo não pode ser
liberado. Para um cilindro de 50 litros, terão que ser descontados, no cálculo final, 50 litros do gás que não
serão disponíveis para utilização. Assim, o volume de gás liberado é de 4950 litros.
Referências:
Ebert TJ – Inhalation Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 5th Ed,
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;384-420
Torres MLA, Carlos RV – Princípios Físicos, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al – Tratado de
Anestesiologia SAESP, 6a. Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;129-135
A) alta potência
B) monopolar, quando possível
C) marca-passo de frequência fixa (não competitivos), pois o risco de interferência eletromagnética é menor
que nos competitivos
D) obrigatoriamente monitorização da pressão arterial invasiva
E) marca-passo de frequência fixa (não competitivos), pois o risco de interferência eletromagnética é maior
que nos competitivos
Resposta: C
Comentário:
Os marca-passos mais modernos possuem blindagem suficiente para bloquear a interferência
eletromagnética gerada pelo bisturi elétrico. Se o marca-passo for de frequência fixa (não competitivo), o
risco de interferência eletromagnética será menor que nos competitivos. Alguns cuidados devem ser
observados: usar o bisturi elétrico bipolar, monitorar o ritmo cardíaco (espícula do marca-passo) e sons
cardíacos, utilizar o bisturi elétrico com baixas potências, verificar a última avaliação do marca-passo.
Referências:
Torres MLA, Carlos RV – Instalação e Equipamentos Elétricos: Princípios de Funcionamento e Cuidados de
Utilização, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São
Paulo, Atheneu, 2006;145-162
Zaindan JR, Barash PG – Eletrocardiography, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical
Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;1539-1549
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CE.TSA AMARELA
A) hiponatremia
B) hipernatremia
C) hiperpotassemia
D) hipopotassemia
E) hipocalcemia
Resposta: C
Comentário:
As manifestações mais letais da hiperpotassemia envolvem o sistema de condução cardíaco e incluem
arritmias, anormalidades da condução e parada cardíaca. No aumento da concentração de potássio, o
eletrocardiograma apresenta ondas T altas, espiculadas, especialmente nas derivações precordiais. Com
aumentos adicionais, o intervalo PR torna-se prolongado, seguido por diminuição na amplitude da onda P.
Finalmente, o complexo QRS alarga-se para um padrão que se assemelha a uma onda sinoidal.
Referências:
Prough DS, Wolf SW, Funston JS et al. – Acid-Base, Fluids and Electrolytes, em: Barash PG, Cullen BF,
Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;175-207
Martins VF, Zuccoloto EB – Equilíbrio Hidroeletrolítico, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. –
Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 907-919
Resposta: A
Comentário:
Os anticoagulantes são fármacos que atrasam ou impedem a coagulação do sangue por ação direta ou
indireta sobre o sistema da coagulação. Não possuem efeito sobre o trombo já formado, não interferem com
a adesividade ou com a agregação plaquetária e, também, não atuam sobre a fibrinólise. Os principais
anticoagulantes inibitórios indiretos da trombina são: heparina de baixo peso molecular, heparina não
fracionada e os pentassacarídeos. A aspirina e as tenopiridinas (triclopidina, clopidogrel) apresentam ação
de antiagregantes plaquetários. A proteína C tem ação inibitória dos fatores Va e VIIIa e o ximelagatran,
hirudin e o argatroban são inibidores diretos da trombina.
Referências:
Lobo FRM – Coagulação e Coagulopatias, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de
Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;933-940
Drummond JC, Petrovitch CT – Hemotherapy and Hemostasis, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK –
Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;208-244
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CE.TSA AMARELA
A) Hemorragia maciça
B) Fístula broncopleurocutânea de alto débito
C) Cistos ou bolhas unilaterais
D) Embolectomias
E) Infecção (abcesso)
Resposta: D
Comentário:
A separação dos pulmões, para evitar a contaminação de pus ou sangue de uma fonte infectada ou
sangrante, constitui uma indicação absoluta para a ventilação monopulmonar. Fístulas
broncopleurocutâneas de alto débito e broncopleurais representam caminhos de baixa resistência para o
volume corrente fornecido pela ventilação com pressão positiva e impedem ventilação alveolar adequada.
Os cistos ou bolhas unilaterais podem romper sob ventilação mecânica, sendo indicação absoluta de
ventilação monopulmonar. São indicações relativas: aneurisma aórtico-torácico, lobectomia superior,
pneumectomia, cirurgia de esôfago, lobectomia inferior, segmentectomia , toracoscopia sob anestesia geral
e embolectomias.
Referências:
Eisenkraft JB, Neustein SM, Cohen E – Anesthesia for Thoracic Surgery, em: Barash PG, Cullen BF,
Stoelting RK– Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;813-855
Ferez D – Anestesia para Broncoscopia e Cirurgia Torácica em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al –
Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a. Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1503-1525
Resposta: D
Comentário:
A drenagem do tórax está indicada antes de qualquer transferência, em caso de pneumotórax. A realização
desse procedimento durante o transporte é tecnicamente muito complicada, o que põe a vida do paciente
em risco.
Referências:
Caruy CAA, Teixeira AB – Anestesia na Urgência, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al – Tratado
de Anestesiologia SAESP, 6a. Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1683-1689
Morgan Jr, Mikhail MS, Murray MJ – Anesthesia for the Trauma Patient, em: Morgan J, Mikhail MS, Murray
MJ – Clinical Anesthesiology, 4th Ed, New York, Lange/McGraw-Hill, 2006;861-873
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CE.TSA AMARELA
Resposta: B
Comentário:
Independente do mecanismo do trauma, da gravidade das lesões apresentadas e do estado clínico, a
verificação da perviabilidade da via aérea e a estabilização da coluna cervical são prioridades.
Referências:
Capan LM, Millet SM – Trauma and Burns, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia,
5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;1262-1293
Morgan Jr, Mikhail MS, Murray MJ – Ansthesia for the Trauma Patient, em: Morgan J, Mikhail MS, Murray
MJ – Clinical Anesthesiology, 4th Ed, New York, Lange/McGraw-Hill, 2006;861- 873
A) obesidade
B) situações eletivas onde a via aérea difícil tenha sido antecipada
C) tumor de laringe
D) deformidades anatômicas da via aérea
E) situação “não intubo, não ventilo”
Resposta: B
Comentário:
A IR é uma técnica indicada para as situações eletivas onde uma via aérea difícil tenha sido antecipada.
Também é uma das opções nos casos de impossibilidade de intubação após indução da anestesia, quando
a ventilação com máscara facial é ainda possível. São contraindicações: obesidade, tumores de laringe,
coagulopatias, situação “não intubo, não ventilo”, abscesso pré-traqueal e deformidades anatômicas da via
aérea.
Referências:
Melhado VB, Fortuna AO – Via Aérea Difícil - Curso de Educação à Distância em Anestesiologia
CET/SBA,v.2,Rio de Janeiro, Office Editora e Publicidade Ltda, 2004;15-107
Rosenblatt WH – Airway Management, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 5th
Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 595-642
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CE.TSA AMARELA
A) Lorazepam
B) Lorazepam e diazepam
C) Lorazepam e midazolam
D) Diazepam
E) Midazolam
Resposta: A
Comentário:
O lorazepam é conjugado com o ácido glucurônico no fígado, resultando metabólitos farmacologicamente
inativos que são excretados no rim. Os metabólitos do diazepam (oxazepam e desmetildiazepam) e do
midazolam (1-hidroximidazolam) são farmacologicamente ativos.
Referências:
Stoelting RK, Hillier SC - Benzodiazepines, em: Stoelting RK, Hillier SC, Pharmacology & Physiology in
Anesthetic Practice, 4th Ed, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 141-154
White PF, Romero G – Nonopioid Intravenous Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK. Clinical
Anesthesia, 5th Ed, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 334-352
Resposta: E
Comentário:
O equilíbrio rápido com o sítio efetor apresentado pelo alfentanil é resultado do seu baixo pK. Como
consequência, cerca de 90% deste fármaco encontra-se sob a forma não ionizada no pH fisiológico. Esta é
a forma que atravessa a barreira hematoencefálica rapidamente.
Referências:
Stoelting RK, Hillier SC – Opioid Agonists and Antagonists, em: Stoelting RK, Hillier SC, Pharmacology &
Physiology in Anesthetic Practice, 4th Ed, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 87-126
Coda AB – Opioids, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK. Clinical Anesthesia, 5th Ed, Lippincott Williams
& Wilkins, 2006; 354-383
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CE.TSA AMARELA
A) assim como os opioides, promove analgesia dose-dependente e não exibe efeito teto
B) a meia-vida de eliminação permite sua utilização em dose única diária
C) diminui a agregação plaquetária por inibição reversível da prostaglandina sintetase
D) inibe seletivamente a ciclo-oxigenase-2 (COX-2), portanto não provoca irritação gástrica
E) não há risco de insuficiência renal aguda pelo uso perioperatório
Resposta: C
Comentário:
Em contraste com o efeito analgésico dose dependente promovido pelos opioides, o cetorolaco, assim
como os outros anti-inflamatórios não esteróides (AINE), exibe efeito teto. O cetorolaco tem meia-vida de
eliminação em torno de 5 horas, sendo administrado a cada 6 a 8 horas. Inibe a produção de tromboxano
plaquetário e a agregação plaquetária pela inibição reversível da prostaglandina sintetase. Não é um
inibidor seletivo da COX-2, portanto, pode provocar irritação gástrica. Em pacientes que dependem das
prostaglandinas renais para manutenção do fluxo sanguíneo renal (p. ex. insuficiência cardíaca congestiva),
o cetorolaco pode levar à insuficiência renal aguda.
Referências:
Stoelting RK, Hillier SC – Cyclooxygenase-2 inhibitors and Nonspecific Nonsteroidal Anti-Inflammatory
Drugs, em: Stoelting RK, Hillier SC, Pharmacology & Physiology in Anesthetic Practice, 4th Ed, Lippincott
Williams & Wilkins, 2006; 276-291
O’Hara Jr JF, Cywinski JB, Monk TG – The Renal System and Anesthesia for Urologic Surgery, em: Barash
PG, Cullen BF, Stoelting RK. Clinical Anesthesia, 5th Ed, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 1013-1036
12 – Considerando que as figuras representam unidades alveolocapilares (UAC), pode-se afirmar que o(a):
A) aumento da relação ventilação/perfusão (V/Q) leva à diminuição da PO2 alveolar e aumento da PCO2
alveolar
B) aumento da relação V/Q leva ao aumento da PO2 e da PCO2 alveolar
C) aumento da relação V/Q leva ao aumento da PO2 alveolar e à diminuição da PCO2 alveolar
D) diminuição da relação V/Q leva à diminuição da PO2 alveolar e da PCO2 alveolar
E) diminuição da relação V/Q leva ao aumento da PO2 alveolar e à diminuição da PCO2 alveolar
Resposta: C
Comentário:
As pressões parciais de O2 e CO2 são determinadas pela relação V/Q. Se a relação V/Q aumenta, a relação
entre a entrada e saída de O2 na UAC aumenta. Por outro lado, a saída de CO2 aumenta em relação à sua
entrada. Com isso, há aumento na PO2 alveolar e diminuição na PCO2 alveolar. Se a relação V/Q na UAC
diminui, a relação entre a entrada e saída de O2 na UAC diminui e a entrada de CO2 na UAC aumenta em
relação à sua saída. Com isso, há diminuição da PO2 alveolar e aumento da PCO2 alveolar.
Referências:
Wilson WC, Benumof L – Respiratory Physiology and Respiratory Function during Anesthesia, em: Miller RD
– Miller`s Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2005;679-722
Morgan GE, Mikail MS, Murray JM – Respiratory, Physiology: The Effects of Anesthesia, em: Morgan GE,
Mikail MS, Murray JM - Clinical Anesthesiology, 3rd Ed, New York, Lange Medical Books/McGraw-Hill,
2006;537-570
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CE.TSA AMARELA
13 - Considerando que PIO2 = pressão inspiratória de O2; PAO2 = pressão alveolar de O2, PH2O =
pressão vapor de água; PACO2 = pressão alveolar de CO2; FIO2 = fração inspirada de O2 e PB = pressão
barométrica, assinale a alternativa correta:
Resposta: D
Comentário:
A PIO2 é igual à FIO2 multiplicada pela diferença entre a PB e a PH2O.
