Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

GABRIELA MACALOSSI
LAURA DE OLIVEIRA D’AMICO
MARIA EDUARDA FORTUNA
MARIAH BRIXNER NUNES

ATIVIDADES DE GENÉTICA
GENÉTICA CLÍNICA
Profa. Raquel Balestrin
A relação entre o sedentarismo a má alimentação e o câncer

Caxias do Sul - RS
Novembro de 2019
ATIVIDADE 1:
OBESIDADE X CÂNCER

A formação do câncer se dá primeiramente por modificações genéticas


adquiridas por fatores externos e não como uma doença genética passada de
geração a geração.

O sedentarismo se apresenta responsável por alguns tipos de cânceres, até


mesmo em pessoas com peso corporal adequado. Segundo pesquisa realizada pelo
Ministério da Saúde estima‑se, que o estilo de vida sedentário esteja associado a
pelo menos 5% das mortes por câncer1. Ademais, a atividade física regular está
associada a um risco diminuído para cânceres como de fígado, cólon, pâncreas,
mama e estômago. Além disso, a atividade física pode oferecer proteção adicional
contra o câncer de mama em determinados períodos da vida, como adolescência. A
atividade física tem também efeitos variados na prevenção do câncer, pois combate
o sedentarismo diretamente, além de ajudar no controle do peso corporal, aumentar
o bem‑estar dando mais disposição para o trabalho ou outras atividades.

Uma alimentação adequada, variada e sem ingestão excessiva, pode


contribuir para uma saúde equilibrada. O único tumor que apresenta relação positiva
e direta com a ingestão de gordura é o câncer de próstata, portanto presente na
população masculina. Soma-se a isso a ingestão frequente de carne vermelha,
incluindo carne bovina, carne de porco, vitela e cordeiro, que está comprovadamente
associada com risco aumentado de câncer de cólon e reto em homens e mulheres.
Ademais, as carnes processadas, como linguiças, salsichas, bacon, também
aumentam o risco de câncer. Portanto, pessoas que consomem grande quantidade
de carne vermelha e baixa quantidade de carnes brancas, apresentam um risco de
até 50% mais chance de desenvolver câncer. Assim, aconselha-se incluir na dieta
alimentar, como forma de prevenção, mais carnes brancas — como de peixes e
aves — evitando as carnes vermelhas1.

No que tange o câncer de mama, no Brasil, 12% das mortes foram


relacionadas ao sedentarismo. Segundo artigo publicado pela revista Nature, uma
em cada 10 mulheres vítimas do câncer de mama poderiam ter a vida poupada se
praticassem atividade física regularmente. Tendo em vista que a atividade física
influencia diretamente no metabolismo de alguns hormônios. Um dos fatores que
causam o câncer de mama é o excesso de hormônios sexuais circulantes,
principalmente o estrogênio, que pode levar à formação de mutações e
carcinogênese, estimulando a produção de radicais livres que exibem
genotoxicidade. A atividade física diminui o estradiol e aumenta a globulina de
ligação a hormônios sexuais, que é uma glicoproteína plasmática de ligação a
esteroides cuja principal função é reduzir a quantidade de estradiol. Assim, o
exercício físico causa uma redução na quantidade circulante de biomarcadores pró-
inflamatórios e aumenta a quantidade circulante de substâncias anti-inflamatórias3.

O consumo regular de grandes quantidades de frutas e vegetais, incluindo


alimentos à base de soja, ajuda a prevenir alguns tipos de câncer. Os alimentos
orgânicos são mais saudáveis por serem criados sem adição de pesticidas,
hormônios, antibióticos ou qualquer outra substância não natural, ficando como a
melhor opção para a nossa dieta alimentar. Por outro lado, sabemos que o uso
indiscriminado pelos agricultores de produtos químicos provoca alteração nos
alimentos e por efeito cumulativo causam diversos tipos de cânceres, principalmente
os relacionados com o sistema digestivo. Todavia, apesar de toda base teórica,
ainda não está comprovado que alimentos orgânicos diminuam a incidência de
câncer. A alimentação saudável pode diminuir o risco de uma pessoa desenvolver o
câncer. No entanto, farelo de trigo, rico em vitamina B6, pode reduzir o risco de
câncer de pulmão pela metade e o azeite de oliva e suplementos de óleo de peixe
protegem contra o câncer de mama1.

Alguns compostos denominados agentes quimio-preventivos, exercem uma


ação protetora específica contra o desenvolvimento do câncer, muitos desses
compostos químicos podem ser sintetizados em laboratórios, entretanto, a maioria
deles encontram-se prontamente disponível nos alimentos. Segundo os autores do
artigo, são exemplos de agentes quimio-preventivos as isoflavonas, que podem ser
encontradas na soja, o licopeno no tomate, a quercetina na maçã, o resveratrol na
uva, as antocianinas nas frutas vermelhas como a cereja, framboesa, amora, entre
outros. Esses alimentos denominados antioxidantes são responsáveis pela
prevenção das lesões causadas pelas espécies reativas e oxigênio (ERO‘S). A
produção excessiva de ERO’S, causa para o organismo o que se denomina estresse
oxidativo, estresse este que são produzidos continuamente durante os processos
metabólicos. Esse desgaste pode conduzir a diversas formas de danos celulares, e
sua cronicidade pode estar envolvida com a etiogênese ou o desenvolvimento de
numerosas doenças. Estudos afirmam que o estresse oxidativo, está relacionado ao
envelhecimento, atividade física intensa, apoptose, câncer, diabetes mellitus e
aterosclerose2.

REFERÊNCIAS
1
PRADO, Bernardete Bisi Franklin do. Influência dos hábitos de vida no
desenvolvimento do câncer. Cienc. Cult. [online]. 2014, vol.66, n.1 [cited 2019-11-
19], pp.21-24.
2
MUNHOZ, Mariane Pravato; OLIVEIRA Joselaine de; GONÇALVES, Rodrigo
Detone; ZAMBON, Thiago Barbosa; OLIVEIRA Luis Carlos Nobre de. Efeito do
exercício físico e da nutrição na prevenção do câncer. Revista Odontológica de
Araçatuba, v.37, n.2, p. 09-16, Maio/Agosto, 2016.
3
Silva, DAS, Tremblay, MS, Souza, MdFMd et al. Mortalidade e anos de vida
perdidos por câncer de mama atribuíveis à inatividade física na população feminina
brasileira (1990–2015).

Você também pode gostar