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trombo X êmbolo
trombo: coágulo formado, fixo
êmbolo: pedaço do trombo que se solta e vai para outro lugar em que a artéria seja menor
que o calibre do êmbolo até entupir
AVE isquêmico
→ trombose
obstrução local de uma artéria
principal causa: aterosclerose (deposição de placa de gordura)
→ embolia
-êmbolo originado em outro lugar
-trombo originado do coração esquerdo para chegar até a cabeça ou na aorta (AVC
cardioembólico), pois se viesse de outro lugar ia ter que passar pelos minúsculos capilares
pulmonares para chegar até o coração esquerdo (se conseguir passar pelos capilares, o
êmbolo é insignificante)
-fatores de risco: arritmia, válvulas artificiais (cirurgia de troca valvar), endocardite, infarto
prévio, insuficiência cardíaca
→ hipoperfusão
-problema circulatório sistêmico
OBS: AVC isquêmico mesentérico → trombo no coração ou aorta, sobe pela carótida e chega no
cérebro ou desce pela aorta e chega nos ramos mesentéricos da aorta (tronco celíaco ou artérias
mesentéricas)
→ incomum
AVEi trombótico
-sintomas podem não ser máximos no início, pois o trombo é formado lentamente
(“flutuantes”/ escalonados)
*Grandes vasos:
-extra cranianos: carótidas comum e interna, artérias vertebrais
-intracerebrais: polígono de Willis e ramos proximais
→ causas:
aterosclerose→ causa + comum
vasoconstrição
dissecção
vasculites
displasia fibromuscular
*Pequenos vasos:
-sistema arterial intracerebral
→ causas:
lipo hialinose (depósito lipídico hialino causado por HAS/ degeneração arterial que acaba expondo o
material pró-trombótico subendotelial) → causa + comum
-ateromatose (acúmulo de gordura e cálcio nas artérias) + HAS → fatores de risco
AVEi embólico
-origem + comum: coração/ aorta; também pode vir de outras artérias existentes entre o
coração e a cabeça (embolia arterio arterial, ex: carótida); outros lugares: há uma
comunicação patológica entre o lado direito e esquerdo do coração por onde o êmbolo
passa e consegue chegar na cabeça
-fonte desconhecida: identifica o êmbolo mas não sabe de onde veio, onde está o trombo
- sintomas geralmente máximos no início
AVEi por hipoperfusão
-redução global do fluxo sanguíneo
ex: falência cardíaca, TEP, sangramento, etc
-consequência/ secundário à algum acontecimento
-sintomas neurológicos geralmente difusos (todas as áreas do SNC com hipoperfusão)
-outras evidências clínicas da hipoperfusão
-não há trombo nesse caso, não há pressão para manter a perfusão cerebral
AVE Hemorrágico
Hemorragia intracerebral
-sangramento no parênquima
-arteríolas ou pequenas artérias
-grave nas primeiras horas: o sangramento contínuo forma um hematoma → lesão com efeito de
massa (aumento da pressão cerebral → herniação cerebral= saída de sangue pelos forames)
-fatores de risco: HAS (principal causa), trauma, diátese hemorrágica, drogas,
malformações
Hemorragia subaracnóidea
-sangramento no espaço subaracnóideo
-causas: ruptura de aneurismas, mal formações
PPC (pressão de perfusão cerebral) = PAM (pressão arterial média) - PIC (pressão
intracraniana)
AVEh intracerebral
-sintomas iniciais provenientes da área que contém o hematoma (sintomas focais)
-piora progressiva e contínua dos sintomas com o aumento do hematoma
-pode ocorrer isquemia secundária (vaso rompido, não chega sangue para a “próxima” área
que o sangue ia chegar pelo vaso + edema devido ao hematoma)
-progressão para Hipertensão intracerebral (HIC): cefaléias, vômitos, redução de nível de
consciência
-No avc isquêmico, o conjunto de sinais e sintomas apresentados são de acordo com a
área/ artéria afetada (no hemorrágico, o hematoma pode crescer e aumentar o limite da
área afetada)
Abordagem inicial
-avaliação neurológica imediata (menos de 25 min)
história e exame físico
rever início do quadro (descobrir o ictus/ janela de 4:30h para trombólise)
exame neurológico: nível de consciência (escala de coma de Glasgow) e nível de gravidade
do AVC (escala NIHSS)
TC/ RM de crânio urgente sem contraste (Isquemia não aparece imediatamente no exame.
Objetivo do exame é descobrir se é hemorrágico -sangue aparece branco na TC)
raio x lateral de coluna cervical (em caso de coma/ trauma)
Objetivos principais
garantir estabilidade clínica do paciente: vias aéreas, respiração (padrão/ ritmo respiratório),
circulação
reverter rapidamente fatores de piora
descobrir se é isquemico ou hemorragico → identificar se há indicação de trombólise ou
trombectomia (apenas indicado nas primeiras horas de um AVC de grandes vasos da circulação
anterior)
depois de tratar e estabilizar o paciente: diagnóstico fisiopatológico específico
outros critérios:
hematológicos -plaquetopenia (<100.000), RNI>1,7, TP>15 seg, TTPa>40 seg, doses de
heparina nas últimas 24h (apenas esperar resultado do exame se houver indicações no
exame físico que o paciente está com plaquetopenia)
imagem -evidência de hemorragia, áreas extensas de hipodensidade/ isquemia óbvia
compatível com lesão irreversível
*Sinais vitais
→ pressão arterial
habitualmente muito elevada
resposta compensatória ao aumento da PIC
os dois tipos de AVC aumentam a PIC (o corpo aumenta a PA para manter a pressão de
perfusão cerebral)
ppc=pam-pic
cuidado ao baixar a PA: aumento da PIC, diminui a PPC = aumento da área de isquemia; a PA
aumenta de forma compensatória → no avc isquêmico
obs: paralisia central está relacionado ao AVC, paralisia periférica não (acometimento da
paralisia facial)
→ testes iniciais
urgente: satO2, HGT (glicemia capilar), TC/RM
imediato: ECG, hemograma, troponina (enzimas cardíacas), coagulograma
não devem atrasar a imagem
não devem atrasar a trombólise (a menos que haja suspeito)
→ manejo inicial
O2 se necessário
dieta zero
hidratação: individualizado (solução salina isotônica). Evitar desidratação, água livre e
solução com glicose.
glicemia: evitar hipo, tolerar hiper (manter <180)
cabeceira a 30 graus
temperatura: investigar causa de febre e manter normotermia
encaminhar para unidade especializada
-hemorragia intraparenquimatosa
reverter anticoagulação
controle da PIC (cabeceira elevada, sedação leve, evitar hidratação com fluidos hipotônicos → evitar
a HIC)
tratamento de HIC (--> caso ocorra efetivamente: solução hipertônica ou manitol, drenagem,
sedação profunda, hiperventilação)
tratamento definitivo: cirurgia (remoção do hematoma e clipagem do aneurisma)
-hemorragia subaracnóidea
a medida mais importantena fase aguda é prevenção de novo sangramento por correção de
aneurisma
controle da PA (manter euvolemia)
preveir vasoespasmo (nimodipino 60mg 4/4)
prevenir isquemia
reversão de anticoagulação
em vários casos, cirurgia para drenagem do sangramento