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Ensaios de Mecânicos
Apresentação
Formação
Eng. Mecânico – Unisinos
Eng. Soldagem – SLV Mannhein
Mestre em Ciências dos Materiais – UFRGS
MBA Gestão Empresarial
Experiência
CETEMP – 13 anos
METROQUALITY – 20 anos
Contato
Email: fernando@metroquality.com.br
Whatsapp: 3052-0494
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Curso de Ensaios de Dureza
Ensaios de Mecânicos
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Curso de Ensaios de Dureza
Ensaios de Dureza
Rockwell
Brinell
Vickers
Microdureza
Escleroscópica
Portátil
Shore
IRHD
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Curso de Ensaios de Dureza
Ensaio de Dureza
Histórico
Per íodo Pesquisa dor Descr içã o
1660 BARBA Estimou a dureza das pedras preciosas, friccionando-as com uma lima.
FERCHAULT DE
1722 Baseou-se neste fato em para determinar a dureza do aço, riscando-o com minerais diferentes.
RÉAMUR
1801 HANNY Também por processo de riscagem, formou um sistema de 4 classes de durezas
Aperfeiçoou este sistema e apresentou a escala de dureza MOHS, escala de dureza crescente dos materiais desde o talco até
1822 MOHS
o diamante, que recebia o grau de 1 a 10
Avaliava a dureza de seus bronzes deixando cair de 25cm de altura um formão de ponta arredondada. Do tamanho e da
1874 OCHATIUS
profundidade da fenda deixada, tirava suas conclusões sobre a dureza do material
Seu ensaio utilizando como penetrador uma esfera e uma força conhecida, desenvolveu-se em um método simples,
1900 BRINELL
tecnicamente perfeito, e de plena confiança
1912 MARTENS Definiu a dureza como sendo a resistência de um corpo apresenta ao ser deformado por outro corpo, menos deformável.
1920 ROCKWELL Desenvolveu o sistema de pré-carga dando-lhe uma solução técnica ideal
1925 SMITH E SANDLAND Método VICKERS, que abriu posteriormente o caminho para a determinação da microdureza
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Curso de Ensaios de Dureza
Ensaio de Dureza
Conceitos Gerais
Dureza é uma propriedade mecânica bastante utilizada na
especificação de materiais, em pesquisas e na comparação de
diversos materiais. Sua determinação é realizada por métodos
apropriados e o seu valor representa o resultado da manifestação
combinada de várias propriedades inerentes do material. Por
esta razão sua conceituação é difícil e entre os conceitos mais
conhecidos destacam-se:
“Dureza é a resistência à deformação plástica permanente”, e
“Dureza de um material é a resistência que ele oferece a
penetração de um corpo duro”
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Curso de Ensaios de Dureza
Ensaio de Dureza
Dureza por Riscagem Mineral de
Referência
No.
Mohs
Exemplos
Talco 1 Chumbo
mais utilizados em minerais e pouco Polietileno
Polipropileno
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Ensaio de Dureza
Dureza de Penetração
⇒ Aplicação de uma carga na superfície da peça com um penetrador padronizado
⇒ Características da marca de impressão (área ou profundidade) e da carga aplicada
dão a medida de dureza
⇒ Pode ser feito em peças acabadas
⇒ Fornece dados quantitativos quanto a resistência à deformação superficial
⇒ Amplamente utilizado na indústria de componentes mecânicos, tratamentos
térmicos, vidros e laminados
⇒ Sofre influência: tratamentos superficiais, anisotropia, microestrutura, ambiente,
densidade de discordâncias
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Ensaio de Dureza
Análise da Impressão
Modelo de impressão segundo
Shaw e DeSalvo
Modelo de impressão idealizado por
Prandtl
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DUREZA ROCKWELL
HR
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
1o Etapa: Aproximar a
superfície do corpo de prova
do penetrador.
2o Etapa: Submeter o corpo
de prova a uma força
preliminar (pré-força)
3o Etapa: Aplicar a força
maior.
4o Etapa: retirar a força
maior e fazer a leitura do
valor indicado no mostrador
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Curso de Ensaios de Dureza
h
HR = N −
S
Penetrador de diamante:
ℎ
HR normal: HR= 100 −
0,002
Penetrador de esférico:
ℎ
HR normal: HR= 130 −
0,002
Rockwell Superficial
ℎ
HR superficial: HR= 100 −
0,002
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Curso de Ensaios de Dureza
B HRBW 882,6N (90kgf) 980,7N (100kgf) 20 a 100 HRBW Aço, ferro, bronze,
Esfera de 1,588 mm
F HRFW 98,07N (10kgf) 490,3N (50kgf) 588,4 N (60kgf) 60 a 100 HRFW latão, etc
(1/16”)
G HRGW 1,373kN (140kgf) 1,471kN (150kgf) 30 a 94 HRGW até 240 HB
E HREW 882,6N (90kgf) 980,7N (100kgf) 70 a 100 HREW Aço, ferro, bronze,
Esfera de 3,175mm
H HRHW 98,07N (10kgf) 490,3N (50kgf) 588,4 N (60kgf) 80 a 100 HRHW latão, etc
(1/8”)
K HRKW 1,373kN (140kgf) 1,471kN (150kgf) 40 a 100 HRKW até 240 HB
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
Após o teste nenhuma deformação deverá ser visível no lado oposto à penetração.
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Curso de Ensaios de Dureza
Após o teste nenhuma deformação deverá ser visível no lado oposto à penetração.