Referências:
Wilson WC, Benumof L – Respiratory Physiology and Respiratory Function during Anesthesia, em: Miller RD
– Miller`s Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2005;679-722
Morgan GE, Mikail MS, Murray JM – Respiratory, Physiology: The Effects of Anesthesia, em: Morgan GE,
Mikail MS, Murray JM - Clinical Anesthesiology, 3rd Ed, New York, Lange Medical Books/McGraw-Hill,
2006;537-570
A) a pressão intrapleural é mais negativa nas regiões dependentes do pulmão do que nas regiões não
dependentes
B) a pressão transpulmonar (pressão alveolar menos pressão intrapleural) é menor nas regiões não
dependentes do pulmão que nas regiões dependentes
C) os alvéolos das regiões não dependentes do pulmão têm menor volume que os das regiões
dependentes
D) os alvéolos das regiões não dependentes do pulmão têm menor ventilação que os das regiões
dependentes
E) dentro da capacidade residual funcional os alvéolos das regiões não dependentes do pulmão são mais
complacentes que os das regiões dependentes
Resposta: D
Comentário:
A pressão intrapleural é menos negativa nas regiões dependentes do pulmão que nas regiões não
dependentes. Como a pressão intrapleural é mais negativa nas regiões não dependentes, a pressão
transpulmonar é maior nessas regiões do que nas regiões dependentes. Como os alvéolos das regiões não
dependentes estão submetidos a um gradiente de pressão maior, eles têm volume maior. Uma vez que na
região não dependente os alvéolos têm volume maior, eles têm menor ventilação e complacência.
Referências:
Wilson WC, Benumof L – Respiratory Physiology and Respiratory Function during Anesthesia, em: Miller RD
– Miller`s Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2005;679-722
Morgan GE, Mikail MS, Murray JM – Respiratory, Physiology: The Effects of Anesthesia, em: Morgan GE,
Mikail MS, Murray JM - Clinical Anesthesiology, 3rd Ed, New York, Lange Medical Books/McGraw-Hill,
2006;537-570
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CE.TSA AMARELA
Resposta: A
Comentário:
Os bloqueadores neuromusculares benzilisoquinoleínicos são atracúrio, cisatracúrio e mivacúrio, enquanto
os aminoesteroides são rocurônio, vecurônio e pancurônio. Após administração, em bolus, de duas vezes a
DE95 temos:
Referências:
Potério GMB, Braga AFA – Bloqueadores Neuromusculares e Antagonistas, em: Cangiani LM, Posso IP,
Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;535-557
Fink H, Blobner M, Martyn JAJ – Neuromuscular Blocking Agents and Reversal Drugs, em: Evers AS, Maze
M – Anesthetic Pharmacology, 1st Ed, Philadelphia, Churchill Livingstone, 2004; 573-597
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CE.TSA AMARELA
A) o emprego de quatro vezes a DE95 acelera o início de ação sem aumentar a incidência de efeitos
colaterais
B) o risco de aspiração não existe, quando na técnica de doses fracionadas (priming) é utilizado um
intervalo de cinco minutos entre a dose subparalisante e a segunda dose do BNMND
C) na técnica do timing, o agente hipnótico deve ser administrado antes do surgimento dos primeiros sinais
de debilidade muscular
D) o uso de uma pequena dose de BNMND antes da administração da succinilcolina (pré-curarização)
aumenta a latência e diminui a duração de ação da succinilcolina
E) a potência dos BNMND é inversamente proporcional à latência, desta maneira, os fármacos mais
potentes são os de escolha
Resposta: D
Comentário:
A técnica de “altas doses” consiste no emprego de três a oito vezes a DE95 de um determinado BNMND
para acelerar o início de ação. Entretanto, há o aparecimento de efeitos colaterais, que são dose-
dependentes. Na técnica de priming, a aspiração de conteúdo gástrico é uma complicação temida, devido à
fraqueza muscular que ocorre em decorrência da dose subparalisante. Na técnica do timing, é necessária a
obtenção de sinais e sintomas de debilidade muscular. Devido ao efeito antagonista dos BNMND, a
precurarização leva a aumento da latência, diminuição da duração de ação e redução do bloqueio
neuromuscular da succinilcolina. Quanto menor a potência do BNMND maior a quantidade de moléculas
disponíveis para interagir com os receptores e, portanto, mais rápido é o início de ação.
Referências:
Potério GMB, Braga AFA – Bloqueadores Neuromusculares e Antagonistas, em: Cangiani LM, Posso IP,
Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;535-557
Fink H, Blobner M, Martyn JAJ – Neuromuscular Blocking Agents and Reversal Drugs, em: Evers AS, Maze
M – Anesthetic Pharmacology, 1st Ed, Philadelphia, Churchill Livingstone, 2004; 573-597
Resposta: B
Comentário:
O efeito máximo da neostigmina ocorre em 10 minutos ou menos. Existe uma relação entre a dose e o
efeito da neostigmina até 60 a 80 µg.kg-1. Além dessas doses não há aumento do efeito. O antagonismo do
bloqueio residual é retardado por concentrações anestésicas dos anestésicos voláteis. Para antagonismo
de níveis profundos de bloqueio neuromuscular (p. ex. uma resposta à SQE) devem ser usadas doses altas
de neostigmina (p. ex. 70 µg.kg-1). Tanto a acidose metabólica quanto a acidose respiratória podem
aumentar o bloqueio neuromuscular produzido pelos bloqueadores não despolarizantes, entretanto,
somente a acidose respiratória impede o antagonismo adequado. A probabilidade de se obter o
antagonismo dos bloqueadores neuromusculares não despolarizantes na presença de acidose respiratória
significativa é baixa.
Referência:
Naguib M, Lien CA – Pharmacology of Muscle Relaxants and their Antagonists, em: Miller RD, Miller´s
Anesthesia , 6 rd Ed, Philadelphia, Elsevier, 2005: 481-572
Potério GMB, Braga AFA – Bloqueadores Neuromusculares e Antagonistas, em: Cangiani LM, Posso IP,
Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;535-557
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A) com a SpO2 de 95%, a saturação real pode ser de 90% até 100%
B) para uma curva de dissociação da oxihemoglobina normal, uma SpO2 de 90% indica PaO2 em torno de
80mmHg
C) com a SpO2 de 100% a PaO2 está em torno de 150mmHg
D) com a presença de níveis elevados de carboxihemoglobina a confiabilidade do oxímetro não é alterada
E) entre 24 e 30% de hematócrito, o oxímetro de pulso subestima a PaO2
Resposta: A
Comentário:
Em saturações acima de 80%, a acurácia do oxímetro de pulso é de aproximadamente 4 a 5%. Para curva
de dissociação de oxihemoglobina normal, SpO2 de 90% indica PaO2 em torno de 60 mmHg. Já com SpO2
de 100%, não se pode dizer o quão alta está a PaO2. A presença de níveis elevados de carboxihemoglobina
resulta em diminuição da acurácia do oxímetro de pulso. Os oxímetros de pulso são confiáveis num amplo
espectro de níveis de hemoglobina. Eles se tornam menos confiáveis somente em condições de anemia
grave (hematócrito abaixo de 24%).
Referências:
Hess DR, Kacmarek RM – Monitoring Respiratory Function, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et
al. - Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw Hill, 2008:579-597
Murphy GS, Vender JS – Monitoring the Anesthetized Patient, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK.
Clinical Anesthesia, 5th Ed, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;668-687
Resposta: B
Comentário:
O aumento do débito cardíaco produz aumento no conteúdo arterial de O2 (CaO2), fazendo com que haja
aumento na SvO2. Uma saturação venosa mista de O2 de 75% representa taxa de extração de O2 tecidual
de 25%. A concentração de hemoglobina é um determinante direto do CaO2 e, assim, influencia a SvO2. As
alterações da temperatura corporal influenciam o metabolismo celular e, assim, o consumo de O2, que é um
dos determinantes da SvO2. A hiperventilação leva à hipocapnia e alcalose aumentando a afinidade da
hemoglobina pelo O2. Portanto, para uma mesma pressão de O2, ocorrerá maior SvO2.
Referências:
Bar-Yosef S, Schroeder RA, Mark JB – Hemodynamic Monitoring, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman
MF et al. - Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw Hill, 2008: 519-551
Murphy GS, Vender JS – Monitoring the Anesthetized Patient, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK.
Clinical Anesthesia, 5th Ed, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 668-687
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CE.TSA AMARELA
A) A
B) B
C) C
D) D
E) E
Resposta: C
Comentário:
A = Acidose respiratória não compensada
B = Acidose metabólica e acidose respiratória
C = Acidose metabólica não compensada
D = Acidose metabólica compensada
E = Alcalose respiratória não compensada
Referências:
Deutschman CS, Neligan PJ – Perioperative Acid-base Balance, em: Miller RD – Miller’s Anesthesia, 6th Ed,
Philadelphia, Elsevier, 2005;1599-1616
Ramos MS – Equilíbrio Ácido-Base, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB, Nogueira CS – Tratado de
Anestesiologia, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 928-929
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Resposta: C
Comentário:
Hiperalgesia secundária é decorrente do comprometimento de tecidos neurais e não-neurais adjacentes à
lesão primária e está associada à sensibilização central. Assim, pacientes com dor neuropática podem
sentir alodinia mecânica na pele, relacionada com a transmissão nervosa por fibras Aβ. Isso porque o
estímulo nocivo proveniente de fibras Aδ, ao alcançar o corno dorsal da medula espinhal (lâmina I), pode
ativar as células de variação dinâmica ampla (lâmina V) e aumentar a eficácia sináptica das fibras Aβ. A
influência do sistema nervoso simpático em quadros de dor neuropática é muito relevante. A liberação de
substância P e CGRP, além de outros neurotransmissores excitatórios (aspartato e glutamato) na fenda
sináptica, causa ativação de receptores NMDA (N-metil-D-aspartato) e AMPA
(Aminohidroximetilisoxasolepropiônico) com aumento da entrada de cálcio na célula, formação do complexo
cálcio-calmodulina, ativação da enzima cálcio-calmodulina cinase II e das vias neuronais do óxido nítrico
sintetase, com formação de óxido nítrico.
Referências:
Kraychete DC, Gozzani JL, Kraychete AC – Dor neuropática – Aspectos neuroquímicos. Rev Bras
Anestesiol 2008;58: 492-505
Lemônica L, Carvalho WA -. Fisiopatologia da Dor e Mecanismos de Analgesia, em: Cangiani LM, Posso IP,
Potério GM et al - Tratado de Anestesiologia. SAESP. 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;379-416
22 – Em relação aos bloqueios de nervos periféricos realizados com auxílio do estimulador, pode-se
afirmar que:
Resposta: C
Comentário:
A carga total do estímulo aplicado a um nervo é igual ao produto da intensidade (I) pela duração (D).
Quanto maior a espessura da fibra, mais facilmente ela é estimulada. Fibras Aα podem ser ativadas com
estímulos de 100µsec de duração utilizando-se estímulos de baixa intensidade sem que fibras Aδ sejam
ativadas. Estímulos de menor duração estimam melhor a distância entre a ponta da agulha e o nervo do que
os de maior duração. Quando se usa frequência de estimulação de 1Hz, a agulha precisa ser introduzida
mais lentamente do que com a frequência de 2Hz para se evitar passar pelo nervo no intervalo entre os
estímulos.
Referências:
Tsui BC, Hadzic A – Peripheral Nerve Stimulators & Electrophysiology of Nerve Stimulation, em: Hadzic A –
Textbook of regional anesthesia and acute pain management, 1st Ed, New York, McGraw Hill, 2007:93-104
Wedel DJ, Horlocker TT – Peripheral Nerve Blocks, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. -
Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw Hill, 2008:1025-1054
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CE.TSA AMARELA
23 - Em relação ao bloqueio do plexo braquial pela via axilar com auxílio do estimulador de nervos
periféricos (ENP), observa-se que:
Resposta: B
Comentário:
A flexão do cotovelo reflete a estimulação do nervo musculocutâneo que, neste nível, está localizado fora da
bainha neurovascular. A extensão do punho ou dos dedos reflete a estimulação do nervo radial, indicando
que a agulha está provavelmente localizada abaixo da artéria axilar. A pronação do antebraço ou a flexão
dos dedos reflete a estimulação do nervo mediano, indicando que a agulha está provavelmente localizada
acima da artéria axilar. A adução do polegar, a flexão do 4º e 5º dedos e a flexão ulnar do carpo refletem a
estimulação do nervo ulnar, indicando que a agulha está provavelmente localizada abaixo da artéria axilar.
Referências:
Tsui BC, Hadzic A – Peripheral Nerve Stimulators & Electrophysiology of Nerve Stimulation, em: Hadzic A
– Textbook of regional anesthesia and acute pain management, 1st Ed, New York, McGraw Hill, 2007: 93-
104
Wedel DJ, Horlocker TT – Peripheral Nerve Blocks, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. -
Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw Hill, 2008:1025-1054
Resposta: E
Comentário:
O campo magnético é mantido continuamente, mesmo quando nenhum exame está sendo realizado. O
processo de desligamento do aparelho é demorado, difícil e de altíssimo custo. Nenhum efeito danoso às
células humanas pelo campo magnético da RM foi demonstrado. A geração das imagens é um processo
lento, com tempo médio do procedimento em torno de 30 a 60 minutos. A imobilidade do paciente é crucial
para aquisição de boas imagens.
