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INTRODUÇÃO
A rubéola é uma doença viral, caracterizada como autolimitada e benigna. Conhecida por
afetar preferencialmente crianças e adultos jovens, é comum em comunidades urbanas, e os
sintomas clínicos se manifestam como erupção cutânea aguda, febre, linfadenopatia e, em
alguns casos, artropatia ou assintomática em 25% a 50% dos pacientes. O fator mais
preocupante associado ao vírus da rubéola ocorre quando as gestantes são infectadas, devido
à capacidade do vírus de atravessar a barreira placentária para causar a infecção, podendo
produzir a síndrome da rubéola congênita (SRC), causando os seguintes casos como
malformações anatômicas e neurológicas e até morte fetal. Nesse caso, a rubéola teria pouco
significado se não fosse a possibilidade de infecção materna no primeiro trimestre e os efeitos
teratogênicos do vírus devido ao desenvolvimento da SRC.
FISIOPATOLOGIA
O vírus da rubéola, por meio de glicoproteínas presentes em seu envelope, consegue se ligar
às células epiteliais das vias aéreas do hospedeiro, libera seu capsídeo no citoplasma por um
curto período de tempo, inicia a tradução de seu material genético, replicação viral e posterior
viremia. Dependendo da idade gestacional, a transmissão do vírus para o feto pode ocorrer.
Quando a infecção ocorre no primeiro trimestre da gravidez, pode causar vasculite sistêmica
no feto, resultando em morbidade grave. As formas pós-parto são geralmente benignas,
enquanto as formas congênitas e crônicas são mais graves. A SRC pode afetar qualquer
estrutura de um organismo de diferentes maneiras, sendo os órgãos mais afetados o coração,
os olhos e os aparelhos auditivos. Em geral, a causa mais comum de apresentação da doença
é a surdez, que ocorre na maioria dos casos.
SINAIS E SINTOMAS
DIAGNÓSTICO
A rubéola é uma doença menos grave que muitas vezes apresenta sintomas inespecíficos que
podem ser facilmente confundidos com doenças causadas por outros patógenos. Por esse
motivo, o diagnóstico clínico é difícil e requer correlação com dados epidemiológicos e
laboratoriais. Nesse caso, em um período de cinco a dez dias, pode haver febre baixa,
linfonodos inchados no pescoço, áreas occipitais e retroauriculares; após isso, pode se
desenvolver uma erupção cutânea puntiforme e maculopapular difusa, variando de início na
face, couro cabeludo e pescoço, depois se espalha para o tronco e extremidades. Em crianças,
a doença pode ser assintomática, enquanto em adolescentes e adultos pode haver uma fase
prodrômica que inclui febre baixa, cefaléia, artralgia, mialgia, conjuntivite, tosse, rinite e
leucopenia. O diagnóstico laboratorial pode ser realizado por testes sorológicos ou isolamento
do vírus, sendo a primeira técnica a mais viável e também comumente utilizada. O teste
sorológico baseia-se na identificação de imunoglobulinas do tipo G e M e pode ser detectado
na gestante ou no feto, mas a IgG é ineficiente no diagnóstico da SRC em neonatos porque
esse anticorpo é passado de mãe para filho. Anticorpos que impossibilita distinguir a criança
ao nascer dos anticorpos maternos transferidos durante o período intrauterino. Por outro lado,
os anticorpos IgM não atravessam a membrana placentária e desempenham um papel
importante no diagnóstico da síndrome da rubéola congênita.
TRATAMENTO
HISTÓRIA CLÍNICA
M. S. P., sexo feminino, 24 anos de idade, gestante, procedente da zona rural, deu entrada ao
HMCC. No interrogatório afirmou que está com 28 semanas de gestação, apresentou 39°C de
febre alta, acompanhada de manchas avermelhadas em todo o corpo que causam coceira,
inchaço na região do pescoço, além de secreção nasal, tosse e espirros.
HISTÓRIA PREGRESSA
A paciente relatou que os sintomas iniciaram em torno de 8 dias, diz não ter sido imunizada
contra rubéola e não fez o acompanhamento do pré-natal, informou que o marido teve
sintomas semelhantes como tosse, espirros e coriza, mas não procurou atendimento médico
por achar se tratar apenas de sintomas gripais. A gestante nega alergias e outras
comorbidades.
EXAME FÍSICO
Lúcida, hidratada, mucosas coradas, temperatura axilar de 38,5°C, eritema por todo o
corpo, gânglios aumentados próximo ao pescoço.
Diante da história clínica da paciente, além de solicitar o exame sorológico, decidiu solicitar
também os exames de pré natal que a paciente não havia realizado.
HEMOGRAMA COMPLETO
IMUNOLOGIA
Não reagente: Inferior a 7,5 UI/ml Não reagente: Inferior a 0,8 UI/ml
Indeterminável: 7,5 a 10,5 UI/ml Indeterminável: 0,8 a 1,0 UI/ml
Reagente: Superior a 10,5 UI/ml Reagente: Superior a 1,0 UI/ml
TESTE - HIV:
( ) REAGENTE (X) NÃO REAGENTE ( ) NÃO REALIZADO
TESTE - SÍFILIS
( ) REAGENTE (X) NÃO REAGENTE ( ) NÃO REALIZADO
EQU VALORES DE
REFERÊNCIA
pH 5 5,0 a 8,0
Proteína 3+ Ausente
UROCULTURA
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