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Curso de Ensaios de Dureza
Após o teste nenhuma deformação deverá ser visível no lado oposto à penetração.
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Espessura mínima, mm 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4
Para os métodos Rockwell superficial N e T
Método Carga Espessura mínima em dureza
de
ensaio 20 30 40 50 60 70
15 N 15 0.41 0.33 0.25 0.19 0.14 0.09
30 N 30 0.69 0.58 0.47 0.36 0.26 0.17
45 N 45 0.91 0.77 0.63 0.50 0.37 0.25
Peças cementadas são ensaiadas com forças crescentes até que fique visível uma
queda evidente de dureza, em conseqüência da camada cementada, escolhendo-se
então uma força de ensaio um pouco menor.
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
Preparação de Superfície
Os ensaios deverão ser executados numa superfície
plana e lisa, livre de oxidações, materiais estranhos e
completamente livre de óleos e graxas.
Quando uma preparação de superfície for necessária,
através da remoção de material através de lixamento,
esmerilhamento, limagem, etc, deve-se tomar cuidado
de não alterar a dureza da superfície por trabalho a frio
ou a quente.
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Tempo de Penetração
Força Preliminar
– Não convém que o tempo de aplicação da força preliminar exceda a 2 s. A
duração da força preliminar de ensaio deve ser de 3+1
−2 s.
Força adicional
– Rockwell Regular em não menos que 1s e não mais que 8s.
– Rockwell Superficial em não menos que ou igual a 4s.
Força Total de ensaio
– A força deve ser mantida durante um tempo de 5+1
−3 s.
Tempo para leitura
– A leitura final deve ser feita após 4+1
−3 s.
Caso seja requerida um tempo de ensaio maior que 6s esta dever ser reportada junto
com os resultados.
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d d
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VERIFICAÇÃO DIÁRIA
Deve ser realizada em cada dia que a máquina for utilizada.
Dever ser realizada para cada escala que a máquina for utilizada.
Deve ser utilizada pelo menos um bloco .
Recomendável que o bloco de dureza selecionado seja próximo do valor a ser ensaiado.
Realizar pelo menos duas medições em cada bloco.
Calcular a tendência e a faixa de repetibilidade.
Se der fora dos valores estabelecidos verificar o penetrador, o suporte da amostra, estão em
boas condições e repetir o ensaio, se ficar fora submeter a calibração.
ഥ − 𝑯𝑪𝑹𝑴
TENDÊNCIA 𝒃 = 𝑯
REPETIBILIDADE r= 𝑯𝒏 − 𝑯𝟏
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Curso de Ensaios de Dureza
Exemplo 1
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Curso de Ensaios de Dureza
𝑋 =𝑥±𝑈
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Curso de Ensaios de Dureza
Exemplo 1
Uma máquina de ensaio realiza uma única medição de dureza Rockwell C na amostra:
Valor medido x = 60,5 HRC
Dados:
Resolução 𝛿𝑚𝑠 = 0,1 𝐻𝑅𝐶
Valor do padrão 𝑥ҧ𝐶𝑅𝑀 = 62,82 𝐻𝑅𝐶
ഥ = 61,69 𝐻𝑅𝐶
Valor da dureza no certificado da máquina 𝐻
Desvio padrão no certificado da máquina 𝑠𝐻 = 0,17 𝐻𝑅𝐶
Tendência da máquina b = -0,72 HRC
Incerteza da máquina de ensaio 𝑈𝐻𝑇𝑀 = 0,66 𝐻𝑅𝐶
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
Ciclo de Ensaio
O ciclo de ensaio é para ser calibrado pelo fabricante da máquina de ensaio no
momento da fabricação e quando a máquina sofre reparo, o que pode ter afetado o ciclo
de ensaio
Histerese da máquina
A máquina deve ser checada para garantir que as leituras não sejam afetadas por uma
flexão por histerese dos componentes da máquina de ensaio, por exemplo, estrutura,
porta-amostra, etc., durante um ensaio
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Curso de Ensaios de Dureza
As esferas de aço não deverão ter dureza inferior a 850 HV10, e com superfície
polida e isenta de falhas.
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Curso de Ensaios de Dureza
Verificação Indireta
Blocos Padrão
A máquina de ensaio deve ser verificado para cada escala que é
normalmente utilizada.
Para cada escala a ser verificada, blocos padrão de para cada uma das faixas
dados na tabela devem ser utilizados.
Os valores dos blocos padrão deverão ser aproximados ao que se pretende
medir.
Para cada bloco devem ser realizadas cinco medidas.
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Curso de Ensaios de Dureza
40 a 60 HRK
K 65 a 80 HRK
85 a 100 HRK
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20 a 75 HRA 2 HRA ഥ
≤ 0,02(100 − 𝐻)
A
>75 a 88 HRA 1,5 HRA ou 0,8 HRA
20 a 45 HRB 4 HRB
B 45 a 80 HRB 3 HRB ഥ
≤ 0,04(130 − 𝐻)
60 a 90 HRF 3 HRF
F ഥ
≤ 0,04(130 − 𝐻)
90 a 100 HRF 2 HRF
30 a 50 HRG 6 HRG
75 a 94 HRG 3 HRG
40 a 60 HRK 4 HRK
K 60 a 80 HRK 3 HRK ഥ
≤ 0,04(130 − 𝐻)
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VANTAGENS
FÁCIL LEITURA DOS RESULTADOS
ENSAIO RÁPIDO
IMPRESSÕES MUITO PEQUENAS
UTILIZADO EM MATERIAIS DUROS
MUITO UTILIZADO EM CHÃO DE
FÁBRICA
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
Fonte: Mitutoyo
Video Peso Morto x Dur
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DUREZA BRINELL
HBW
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Histórico
Dureza por penetração, proposta
pelo engenheiro sueco J. A. Brinell
em 1900.
