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BIOFÓTONS E CRITICIDADE AUTO-ORGANIZADA

Biophotons and self-organization criticality

Paulo Roberto Ferrari Mosca#

#- Médico, pediatra, doutor, professor do Departamento de Pediatria da Faculdade de


Medicina, UFRGS; HCPA

Resumo: Esse texto discute um pouco da história da emissão ultra fraca de fótons por
seres vivos, o mecanismo de emissão desses biofótons, as propriedades espectrais dessa
emissão, as técnicas para sua detecção, a sua aplicação e os modelos estatísticos dos
biofótons.

Abstract: This text discusses a little about the history of ultra-weak emission of photons
by living beings, the mechanism of emission of these biophotons, the spectral properties
of this emission, the techniques for its detection, its application and the statistical
models of the biophotons.

HISTÓRIA
Nos anos 1920, Gurswitsch reportou o fenômeno biofóton1. Devido a limitações
técnicas, a existência desses biofótons extremamemnet fracos não puderam ser
verificados diretamente. Em 1955, Colli detectou os biofótons de plantas, usando os
recém inventados tubos fotomultiplicadores2. Após os anos 1980, duas hipóteses
apareceram: a hipótese metabólica e a hipótese da radiação corrente. Cadenas propôs a
hipótese metabólica de modo sistemático e pensou sobre uma variedade de espécies de
oxigênio reativo (ROS) como produzidas em diferentes atividades metabólicas,
especialmente o metabolismo aeróbio (como a respiração mitocondrial), e isso foi
investigado em várias experiências3-8. Quando essas moléculas ou radicais de alta
energia retornam ao estado de base, elas produzem fótons para fora.
Outras experiências mostraram que radicais livres, espécies reativas e seus
derivados poderiam agir como sinais celulares de regulação em sistemas biológicos,
sendo que sua produção não era absolutamente randômica, mas um processo regulado;
daí surgiu a hipótese pela qual os biofótons servem como sinais celulares9-13. Foi
sugerido que o DNA era também uma fonte dos biofótons, sendo proposta a hipótese da
radiação coerente, sendo suposto um campo eletromagnético coerente dentro das
células, campo esse que poderia ser a base da comunicação da célula14.
Na medida em que a mudança no nível do estresse oxidativo do organismo foi
vista como uma das características de algumas reações fisiológicas e patológicas e que
os biofótons podem refletir a sensibilidade disso, apareceu a proposta de usar os
biofótons como indicadores não invasivos sobre o estado fisiológico, para monitorar a
resposta de plantas ao estado de inundação e à infecção por fungos, o diagnóstico de
câncer e outros15-18. Ocorreu também o uso destas noções em teorizações acerca de
terapias com banhos de sol e da medicina chinesa tradicional19-23.
Um relatório sobre biofotônica nos anos 1920 indicava que a ponta da raiz da
mitose da cebola poderia produzir radiação ultravioleta, a qual promoveria a divisão nas
células adjacentes, indicando que os biofótons poderiam ter a função de comunicação de
informação1. Estudos posteriores vieram reforçar a hipótese de que os biofótons
mediavam a comunicação célula-célula em vários micróbios, plantas e animais. Assim
foi encontrado que o ovo fertilizado germinante de fuco (uma alga) possui biofótons
através da matriz e que o paramécio podia emitir biofótons para influenciar a
alimentação e a divisão de paramécios adjacentes24,25. Apareceu um efeito não linear
sobre a radiação de biofótons entre os organismos de Gonyaulax e Daphnia fêmea26.
Foi encontrada comunicação célula-célula (dita “visão celular”) entre células de rim de
hamster jovem, como mediada por luz vermelha ou próxima à luz infra-vermelha27. Tal
fenômeno foi encontrado também nos granulócitos de neutrófilos de porco e nas células
cultivadas do epitélio intestinal28,29. Em adição, foi encontrado que a radiação de luz
visível tem efeito positivo no desenvolvimento de células neurais30,31.
A pesquisa sobre comunicação célula a célula data de 1979, quando o fenômeno
da comunicação celular via radiação eletromagnética foi estudada na extensão
ultravioleta do espectro32. Um pioneiro nesse estudo foi Gurwitsch que trabalhou com
pontas de cebola e demonstrou a radiação eletromagnética emitida de organismos vivos,
radiação essa acentuada durante a divisão celular. Um efeito citopático em espelho
(mudanças morfológicas na população vizinha sob o efeito da cultura de tecido
infectada por vírus colocada na vizinhança próxima) foi demonstrado em fibroblastos de
embriões de galinhas e de humanos, onde o tecido infectado foi considerado como a
fonte dos fótons ou dos sinais específicos e o tecido não infectado como o detector33.
As evidências experimentais desse tipo de comunicação são ainda limitadas no
que diz respeito à comunicação célula a célula34. A comunicação célula para célula via
emissão de fóton ultra fraco pode ser importante na regulação de processos metabólicos
e pode ser conectado ao estado do organismo. A pesquisa sobre a comunicação célula
para célula é uma tarefa intrincada e resultados negativos são obtidos nas pesquisas.
Baseados nos resultados até agora obtidos, deve ser indicado que essa pesquisa deve ser
feita com muita precisão, com alta confiabilidade estatística e reprodutibilidade. A razão
para os resultados negativos na experimentação, os quais são evidentes pelo baixo
número de resultados disponíveis no campo, pode ser devida à escolha da cultura da
célula ou dos organismos. As fases e a escolha do ciclo da célula podem também ter um
papel relevante.
Os problemas que podem ser vistos nos experimentos de interação celular são a
inconsistência na configuração experimental, a escolha do organismo e os parâmetros
monitorados. A comparação dos resultados poderia melhorar pelo uso de configurações
padrões ou de uma nova configuração de medidas, levando em conta a distância entre as
células, a inibição da transferência de compostos voláteis, as condições de crescimento,
etc. A câmara de Farhadi35 pode ser uma das opções na escolha da configuração.
O design do experimento é um fator crítico na pesquisa. O estágio inicial do
desenvolvimento de um embrião pode ser um modelo potencial e promissor. Além
disso, é necessário eliminar o efeito de interferência de outros modos de comunicação.
Alguns experimentos sobre a interação celular usam a condição escura isolada e a luz
normal do dia, mas esse fenômeno ainda não é totalmente compreendido, em especial
sobre como a célula viva distingue entre as duas condições. A questão que permanece é
como a célula que recebe fótons reconhece as emanações de fótons das células vizinhas
e as que provêm do meio. Há também evidências limitadas sobre receptor de fótons e
mecanismos associados, bem como sobre células especializadas como as pineais e as
retinais, as quais são capazes de detectar radiação eletromagnética36-38.