Referências:
Pereira AMSAL -. Anestesia para Radiodiagnóstico: Cangiani LM, Posso IP, Potério GM et al - Tratado de
Anestesiologia. SAESP. 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1383-1396
Davis M – Anesthesia Care for Diagnostic or Therapeutic Procedures Outside of the Operating Room, em:
Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. - Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw Hill, 2008:1649-
1659
13
CE.TSA AMARELA
Resposta: D
Comentário:
Os pacientes submetidos à angioplastia de carótida são mantidos acordados durante o procedimento, pois
devem ser avaliados clinicamente durante a intervenção, porque, na hora de se realizar a angioplastia pode
ocorrer quadro clínico de isquemia cerebral e o diagnóstico será facilitado se esses pacientes estiverem
acordados. Para embolização de aneurisma cerebral, está indicada a anestesia geral com intubação
traqueal, devido à necessidade de imobilidade total e do procedimento ser demorado. Entre as
complicações relacionadas ao uso da cola, está a sua passagem para a circulação pulmonar. Crianças
pequenas, portadoras de grandes malformações arteriovenosas, são mais propensas a esse tipo de
complicação. O cateter vascular, por ser um corpo estranho na circulação, pode predispor à formação de
trombos. Além disso, durante sua progressão podem ocorrer lesões nas paredes vasculares, que resultam
na liberação de grandes quantidades de substâncias trombogênicas, que elevam os riscos de trombose.
Esses dois fatores justificam a profilaxia sistêmica por meio da anticoagulação com heparina em
procedimentos como embolizações e angioplastias. Na eventualidade de problema hemorrágico, a primeira
providência é antagonizar a heparina com a protamina. No caso de obstrução vascular, a meta é aumentar
a circulação distal por meio do aumento da pressão arterial com ou sem trombólise.
Referências:
Barbosa RAG - Anestesia para Radiodiologia Intervencionista, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GM et al.
- Tratado de Anestesiologia SAESP. 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1397-1402
Davis M – Anesthesia Care for Diagnostic or Therapeutic Procedures Outside of the Operating Room, em:
Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. - Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw-Hill, 2008: 1649-
1659
A) são contraindicados
B) tem como principal vantagem a analgesia residual
C) é principal causa de permanência hospitalar a cefaléia pós punção de dura-máter
D) está contraindicada a bupivacaína
E) tem baixa incidência de náuseas e vômitos
Resposta: E
Comentário:
A anestesia subaracnoidea pode ser realizada para procedimentos ambulatoriais e sua prática tem
aumentado recentemente. Tem várias vantagens: é uma técnica simples; são necessárias baixas doses de
anestésicos locais, curto tempo de latência, baixa incidência de náuseas e vômitos, entre outros. Uma de
suas desvantagens é a falta de analgesia residual. Tanto a lidocaína quanto a bupivacaína têm sido
empregadas. A incidência de cefaléia, com as agulhas de fino calibre, é baixa. Sua intensidade leve permite
o tratamento clínico ambulatorial. As principais causas de retenção hospitalar são náuseas, vômitos e dor.
Referências:
Cangiani LM – Anestesia Ambulatorial, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de
Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1403-1433
Lichtor JL, Kalghatgi SV – Outpatient Anesthesia, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. -
Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw-Hill, 2008;1608-1624
14
CE.TSA AMARELA
Resposta: A
Comentário:
Pacientes adultos submetidos a diferentes tipos de procedimentos laparoscópicos, anestesiados com
sevoflurano, despertam mais precocemente em comparação aos anestesiados com isoflurano, mas, sem
diferença no tempo gasto para a obtenção de condições ideais de alta hospitalar. Os pacientes
anestesiados com desflurano despertam e são liberados do hospital mais cedo do que os anestesiados com
isoflurano. Os estudos comparativos entre desflurano e sevoflurano, quanto aos perfis de recuperação pós-
anestésica são limitados e com resultados controversos.
Referências:
Amaral JLG – Farmacocinética dos Anestésicos Inalatórios, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. -
Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;781-790
A) é explicado pela ação indireta no fluxo coronariano e não por ação direta cardioprotetora
B) depende da inalação contínua durante toda a anestesia em humanos
C) cessa após a supressão da inalação do halogenado
D) é mimetizado por fármacos bloqueadores de canais de KATP
E) é intensificado por fármacos inibidores seletivos da COX2
Resposta: B
Comentário:
Pré e pós-condicionamento são efeitos dos anestésicos halogenados, protetores contra a lesão de isquemia
reperfusão. Podem ser explicados por uma ação cardioprotetora direta e, indiretamente, por aumentar o
condicionamento isquêmico. A proteção ocorre quando o anestésico é administrado logo no início do
período de reperfusão, à semelhança do pós-condicionamento isquêmico, e persiste mesmo depois de
cessada a administração do anestésico. Em humanos, quando o anestésico é administrado durante todo o
período da anestesia, o efeito protetor se expressa tanto nos marcadores de função miocárdica como nos
marcadores bioquímicos de lesão celular. Quando administrado em algumas fases da anestesia, o efeito
tem relevância clínica discutível. Os fármacos bloqueadores de canais de KATP inibem o pré-
condicionamento. O pré-tratamento com inibidor seletivo da cicloxigenase-2 (COX2) abole o efeito de pós-
condicionamento.
Referências:
Auler Jr JOC, Neves FHS – Anestesia em Cardiopatias, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. -
Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1527-1543
15
CE.TSA AMARELA
Resposta: D
Comentário:
Os halogenados deprimem a ventilação alveolar de forma dose-dependente, o que resulta na elevação da
PaCO2. A partir de 1,1 CAM, a resposta ventilatória à hipóxia encontra-se abolida por depressão de
quimiorreceptores. As concentrações residuais (como 0,1CAM) não afetam a resposta à hipercarbia, mas
deprimem a resposta à hipóxia, o que leva à recomendação de administração sistemática de oxigênio no
pós-anestésico imediato. Em relação ao efeito depressor da resposta ventilatória ao CO2, os anestésicos
classificam-se, comparativamente: enflurano > desflurano> sevoflurano > isoflurano > halotano.
Referências:
Helfenstein E – Farmacodinâmica dos Anestésicos Inalatórios, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et
al. - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;791-802
Duval Neto GF – Farmacocinética e Farmacodinâmica dos Anestésicos Inalatórios. Aula do curso SBA on-
line
Resposta: D
Comentário:
O sistema está baseado na obtenção de 100 créditos num período de 5 anos. A pontuação máxima anual
está limitada a 40% do total necessário. Os créditos obtidos perdem a validade após os 5 anos. Para os que
não conseguirem obter os pontos obrigatórios, é oferecida a opção de realização de uma prova de acordo
com normas específicas elaboradas pela Comissão Nacional de Acreditação e pelas sociedades de
especialidades.
Referências:
Posso IP, Callegari DC, Charles JE – Resoluções do Conselho Federal de Medicina de Interesse para o
Anestesiologista, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - Tratado de Anestesiologia. SAESP. 6a ed,
São Paulo, Atheneu, 2006;29-51
Site do CNA - http://www.cna-cap.org.br/ent_certificacao.php4
16
CE.TSA AMARELA
31 – Paciente de 58 anos, obeso mórbido, sem história de roncos ou apneia do sono, foi submetido à
cirurgia ortopédica de duas horas de duração sob anestesia geral. Foi admitido na sala de
recuperação (RPA) extubado. São cuidados pós-operatórios recomendados:
Resposta: A
Comentário:
São critérios para a extubação de um paciente obeso mórbido: estar acordado, orientado e sem efeito
residual de bloqueadores neuromusculares. Na RPA, o paciente deve ser colocado em decúbito elevado
(entre 30º e 45º). A suplementação de oxigênio sob cateter nasal ou máscara facial deve ser iniciada e
mantida por pelo menos 24 horas. O uso de CPAP está indicado em pacientes com história de distúrbios do
sono e cirurgias prolongadas. São parâmetros mecânicos que indicam deterioração da ventilação: força
inspiratória máxima < 25-30mmHg; capacidade vital < 10mL.kg-1 e volume corrente < 5mL.kg-1. A
fisioterapia respiratória deve ser iniciada precocemente.
Referências:
Simoni RF – Anestesia para Cirurgia Bariátrica, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - Tratado de
Anestesiologia. SAESP. 6a ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1595-1613
Yao FF, Savarese JJ – Morbid Anesthesia, em: Yao FF. – Anesthesiology. Problem-Oriented Patient
Management. 5thed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 1993;1173-1192
Resposta: C
Comentário:
Nas crianças a variação de pressão arterial é um parâmetro para a reposição da volemia e os sinais
indicativos de hipovolemia incluem: oligúria, taquicardia, hipotensão, pressão diastólica e perda de peso.
Referências:
Morgan Jr GE, Mikail MS – Anestesia Pediátrica, em: Morgan Jr GE, Mikail MS – Anestesiologia Clínica. 2ª
ed, Rio de Janeiro, Revinter, 2003;698-714
Letty MP, Liu JL – Fluids Management, em: Cote CJ, Ryan JF, Todres ID, Goudsouzian NG – A Practice of
Anesthesia for Infants and Children, 2nd ed, Philadelphia, Sunders Company, 1993; 171-182
17
CE.TSA AMARELA
Resposta - E
Comentário:
A deformidade da caixa torácica determina alterações do parênquima pulmonar e anomalias no
desenvolvimento do leito capilar pulmonar. A hipoventilação e o distúrbio ventilação/perfusão provocam
vasoconstrição pulmonar crônica e hipertensão pulmonar. Em consequência ocorre hipertrofia do ventrículo
direito. Outras comorbidades podem estar associadas como doenças cardíacas congênitas cianóticas,
prolapso de valva mitral, sugerindo como etiopatogenia da escoliose um defeito embriogênico ou um defeito
do colágeno.
Referências:
Romaneck RM, Hamaji A, Kuriki W – Anestesia para Procedimentos Ortopédicos, em: Cangiani LM, Posso
IP, Potério GMB et al. - Tratado de Anestesiologia. SAESP. 6ª ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1643-1655
Horlocker TT, Wedel DJ – Anesthesia for Orthopaedic Surgery, em: Barash PG, Cullen BF Soelting RK, et al
- Clinical Anesthesia. 6thed, Philadelphia, Linpcott, Williams & Wilkins, 2009, 1376-1392
Resposta: E
Comentário:
Certos tipos de fraturas faciais podem produzir comprometimento da via aérea. Quando ocorre sangramento
intenso, o uso de fibroscopia fica restrito pela dificuldade do campo de visão. Uma alternativa é a intubação
retrógrada. As do tipo Lefort II são fraturas que têm pouca repercussão sobre as vias aéreas, mas podem
estar associadas à fratura de base do crânio o que contraindica a intubação nasal. As do tipo Lefort III
causam desabamento das estruturas da face sobre a via aérea. Nesse caso, antes da obtenção da via
aérea, o paciente deve ser mantido com a cabeça elevada. As fraturas bilaterais do corpo da mandíbula
permitem o deslizamento posterior do segmento fraturado e a obstrução da via aérea por deslocamento
posterior da língua na faringe. Nas fraturas no nível do 1º e 2º molares ocorre obstrução total da via aérea e
asfixia e, portanto, diagnóstico e tratamento precoces são requeridos.
Referências:
Rebuglio R, Ferez D, Abib Jr. P – Manuseio da Via Aérea Difícil, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB
et al. - Tratado de Anestesiologia. SAESP, 6aed, São Paulo, Atheneu, 2006;1099-1113
Capan LM, Miller SM – Trauma and Burns, em: Barash PG, Cullen BF, Soelting RK, et al - Clinical
Anesthesia. 6th ed, Philadelphia, Linpcott, Williams & Wilkins, 2009, 890-924
18
CE.TSA AMARELA
Resposta: C
Comentário:
Embora a SCA possa ocorrer primariamente nos traumas graves de abdome (abertos ou fechados),
secundariamente pode incidir em pacientes com trauma grave de tórax, de pélvis ou de ossos longos. A alta
taxa de mortalidade (> 50%) é resultante da grave agressão pulmonar com evolução para falência múltipla
de órgãos, independentemente da descompressão, precoce ou tardia, da hipertensão abdominal. A
ressuscitação com grandes volumes de cristaloides associa-se de forma preditiva com o desenvolvimento
de SCA primária e secundária.
