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Introdução a tecnologia dos

materiais
Prof. Henrique Cezar Pavanati

Propriedades Mecânicas - Ensaios

POR QUÊ ESTUDAR?


• Permitir obtenção de informações rotineiras do produto
Ensaios de controle: condição de recebimento, e
condição do produto acabado.

• Desenvolver novas informações sobre os materiais –


no desenvolvimento de novas ligas e novos processos
de fabricação e novos tratamentos.

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Propriedades mecânicas

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Propriedades Mecânicas
 resistência à tração e compressão;
 resistência a flexão transversal;
 resistência ao impacto;
 resistência à fadiga, à fluência;
 dureza;
 plasticidade/ductilidade e tenacidade;

Cada uma dessas propriedades está


associada à habilidade do material de resistir
às forças mecânicas e/ou de transmiti-las
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ENSAIOS PARA DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES

Para determinar as propriedades de um material são realizados


ensaios específicos para a cada propriedade. O procedimento de
cada ensaio é descrito em normais técnicas nacionais e
internacionais como:
ISO – International Standard Organization;
ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas;
DIN - Deutsche Industrie Normen;
ASTM – Automotive Society for Testing Materials

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ENSAIOS PARA DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES

A geometria das amostras a serem ensaiadas


(chamados corpos de prova) e as condições técnicas
de condução de cada ensaio são descritas nas
normas técnicas.

Exemplo: Resistência à tração  é obtida através do


chamado
ensaio de tração (tensile
test).
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ENSAIO DE TRAÇÃO

Consiste na separação do material em 2


ou mais partes devido à aplicação de
uma carga estática à temperaturas
relativa-mente baixas em relação ao
ponto de fusão do material

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ENSAIO DE TRAÇÃO A0

L0

corpo de prova
estricção antes do ensaio

corpo de prova
após ensaio

Lf

Tensão de Tração  = F/A (dada em N/mm2)


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ENSAIO DE TRAÇÃO

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ENSAIO DE TRAÇÃO

Corpo de prova

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• Dúctil - a deformação plástica continua até uma redução na área
para posterior ruptura

• Frágil - não ocorre deformação plástica, requerendo menos


energia que a fratura dúctil que consome energia para o
movimento de discordâncias e imperfeições no material

O tipo de fratura que ocorre em um dado material depende


da temperatura

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Fratura frágil

Fraturas dúcteis
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ENSAIO DE TRAÇÃO

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Curva tensão x deformação

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Curva tensão x deformação para aços

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Fragilidade, Ductilidade e Tenacidade

Tensão s Tensão s Tensão s

Material cerâmico: Metal


comportamento
frágil

Metal dúctil

Deformação e Deformação e Deformação e


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ENSAIO DE DUREZA

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ENSAIO DE DUREZA

Para a engenharia de materiais e a metalurgia, dureza é a


resistência do material à deformação plástica localizada;
Q

O ensaio de dureza:
Aplica-se uma carga Q através de um
penetrador e mede-se o tamanho da
marca de deformação deixada pelo
mesmo (impressão de dureza).
Material a ser ensaiado

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ENSAIO DE DUREZA
A dureza do penetrador deve ser maior do que a da
amostra a ser ensaiada

Materiais mais duros são mais resistentes a


deformação plástica e deixam uma impressão menor

Material B com
Material A dureza maior do
19 que o material A
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a) Dureza Vickers
Penetrador: pirâmide de diamante com base quadrada, com
um ângulo de 136 graus entre as faces opostas.

Através do penetrador (pirâmide de diamante) pode se aplicar


cargas desde muito pequenas (microdurômetro Vickers, Q <
1N) até da ordem de 1500N (durômetro Vickers).

O microdurômetro Vickers serve para medir a dureza de cada


fase distinta do material, desde que a impressão de
microdureza seja menor que o tamanho de partícula da fase.

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HV = 1,8544Q/L2 [N/mm2]

Q = carga aplicada no
ensaio, isto é, ao penetrador
de diamante
L = medida da diagonal
da impressão de dureza. L

Lei de Meyer:
Para boa parte dos metais observa-se que HV~ 3 e,
onde e é a tensão de escoamento do material
A escala Vickers é muito utilizada na pesquisa porque
permite comparação dos materiais entre si, desde os de
21 dureza mais baixa (metais) até os muito duros (cerâmica)
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Microdureza em um material polifásico

microdureza
da fase A

microdureza
da fase B

microdureza
da matriz

5 m
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b) Dureza Brinell
Penetrador: esfera de aço temperado; aplica-se carga Q
através da esfera; mede-se a calota esférica.
HB = Q/Sc =Q/Dp (em N/mm2)

D = Diâmetro; Q = carga; Sc = Superfície da calota


p = profundidade da impressão (deformação plástica).

A dureza Brinell ou seja, a escala Brinell é muito


utilizada em metais de elevada a média ductilidade, isto é,
metais não muito duros
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c) Dureza Rockwell
Penetrador: Vários; o principal é um cone de
diamante. O ensaio é baseado na profundidade de
penetração subtraída da recuperação elástica. Muito
utilizado para medir a dureza de aços duros (aços
temperados ou aços temperados + revenidos)

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ENSAIO DE IMPACTO

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ENSAIO DE IMPACTO

Martelo Charpy

hi

hf

A diferença entre a altura hi e hf está correlacionada com a perda


26 da energia do martelo gasta para romper o corpo de prova.
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ENSAIO DE IMPACTO

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Corpos de prova para ensaios de impacto:

Os corpos de prova para o ensaio Charpy são retangulares com as


dimensões: h = b = 10 mm e L = 55mm.
Um entalhe é feito no meio do corpo de prova para facilitar a fratura.
Existem 3 tipos de entalhes praticados:

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ENSAIO DE IMPACTO

Energia absorvida no
ensaio de impacto (Joules)

- 30 - 20 -10 0 10 20 30 40 50 60
Temperatura do corpo de prova (0C)
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