BIOFÓTONS
A emissão ultra fraca de fótons se origina da reação metabólica oxidativa em
células de micróbios, plantas e animais39-42. Em geral, é considerado que espécies
eletronicamente excitadas, formadas durante processos metabólicos oxidativos, são as
únicas fontes para a emissão ultra fraca de fótons. A emissão espontânea em sistemas
enzimáticos dedicados à luminescência de alta intensidade (por exemplo, luciferina,
luciferase) é o que distingue a emissão ultra fraca de fótons da bioluminescência
comum; e a emissão de fóton sem estimulação externa por luz é um traço que distingue
a emissão ultra fraca de fótons e a fluorescência, bem como a da fosforescência.
Evidências experimentais de outros tipos de luminescência como quimiluminescência
(por exemplo, mecano-luminescência) e eletroluminescência são limitadas em sistemas
biológicos43-47.
A transição eletrônica de espécies excitadas eletronicamente durante os
processos metabólicos oxidativos ou estado excitado de singlete ou triplete para o
estado singlete de base é acompanhado por emissão de fóton nas regiões do espectro de
curto e longo comprimento de onda, respectivamente. Quando outras moléculas, como
os pigmentos ou o oxigênio molecular estão na vizinhança próxima de espécies
eletronicamente excitadas formadas durante os processos metabólicos oxidativos, a
transferência de excitação de energia resulta na formação de pigmentos excitados ou de
oxigênio singlete (1O2) 48-50.
Diferentes terminologias como emissão de biofótons, quimiluminescência
biológica, quimiluminescência de baixo nível ou auto-luminescência vem sendo usadas
por diferentes autores51-57. Alguns outros termos incluem fraca luminescência,
quimiluminescência espontânea, emissão de luz ultra fraca espontânea e
bioluminescência ultra fraca58-61. Cada termo parece enfatizar a atitude do autor em
relação ao fenômeno.
A emissão espontânea desses fótons ultra fracos deve ser diferenciada
experimentalmente do fenômeno da luminescência retardada a qual é espontaneamente
emitida pelos seres vivos sem foto-excitação62.
Podem ser distinguidos dois tipos de emissão ultra fraca de fótons: espontânea e
induzida. A espontânea é gerada no curso de metabolismo oxidativo, sem influência de
estressor externo ou de estímulo. A induzida pode ser iniciada por vários estresses
bióticos e abióticos e fatores oxidativos. Os fatores bióticos incluem vírus, bactéria e
fungo no organismo ou estresse herbívoro63-66. Os fatores abióticos incluem temperatura
e composição de gás no meio circundante, dano mecânico, estresse por luz e radiação
ionizante67-72. Todos esses fatores acarretam, entre outros efeitos, um aumento da
produção de ROS (reactive oxygen species) e dano oxidativo. A intensidade da induzida
emissão ultra fraca de fótons pode ter várias ordens de magnitude, maiores do que a
espontânea. Após indução, a intensidade aumentada da emissão ultra fraca de fótons
pode ser parcial ou totalmente recuperada na intensidade original. Deve aqui ser
realçada a diferença entre a emissão ultra fraca de fótons e a luminescência retardada,
porque a emissão ultra fraca de fótons se origina de processos de estresse oxidativo
similar aos processos que produzem outros tipos de estresse e envolve reações químicas,
enquanto a luminescência retardada é só outro termo para fosforescência viva ultralonga
(centenas de segundos). As escalas temporais dos dois processos se superpõem e daí
pode ser difícil separar esses dois processos.

