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Amarelo crepúsculo
Riboflavina
A riboflavina (RF) foi isolada (não pura) pela primeira vez em 1879 pelo químico inglês
A. Wynter Blyth. Estudando a composição do leite de bovinos, ele relatou a identificação de
um pigmento amarelado brilhante que chamou de ‘lactocromo’ que hoje conhecemos como
riboflavina, constituinte da vitamina do complexo B.17-19
A RF, 7,8-dimetil-10-ribitil-isoaloxazina (C17H20N4O6), é uma vitamina hidrossolúvel
componente do complexo vitamínico B2, apresenta coloração amarela, estado solido de pó e
fluorescente. A RF é fundamental para organismos aeróbios, sendo precursora de coenzimas
que participam da cadeia transportadora de elétrons como a FMN e FAD.20-22 Também origina
muitas das flavinas que se encontram ligadas a diversas enzimas, que são atuantes na catálise
de um grande número de importantes reações como, as relacionadas ao reparo do DNA. A RF
exibe dupla habilidade de produzir superóxido, contribuindo para inibir o estresse oxidativo e
ao mesmo tempo pode estar envolvida na redução de hidroperóxidos. A fórmula estrutural da
RF é mostrada na Figura 3.
Figura 3. Estrutura molecular da RF com destaque da cadeia ribitil e do sistema de
anéis isoaloxazina.
Adaptado de: https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/493570#section=2D-Structure.
MATERIAL E MÉTODO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 6. Espectro de absorção UV-Vis dos compostos AC à 5,0 (A) e 10,0 ppm (B) e
RF à 5,0 (C) e 10,0 ppm (D) não expostos (0) e após 180 min de exposição à radiação.
Nas Figuras 6 (A) e (B) verifica-se que os espectros de absorção UV-Vis do AC à 5,0
e 10,0 ppm com picos nas regiões centradas em 234, 315 e 485 nm não sofrem mudanças
significativas devido a exposição à radiação solar simulada no intervalo de tempo de 180 min.
Por sua vez, os espectros de absorção da RB à 5,0 e 10,0 ppm com absorção em torno de 222,
265, 370 e 450 nm indicam a fotodegradação do composto, com deslocamento das bandas para
menores comprimentos de onda [Figura 6 (C) e (D)]. Sabe-se que a RB submetida à irradiação
solar em condições neutras e meios alcalinos, pode se converter em lumicromo (LC) e em
lumiflavina (LF).27,28 À medida que a RB fotodegrada, a intensidade de absorção em torno de
450 nm diminui, região espectral onde os fotoprodutos, LC e LF absorvem. 27,28
A Figura 7 evidencia o comportamento das absorbâncias em diferentes comprimentos
de onda para os compostos AC e RF em função do tempo de exposição à radiação. A Figura
7 (A) e (B) indica uma variação média menor que 5% das absorbâncias para o AC durante a
exposição à radiação, revelando que estrutura eletrônica do composto permaneceu inalterada.
A literatura aponta que o AC é estável na presença da luz e ácido, por isso tem sido utilizado
em alimentos para aumentar a vida útil na prateleira. Por outro lado, trabalhos mostraram que
o AC em pH mais ácido se degrada, do mesmo modo que na presença de outros aditivos
alimentares como o ácido ascórbico, citratos e dióxido de enxofre, perdendo sua
coloração.12,14,15
Figura 7. Picos de absorção em 234, 315 e 485 nm do AC à 5,0 (A) e 10,0 ppm (B); e
picos em 265, 370 e 450 nm da RF à 5,0 (C) e 10,0 ppm (D) em função do tempo.
Algumas barras de erro não aparecem por serem menores que os símbolos.
A Figura 7 (C) e (D) mostram que as absorbâncias em 265, 370 e 450 nm da RB variam
em resposta à exposição, sinalizando a formação dos principais fotoprodutos LC e LF (Figura
8). A RB pode sofrer degradação por clivagem do sistema de anéis isoaloxazina, resultando em
formilmetiflavina (FMF). Este acaba sendo hidrolisado em LC e LF, também sensíveis à luz,
mas com maior estabilidade do que a FMF. A molécula de RB mostra-se ambientalmente
adequada já que não bioacumula no ambiente.12, 26-28
CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
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