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Princípio
O ensaio de dureza Brinell consiste em comprimir lentamente uma esfera,
de diâmetro D, sobre uma superfície através de uma força F, durante um
tempo t.
A compressão da esfera produz uma impressão permanente em forma de
calota esférica de diâmetro d, que é medida por intermédio de um
micrômetro ótico (microscópio ou lupa graduada) depois de removida a
força.
A medida d, é a média de duas leituras tomadas a 90o uma da outra.
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Curso de Ensaios de Dureza
F F 2F
HB = = =
AC Dp D( D − D 2 − d 2 )
Onde:
F: Força em kgf
D: Diâmetro da esfera em mm
d: Diâmetro médio da calota em mm
2F
HB = 0,102
D( D − D 2 − d 2 )
Onde:
F: Força em N
D: Diâmetro da esfera em mm
video
d: Diâmetro médio da calota em mm
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Curso de Ensaios de Dureza
• Penetrador
• A partir da edição da norma ABNT NBR ISO 6506-1:2019, especifica
somente o uso da esfera de metal duro (carboneto de tungstênio), pois:
• Comparada com a esfera de aço, a esfera de metal duro tem uma menor
deformação residual aliada à uma maior confiabilidade da medição de
dureza,
• Permitem uma maior quantidade de ensaios a um custo aceitável,
Unidade
A unidade N/mm2 (ou kgf/cm2) é omitida em
vista da dureza constituir manifestação
combinada de várias outras propriedades
inerentes ao material.
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Curso de Ensaios de Dureza
Penetradores Padrão
D= 10 mm
D= 5 mm
D= 2,5
D= 1,0 mm
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Forças Simbologia
HBW 10/3000
D
(mm)
10 30
F
valor nominal
29,42kN (3000kgf)
HBW10/1500 10 15 14,71kN (1500kgf)
de HBW 10/1000
HBW 10/500
10
10
10
5
9,807kN (1000kgf)
4,903kN (500kgf)
HBW 10/250 10 2,5 2,452kN (250kgf)
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Curso de Ensaios de Dureza
h= 0,2
0,3
0,08
0,18
2 0,4
0,5
0,33
0,54
0,6 0,80 0,29
Onde: 0,7 0,40
0,8 0,53
h= profundidade, mm 0,9 0,67
D= diâmetro da esfera, mm 1,0 0,83
1,1 1,02
d= diâmetro da impressão, mm 1,2 1,23
1,3 1,46
1,4 1,72
1,5 2,00
dimensões em mm
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Preparação de Superfície
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Tempo de Penetração
O tempo decorrido entre o início da aplicação de força até que
a força total seja atingida deverá ser 7+1
−5 s.
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
2,5 x d 3xd
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Condições de Ensaio
O ensaio padronizado, proposto por Brinell, é realizado com força de
3000kgf e esfera de 10mm de diâmetro.
A esfera de 10mm produz grandes calotas na peça. Por isso é a mais
adequada para medir materiais que têm a estrutura formada por duas ou
mais fases, como acontece com ferros fundidos, bronze, etc..
A utilização de esferas diferentes de 10mm só é válida para materiais
homogêneos. Esferas de diâmetros menores produziriam calotas menores
e, no caso de materiais heterogêneos, poderia ocorrer de se estar medindo
a dureza de apenas uma fase.
Para o caso dos aços, existe uma relação empírica entre dureza Brinell e
Rm 0,36 HB( kgf mm )
o limite de resistência a tração que é: 2
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
Verificação Diária
A repetitividade e o erro do equipamento, expresso como percentual da dureza
especificada do padrão, para a relação de 30 não devem ser maiores do que o indicado na
tabela.
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Curso de Ensaios de Dureza
1 HC < 100 HBW HC < 100 HBW HC < 70 HBW HC < 70 HBW 3,0 ±3,0
3 HC > 250 HBW HC > 200 HBW HC > 100 HBW N/A 3,0 ±3,0
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Verificação Direta
Força
Todas as forças aplicadas deverão ser medidas em pelo menos três posições diferentes
do dispositivo de aplicação de força.
A tolerância da força deverá estar entre 1,0% da força nominal do teste.
Dispositivo de medição
O dispositivo de medição deverá ser verificado no mínimo em cinco intervalos do
range de trabalho do micrômetro. O máximo erro não deverá exceder a 0,5%.
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Curso de Ensaios de Dureza
Blocos Padrão
Devem atender requisitos de fabricação, tais como:
da espessura, maior de 16mm para esfera de 10mm, maior de
12mm para esfera de 5mm, e 6mm para esferas menores.
homogeneidade e estabilidade de sua estrutura cristalina;
de desmagnetização, se o bloco for de aço;
de acabamento superficial;
validade de calibração;
o bloco tem de ser do mesmo material
da peça testada.
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Curso de Ensaios de Dureza
Verificação Indireta
Blocos Padrão
O durômetro deve ser verificado para cada escala força de teste e para cada dimensão
de esfera que é normalmente utilizada.
Para cada força de teste a ser verificada, pelos menos dois blocos-padrão entre os
intervalos dados na tabela devem ser utilizados, conforme o tipo de esfera empregada.
Esfera de Metal Duro
≤ 200 HBW
300 ≤ HBW ≤ 400
≥ 500 HBW
Para cada bloco devem ser realizadas cinco medidas, calculando a média, a
repetibilidade e o erro do equipamento.