MECANISMOS DA EMISSÃO ULTRA FRACA DE FÓTONS


Do ponto de vista físico, a distribuição espectral de biofótons cobre, ao menos, a
extensão de 200 a 800 nm com não óbvios picos73. Essa distribuição são ondas
eletromagnéticas que são emitidas por elétrons excitados fora do átomo, quando esses
elétrons retornam ao estado de base. A intensidade da radiação é extremamente fraca, só
102 a 103 fótons/ (cm2 s) 48, ou seja, da ordem de 10-16 a 10-18 W/cm2, o que está abaixo
da sensibilidade do olho humano74. Foi proposto que essa emissão tem as características
de um campo coerente tipo Poisson75, mas as técnicas correntes de detecção de biofóton
só conseguem medir a intensidade da radiação fora da célula76, sendo que a intensidade
pode ser consideravelmente maior dentro da célula77. Assim, uma extensa atividade
biofotônica foi encontrada nas pontas dos axônios de fatias de neurônios de projeção
cortical após aplicação de glutamato no cérebro sagital de rato78.
É claro hoje que a emissão ultra fraca de fótons não é gerada como uma fração
curta de comprimento de onda da radiação termal tipo corpo negro. Embora a
intensidade da emissão ultra fraca de fótons seja mais baixa no que diz respeito ao
número de fótons emitidos, existem algumas ordens de magnitude mais altas na região
visível do espectro do que na intensidade da radiação gerada termalmente pelo corpo
negro de Planck com temperatura comum para o organismo (~300 K). Enquanto
existem dados experimentais sobre a intensidade da emissão ultra fraca de fótons na
região visível do espectro, a intensidade da emissão ultra fraca de fótons na região do
espectro próximo ao infravermelho (IR) não é conhecida. Se for assumida a mesma
intensidade (em número de fótons s-1 cm-2), na região próxima a IR como é na região
visível, apenas para comparação, a intensidade da radiação termal deveria ter uma
intensidade de emissão ultra fraca de fótons [10 fótons s-1 cm-2 (10 nm)-1], ou seja, um
fóton s-1 cm-2 nm-1 só na região próxima ao IR termal (em 1337 nm para 25º C e para
1280 nm em 37º C) e isso excederia os longos comprimentos de onda. Deve ser notado
que a radiação termal IR (3 – 5 μm detectada usando Thermal Imager IR-M300,
Mitsubichi Co.) e a imagem de emissão ultra fraca de fótons mostram diferentes
padrões espaciais, ao menos no caso do corpo humano79. A radiância espectral BPH
[fótons s-1 cm-2 (10 nm)-1] é relacionada à radiação espectral B [W m-2 dλ-1], tal que a
radiação espectral B é calculada por