Referências:
Potério GMB, Braga AFA, Vane LA, Potério Filho J – Reposição Volêmica, em: Cangiani LM, Posso IP,
Potério GMB et al. - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6aed, São Paulo, Atheneu, 2006; 967-983
Cotton BA, Guy JS, Morris Jr JA, Abumrad NN - The cellular, metabolic, and systemic consequences of
aggressive fluid resuscitation strategies. Shock, 2006;26:115-121
Resposta: D
Comentário:
A anestesia peridural (AP) é uma boa indicação em gestantes com pré-eclâmpsia porque: a) atenua a
resposta hipertensiva ao estímulo doloroso que está exacerbado na pré-eclâmpsia; b) reduz os níveis de
catecolaminas e de hormônios stress-relacionados circulantes, o que facilita o controle da hipertensão; c)
melhora o fluxo nas vilosidades placentárias, que está diminuído por vasoconstrição ou por lesões oclusivas
da a. decidual. Após AP, o bloqueio simpático instala-se mais lentamente do que após o bloqueio
subaracnoideo, diminuindo o risco de hipotensão arterial e determinando a opção pela AP. A pré-eclâmpsia
cursa com hipoproteinemia, hipovolemia e hemoconcentração que podem ser agravadas pela proteinúria.
Assim, independentemente da técnica anestésica, é recomendada hidratação para manter PVC em níveis
normais (4-6cmH2O) e débito urinário de 1mL.kg-1.
Referências:
Braveman FR, Scavone BM, Wong CA, et al – Obstetric Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Soelting
RK, et al - Clinical Anesthesia. 6th ed, Philadelphia, Linpcott, Williams & Wilkins, 2009;1138-1170
Gambling DR, Writer D - Hypertensive Disorder, em: Chestnut DH – Obstetric Anesthesia. Principles and
Practice. 2nd ed, St Louis, Mosby Inc, 1999;875-915
19
CE.TSA AMARELA
37 - Em relação aos efeitos dos anestésicos halogenados, nas cirurgias fetais intraútero, pode-se
afirmar que:
Resposta: C
Comentário:
Para as cirurgias fetais intraútero, além do relaxamento uterino, são nescessárias a anestesia e a
imobilidade do feto, uma vez que a movimentação deste pode provocar traumatismo de vasos umbilicais ou
mesmo fetal. Os anestésicos halogenados inibem a contração uterina, quando usados em concentrações
elevadas (2,5%-3% de isoflurano, por exemplo). Nessas condições, provocam vasodilatação sistêmica,
diminuição da pressão arterial e da perfusão úteroplacentária. Os halogenados atravessam a barreira
úteroplacentária rapidamente, mas a concentração fetal permanece menor do que a materna após longo
período de exposição, o que pode acarretar anestesia e imobilidade insuficientes. O sulfato de magnésio
interage com o bloqueador neuromuscular competitivo indicado para abolir os movimentos fetais.
Referências:
Braga AFA, Rousselet MS, Zaribelli H et al. – Anestesia para correção intraútero de mielomeningocele.
Relato de caso. Rev Bras Anestesiol, 2005; 55:329-335
Rosen MA - Anesthesia for Fetal Surgery, em: Chestnut DH – Obstetric Anesthesia. Principles and Practice.
2nd ed, St Louis, Mosby Inc, 1999;110-121
Resposta: C
Comentário:
Na gestante, a partir do 5º mês, o volume de reserva expiratório, o volume residual e a capacidade residual
funcional (CRF) estão diminuídos, cerca de 20% em relação às não grávidas. A diminuição da CRF e o
aumento da ventilação minuto tornam mais rápida a indução da anestesia inalatória.
Referências:
Braveman FR, Scavone BM, Wong CA, et al – Obstetric Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Soelting
RK, et al - Clinical Anesthesia. 6th ed, Philadelphia, Linpcott, Williams & Wilkins, 2009;1138-1170
Gambling DR, Writer D - Hypertensive Disorder, em: Chestnut DH. – Obstetric Anesthesia. Principles and
Practice. 2nd ed, St Louis, Mosby Inc, 1999;875-915
20
CE.TSA AMARELA
Resposta: B
Comentário:
As recomendações da American Heart Association (2005), na reanimação de lactentes e crianças,
preconizam: a) antes da obtenção da via aérea – compressões assíncronas com a ventilação. Ventilar numa
relação de 30:2, quando realizada por 1 reanimador, e de 15:2, no caso de 2 reanimadores; b) após a
obtenção de via aérea avançada, com 2 reanimadores – 100 compressões/minuto, sem interrupção para a
ventilação e 8-10 ventilações/minuto-1.
Referências:
Ferez D - Reanimação Cardiopulmonar, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - Tratado de
Anestesiologia SAESP. 6a ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 1913-1938
American Heart Association. Aspectos mais relevantes das diretrizes da American Heart Association sobre
ressuscitação cardiopulmonar e atendimento cardiovascular de emergência. Curr Emerg Cardiovasc Care,
2006;16:1-27
40 - Paciente adulto, asmático grave apresenta parada em fibrilação ventricular. Para a desfibrilação
foram empregados choques de 150–200 J, com desfibrilador bifásico, sem sucesso. Indique a causa
do insucesso e a conduta adequada:
CAUSA CONDUTA
A) baixas doses de epinefrina usar vasopressina
B) impedância transtorácica chocar com maior voltagem
C) aumento da PEEP comprimir o tórax na expiração
D) vasodilatação pulmonar e hipoxemia hiperventilar
E) hiperinsuflação pulmonar ventilar com mistura de oxigênio e hélio
Resposta: B
Comentário:
Na reanimação de asmáticos graves, em fibrilação ventricular, a American Heart Association (2005)
preconiza o uso de choques de maiores níveis de energia, quando houver insucesso após o uso de
choques com as cargas recomendadas. A explicação para o insucesso é o aumento da impedância torácica
que acompanha o aumento da pressão transtorácica. A compressão torácica durante a expiração não
diminui a PEEP. O uso de baixas doses de epinefrina está associado à vasodilatação pulmonar e à
hipoxemia. Não há evidências que justifiquem a ventilação com mistura de oxigênio e hélio.
Referências:
American Heart Association (AHA), Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation (CPR). Part 4: Advanced
Life Support. Circulation, 2005; 112:25-54
Barbosa FT - Ressuscitação Cardiopulmonar no Paciente com Asma Grave, em: Cavalcante IL, Cantinho
FAF, Assad AR - Medicina Perioperatória. Rio de Janeiro, Leograf, 2006;1265-1268
21
CE.TSA AMARELA
Resposta: E
Comentário:
A única modificação proposta pela American Heart Association (2005), quanto ao uso de drogas na
reanimação de adultos com FV/TV refere-se à ênfase dada ao uso da amiodarona em relação à lidocaína.
O texto recomenda “administre amiodarona (classe IIb) ou lidocaína se a amiodarona não estiver
disponível”. A amiodarona atua inibindo os canais de Na+, K+ e Ca++ e os receptores alfa e beta
adrenérgicos. Quando a FV/TV persiste após dois ou três choques e a administração de um vasopressor,
considera-se a administração de um antiarrítmico, como a amiodarona.
Referências:
American Heart Association - Highlights of the 2005 American Heart Association Guidelines for
Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Curr Emerg Cardiovasc Care,
2006;16:1-27 - http://www.cardiosalud.org/novedades/guias%202005.pdf
American Heart Association (AHA), Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation (CPR). Part 7.2:
Management of Cardiac Arrest. Circulation, 2005;112:58-66
42 - Após intubação com tubo de dupla luz (do tipo Robertshaw esquerdo), detectaram-se, à
ausculta: sons respiratórios audíveis bilateralmente, quando a ventilação era feita pelo ramo
bronquial, e inaudíveis, quando pelo ramo traqueal. Pode-se afirmar que o balonete do ramo:
Resposta: B
Comentário:
Quando o tubo de dupla luz não está suficientemente introduzido na traqueia e o balonete do ramo
bronquial ainda está acima da carina, os sons respiratórios são audíveis, bilateralmente, durante a
ventilação pelo ramo bronquial. Estão diminuídos ou ausentes, quando a ventilação é feita pelo ramo
traqueal. Quando o tubo está alocado profundamente, no pulmão direito ou no esquerdo, ele pode obstruir o
orifício do lobo superior e a ausculta é negativa na região do lobo superior. Nessa condição, como o
balonete do ramo traqueal está abaixo da carina, o pulmão contralateral não pode ser ventilado, a ausculta
é negativa. A herniação é uma intercorrência quando o balonete do ramo bronquial é insuflado com grandes
volumes e provoca obstrução da luz do brônquio.
Referências:
Cohen E, Neustein SM, Eisenkraft JB – Anesthesia for Thoracic Surgery, em: Barash PG, Cullen BF,
Soelting RK et al. - Clinical Anesthesia. 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;813-855
Ferez D – Anestesia para Broncoscopia e Cirurgia Torácica, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al.
- Tratado de Anestesiologia SAESP. 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1503-1525
22
CE.TSA AMARELA
43 – O propofol:
Resposta: C
Comentário:
O propofol não potencializa o efeito dos bloqueadores neuromusculares adespolarizantes ou
despolarizantes, embora forneça condições excelentes para intubação traqueal em algumas situações. Não
desencadeia a síndrome de hipertermia maligna, sendo uma das opções em pacientes de risco. Após dose
única ou injeções prolongadas, não afeta a secreção do hormônio adrenocorticotrófico e corticoides no
organismo. Não altera as funções hepática, hematológica e fibrinolítica, entretanto, a solução lipídica pode
reduzir, in vitro, a adesividade plaquetária. Casos de reações anafilactoides foram relatados, com o uso
clínico de propofol.
Referências:
Durval Neto GF – Anestésicos Venosos, em: Manica JT – Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed,
Porto Alegre, Artmed, 2004; 560-597
Oliveira CRD, Elias L – Hipnóticos Não-Barbitúricos, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. –
Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;291- 305
Resposta: B
Comentário:
A constante Ke0 representa a velocidade de equilíbrio entre o fármaco existente no plasma e na biofase. A
t1/2 Ke0 é o tempo decorrido para que ocorra a metade do fenômeno de equilíbrio. Durante indução
anestésica, na qual for empregada uma técnica de indução em sequência rápida, é desejável a utilização de
fármacos com tempo de início de ação curto, portanto com Ke0 alto e t1/2 Ke0 baixo.
Referências:
Durval Neto GF – Anestesia Venosa, em Manica JT – Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto
Alegre, Artmed, 2004; 598-620
Sear J – Total Intravenous Anesthesia, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. – Anesthesiology,
1st Ed, New York, McGraw-Hill, 2008;897-917
23
CE.TSA AMARELA
45 – O remifentanil:
Resposta: B
Comentário:
O remifentanil é contraindicado em administrações peridural ou subaracnoidea por conter glicina. É
mandatória a analgesia pós-operatória antes do término do procedimento. O uso clínico de remifentanil nos
pacientes com insuficiência hepática ou renal é muito seguro, pois sua depuração é órgão independente.
Pode ser usado em infusão contínua independente do tempo da infusão, pois sua meia-vida de eliminação
independe de contexto.
Referências:
Martins CEC, Albuquerque MAC, Simoni RF – Remifentanil, em: Bagatini A, Carrareto AR, Vianna PTG –
Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, Volume VII, São Paulo, Segmento Farma, 2007; 125-
146
Durval Neto GF – Anestésicos Venosos, em Manica JT – Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto
Alegre, Artmed, 2004; 560-597
Resposta: A
Comentário:
No sistema cardiovascular do paciente idoso, ocorre betabloqueio progressivo, com a diminuição dos efeitos
cronotrópicos e inotrópicos dos beta-agonistas e antagonistas. Com o avanço da idade, ocorrem diminuição
de fibras musculares do miocárdio, atrofia das mitocôndrias, redução da liberação de catecolaminas,
manutenção da massa de receptores beta e redução da sua sensibilidade, com diminuição da função
sistólica ventricular e menor resposta cronotrópica e inotrópica às catecolaminas. Os receptores alfa-
adrenérgicos não apresentam ação no inotropismo e cronotropismo.
Referências:
Flores JO, Flores CK, Flores LK – Anestesia no Idoso, em: Manica JT – Anestesiologia: Princípios e
Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;1074-1085
Toldo A, Tonelli D, Canga JC – Anestesia e o Paciente Idoso, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et
al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 1657-1669
24
CE.TSA AMARELA
Resposta: D
Comentário:
No idoso, o compartimento de água está diminuído, o compartimento de gorduras aumentado (alterando o
volume de distribuição) e as funções hepática e renal diminuídas (alterando o clearance)
Referências:
Flores JO, Flores CK, Flores LK – Anestesia no Idoso, em: Manica JT – Anestesiologia: Princípios e
Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;1074-1085
Toldo A, Tonelli D, Canga JC – Anestesia e o Paciente Idoso, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et
al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1657-1670
Resposta: D
Comentário:
O paciente obeso apresenta aumento do consumo de oxigênio e da produção de gás carbônico, devido ao
aumento da atividade metabólica da gordura e do gasto de energia para locomoção e respiração. Há
redução da capacidade residual funcional, predispondo a alteração da ventilação-perfusão e hipoxemia.
