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CENTRO METROPOLITANO DE ENSINO – CEMETRO

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

CLEIMARA DA COSTA ENCARNAÇÃO


ERICA DA SILVA LIMA
ADRIELE VITORIANO BRASILINO
OTAIR JOSÉ LIMA PRAIA
CLEITON FERREIRA DA SILVA

MANACAPURU – AM
MAIO DE 2023
CENTRO METROPOLITANO DE ENSINO – CEMETRO
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Trabalho apresentado para obtenção de nota


do Curso Técnico em Enfermagem, turma
_______________, turno: _____________,
ministrado pela professora Sheila.

CLEIMARA DA COSTA ENCARNAÇÃO


ERICA DA SILVA LIMA
ADRIELE VITORIANO BRASILINO
OTAIR JOSÉ LIMA PRAIA
CLEITON FERREIRA DA SILVA

MANACAPURU-AM
ABRIL DE 2023
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................5
2. CONCEITO.........................................................................................................................5
3. SINAIS E SINTOMAS .......................................................................................................5
4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO ...........................................................................................6
5. FORMAS DE DIAGNÓSTICO .........................................................................................7
6. CUIDADOS DA ENFERMAGEM ....................................................................................9
7. ORIENTAÇÕES.................................................................................................................9
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................11
RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de abordar e introduzir de forma sucinta um

assunto importante para a saúde, principalmente para mulheres que pretendem

engravidar, de forma a ter algumas cautelas. Vamos neste trabalho, falar sobre

a Rubéola na gestação, qual o conceito, diagnóstico, tratamento, prevenção,

cuidados da enfermagem, entre outros pontos, de maneira que possamos

adquirir informação e aprendizado sobre o assunto. E para que possamos

também como Técnicos em Enfermagem, auxiliar pessoas que apresentem

este tipo de problema de saúde nas clinicas e hospitais.


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1. INTRODUÇÃO
Apesar de a rubeola ser, praticamente, uma doença de extrema benignidade,
sendo quase que nula a letalidade, se reveste de caráter preocupante quando
acomete a gestante no primeiro trimestre da gravidez, podendo acarretar
malformações congênitas no concepto numa proporção bastante elevada. O
objetivo do nosso trabalho, É alertar principalmente os obstetras para as
intercorrencias da rubéola durante o período gestacional, através de revisão
bibliográfica, enfocando os seus principais aspectos.

2. CONCEITO
A rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, que é transmitida
pelo vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae. A doença também é
conhecida como “Sarampo Alemão”.

No campo das doenças infecto-contagiosas, a importância epidemiológica da


Rubéola está representada pela ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita
(SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a
gestação.

A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações para a


mãe, como aborto e natimorto (feto expulso morto) e para os recém-nascidos,
como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões
oculares e outras).

3. SINAIS E SINTOMAS
Após um período de incubação, que varia de duas a três semanas, a doença
mostra seus primeiros sinais característicos: febre baixa, surgimento de gânglios
linfáticos e de manchas rosadas, que se espalham primeiro pelo rosto e depois
pelo resto do corpo. A rubéola é comumente confundida com outras doenças,
pois sintomas como dores de garganta e de cabeça são comuns a outras
infecções, dificultando seu diagnóstico. Apesar de não ser grave, a rubéola é
particularmente perigosa na forma congênita. Neste caso, pode deixar seqüelas
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irreversíveis no feto como: glaucoma, catarata, malformação cardíaca, retardo


no crescimento, surdez e outras.
Os sintomas podem demorar até 23 dias para aparecer, mas a transmissão
do vírus pode acontecer 7 dias antes do aparecimento dos sintomas até 7 dias
após o aparecimento das manchas vermelhas na pele.
Assim que forem notados sinais e sintomas possivelmente indicativos de
rubéola, é importante que a mulher consulte o ginecologista para que sejam
feitos exames para saber se existe infecção pelo vírus da rubéola e, assim, ser
possível realizar o acompanhamento adequado para prevenir complicações para
a mulher e para o bebê.