B(λ, T) = 2πhc2 / λ5(ehc/KT2 – 1)

onde B é a radiação espectral (W m-2 dλ-1], λ é o comprimento de onda [m], T é a


temperatura [K], c é a velocidade da luz [m s-1], h é a constante de Planck [Js} e k é a
constante de Boltzman [J K-1].
Em geral, é aceito que a emissão ultra fraca de fótons se origina do decaimento
radioativo de espécies eletronicamente excitadas que são geradas quimicamente durante
processos metabólicos oxidativos80-84. Está bem estabelecido que ROS é formado ou por
transporte de elétrons de espécies se reduzindo para oxigênio molecular ou de
transferência de energia de excitação de pigmento de triplete excitado para oxigênio
molecular85. A redução sequencial com um elétron de oxigênio molecular forma radical
ãnion superóxido (𝑂2− , peróxido de hidrogênio H2O2 e radical hidroxila HO-, onde a
transferência dos prigmentos excitados de triplete para o oxigênio molecular resulta na
formação de 1O2. A interação de ROS com biomoléculas inicia reações oxidativas
levando à formação de intermediários instáveis, como dioxetano e tetróxido. Dioxetano
é formado por ciclo-adição de 1O2 ou por ciclização de radical peroxil, onde o tetróxido
é gerado pela recombinação de radicais peroxil. A decomposição de dioxetano instável
e de tetróxido leva à formação de espécies eletronicamente excitáveis, como carbonil
excitado triplete86. Ao lado da rota da reação do carbonil excitado triplete, o teróxido
formado pela recombinação de radiciais peroxil se decompõe para 1O2 através do
mecanismo de Russell. O carbonil triplete excitado ou emite fótons A-azul-verde
próximo a ultravioleta na faixa espectral de 350 a 550 nm ou é transferido para
pigmentos ou oxigênio molecular formando pigmentos singlete excitado ou triplete
excitado e 1O2, respectivamente87. Quando a emissão de fóton do pigmento singlete
excitado está na área verde-vermelha do espectro (550 a 750 nm), o pigmento triple
excitado emite fóton próximo à região IR do espectro (870 a 1000 nm). A emissão de
fóton dimol e monomol de 1O2 está na área do vermelho (634 e 703 nm) e do
infravermelho (1270 nm) do espectro, respectivamente.
Em resumo, é possível estabelecer uma relação entre a espécie excitada
eletronicamente e o comprimento de onda da emissão ultra fraca de fótons88-97: carbonil
triplete excitado é responsável pelo comprimento de onda 350 a 550 nm, pigmento
singlete excitado com 360 a 560 nm de melanina e 680 a 740 nm de clorofila, pigmento
triplete excitado com 870 a 1000 nm de clorofila, oxigênio singlete dimolar com 634
nm e 703 nm, oxigênio singlete monomolar com 1270 nm.
Existem referências de distribuição espectral de emissão de fóton ultra fraco de
seres vivos medida usando filtros de interferência e filtros de borda. O estudo das
propriedades espectrais dos fótons ultra fracos da pele mostrou-os principalmente na
região vermelha do espectro, revelando o papel da emissão dimol do oxigênio singlete
(1O2) 98-100. Entretanto uma emissão foi encontrada onde a emissão máxima foi
observada no comprimento de onda 500 nm 100. Sob estresse de UV, a emissão de fóton
em 400-580 nm foi também observada, suportando a hipótese que triplas carbonilas [3(R
= O)”] é uma fonte principal de emissão de fóton ultra fraco após a exposição da pele
humana à radiação UV 101-105. Daí 3(R = O)” e 1O2 são previstos como as principais
fontes da emissão de fóton ultra fraco em amostras não fotossintéticas. Em amostras
com clorofila, os fótons são emitidos principalmente da clorofila e de 3(R = O) ”. A
emissão de fóton ultra fraco foi também observada na extensão espectral 250-380 nm,
mas existem evidências limitadas sobre a emissão de fóton na região UV 106. Daí pode
ser concluído que a maior fonte de fóton ultra fraco está na região visível do espectro,
mas a contribuição na região ultravioleta (UV) não pode ser completamente afastada.
Ao lado disso, existem evidências experimentais sobre a comunicação célula-célula
entre células utilizando a ampla extensão de comunicação eletromagnética36,107,108.