Com o aumento da massa corporal, principalmente de tecido adiposo, há elevação do volume intravascular
e do débito cardíaco. Os níveis de tiroxina e TSH se encontram normais, entretanto, os níveis de T3 estão
elevados. A taxa de filtração glomerular está aumentada em 40% ou mais nos obesos.
Referências:
Simoni RF – Anestesia para Cirurgia Bariátrica, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de
Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1595-1613
Lorentz MN, Albergaria VF, Lima FAS – Anestesia para obesidade mórbida. Rev Bras Anestesiol, 2007;57:
199-213
25
CE.TSA AMARELA
Resposta: B
Comentário:
Quando se usa um antagonista do fármaco indutor, a atividade do citocromo P450 pode estar aumentada
ou inibida. Toda indução é reversível, após a retirada do fármaco indutor.
Referências:
Fernandes F, Ismael PC – Conceitos Farmacocinéticos Fundamentais, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério
GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;207-222
Hudson RJ, Kenthorn TK – Basic Principles of Clinical Pharmacology, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting
RK – Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams& Wilkins, 2006;247-274
Resposta: B
Comentários:
As reações químicas metabólicas são classificadas em várias fases. Na fase I ocorre a conversão do
fármaco em metabólitos menos polares, que ocorre por oxidação, redução e hidrólise. Eles podem ser mais
ou menos ativos e/ou inativos em relação ao fármaco que lhes deu origem. Os ésteres e amidas sofrem
reação de hidrólise, quando se rompe a ligação éster, formando álcool e ácido. A característica funcional do
citocromo P450 é a capacidade de oxidar seus substratos, principalmente por inserção de um átomo de
oxigênio na forma hidroxila, enquanto que o outro átomo de oxigênio é reduzido a água. A cimetidina inibe o
metabolismo da meperidina, diazepam e propranolol. O tiopental sofre oxidação (hidroxilação alifática) na
fase I.
Referências:
Fernandes F, Ismael PC – Conceitos Farmacocinéticos Fundamentais, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério
GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 207-222
Hudson RJ, Kentthom – Basic Principles of Clinical Pharmacology, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK
– Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams& Wilkins, 2006; 247-271
26
CE.TSA AMARELA
Resposta: A
Comentário:
Na relação dose-efeito, eficácia de um fármaco é definida como seu efeito máximo.
Referências:
Fernandes F, Ismael PC – Conceitos Farmacocinéticos Fundamentais, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério
GMB et al – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 207-222
Shafer SL, Schwinn DA – Basic Principles of Pharmacology Related to Anesthesia, em: Miller RD – Miller’s
Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia Elsevier Churchill Livingstone, 2005; 67-104
A) 0,25
B) 0,50
C) 1,00
D) 2,00
E) 4,00
Resposta: E
Comentário:
O IT é a relação entre a dose letal (DL50) e a dose efetiva (DE50), ou seja:
IT = DL50: DE50
IT = (400: 100)
IT = 4,00
Referências:
Shafer SL, Schwinn DA – Basic Principles of Pharmacology Related to Anesthesia, em: Miller RD – Miller’s
Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Elsevier Churchill Livingstone, 2005; 67-104
Sikka PK – Basic Pharmacologic Principles, em: Stoelting RK, Miller RD – Basics of Anesthesia, 5th Ed,
Philadelphia, Elsevier Churchill Livingstone, 2007; 37-48
27
CE.TSA AMARELA
53 - O local de condução iônica e o sítio de ligação do anestésico local é (são) a (s) subunidade (s):
A) alfa
B) beta
C) gama
D) alfa e beta
E) alfa, beta e gama
Resposta: A
Comentário:
A subunidade alfa contém o local de condução iônica e o sítio de ligação do anestésico local.
Referências:
Carneiro AF, Carvalho JCA – Anestésicos Locais, em: Manica JT – Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª
Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004; 661-671
Carneiro AF, Filho ALO, Hamaji A – Anestésicos Locais, em: Curso de Educação a Distância em
Anestesiologia – Yamashita AM, Tardelli MA, Pereira MN et al, São Paulo, Office Editora, 2002; 99-113
DURAÇÃO TOXICIDADE
A) levógiro > dextrógiro levógiro > dextrógiro
B) levógiro > dextrógiro levógiro < dextrógiro
C) levógiro < dextrógiro levógiro < dextrógiro
D) levógiro < dextrógiro levógiro > dextrógiro
E) levógiro = dextrógiro levógiro = dextrógiro
Resposta: B
Comentário:
A maioria dos anestésicos locais é comercializada como uma mistura racêmica de isômeros levógiros e
dextrógiros. Atribui-se aos estereoisômeros diferenças nas propriedades terapêuticas e mesmo em seus
efeitos tóxicos. Com relação à bupivacaína, o isômero levógiro determina menos efeitos tóxicos e maior
duração.
Referências:
Heavner JE – Pharmacology of Local Anesthetics, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. –
Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw-Hill, 2008;954-973
Carneiro AF, Filho ALO, Hamaji A – Anestésicos Locais, em: Curso de Educação a Distância em
Anestesiologia – Yamashita AM, Tardelli MA, Pereira MN, Luis Filho RLM, São Paulo, Office Editora, 2002;
99-113
28
CE.TSA AMARELA
Resposta: E
Comentário:
Os anestésicos locais, como a lidocaína, que são bases fracas, cruzam a membrana lipídica neural. Quando
o pH encontra-se abaixo do pKa, ou seja, no pH fisiológico, há predominância da forma ionizada.
Referências:
Heavner JE – Pharmacology of Local Anesthetics, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. –
Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw-Hill, 2008;954-973
Drasner K – Local Anesthetics, em: Stoelting RK, Miller RD – Basics of Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia
Elsevier Churchill Livingstone, 2007; 123-134
Resposta: E
Comentário:
Em condições normais, os néfrons corticais recebem a maior parte do fluxo sanguíneo renal (80%). O rim
apresenta maior perfusão sanguínea que o coração, fígado e cérebro. Na gravidez por ação hormonal
ocorre aumento do tamanho do rim. O rim tem função catabólica sobre proteínas de baixo peso molecular.
Referências:
Bello CN – Anatomia e Fisiologia Renal, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de
Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;805-816
Stafford-Smith M, Lappas G, Shaw AD – Evaluation of the Patient with Renal Disease, em: Longnecker DE,
Brown DL, Newman MF et al. – Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw-Hill, 2008;194-215
29
CE.TSA AMARELA
A) a força determinante do estiramento da fibra muscular a seu comprimento inicial corresponde à medida
da resistência vascular periférica
B) a pressão aórtica monitoriza a quantificação da pós-carga imposta ao ventrículo esquerdo (VE)
C) a inervação parassimpática origina-se na medula espinhal do 1º e 2º segmentos torácicos
D) a formação do complexo troponina-tropomiosina favorece o acoplamento entre actina e miosina
E) a ação excitatória decorrente da estimulação simpática favorece o cronotropismo negativo
Resposta: B
Comentário:
A pré-carga é a força que determina o estiramento da fibra muscular ao seu comprimento inicial.
Clinicamente, o estresse imposto à parede muscular é medido pela pressão de capilar pulmonar ou pela
pressão venosa central. A pós-carga é a carga contra a qual o VE tem que desenvolver força para contrair-
se. Clinicamente, utiliza-se a pressão e impedância aórticas ou a resistência vascular periférica para
quantificar a pós-carga imposta ao VE. Os neurônios pré-ganglionares simpáticos do sistema nervoso
simpático estão localizados entre o 1º e o 4º segmentos da medula espinhal torácica. A formação do
complexo troponina-tropomiosina impede o acoplamento entre actina e miosina. A ação excitatória
decorrente da estimulação simpática favorece ao cronotropismo positivo.
Referências:
Carlos RV, Cagnolati DC, Galas FRBG et al., Fisiologia e Farmacologia Cardiovascular, em Manica JT –
Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004; 243-267
Auler Jr JOC, Messias ERR, Galas FRBG – Fisiologia do Sistema Cardiovascular, em Cangiani LM, Posso
IP, Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 575-588
A) saída de sódio
B) entrada de cálcio
C) entrada de sódio
D) saída de potássio
E) entrada de cloro
Resposta: D
Comentário:
A fase zero deve-se à entrada de sódio na célula, segue-se na fase um a saída de potássio e entrada de
cloro. A seguir, temos a fase dois, com entrada de cálcio e continuação da saída de potássio. A fase três
caracteriza-se pela aceleração da saída de potássio e, na fase quatro, temos a entrada de sódio e
inativação da corrente de potássio.
Referências:
Carlos RV, Cagnolati DC, Galas FRBG et al., Fisiologia e Farmacologia Cardiovascular, em: Manica JT –
Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;243-267
Auler Jr JOC, Messias ERR, Galas FRBG – Fisiologia do Sistema Cardiovascular, em: Cangiani LM, Posso
IP, Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 575-588
30
CE.TSA AMARELA
A) fibrinólise
B) trombocitopenia
C) hipercoagulação
D) coagulação normal
E) hemofilia
Resposta: B
Comentário:
O tromboelastograma avalia a coagulação, interagindo todos os componentes do sistema, as plaquetas, os
fatores de coagulação e a fibrinólise. O traçado apresentado é típico de trombocitopenia.
Referências:
Drummond JC, Petrovich CT- Hemotherapy and Hemostasis, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK -
Clinical Anesthesia. 5th Ed., Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 208-246
Lobo FRM - Coagulação e Coagulopatias, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de
Anestesiologia SAESP. 6ª Ed., São Paulo, Atheneu, 2006; 933-940
Resposta: B
Comentário:
A anestesia tópica para cirurgia de catarata envolve a instilação de anestésico local sob a forma de colírio
ou gel, o qual é rapidamente absorvido pelo epitélio corneano, via nervo ciliar longo, promovendo anestesia
da córnea, íris, esclera e parte da conjuntiva.
Referências:
Basta SJ – Anesthesia for Ophthalmic Surgery, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. –
Anesthesiology. 1st Ed., New York, McGraw Hill, 2008; 1558-1581
McGoldrick KI, Gayer SI - Anesthesia and the Eye, em: Barash P, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical
Anesthesia. 5st Ed.,Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 974-996
31
CE.TSA AMARELA
61 - Paciente adulto, com história de otite média de repetição, vai ser submetido à microcirurgia de
ouvido. A técnica anestésico-cirúrgica inclui:
Resposta: B
Comentário:
Nas microcirurgias de ouvido, o paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal com discreta elevação,
rotação e extensão da cabeça. Nessas cirurgias, frequentemente, é necessária a identificação do nervo
facial. A intubação pode ser realizada com tubos endotraqueais comuns. O uso do óxido nitroso, em
pacientes com história de otite média aguda ou crônica, é considerado arriscado e, se for utilizado, não
deve passar da concentração máxima de 50%. Embora não haja consenso sobre qual o valor ideal da
pressão arterial, os diversos autores concordam que certo grau de hipotensão é desejável, para manter o
campo operatório com pouco sangramento, assim como pode ser utilizada aplicação tópica ou infiltração de
epinefrina.
Referências:
Ragan B – Anesthesia for Ear, Nose, and Throat surgery, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et
al. – Anesthesiology. 1st Ed., New York, McGraw Hill, 2008; 1582-1607
Donlon JV, Doyle DJ, Feldman MA - Anesthetic for Eye, Nose, and Throat Surgery, em: Miller, RD - Miller’s
Anesthesia. 6th Ed., Philadelphia, Elsevier, 2005; 2539-2541
Resposta: A
Comentário:
O risco relativo (RR) é a relação matemática entre incidência de desvio da normalidade (ou doença), no
grupo exposto a supostos fatores desencadeantes, e a incidência correspondente no grupo não exposto. O
risco relativo pode ser calculado em estudos de coorte. O RR é a relação IDE / IDN. RR igual a 1
corresponde à ausência de risco e quando o RR é maior que 1, o risco de doença em expostos ao fator em
estudo excede o risco de doença em não expostos. Para ser um risco relativo de relevância prática, o
resultado deve ser bem maior que 1. É possível avaliar o grau de significância estatística da assertiva com o
uso do teste do qui-quadrado.