4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO
A imunidade é adquirida pela infecção natural ou por vacinação, sendo
duradoura após infecção natural e permanecendo por quase toda a vida após
a vacinação. Filhos de mães imunes geralmente permanecem protegidos por
anticorpos maternos em torno de seis a nove meses após o nascimento. Para
diminuir a circulação do vírus da Rubéola, a vacinação é essencial. As crianças
devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo e
caxumba (tríplice viral): a primeira, com um ano de idade; a segunda dose, entre
quatro e seis anos. Todos os adolescentes e adultos (homens e mulheres)
também precisam tomar a vacina tríplice viral ou a vacina dupla viral (contra
sarampo e rubéola), especialmente mulheres que não tiveram contato com a
doença. Gestantes não podem ser vacinadas. As mulheres em idade fértil devem
evitar a gestação por 30 dias após a vacinação. No caso de infecção,
recomenda-se que a pessoa com rubéola (criança ou adulto) fique afastada de
quem não contraiu a doença.

A prevenção da rubéola é feita por meio da vacinação. A vacina está


disponível nos postos de saúde para crianças a partir de 12 meses de idade. A
vacina tríplice viral (Sarampo, Rubéola e Caxumba) foi implantada
gradativamente entre os anos de 1992 até o ano 2000.
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5. FORMAS DE DIAGNÓSTICO
Para o diagnóstico da rubéola são feitos exames laboratoriais, disponíveis na
rede pública em todos os estados, para confirmação ou descarte de casos,
como titulação de anticorpos IgM e IgG para rubéola.
Existem muitas doenças que se manifestam semelhantes à rubéola. As mais
importantes são: sarampo, Exantema Súbito (Roséola Infantum), dengue,
Enteroviroses, Eritema Infeccioso (Parvovírus B19) e Ricketioses.
Na situação atual de eliminação da rubéola, identificar precocemente um
caso suspeito e realizar as ações de vigilância de forma adequada com uma
correta investigação epidemiológica, a realização do diagnóstico diferencial é
muito importante para classificar adequadamente qualquer caso suspeito.
Clínico, laboratorial e epidemiológico. A leucopenia é um achado freqüente.
O diagnóstico laboratorial é realizado por meio da sorologia para detecção de
anticorpos IgM específicos para rubéola, desde o início até o 28º dia após o
exantema. A sua presença indica infecção recente. A detecção de anticorpos
IgG ocorre, geralmente, após o desaparecimento do exantema, alcançando pico
máximo entre 10 e 20 dias, permanecendo detectáveis por toda a vida. São
utilizadas as seguintes técnicas: inibição da hemaglutinação, que apesar do
baixo custo e simples execução, seu uso vem sendo substituído por outras
técnicas mais sensíveis, como aglutinação do látex, imunofluorescência,
hemaglutinação passiva, ensaio imunoenzimático (ELISA). Os laboratórios de
referência para o diagnóstico da rubéola, realizam de rotina, somente a pesquisa
de anticorpos IgM, pelo método ELISA, no caso de rubéola pós-natal. Coletar
uma amostra de sangue no primeiro contato com o caso suspeito. As amostras
de sangue coletadas após 28 dias são consideradas tardias, mas mesmo assim,
devem ser aproveitadas e encaminhadas ao laboratório de referência estadual
para a realização da pesquisa de IgM. É importante ressaltar que resultados não
reagentes para IgM não descartam a possibilidade de infecção recente pelo vírus
da rubéola.
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Não existem indicações para solicitar e realizar exame de rotina no pré-natal


para rubéola em gestantes. Caso seja necessário ser feito o exame e a gestante
além de ser assintomática, não tenha história de contato prévio com alguma
doença exantemática e não apresente registro da vacina na carteira de
vacinação, deverá ser realizada a pesquisa de IgG que sendo negativa orienta
vacinação pós-natal e sendo positiva indica imunidade. O material a ser colhido
é o sangue venoso sem anticoagulante na quantidade de 5 a 10 ml. Quando se
tratar de criança muito pequena e não for possível coletar o volume estabelecido,
obter no mínimo 3 ml. Após a separação do soro, conservar o tubo em
refrigerador a 4º- 8ºC, por no máximo 48 hs. O tubo deve ser acondicionado em
embalagem térmica ou caixa de isopor com gelo ou gelox e enviado ao
laboratório num prazo máximo de 2 dias.
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Caso não possa ser enviado neste período conservar a amostra no freezer a -
20ºC até o momento do envio ao laboratório que deverá ser num prazo máximo
de 5 dias. Para o isolamento viral a secreção nasofaríngea é o melhor material.
Deve ser coletada através de uma sonda nasofaríngea por aspiração à vácuo
após instilação nasal de 3 a 5 ml de solução salina.