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Curso de Ensaios de Dureza
1 HC < 100 HBW HC < 100 HBW HC < 70 HBW HC < 70 HBW 3,0 ±3,0
3 HC > 250 HBW HC > 200 HBW HC > 100 HBW N/A 3,0 ±3,0
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CALIBRAÇÃO INDIRETA
O período entre duas calibrações indiretas depende do procedimento de manutenção e
do número de vezes que a máquina for utilizada. Sob condições normais é
recomendado que a calibração indireta seja realizada em intervalos não maiores que
12 meses.
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Curso de Ensaios de Dureza
LIMITAÇÕES
PEÇAS MUITO FINAS
MATERIAS MUITO DUROS
METÓDO RELATIVAMENTE LENTO
IMPRESSÃO GRANDE PARA PEÇAS ACABADAS
NÃO UTILIZADO EM PEÇAS QUE SOFRERAM TRATAMENTO
SUPERFICIAL
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Curso de Ensaios de Dureza
Normalização
NBR MM ISO 6501-1, Materiais Metálicos – Ensaio de Dureza Brinell – Parte 1: Metodo de ensaio
NBR MM ISO 6501-2, Materiais Metálicos – Ensaio de Dureza Brinell – Parte 2: Verificação e Calibração de máquinas de ensaio
NBR MM ISO 6501-3, Materiais Metálicos – Ensaio de Dureza Brinell – Parte 3: Calibração de blocos de referência
NBR MM ISO 6501-4, Materiais Metálicos – Ensaio de Dureza Brinell – Parte 4: Tabela de valores de dureza
Metálicos - Dureza Brinell – Parte 3: Calibração de blocos-padrão a serem usados na calibração de máquinas de medir dureza Brinell
ASTM A370, Standard test methods and definitions for mechanical testing of steel products
ASTM E10, Standard test methods for Brinell hardness of metallic materials
ASTM E140, Standard hardness convertion tables for metals, (Relationship among Brinell hardness, Vickers hardness, Rockwell superficial
hardness, Rockwell hardness, knoop hardness, and sclerscope hardness)
ISO 156, Metallic materials - Hardness test - Verification of Brinell hardness testing machines
ISO 410, Metallic materials - Hardness test - Tables of Brinell hardness values for use in tests made on flat surfaces
ISO 726, Metallic materials - Hardness test - Calibration of standardized blocks to be used for Brinell hardness testing machines
ISO 6506, Metalic materials - Hardness test - Brinell test
ISO TR 10108, Steel - Convertion of hardness values to tensile strength values
CEN DIN BSI AFNOR EN 10003-1, Metalic materials - Brinell hardness test - Part 1: test method
CEN DIN BSI AFNOR EN 10003-2, Metalic materials - Brinell hardness test - Part 2: Verification of Brinell hardness testing machines
CEN DIN BSI AFNOR EN 10003-3, Metalic materials - Brinell hardness test - Calibration of standardized blocks to be used for Brinell to
be used for Brinell hardness testing machines
JIS B 7724, Brinell hardness testing machines
JIS B 7736, Standardized blocks of Brinell hardness
JIS Z 2243, Method of Brinell hardness test
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Curso de Ensaios de Dureza
DUREZA VICKERS
HV
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Curso de Ensaios de Dureza
Histórico
Essa dureza foi introduzida em 1925 pôr Smith e Sandland, levando o nome
de Vickers, porque a Companhia Vickers-Armstrong Ltda fabricou as
máquinas mais conhecidas para operar com este tipo de dureza.
Princípio do ensaio
A dureza Vickers se baseia na resistência que o material oferece a penetração
de uma pirâmide de base quadrada e ângulo entre faces de 136o, sob uma
determinada força. Como o penetrador é um diamante, ele é praticamente
indeformável e como todas as impressões são semelhantes entre si, não
importando o seu tamanho, a dureza Vickers é independente da força, isto é,
o número de dureza obtido é o mesmo qualquer que seja a força usada para
materiais homogêneos.
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Curso de Ensaios de Dureza
136o
2 Fsin
HV = 0,102 2 = 0,1891 F
Onde:
d2 d2
F: Força em N
d: Diâmetro médio da diagonal em mm
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Curso de Ensaios de Dureza
Exemplos:
630 HV 10 = Dureza Vickers de 630, determinado com a força de ensaio de 98,1N
(10kgf), aplicada pôr 10 a 15 segundos.