Referências:
Oliva Filho AL - Análise de Resultados, em: Duarte NMC, Turazzi JC, Gozzani JL, Mathias LAST -
Metodologia Científica. 1ª Ed., São Paulo, Sociedade Brasileira de Anestesiologia, 2008; 80-98
Nobre M, Bernardo W – Medida de Resultados: Forma, Magnitude e Precisão, em: Prática clínica baseada
em evidência. 1ª Ed., São Paulo, Elsevier, 2006; 83-103
32
CE.TSA AMARELA
63 - A redução da temperatura central que geralmente ocorre na primeira hora de anestesia geral é
devida, primariamente, à:
Resposta: D
Comentário:
A redução da temperatura central, de 0,5 a 1,5C, que geralmente ocorre na primeira hora de anestesia
geral, é devida à redistribuição interna de calor no organismo após a indução anestésica e é proporcional ao
gradiente de temperatura entre os compartimentos central e periférico.
Referências:
Braz JRC, Vanni SMA, Braz LG – Perdas de Calor: Monitorização e Controle, em: Cangiani LM, Posso IP,
Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP. 6ª Ed, São Paulo, Editora Atheneu, 2006; 995-
1004
Muldoon S, Sambughin N, Voelkel M, et al. - Malignant hyperthermia, Thermoregulation, and Perioperative
Hypothermia, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. – Anesthesiology. 1st Ed, New York,
McGraw Hill, 2008; 1964-1999
Resposta: A
Comentário:
Em endarterectomia pode ocorrer desnervação dos corpos carotídeos, por manipulação cirúrgica. A perda
da função dos corpos carotídeos pode levar à perda da resposta ventilatória à hipoxia, com aumento da
PaCO2 em repouso. Esta complicação pode se tornar grave nos pacientes submetidos à endarterectomia
bilateral, quando o intervalo entre as cirurgias for menor que 10 meses, e naqueles com doença pulmonar
obstrutiva crônica.
Referências:
Rocha Filho JA, Nani RS – Anestesia para Cirurgia Vascular, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al.
– Tratado de Anestesiologia SAESP. 6ª Ed., São Paulo, Editora Atheneu, 2006; 1561-1578
Norris EJ – Anesthesia for Vascular Surgery, em: Miller, RD - Miller’s Anesthesia. 6th Ed., Philadelphia,
Elsevier, 2005; 2051-2127
33
CE.TSA AMARELA
A) hidrocortisona
B) calcitonina
C) solução de cloreto de sódio 0,9%
D) manitol e bifosfonatos
E) fosfato de potássio
Resposta: C
Comentário:
O tratamento de emergência da hipercalcemia, indicado quando a concentração plasmática de cálcio for
maior que 15,0 mg.dL-1, consta de hidratação com solução de cloreto de sódio 0,9%, furosemida, além de
outras medidas, como uso de bifosfonatos, calcitonina e corticoide. Em paciente com concentração
plasmática de cálcio de 13,0 mg.dL-1 (valor dentro da normalidade) e eletrocardiograma normal, a conduta é
hidratação com solução de cloreto de sódio 0,9%.
Referências:
Schwartz JJ, Rosenbaum SH - Anesthesia and the Endocrine System, em: Barash P, Cullen BF, Stoelting
RK – Clinical Anesthesia. 5st Ed. Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 1129-1148
John AD, Sieber FE – Evaluation of the Patient with Endocrine Disease or Diabetes Mellitus, em:
Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. – Anesthesiology. 1st Ed., New York, McGraw Hill, 2008; 173-
193
66 - Paciente com doença de Parkinson vai ser submetido à colecistectomia laparoscópica eletiva.
Faz uso regular de anticolinérgico L-dopa (levodopa) e inibidor da monoaminooxidase (IMAO). A
conduta pré-operatória mais adequada é manter:
Resposta: B
Comentário:
A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, causada por deficiência de
produção de dopamina nos gânglios da base, por degeneração da substância nigra e terminações nervosas
dos núcleos caudado e putamen. O tratamento consiste em anticolinérgicos centrais, levodopa, agonistas
dopaminérgicos, inibidores da monoaminooxidase (IMAO) e outros. O tratamento deve ser mantido até o dia
da cirurgia e reiniciado assim que houver condições no pós-operatório imediato, pois a sua suspensão pode
levar à piora considerável dos sintomas respiratórios.
Referências:
Morris J, Burkey D – Evaluation of the Patient with Neuropsychiatric Disease, em: Longnecker DE, Brown
DL, Newman MF et al. – Anesthesiology. 1st Ed., New York, McGraw Hill, 2008; 145-155
Roizen MF, Fleisher LA - Anesthetic Implications of Concurrent Diseases, em: Miller, RD - Miller’s
Anesthesia. 6th Ed., Philadelphia, Elsevier, 2005; 1017-1150
34
CE.TSA AMARELA
Resposta: B
Comentário:
A adição de bicarbonato de sódio à solução de anestésico local leva à redução da latência do bloqueio
peridural, por meio de aumento do pH do anestésico local, aumentando a dissociação e a fração não
ionizada do anestésico local.
Referências:
Rosenquist RW, Brown DL – Incorporating Regional Anesthesia into Anesthestic Practice, em: Longnecker
DE, Brown DL, Newman MF et al. – Anesthesiology. 1st Ed., New York, McGraw Hill, 2008; 955-974
Brown DL- Spinal, Epidural, and Caudal Anesthesia, em: Miller, RD - Miller’s Anesthesia. 6th Ed.,
Philadelphia, Elsevier, 2005; 1653-1679
Resposta: C
Comentário:
A depressão respiratória é uma ocorrência rara em bloqueio subaracnoideo, mesmo quando o bloqueio é
alto. No entanto, a apneia pode ocorrer em decorrência de hipofluxo nos centros respiratórios medulares,
devido à hipotensão arterial causada pelo bloqueio simpático.
Referências:
Warren DT, Liu SS – Neuraxial Anesthesia, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. –
Anesthesiology. 1st Ed., New York, McGraw Hill, 2008; 978-1008
Cangiani LM, Lutti MN, Cangiani LH, Esteves LO - Anestesia Subaracnoidea, em: Cangiani LM, Posso IP,
Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP. 6ª Ed., São Paulo, Editora Atheneu, 2006; 1163-
1192
35
CE.TSA AMARELA
Resposta: E
Comentário:
Os sintomas neurológicos transitórios que ocorrem após bloqueio subaracnóideo caracterizam-se por dor
e/ou disestesia na região lombar e pernas, podendo persistir dor lombar baixa. Os sintomas geralmente não
duram mais que sete dias, mas foram relatados casos de duração de até seis meses. Apesar de a
incidência ser maior com a lidocaína a 5% hiperbárica, os sintomas já foram descritos com outros
anestésicos locais, especialmente em cirurgias de joelho e quadril e na posição de litotomia. Não há
consenso na literatura quanto à correlação com o calibre das agulhas, mas esse quadro clínico começou a
surgir depois do advento das agulhas de fino calibre.
Referências:
Warren DT, Liu SS – Neuraxial Anesthesia, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. –
Anesthesiology. 1st Ed., New York, McGraw Hill, 2008; 978-1008
Cangiani LM, Lutti MN, Cangiani LH, Esteves LO - Anestesia Subaracnoidea, em: Cangiani LM, Posso IP,
Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP. 6ª Ed., São Paulo, Editora Atheneu, 2006; 1163-
1192
Resposta: D
Comentário:
Os opioides podem ser administrados por via subaracnoidea isoladamente ou associados a anestésicos
locais. Os opioides lipossolúveis apresentam maior latência, maior potência, menor duração de ação e
menor incidência de efeitos colaterais, ao contrário dos opioides hidrossolúveis. A liberação de histamina
não está relacionada à solubilidade dos opioides.
Referências:
Warren DT, Liu SS – Neuraxial Anesthesia, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. –
Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw-Hill, 2008;978-1008
Cangiani LM, Lutti MN, Cangiani LH et al. - Anestesia Subaracnoídea, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério
GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 1163-1192
36
CE.TSA AMARELA
A) A e A
B) A e C
C) A e A
D) A e C
E) A e C
Resposta: E
Comentário:
Os nociceptores consistem em terminações não encapsuladas de fibras nervosas periféricas. Essas fibras
são do tipo A, mielinizadas, e do tipo C, não mielinizadas. A dor rápida aparece nos tecidos superficiais e é
conduzida pelas fibras A, enquanto a dor lenta, que pode ocorrer tanto em tecidos superficiais como
profundos, é conduzida pelas fibras C.
Referências:
Brenner GJ, Woolf CJ – Mechanisms of Chronic Pain, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. –
Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw-Hill, 2008;2000-2019
Lawson NW, Johnson JO - Autonomic Nervous System: Physiology and Pharmacology, em: Barash PG,
Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 5th Ed, Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia, 2006:275-
333
A) Na+ despolarização
B) K+ princípio de tudo ou nada
C) Na+ princípio de tudo ou nada
D) K+ repolarização
E) Ca++ despolarização
Resposta: A
Comentário:
A excitação de uma fibra nervosa aumenta a permeabilidade ao sódio e despolariza a membrana celular.
Referências:
Pires OC, Constantino E - Bioeletrogênese da Membrana: Transmissão Sináptica, em: Cangiani LM, Posso
IP, Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006:229-247
Morgan Jr GE, Mikhail MS, Murray MJ - Clinical Anesthesia, 4th Ed. McGraw Hill Company, 2006:263-275
37
CE.TSA AMARELA
73 - Na avaliação do nível de consciência pelo índice bispectral (BIS), os valores 100, 60 e 0 (zero)
significam, respectivamente:
Resposta: A
Comentário:
O BIS usa sinais digitalizados, originados na região frontal, que são “filtrados” e sofrem transformação
rápida por meio da fórmula de Fourier, resultando no índice Bispectral. Esse índice é apresentado em uma
escala que vai de 0 a 100, onde 100 significa que o paciente está acordado, sem sedação; 60 apresenta
níveis profundos de hipnose e 0 significa que há supressão de onda.
Referências:
Vianna PTG - Monitorização da Profundidade da Anestesia. O Índice Bispectral, em: Cangiani LM, Posso IP,
Potério GMB et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006:267-271
Keifer JC, Borel CO - Intraoperative Neurologic Monitoring, em: Longnecker D - Anesthesiology - 1st Ed.
McGraw Hill Company, 2008:603-606
A) córtex
B) hipófise
C) cerebelo
D) hipotálamo
E) cisterna magna
Resposta: D
Comentário:
Na síndrome de emergência de Canon, o organismo deve estar preparado para lutar ou fugir. Os impulsos
nervosos que comandam essa resposta partem do hipotálamo.
Referências:
Pires OC, Posso IP - Fisiologia do Sistema Nervoso Autônomo, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et
al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, Atheneu, São Paulo, 2006:329-337
Lawson NW, Johnson JO - Autonomic Nervous System: Physiology and Pharmacology, em: Barash PG,
Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 5th Ed, Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia, 2006:275-
333
38
CE.TSA AMARELA
A) bradicardia
B) broncodilatação
C) hipermotilidade intestinal
D) diminuição do inotropismo
E) aumento da secreção ácida gástrica
Resposta: B
Comentário:
Receptores colinérgicos são divididos em muscarínicos e nicotínicos porque a muscarina e a nicotina,
respectivamente, estimulam esses receptores de forma seletiva. A estimulação dos receptores muscarínicos
causa bradicardia, diminuição do inotropismo, broncoconstrição, miose, sialorréia, hipermotilidade
gastrointestinal e aumenta a secreção de ácidos no estômago.
Referências:
Pires OC, Posso IP - Colinérgicos e Anticolinérgicos, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al -
Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, Atheneu, São Paulo, 2006:339-341
Lawson NW, Johnson JO - Autonomic Nervous System: Physiology and Pharmacology, em: Barash PG,
Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 5th Ed, Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia, 2006:275-
333
Resposta: B
Comentário:
A desnervação renal que ocorre durante cirurgias para transplante causa aumento da excreção de sódio,
que foi confirmado em experimentos com lesão da área pré-óptica, ocasionando bloqueio renal. Assim, foi
observado que a estimulação simpática causa aumento da reabsorção de sódio e água.
Referências:
Pires OC, Posso IP - Fisiologia do Sistema Nervoso Autônomo, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et
al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, Atheneu, São Paulo, 2006:329-337
Lawson NW, Johnson JO - Autonomic Nervous System: Physiology and Pharmacology: em: Barash PG,
Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 5th Ed, Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia, 2006:275-
333
39
CE.TSA AMARELA
A) esmolol
B) diltiazem
C) verapamil
D) adenosina
E) amiodarona
Resposta: D
Comentário:
FÁRMACO MEIA-VIDA
esmolol 5 – 10 min
diltiazem 4h
verapamil 3–7h
adenosina < 10 seg
amiodarona > 24 h
Referências:
Roden DM – Antiarrhytmic Drugs, em: Goodman & Gilman’s – The Pharmacological Basis of Therapeutics,
10th Ed, McGraw-Hill, New York, 2001:933-970
Nicoara A, Abel M, Thys D - Cardiovascular Drugs, em: Longnecker D - Anesthesiology, 1st Ed. McGraw Hill,
New York, 2008:918-953
A) hiperpotassemia
B) isquemia tubular
C) hipovolemia aguda
D) alcalose metabólica
E) sobrecarga cardíaca
Resposta: E
Comentário:
O manitol é um diurético osmótico, utilizado frequentemente para profilaxia da insuficiência renal aguda.