O swab também pode ser usado. Devem ser realizadas tres amostras, uma
amostra em cada narina e uma da garganta friccionando para obter células de
mucosa, uma vez que o vírus está estreitamente associado as células. Colocar
os 3 swab em um tubo contendo meio de transporte fornecido pelo laboratório.
Este tubo pode ser conservado em geladeira por 24-48 hs. Não podem ser
congelados. Enviar em gelo recicláveis ao Lacen estadual. No Lacen colocar a
SNF em freezer -70ºC. Encaminhar a amostra ao LRN - Fiocruz em gelo seco.

6. CUIDADOS DA ENFERMAGEM
As indicações para recuperação do bem-estar do paciente envolve o
repouso, alimentação adequada – conforme orientação do nutricionista,
hidratação, uso de antitérmicos e analgésicos para febre e cefaléia, uso de
antibiótico em caso de complicações e limpeza das pálpebras com água morna
para remover secreções.

7. ORIENTAÇÕES
A vacinação é a única maneira de prevenir a Síndrome da Rubéola
Congênita. O esquema vacinal vigente é de uma dose da vacina tríplice viral aos
12 meses de idade e a segunda dose aos quatro anos de idade. Caso a mulher
chegue à idade fértil sem ter sido previamente vacinada, deverá receber uma
dose da vacina tríplice viral.

Diferentes estratégias de vacinação contra a Rubéola têm sido adotadas para


prevenção da SRC. A vacinação de mulheres em idade fértil tem efeito direto na
prevenção, ao reduzir a susceptibilidade entre gestantes, sem que ocorra a
eliminação do vírus na comunidade.

A vacinação de rotina na infância tem impacto, a longo prazo, na prevenção


da doença, pois ela interrompe a transmissão do vírus entre as crianças, o que
reduz o risco de exposição de gestantes susceptíveis. Além disso, reduz a
susceptibilidade nas futuras mulheres em idade fértil.
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A incidência da Síndrome da Rubéola Congênita depende, portanto, do


número de suscetíveis, da circulação do vírus na comunidade e do uso de vacina
específica.

As mulheres grávidas não devem receber a vacina contra a Rubéola. Elas


devem esperar para serem vacinadas após o parto.

Caso esteja planejando engravidar, assegure-se que você está protegido


contra a Rubéola. Um exame de sangue pode dizer se você já está imune à
doença. Se não estiver, deve ser vacinada antes da gravidez. Espere pelo menos
quatro semanas antes de engravidar.
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REFERÊNCIAS
FEBRASGO. Rubéola na gestação. 2018. Disponível em:
<https://sogirgs.org.br/area-do-associado/rubeola-na-gestacao.pdf>. Acesso
em 21 de maio de 2023.

ORGANIZAÇÃO PAN AMERICANA DE SAÚDE. Semi-árido livre da Rubéola.


Disponível em:
<https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=download&ali
as=731-semi-arido-livre-da-rubeola-1&category_slug=malaria-
972&Itemid=965>. Acesso em 21 de maio de 2023.

MINISTÉRIO DA SAÚDE DO PARANÁ. Rubéola e síndrome da rubéola


congênita. 2020. Disponível em:
<https://www.saude.pr.gov.br/print/pdf/node/413>. Acesso em 21 de maio de
2023.

COMISSÃO DE SAÚDE PÚBLICA DE BOSTON. Rubéola. 2015. Disponível


em: <https://www.bphc.org/whatwedo/infectious-diseases/Infectious-Diseases-
A-to-Z/Documents/Fact%20Sheet%20Languages/Rubella/Portuguese.pdf>.
Acesso em 21 de maio de 2023.

SECRETARIA DE SAÚDE DO PARANÁ. Rubéola e Sindrome da Rubéola


Congênita. 2022. Disponível em:
<https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Rubeola-e-sindrome-da-rubeola-
congenita#:~:text=A%20infecção%20por%20rubéola%20na,%2C%20lesões%2
0oculares%20e%20outras).>. Acesso em: 21 de maio de 2023.
FIOCRUZ. Rubéola: Sintomas, transmissão e prevenção. 23 de fevereiro de
2022. Disponível em: <https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/rubeola-
sintomas-transmissao-e-prevencao>. Acesso em: 22 de maio de 2023.

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