640 HV30/20 = Dureza Vickers de 640, determinado com e a força de ensaio de
294,2 N (30kgf), aplicada pôr 20 segundos
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
Microdureza
HV 0,005 0,04903 N (0,005kgf)
HV 0,01 0,09807 N (0,01 kgf)
Designação Dureza Força de Ensaio HV 0,015 0,1471 N (0,015 kgf)
HV 0,02 0,1961 N (0,02 kgf)
Dureza Vickers HV 5 a HV 100 49,03 a 980,7N (5 a 100kgf) HV 0,025 0,2452 N (0,025 kgf)
Dureza Vickers de baixa força HV 0,2 a HV 5 1,961 a 49,03N (0,2 a 5kgf) HV 0,05 0,4903 N (0,05 kgf)
HV 0,1 0,9807 (0,1 kgf)
Microdureza Vickers < HV 0,2 < 1,961N (0,2kgf)
HV 0,2 1,961N (0,2 kgf)
Dureza com
baixa força
HV 0,3 2,942N (0,3 kgf)
HV 0,5 4,903N (0,5 kgf)
HV 1 9,807N (1 kgf)
HV 2 19,61N (2 kgf)
HV 3 29,42N (3 kgf)
HV 5 49,03N (5 kgf)
HV 10 98,07N (10 kgf)
Dureza
HV 20 196,1N (20 kgf)
HV 30 294,2N (30 kgf)
HV 50 490,3N (50 kgf)
HV 100 980,7N (100 kgf)
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
Legenda
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Curso de Ensaios de Dureza
100
Curso de Ensaios de Dureza
0,067 1,055 0,054 0,975
0,071 1,060 0,068 0,970 paralela ao seu eixo D=5mm
0,076 1,065 0,085 0,965
0,079 1,070 0,104 0,960 Força de teste F=9,807 N
0,083 1,075 0,126 0,955
0,087
0,090
1,080
1,085
0,153 0,950 Diagonal média da impressão d=0,100mm
0,189 0,945
0,093 1,090
d 0,100
0,097
0,100
1,095
1,100
0,243 0,940
= = 0,02
0,103 1,105 D 10
0,105 1,110
9,807
0,108
0,111
1,115
1,120 Vic ker s = 0,1891 = 185HV 1
0,113 1,125 0,1002
0,116 1,130
0,118 1,135
0,120 1,140 Fator de correção da tabela 3,
0,123 1,145
0,125 1,150 por interpolação = 1,013
Dureza da esfera= 1 x 1,013= 187 HV 1
101
Curso de Ensaios de Dureza
102
Curso de Ensaios de Dureza
Preparação de Superfície
Os ensaios deverão ser executados numa superfície plana e lisa, livre de oxidações,
materiais estranhos e completamente livre de óleos e graxas.
Quando uma preparação de superfície for necessária, através da remoção de material
através de lixamento, esmerilhamento, limagem, etc., deve-se tomar cuidado de não
alterar a dureza da superfície pôr trabalho a frio ou a quente.
103
Curso de Ensaios de Dureza
Tempo de Penetração
Tempo de aplicação da força inicial até a força de ensaio 7+1
−5 s
Velocidade de Penetração
Vickers velocidade de ≤ 0,2𝑚𝑚/𝑠
Microdureza Vickers velocidade de ≤ 0,070𝑚𝑚/𝑠
104
Curso de Ensaios de Dureza
105
Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
110
Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
F 49,03 0,002
112
Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
Blocos Padrão
Devem atender requisitos de fabricação, tais como:
de espessura, que não deve ser menor que 6mm;
homogeneidade e estabilidade de sua estrutura cristalina;
de desmagnetização, se o bloco for de aço;
de acabamento superficial;
validade de calibração;
o bloco tem de ser do mesmo material
da peça testada.
115
Curso de Ensaios de Dureza
Verificação Indireta
Blocos Padrão
O durômetros Vickers utilizados em diversas forças de teste, no mínimo duas
forças de ensaio deverão ser escolhidas sendo que uma delas deve ser a mais
comumente utilizada.
Para cada força de teste a ser verificada, dois blocos padrão devem ser
escolhidas de dois intervalos especificados entres os intervalos de de dureza
menores que 225 HV, entre 400 e 600 HV e maiores que 700 HV.
Para cada bloco devem ser realizadas cinco medidas, calculando a média, a
repetibilidade e o erro do equipamento.
116
Curso de Ensaios de Dureza
12 a 100 HV 6 a 100 HV
225 HV 18% 12% 6%
24 a 200 HV 12 a 200 HV
20 a 250 HV 10 a 250 HV
> 225 HV 12% 8% 4%
28 a 350 HV 14 a 350 HV
117
Curso de Ensaios de Dureza
118
Curso de Ensaios de Dureza
CALIBRAÇÃO INDIRETA
O período entre duas calibrações indiretas depende do procedimento de manutenção e
do número de vezes que a máquina for utilizada. Sob condições normais é
recomendado que a calibração indireta seja realizada em intervalos não maiores que
12 meses.
119
Curso de Ensaios de Dureza
LIMITAÇÕES
ENSAIO DEMORADO
EXIGE GRANDE PREPARAÇÃO
PROCESSO MUITO CARO
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Curso de Ensaios de Dureza
VIDEO
121
Curso de Ensaios de Dureza
Normalização
NBR MM ISO 6507-1, Materiais Metálicos – Ensaio de Dureza Vickers – Parte 1: Método de Ensaio
NBR MM ISO 6507-2, Materiais Metálicos – Ensaio de Dureza Vickers – Parte 2: Verificação e Calibração de
Máquinas de ensaios
NBR MM ISO 6507-3, Materiais Metálicos – Ensaio de Dureza Vickers – Parte 3: Calibração de Blocos de
referência
NBR MM ISO 6507-4, Materiais Metálicos – Ensaio de Dureza Vickers – Parte 4: Tabela de valores de
Dureza
ISO 146, Metalic materials - Hardness test - Verification of Vickers hardness testing machines, part 1 and 2
ISO 409, Metalic materials - Hardness test - Tables of Vickers hardness values for use in tests made on flat
surfaces, part 1 and 2.
ISO 640, Metalic materials - Hardness test - Calibration of standardized blocks to be used for Vickers
hardness testing machines, part 1 and 2.
ISO 3878, Hardmetals - Vickers hardness test.
ISO 6507, Metalic materials - Hardness test - Vickers test, parts 1, 2 and 3.