Sua infusão provoca aumento da osmolaridade plasmática, com extração de água do compartimento
intracelular e expansão do espaço extracelular e diminuição da viscosidade do sangue, por expansão
intravascular. As alterações hídricas provocadas pelo manitol podem levar à hiponatremia, hipopotassemia
e hipocloremia. A principal complicação causada pelo manitol, principalmente em pacientes urêmicos ou
com insuficiência cardíaca, é a sobrecarga cardíaca causada pelo aumento súbito do volume intravascular.
Referências:
Hirata ES, Alves Fo G - Diuréticos: Farmacologia e Usos Clínicos, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB
et al - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, Atheneu, São Paulo, 2006:615-654
Stafford-Smith M, Lappas G, Shaw AD - Evaluation of the Patient with Renal Disease, em: Longnecker D -
Anesthesiology - 1st Ed. McGraw Hill, New York, 2008:194-215
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CE.TSA AMARELA
A) hiponatremia
B) hipocalcemia
C) hipercloremia
D) hipopotassemia
E) hiperpotassemia
Resposta: B
Comentário:
O recém-nascido não necessita de reposição de eletrólitos, devido à transferência placentária destes,
porém, recém-nascidos a termo que não são alimentados no primeiro dia de vida com leite materno, ou
mesmo não utilizem complementos alimentares apresentam, comumente, hipocalcemia. A hipocalcemia
neonatal está associada à interrupção súbita da transferência ativa de cálcio pela placenta.
Referências:
Brett C, Davis P, Bikhazi G - Anesthesia for Neonates and Prematures Infants, em: Motoyama EK, Davis PJ
- Smith´s Anesthesia for Infants and Children, 7a Ed, Mosby Elsevier, Philadelphia, 2006:521-570
Yaster M, Rossberg M - Anesthesia for Newborn Surgical Emergencies, em: Longnecker D - Anesthesiology
- 1st Ed. McGraw Hill, New York, 2008: 1502-1519
80 – Qual é a reposição hídrica (mL.h-1) em criança com 18 kg, durante herniorrafia inguinal bilateral
e postectomia?
A) 36
B) 48
C) 56
D) 66
E) 72
Resposta: C
Comentário:
A reposição das necessidades hídricas em crianças pode ser realizada por meio de uma fórmula conhecida,
como a regra 4:2:1, com reposição horária de 4 mL.kg-1.h-1, para os primeiros 10 kg de peso; 2 mL.kg-1.h-1,
para os 10 kg de peso subsequentes e 1 mL.kg-1.h-1, para cada kg remanescente.
Referências:
Morgan Jr GE, Mikhail MS, Murray MJ - Clinical Anesthesia, 4th Ed. McGraw Hill, New York, 2006:922-958
Cravero JP, Kain ZN - Pediatric Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK, Clinical Anesthesia,
5th Ed, Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia, 2006:1205-1218
41
CE.TSA AMARELA
Resposta: C
Comentário:
A maior fonte de perda de calor, na criança sob anestesia geral, independente desta ser venosa ou
inalatória, é a perda de calor por radiação, ou seja, a perda para o ambiente. A manutenção da temperatura
da sala de operações entre 26 e 29ºC minimiza essa perda.
Referências:
Bret C, Davis P, Bikhazi G – Anesthesia for Neonates and Prematures Infants, em: Smith’s Anesthesia for
Infants and Children, 7th Ed, Mosby Elsevier, Philadelphia, 2006: 153-176
Morgan Jr GE, Mikhail MS, Murray MJ – Clinical Anesthesia, 4th Ed, McGraw Hill, New York, 2006: 922-950
82 - Paciente vítima de queda, confuso, com discreta perda de sensibilidade na mão direita, abre os
olhos espontaneamente; emite palavras desconexas e localiza dor ao ser estimulado; não consegue
obedecer a alguns comandos verbais. A tomografia mostrou pequeno hematoma subaracnoideo.
Classificação de Hunt e Hess e escala de coma de Glasgow:
A) II 10
B) II 12
C) III 11
D) III 12
E) IV 10
Resposta: D
Comentário:
De acordo com a classificação de Hunt e Hess, o paciente que apresenta vertigem, confusão mental ou
alteração motora focal é classificado como III. Pela escala de coma de Glasgow, o paciente é pontuado
pelas características que apresenta ao exame físico, recebendo 4 pontos, se abre os olhos
espontaneamente; 3 pontos, se fala palavras sem sentido e 5 pontos, se consegue localizar a dor, quando
estimulado.
Referência:
Morgan Jr GE, Mikhail MS, Murray MJ - Clinical Anesthesia, 4th Ed. McGraw Hill Company, 2006:631-646
Bendo AA, Kass IS, Hartung J, Cottrell J - Anesthesia for Neurosurgery, em: Barash PG, Cullen BF,
Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 5th Ed, Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia, 2006:746-789
42
CE.TSA AMARELA
A) afogamento
B) edema agudo de pulmão
C) hemorragia subaracnoidea
D) parada cardiorrespiratória
E) acidente vascular isquêmico
Resposta: D
Comentário:
Estudos nos últimos anos mostraram que a hipotermia moderada (34C), objetivando diminuir o dano
cerebral, é eficaz em duas situações onde ocorre isquemia cerebral: em recém-natos que nasceram em
situação hipóxica ou adultos que sofreram parada cardiorrespiratória e foram mantidos em regime de
hipotermia nas horas subsequentes.
Referências:
Tood MM, Warner DS, Maktabi MA, Vagnerova K - Neuroanesthesia, em: David Longnecker, -
Anesthesiology 1st Ed. McGraw Hill Company, 2008: 1081-11139
Drummond JC, Patel PM - Neurosurgical Anesthesia, em: Miller RD - Miller´s Anesthesia -, 6th Ed. Churchill
Livingstone, Philadelphia, 2005:2127-2173
A) séptico
B) obstrutivo
C) distributivo
D) cardiogênico
E) hipovolêmico
Resposta: C
Comentário:
O choque pode ser classificado de acordo com os mecanismos fisiopatológicos. O choque anafilático é
classificado como um choque distributivo, caracterizado pelo aumento da capacidade vascular, secundário à
liberação de mediadores inflamatórios. O paciente apresenta alterações circulatórias, com débito cardíaco
normal ou aumentado, redução na resistência vascular sistêmica, constrição das vias respiratórias e
broncoespasmo.
Referências:
Vincent JL - Hemodynamic Support of the Critically Ill Patient, em: Longnecker D - Anesthesiology - 1st Ed.
McGraw Hill Company, 2008:1841-1851
Treggiari MM, Deen S - Anesthesia and Critical Care Medicine, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK -
Clinical Anesthesia, 5th Ed, Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia, 2006:1473-1498
43
CE.TSA AMARELA
Resposta: D
Comentário:
A “ressuscitação inicial” no choque hipovolêmico objetiva: manter a pressão arterial sistólica entre 80-100
mm Hg, o hematócrito entre 25-30%, o tempo de protrombina e de tromboplastina em faixas normais, a
contagem de plaquetas acima de 50.000, o cálcio ionizado sérico em nível normal, temperatura central
acima de 35C, prevenir aumento do lactato plasmático e prevenir a piora da acidose.
Referências:
Stene JK, Grande CM - Anesthesia for Trauma Patients, em: Longnecker D - Anesthesiology 1st Ed.
McGraw Hill Company, 2008: 1660-1673
Dutton R, McCunn M - Anesthesia for Trauma, em: Miller RD - Miller´s Anesthesia - 6th Ed. Churchill
Livingstone, Philadelphia, 2005:2451-2495
Resposta: D
Comentário:
A infusão rápida de solução hipertônica de cloreto de sódio causa algumas alterações no paciente,
principalmente quando é realizada rapidamente. Pode causar aumento da contratilidade miocárdica e
consequente aumento da frequência cardíaca; aumento do volume plasmático; diminuição da pressão
intracraniana e hipotensão arterial, decorrente da diminuição da resistência vascular periférica, inicial, com
posterior aumento da pressão arterial.
Referências:
Stene JK, Grande CM - Anesthesia for Trauma Patients, em: Longnecker D– Anesthesiology, 1st Ed.
McGraw Hill Company, 2008: 1660-1673
Dutton R, Mc Cunn M - Anesthesia for Trauma, em: Miller RD - Miller´s Anesthesia - 6th Ed. Churchill
Livingstone, Philadelphia, 2005:2451-2495
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CE.TSA AMARELA
fármacos
desfibrilador c d c b
e e e e e
a a a
A) 1e – 2a – 3c – 4d – 5b
B) 1e – 2a – 3d – 4c – 5b
C) 1e – 2a – 3b – 4c – 5d
D) 1e – 2b – 3d – 4c – 5a
E) 1e – 2b – 3c – 4d – 5a
Resposta: B
Comentário:
As recomendações da American Heart Association (2005), para a reanimação de adultos em
assistolia/atividade elétrica sem pulso, preconizam: a) iniciar compressões (100.min-1) sem interrupções
para a ventilação, durante 2 minutos (5 ciclos); b) verificar ritmo cardíaco a cada 5 ciclos; c) embora a
epinefrina (1mg IV ou IO a cada 3-5 minutos) ainda seja recomendada 1 dose de vasopressina pode
substituir a 1ª ou a 2ª dose de epinefrina; d) a atropina (1mgIV no máximo 3 doses) ainda pode ser
considerada uma opção, no tratamento da assistolia ou da AESP lenta.
Referências:
Ferez D - Reanimação Cardiopulmonar, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - Tratado de
Anestesiologia SAESP. 6a ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1913-1938.
American Heart Association - Highlights of the 2005 American Heart Association Guidelines for
Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Curr Emerg Cardiovasc Care,
2006;16:1-27 - http://www.cardiosalud.org/novedades/guias%202005.pdf
45
CE.TSA AMARELA
1) mitose
2) contração muscular
3) ativação enzimática
4) movimentação ciliar
Resposta: E
Comentário:
O cálcio é um cátion divalente encontrado principalmente no líquido extracelular. A concentração plasmática
de cálcio é regulada pelo paratormônio e sua eliminação é por via renal. O cálcio apresenta vários papéis
fisiológicos importantes: secreção, mitose, excitação, contração, ativação enzimática, movimentação ciliar,
estruturação óssea, segundo e terceiro mensageiro e neurotransmissão.
Referências:
Svensén CH, Funston JS, Wolf SW, et al. – Acid-Base and Electrolytes, em: Barash PG, Cullen BF,
Stoelting RK– Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;175-207
Martins VF, Zuccoloto EB – Equilíbrio Hidroeletrolítico, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al –
Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a. Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 907-919
Resposta: E
Comentário:
O diabete melito é a mais comum das endocrinopatias encontradas na prática clínica do anestesiologista.
Podemos classificar o DM em tipo 1 e 2. O paciente diabético tipo 2 é resistente à cetose, por causa da
produção residual de insulina endógena e propenso ao coma hiperosmolar. Ocorre em qualquer idade, mas
é mais prevalente em adultos obesos. A transmissão ocorre com traço genético autossômico dominante e
não ocorre a presença de autoanticorpo (menor que 10%). Não está associado a antígeno leucocitário
humano (HLA).
Referências:
Tonelli D, Canga JC, Toldo A – Endocrinopatias e Anestesia, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al
– Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a. Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;877-904
Rosenbaun SH, Schwartz JJ – Anesthesia and the Endocrine System, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting
RK– Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;1153-1178
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CE.TSA AMARELA
1) cardioplegia.
2) anestesia peridural torácica
3) hipotermia.