JIS B 7725, Vickers hardness testing machines
JIS B 7734, Micro hardness testing machines for Vickers and knoop hardness
JIS B 7735, Standardized blocks of Vickers hardness
JIS Z 2240, Method of Vickers hardness test
122
Curso de Ensaios de Dureza
Ensaio de Microdureza
Microdureza
Devido as limitações das outras durezas, principalmente no que se refere a espessura das
peças a ensaiar, tratamentos térmicos superficiais (carbonetação, nitretação, tempera) a
necessidade, de medir dureza de pequenas peças e áreas, de materiais frágeis e
determinação a dureza de microconstituintes levaram ao desenvolvimento de ensaios de
microdureza. Na microdureza, como a força aplicada é pequena, a impressão é
microscópica, como mostra a foto ao lado.
Histórico
O desenvolvimento da microdureza “Knoop” pelo National Bureau of
Standards em 1939 e da microdureza “Vickers” na Inglaterra em
1925, tornaram o ensaio de microdureza uma rotina nos laboratórios
de ensaios.
123
Curso de Ensaios de Dureza
Ensaio de Microdureza
Representação do princípio
MICRODUREZA KNOOP
Constituí-se de um diamante de piramidal de
base rômbica extremamente polida, que
produz um formato do penetrador com uma
razão de 7 para 1 entre uma diagonal longa e
curta na proporção.
O diamante possui um ângulo de 17030’ na
base longitudinal e um ângulo de 130 na
base transversal.
A profundidade de penetração é a cerca de
1/30 do seu comprimento.
A microdureza Knoop (HK) é definida, em
N/mm2 ou kgf/mm2, como o quociente entre F F F
a força aplicada pela área de impressão, a HK = = 2 =
qual é relacionada com os Valores de F, L e AP CL 0,07028L2
C, conforme a expressão:
124
Curso de Ensaios de Dureza
Ensaio de Microdureza
Representação do Princípio
MICRODUREZA VICKERS
Constituí-se de um diamante de piramidal de
base quadrada extremamente polida, a
profundidade de penetração é cerca de 1/70 da
diagonal da pirâmide. O diamante forma um
ângulo de 136 entre as faces.
A microdureza Vickers é definida, em N/mm2
(ou kgf/cm2), como o quociente entre a força
aplicada pela área de impressão (área
superficial), a qual é relacionada com os valores
F e d, conforme a expressão: 136o
2 Fsin
F 2 = 1,8544 F
HV = =
AP d2 d2
125
Curso de Ensaios de Dureza
Ensaio de Microdureza
Designação e escalas
MICRODUREZA KNOOP
A designação da dureza Knoop é precedida pelo valor de dureza e complementado pelo símbolo HK e de
um número que indica a força aplicada e pelo tempo de aplicação de força quando diferente do tempo
especificado. Exemplos:
640 HK 0,1 = Dureza Knoop de 640, determinado com a força de ensaio de 0,98N (0,1kgf), aplicada pôr
10 a 15 segundos.
640 HK 0,1/20 = Dureza Knoop de 640, determinado com e a força de ensaio de 0,98N (0,1kgf),
aplicada pôr 20 segundos
MICRODUREZA VICKERS
A designação da dureza Vickers é precedida pelo valor de dureza e complementado pelo símbolo HV e
de um número que indica a força aplicada e pelo tempo de aplicação de força quando diferente do tempo
especificado. Exemplos:
640 HV 0,1 = Dureza Vickers de 640, determinado com a força de ensaio de 0,98N (0,1kgf), aplicada
pôr 10 a 15 segundos.
640 HV 0,1/20 = Dureza Vickers de 640, determinado com e a força de ensaio de 0,98N (0,1kgf),
aplicada pôr 20 segundos.
126
Curso de Ensaios de Dureza
Ensaio de Microdureza
MICRODUREZA VICKERS
De maneira idêntica a dureza Vickers convencional, o microdurômetro permite obter por meio do
microscópio, as medidas das diagonais formadas pelos vértices opostos da base da pirâmide.
Conhecendo o valor da diagonal mais longa podemos calcular o valor da microdureza Knoop ou
consultar tabelas montadas para uma força de 1gf e diagonais de 1 à 200m, para determinar a
dureza em outras forças basta multiplicar o valor encontrado (1 gf) pela força utilizada.
127
Curso de Ensaios de Dureza
Ensaio de Microdureza
Preparação de superfície
A preparação de superfície para ensaios de Tempo de penetração
microdureza Knoop ou Vickers é O tempo de penetração deverá estar
fundamental, quanto menores forem as
forças de ensaio mais rigorosa deve ser a entre 10 à 15 segundos. Para certos
preparação. Quando as forças de ensaio materiais um maior tempo de
forem menores que 100g, é exigido uma penetração poderá ser aplicado com
preparação para metalografia. Quando uma tolerância de 2 segundos.
lixamento, polimento ou ambas operações é
necessário tomar cuidado para minimizar o
aquecimento e distorção da superfície da Força x Tamanho da impressão
amostra.
Deve-se obter uma tamanho de impressão
adequado a dureza que se deseja, quando a
impressão é muito pequena para se obter
Temperatura de ensaio uma leitura precisa a força deverá ser
incrementada, porém se a impressão for
Quando não especificada, a temperatura de
muito grande a força deverá ser diminuída.
ensaio deverá estar entre 10C e 35C
Quando novos materiais devem ser
(temperatura ambiente). Ensaios realizados
ensaiados faz-se necessário realizar alguns
sob condições controladas deverão estar na
testes com diferentes forças de ensaio.
faixa de (23±5)C.