4) anestésicos halogenados
Resposta: E
Comentário:
A cardioplegia é a técnica de proteção miocárdica mais utilizada durante a cirurgia de revascularização do
miocárdio, com a infusão de solução cardioplégica hipotérmica, sanguínea ou cristaloide. A hipotermia é
outra estratégia para diminuir a lesão miocárdica secundária à isquemia durante cirurgia cardíaca com
circulação extracorpórea. A anestesia peridural torácica com anestésicos locais é capaz de promover
analgesia perioperatória e redução do consumo miocárdico de oxigênio, pelo bloqueio das raízes das fibras
simpáticas torácicas de T1 a T5, que proveem inervação simpática ao coração. Os anestésicos
halogenados reduzem a pressão arterial, causam depressão na contratilidade miocárdica, produzem
vasodilatação coronariana, retardam a condução do estímulo elétrico e atenuam a atividade do sistema
nervoso simpático, o que contribui para diminuição do consumo miocárdico de oxigênio. Os anestésicos
halogenados também podem apresentar efeito protetor na reperfusão miocárdica. Independente da via de
sinalização que leva ao precondicionamento, considera-se que os canais de KATP dependentes
mitocondriais são os mediadores finais de cardioproteção por controlarem o influxo de cálcio na mitocôndria
e prevenirem a indução da necrose e apoptose.
Referências:
Pasqualin RC, Auler Jr JOC – Proteção miocárdica pelo pré- e pós-condicionamento anestésico. Rev Bras
Anestesiol, 2008;58:5:506–519
Malbouisson LMS, Santos LM, Auler Jr JOC, et al. – Proteção miocárdica em cirurgia cardíaca. Rev Bras
Anestesiol, 2005;55:5:558–574
1) prevenir microatelectasias
2) reduzir a pressão de vias aéreas
3) estabilizar os alvéolos
4) aumentar o débito cardíaco
Resposta: B
Comentário:
As repercussões da ventilação mecânica intratorácicas dependem do volume pulmonar, do gradiente de
pressão intratorácica, do tipo de pressão (positiva ou negativa) e do tempo. Durante o suporte ventilatório, a
pressão inspiratória máxima, a pressão de platô, o volume corrente, a frequência respiratória, a relação
entre a inspiração-expiração e a PEEP extrínseca ou intrínseca podem influenciar a resistência vascular
pulmonar, a pressão arterial pulmonar e a função do ventrículo direito. A PEEP pode dificultar o retorno
venoso, aumentar a pressão venosa e de vias aéreas, produzir edema, diminuir a volemia e diminuir o
débito cardíaco. A PEEP é indicada para prevenir microatelectasias e estabilizar os alvéolos.
Referências:
Mendonça MCF – Ventilação Artificial em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al – Tratado de
Anestesiologia SAESP, 6a. Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;761-778
Munechika M, Fortis EAF – Ventiladores de Pulmão, em: Manica J – Anestesiologia: Princípios e Técnicas,
3ª Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;394-419
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CE.TSA AMARELA
Resposta: E
Comentário:
Fatores determinantes para o sucesso do desmame da ventilação mecânica são a manutenção de estado
nutricional adequado, ausência de distúrbios hidroeletrolíticos e infecção ativa. O desmame pode ser
programado, considerando-se os seguintes parâmetros: força muscular dentro dos limites aceitáveis
considerando como pressão inspiratória máxima menor que 20 cmH2O, volume corrente maior que 5 mL.kg-
1
, frequência respiratória menor que 35 ipm, ausência de febre, débito cardíaco adequado e distúrbios
metabólicos significativos.
Referências:
Sawada AY, Malbouisson – Insuficiência Respiratória Aguda em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al
– Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a. Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;735-741
Munechika M, Fortis EAF – Ventiladores de Pulmão, em Manica J – Anestesiologia: Princípios e Técnicas,
3ª Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;394-419
1) propofol
2) N2O
3) succinilcolina
4) cetamina
Resposta: B
Comentário:
O propofol reduz o valor do BIS. A cetamina causa o efeito oposto, levando ao aumento do valor do BIS. O
óxido nitroso (N2O) a 70% causa ausência de resposta à voz de comando, porém o BIS não se modifica.
Os bloqueadores neuromusculares (BNM) influenciam significativamente o valor do BIS. Quando há alta
atividade eletromiográfica, a administração de BNM leva à diminuição do BIS.
Referências:
Dahaba AA – Different conditions that could result in the Bispectral index indicating an incorrect hypnotic
state. Anesth Analg 2005;101: 765-773
Keifer JC, Borel CO – Intraoperative Neurologic Monitoring, em, Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et
al. - Anesthesiology, 1st Ed, New York, Mc Graw Hill, 2008: 598-618
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CE.TSA AMARELA
Resposta: E
Comentário:
Nas terminações nervosas das fibras Aδ e C estão localizados os nociceptores que são capazes de traduzir
os estímulos agressivos de natureza térmica, química ou mecânica em estímulo nervoso, dando início ao
processo da dor. As fibras C terminam na lâmina II do corno posterior da medula espinhal, de onde partem
feixes ascendentes, principalmente, o neoespinotalâmico e o paleoespinotalâmico.
Referências:
Rocha APC, Kraychete DC, Lemônica L et al. – Dor: Aspectos atuais da sensibilização periférica e central.
Rev Bras Anestesiol, 2007;57: 94-105
Lemônica L, Carvalho WA -. Fisiopatologia da Dor e Mecanismos de Analgesia, em: Cangiani LM, Posso
IP, Potério GM et al - Tratado de Anestesiologia SAESP. 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;379-416
1) serotonina
2) substância P
3) fator de necrose tumoral
4) prostaglandinas
Resposta: E
Comentário:
Os nociceptores são sensibilizados pela ação de substâncias químicas, denominadas algiogênicas,
presentes no ambiente tissular: acetilcolina, bradicinina, histamina, serotonina, leucotrieno, substância P,
fator de ativação plaquetária, radicais ácidos, íons potássio, prostaglandinas, tromboxana, interleucinas,
fator de necrose tumoral (TNFα), fator de crescimento nervoso (NGF) e monofosfato cíclico de adenosina
(AMPc).
Referências:
Rocha APC, Kraychete DC, Lemônica L et al. – Dor: Aspectos atuais da sensibilização periférica e central.
Rev Bras Anestesiol, 2007;57: 94-105
Lemônica L, Carvalho WA -. Fisiopatologia da Dor e Mecanismos de Analgesia, em: Cangiani LM, Posso IP,
Potério GM et al - Tratado de Anestesiologia SAESP. 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;379-416
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CE.TSA AMARELA
96 - Paciente de 40 anos, diabética tipo II, ex-obesa, que será submetida à paniculectomia abdominal
e de membros inferiores. História de perda de 50kg de peso após gastroplastia com banda. No
preparo pré-operatório deve-se:
Resposta - A
Comentário:
A cirurgia bariátrica provoca grandes alterações no trato gastrointestinal, mas, nesses pacientes, não há
indicação de prolongamento do tempo de jejum. O uso de gastrocinéticos, como a metoclopramida,
associada a bloqueador da bomba de prótons uma hora antes da cirurgia, pode ser benéfico. O risco de
aspiração pulmonar é considerável em pacientes diabéticos que têm grau avançado de neuropatia. Nesses
pacientes, independentemente da cirurgia bariátrica que tenha sido realizada, é frequente a ocorrência de
conteúdo gástrico residual com partículas sólidas. Os efeitos da drástica perda de peso na regressão do
estado de hipercopagulabilidade, presente nos obesos mórbidos, e, portanto, na diminuição do risco de
fenômenos tromboembólicos ainda não são estabelecidos. Recomenda-se que, durante cirurgias em
pacientes pós-bariátricos, sejam cumpridos os mesmos esquemas de profilaxia de tromboembolismo
adotados na cirurgia bariátrica.
Referências:
Kocian R, Spahn DR - Bronchial aspiration in patients after weight loss due to gastric banding. Anesth Analg,
2005; 100:1856-1857
Romaneck RM, Posso IP, Awade R, et al - Abordagem Anestesiológica de Paciente Submetido à Cirurgia
Bariátrica: Implicações Clínicas no Período Pós-operatório Tardio, em: Ferez D, Vane LA, Posso IP, et al.-
Anestesia para Pacientes com Obesidade Mórbida. Série Atualização em Anestesiologia – Volume X. São
Paulo, Atheneu, 2005;13-19
Resposta: B
Comentário:
Os fatores de risco de IRA relacionados ao contraste incluem: volume injetado > 140mL, hiperosmolalidade
do contraste, hipovolemia, alteração pré-existente da função renal (creatinina > 1,5mg.dL), diabete, idade >
70 anos, uso concomitante de fármacos que podem alterar a função renal, como inibidores da ECA e
AINES. Nos casos de cretinina sérica maior que 2,5mg.dL-1, ou quando se prevê a necessidade de grandes
volumes de contraste, como medida de profilaxia da IRA, é indicado o uso profilático de hidratação por via
venosa, de N-acetilcisteina e de bicarbonato de sódio (solução 154mEq.L-1) no pré-operatório (dose inicial
3ml.kg.-1 uma hora antes da administração do contraste, seguida de 1mL.kg.-1 que deve ser mantida nas
seis horas subsequentes ao procedimento.
Referências:
Avancini J Nani RS – Anestesia para cirurgia Cardiovascular, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et
al. - Tratado de Anestesiologia. SAESP. 6a ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1561-1577
Souter KJ – Anesthesia Provided at Alternates Sites, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK– Clinical
Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;1331-1344
50
CE.TSA AMARELA
98 - Em relação aos efeitos tóxicos dos anestésicos locais, pode-se afirmar que:
1) são desencadeados por níveis plasmáticos maiores no sistema cardiovascular (SCV) do que no sistema
nervoso central (SNC),
2) ocorrem com a mesma dose para todos os agentes
3) manifestam-se por encurtamento do intervalo P-R
4) causam depressão do nó sinoatrial
Resposta: D
Comentário:
Os níveis plasmáticos necessários para desencadear sinais de toxicidade no SNC são menores que os
responsáveis pelo colapso circulatório. Anestésicos locais muito potentes, com alta lipossolubilidade e
afinidade proteica são mais cardiotóxicos. No coração, o anestésico local pode deprimir mais
acentuadamente a fase rápida da despolarização, com aumento do intervalo P-R e alargamento do
complexo QRS, podendo envolver depressão do nó sinoatrial (concentrações extremamente elevadas de
AL deprimem a atividade de marca-passo do nó SA).
Referências:
Carneiro AF, Carvalho JCA – Anestésicos Locais, em: Manica JT – Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª
Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004; 661-671
Pereira RIC – Farmacologia dos Anestésicos Locais, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. –
Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 1141-1148
Resposta: C
Comentário:
A angiotensina II promove liberação de aldosterona, que aumenta a reabsorção de sódio no túbulo distal,
causa vasoconstrição e aumento da liberação de ADH, levando à retenção de água.
Referências:
Stoelting RK, Hiller SC – Kidneys, em: Stoelting RK, Hiller SC – Pharmacology & Physiology in Anesthetic
Pratice, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 817-830
Slulitel A – Vasopressores, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia
SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 655-666
51
CE.TSA AMARELA
1) pneumomediastino
2) pneumotórax
3) ruptura peritoneal
4) otorragia
Resposta: E
Comentário:
O movimento de gás durante a instalação do pneumoperitônio pode produzir pneumomediastino,
pneumotórax uni ou bilateral e pneumopericárdio. Pneumoperitônio e posição de cefalodeclive prolongados
são responsabilizados por otorragia, que parece ser devida ao aumento da pressão venosa do ouvido. São
descritas lesões, como ruptura peritoneal, perfuração do trato gastrintestinal por introdução da agulha de
Veress ou do trocater na parede abdominal, antes da inserção do laparoscópio.
Referências:
Posso IP, Junior CL, Miranda MM, Carvalho M – Anestesia para Cirurgia Videolaparoscópica, em: Cangiani
LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;
1579-1594
Mendes FF – Anestesia em Cirurgia Videolaparoscópica, em: Manica JT – Anestesiologia: Princípios e
Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004; 1120-1128
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CE.TSA AMARELA
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07 57
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5) O caderno de questões possui 100 ( cem ) questões agrupadas segundo dois tipos: S ( simples ) e M
( escolha múltipla ), cada qual precedido de instruções detalhadas. Leia as orientações sobre cada
tipo de questão antes de respondê-las. Todas admitem apenas uma opção correta ( A, B, C, D ou E ).
6) Assinale no cartão de respostas apenas uma opção para cada resposta. Questões com mais de uma
resposta assinalada, marcada incorretamente ou com rasuras não serão consideradas.
7) Não dobre, amasse ou rasgue seu cartão de respostas.
8) Não existem cartões de resposta reserva.
9) O candidato poderá usar o caderno questionário como rascunho, o qual deverá ser devolvido à saída,
junto com o cartão de respostas.
10) Somente serão permitidas perguntas referentes a possíveis erros gráficos e essas dúvidas deverão
ser dirigidas aos supervisores da prova. Evite perguntas sobre o conteúdo das questões.
11) A prova terá duração de quatro horas. Para aprovação, é necessário responder corretamente a 60%
das questões.
12) É proibido fumar na sala da prova, assim como utilizar telefones celulares, pagers e agendas
eletrônicas.
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