128
Curso de Ensaios de Dureza
Ensaio de Microdureza
Espessura mínima Distância entre impressões
recomendada MICRODUREZA KNOOP
MICRODUREZA KNOOP A distância entre os centros de duas penetrações adjacentes deverá ser no
mínimo duas vezes a diagonal mais longa, em relação a diagonal mais curta
A espessura mínima recomendada deverá ser no mínimo quatro vezes a diagonal mais curta.
para a peça ou de uma camada sob
teste deve ter no mínimo 0,3 MICRODUREZA VICKERS
A distância entre os centros de duas penetrações adjacentes deverá ser no
vezes a diagonal mais longa da mínimo três vezes a diagonal média da impressão, no caso de aço, ferro
impressão. Após o teste nenhuma fundido, cobre e ligas de cobre, e no mínimo seis vezes o diagonal média da
deformação deverá ser visível no
lado oposto à penetração. impressão nos casos de metais leves, chumbo e estanho e suas ligas.
Ensaio de Microdureza
Aplicações
O ensaio de microdureza é utilizado na pesquisa e desenvolvimento, ensaios de materiais e no controle de qualidade.
Os resultados podem ser usados para monitorar a dureza durante o projeto e desenvolvimento, fabricação, tratamento
térmico e análise de performance de muitos produtos e componentes.
Aplicações típicas:
Peças pequenas: peças pequenas que não podem ser medidas através do processo convencional, tais como:
conectores elétricos, roscas, molas, pequenas engrenagens, pivôs. etc., Na maioria das vezes não necessita de
preparação especial sendo empregados diretamente nos dispositivos de fixação.
Folhas e arames: pequenas diâmetros de arames e espessuras finíssimas de material. Pode necessitar uma
preparação metalográfica ou ser utilizada diretamente sob um dispositivo apropriado de fixação.
Materiais leves ou muito finos: folhas de plástico, materiais dentários, epoxies, porcelanas, cerâmicas, vidros,
tintas, etc.. Estes tipos de materiais requerem forças muito pequenas e a vibração é um fator muito importante neste
tipo de medição.
Controle de camadas: medição de profundidade de camadas endurecidas por cementação, tempera, nitretação,
etc. medição de gradiente de dureza em peças ou estruturas tipo austenita retida ou descarbonetação.
Microconstituintes: muitos materiais consistem de uma mistura de microconstituíntes que podem variar
grandemente suas durezas. Muitas propriedades das ligas podem ser conhecidas através da dureza de seus
constituintes. São exemplos disto aços ferramenta altamente ligados. Em metais não homogêneos tais como ferros
fundidos e materiais sinterizados, a microdureza é o único método de determinar precisamente a dureza por causa do
grafite nos ferros fundidos e dos espaços vazios nos materiais sinterizados.
Análise de falhas: a microdureza freqüentemente oferece uma importante regra na determinação da causa da falha
do material, por que torna possível desenvolvimentos de durezas sob condições ou áreas onde a dureza convencional
não pode ser utilizada. Falhas de ferramenta freqüentemente são explicadas por microdurezas.
130
Curso de Ensaios de Dureza
Ensaio de Microdureza
Dispositivos de fixação
Video 2
Video 1
Equipamentos
131
Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
134
Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
Equipamento
Dureza Brinell
Os medidores portáteis de dureza Brinell, operam pela comparação das impressões, provocadas
simultaneamente no material testado e numa barra padrão de dureza conhecida por uma esfera
de aço de 10mm de diâmetro, pelo impacto de um martelo sobre um dispositivo de impacto ou
haste do medidor. São feitas duas leituras de cada impressão por meio de uma lupa graduada, e
com os diâmetros médios da barra padrão e da peça determina-se a dureza.
2 Onde:
d1 HB1= dureza da barra padrão
HB2 = HB1 HB2= dureza da peça
d2
d1= diâmetro médio da impressão da barra padrão
d2= diâmetro médio da impressão da peça
Os fabricantes destes medidores recomendam que a barra padrão seja de dureza próxima à do
material testado, bem como recomendam que o diâmetro da impressão não ultrapasse 4mm.
O método não possui a precisão do ensaio convencional, porém é satisfatório, entre outras
aplicações, na verificação de dureza de soldas após tratamento térmico destas.
137
Curso de Ensaios de Dureza
Equipamento
Normalização
ASTM E110, Standard test method for indentation hardness of metallic materials
by portable hardness testers.
138
Curso de Ensaios de Dureza
Dureza Rockwell
Os medidores portáteis de dureza Rockwell se baseia no princípio
característico do método de medição da profundidade de impressão.
Durômetro portátil tipo “Ames”
Neste instrumento a medição de dureza é realizada diretamente nas
escalas Rockwell.
A força é aplicada diretamente pela aplicação de pressão através de um
eixo roscado.
A execução do ensaio é feita manualmente, escolhe-se o penetrador, o
arco ao aparelho funciona como elemento de carga, o relógio indica a
carga aplicada conforme gira-se o volante (A, B e C) e a dureza Rockwell
é lida diretamente no tambor do aparelho.
139
Curso de Ensaios de Dureza
140
Curso de Ensaios de Dureza
Equipamento
Normalização
ASTM E110, Standard test method for indentation hardness of metallic materials
by portable hardness testers.
141
Curso de Ensaios de Dureza
142
Curso de Ensaios de Dureza
Princípio do método
O ensaio de dureza pelo método UCI (ultrasonic contact impedance) utiliza
um penetrador Vickers montado em uma haste de metal magnético-resistivo.
A ponta do diamante é excitada a uma freqüência natural por um conversor
piezoeléctrico.
A freqüência ressonante da haste varia como na ponta livre da haste é
induzida até o contato com a superfície da peça. Uma vez que o
equipamento é calibrado para módulos de elasticidade conhecidos do
material testado, a área de contato entre a ponta do diamante e a superfície
testada pode ser derivada da medição da freqüência ressonante.
A área de contato é inversamente proporcional da dureza do material,
considerando a força de pressionamento constante. Consequentemente, a
medição do valor de freqüência pode ser convertida em um valor
correspondente de dureza.
143
Curso de Ensaios de Dureza
Representação esquemática
145
Curso de Ensaios de Dureza
Equipamento
video
Normalização
ASTM E110, Standard test method for indentation hardness of metallic materials
by portable hardness testers.
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Curso de Ensaios de Dureza
DUREZA LEEB
Princípio do método
A medição de dureza é realizada através de um método dinâmico do princípio de medição da
energia.
Durante o ensaio de dureza, o torpedo equipado com ponta esférica de metal duro, sob pressão de
uma mola comprimida é disparada contra a superfície.
A deformação da superfície ocorre quando o corpo de impacto reage com a superfície de ensaio,O
que resulta em perda de energia cinética.
Esta perda de energia é detectada através da comparação das velocidades vi e vr quando o corpo
de impacto encontrar-
se numa distância precisa da superfície para a fase de impacto e a fase de rebote, respectivamente.
As velocidades são medidas utilizando-
se um ímã permanente no corpo de impacto que gera uma voltagem de indução na bobina do dispos
itivo de impacto.
A voltagem detectada é proporcional à velocidade do corpo de impacto.
O processamento do sinal então fornece a medição da dureza.
Os valores medidos derivados da velocidade de avanço e retorno do corpo de impacto são
processados e convertidos para o valor de dureza ou para o valor “L”.
147
Curso de Ensaios de Dureza
148
Curso de Ensaios de Dureza
Recomendações
Peças de peso mediano e também peças mais pesadas com partes salientes ou paredes finas, devem
ser colocadas em um suporte sólido de tal maneira que não movam ou flexionem durante o ensaio.
Peças leves devem ser rigidamente acopladas à um suporte não ressonante, como por exemplo uma
placa pesada. A fixação com morsas não é recomendado pois a peça além de receber uma pressão
intensa a rigidez ideal não é atingida. É recomendado a utilização de uma pasta na superfície de
contato das peças.
As superfícies das peças e da base devem ser planas, paralelas e firmes.
A direção do impacto deve ser perpendicular à superfície acoplada.
Espessura mínima de peça para acoplamento.
149
Curso de Ensaios de Dureza
Equipamento
Video 1 Video 2
Normalização
ASTM A596, Standard test method for
Equotip hardness testing of steel products
150
Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
Temperatura
Os ensaios devem ser efetuados em uma das atmosferas padrão para condicionamento
e ensaios, ou atender as prescrições concernentes ao material ensaiado. (Cuidar onde
os materias são higroscópicos)
Número de leituras
A cada determinação de dureza deve ser mudada a posição do aparelho em relação ao
corpo de prova a fim de evitar erros devidos aos efeitos de fadiga.
Devem ser realizados no mínimo cinco leituras e realizada uma média das leituras.
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Curso de Ensaios de Dureza
a ᴓ (3,00±0,10)mm
b ᴓ (1,25±0,15)mm
c (2,50±0,02)mm
d (0,79±0,01)mm
r (0,10±0,01)mm
f ᴓ (18,0±0,50)mm
A forma do penetrador e a força que lhe é aplicada influi sobre os resultados obtidos com um tipo de durômetro e aqueles obtidos seja
com outro tipo de durômetro, seja com outro instrumento para medir dureza.
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
- Carga Padrão
- 1 kg para Shore A
- 5 kg para Shores D
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
Equipamento
Normalização
DIN 53505, Testing of rubber, elastomers and plastics;
Shore hardness testing A e D
JIS B 7727, Shore hardness testing machines
JIS B 7731, Standardized blocks of shore hardness
JIZ Z 2246, Methods of Shore hardness test
161
Curso de Ensaios de Dureza
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Curso de Ensaios de Dureza
Designações e representação
O grau de dureza de borracha internacional é designada por IRHD, o número deve ser
seguido pelo símbolo seguido tipo de aparelho e tempo de penetração.
75 IRHD – Dureza IRHD de 75 unidades
163
Curso de Ensaios de Dureza
Preparação de superfície
As amostras padronizadas são placas com superfícies planas, paralelas e lisas em ambas as
faces e numa espessura apropriada ao material a ser medido.
Tempo de penetração
Deve ser aplicada uma pressão na haste com a esfera com a pré carga sobre o corpo de prova
por cinco segundos. Após a carga total deve ser aplicada durante 30 segundos, período este
que o vibrador deve permanecer ligado.
Temperatura de ensaio
O ensaio deverá ser realizado a (23 2)C e não antes do que 16 horas após a vulcanização.
Antes do teste os corpos de prova deverão ser estabilizados na temperatura ambiente por no
mínimo 30 minutos.
164
Curso de Ensaios de Dureza
165
Curso de Ensaios de Dureza
Equipamento
Normalização
DIN 53519, Testing of elastometers; determination of
indetantion hardness of soft rubber (IRHD); hardness testing
on standard specimens;
DIN 53519, Testing of elastometers; determination of
indetantion hardness of soft rubber (IRHD); hardness testing
on small dimensions; micro-testing.
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