POPRIEDADES ESPECTRAIS E DE INTENSIDADE


É em geral considerado que fótons formados de espécies químicas excitadas
eletronicamente são emitidos próximos à região UVA (350 a 400 nm), à região visível
(40 a 750 nm) e à região próxima a IR (750 a 1300 nm) do espectro. A emissão de fóton
na região UVA-azul-verde do espectro (350 a 550 nm) é associado com carbônio
triplete excitado, sendo que a emissão de fóton na região verde-vermelha do espectro
(550 a 750 nm) se origina de pigmentos excitados e emissão dimol de 1O2 109-112. A
emissão espontânea ultra fraca de fótons em comprimentos de onda maiores não foi
ainda estudada, devido a limitações técnicas na medição de sinais muito lentos na região
próxima a IR do espectro. Pode ser que a emissão ultra fraca de fótons próximo à região
IR do espectro, se detectada, seja provida pela clorofila triplete excitada em 870 a 1000
nm e pela emissão monomol de 1O2 em 1270 nm. Existe também um limitado número
de registros de emissão ultra fraca de fótons longe da região UVA e UVB do espectro
(< 350 nm)113,114. Com isso, não há mecanismo estabelecido para a geração química de
espécies excitadas nas altas energias.
Já a intensidade da emissão espontânea ultra fraca de prótons emitida de
amostras é considerada como uma extensão de dez a muitas centenas de fótons s-1 cm-2,
sendo muitas ordens de magnitude abaixo do limiar de sensibilidade do olho humano115
que é de 10 fótons s-1 cm-2.
O número de fótons detectados s-1 cm-2 pode estar em torno de uma ou duas
ordens de magnitude inferior do que o número de fótons realmente emitidos da amostra,
devido à distância da amostra em relação ao detector e de outros efeitos ópticos como
absorção, espalhamento, difração, reflexão e refração. A emissão induzida ultra fraca de
fótons pode estar por duas a três ordens de magnitude superior do que a emissão
espontânea ultra fraca de fótons. Daí a emissão ultra fraca de fótons não pode ser
observada a olho nu.

TÉCNICAS DE DETECÇÃO
Em geral se distingue técnicas de detecção que oferecem informação ou sobre a
intensidade integral sem resolução espacial ou sobre intensidade resolvida
espacialmente (imagem) de emissão ultra fraca de fótons emitidas de uma amostra. Os
mecanismos correntes de foto-detecção são inteiramente baseados no efeito fotoelétrico,
porque a tecnologia viável comercialmente é prevalente em dispositivos baseados em
elétron, enquanto que dispositivos puramente fotônicos estão ainda em
desenvolvimento. No caso da emissão ultra fraca de fótons, deve ser considerada a
amostra biológica como a fonte da luz difusa e usar técnicas adequadas de detecção e
elementos ópticos. Os principais tipos de foto-detecção adequados para detecção de luz
baixa possuem os seguintes traços:
a) Alto ganho intrínseco de elétron (105 a 107), tal que o fóton que chega resulte
num grande número de elétrons de saída;
b) Pouco ruído por unidade de área da superfície sensível do detector, tal que o
ruído detector intrínseco pode ser expresso corrente escuro (nA cm-2) ou como
escuro (contagem de cm-2 s-1), observado quando não haja luz vindo ao detector;
se nenhum elemento ótico de foco for usado, os detectores devem ter ruído de
apenas uns poucos s-1 cm-2 ou menos, para serem capazes de detecção de
emissão utra fraca de fótons;
c) Maior eficiência de detecção quântica possível, levando em conta o número de
elétrons de saída pelo número de fótons de entrada; mas alta eficiência
especialmente para grandes comprimentos de onda (como vermelho, IR) é as
vezes acompanhada por aumento no ruído, como contagem escura de corrente
escura;
d) Para baixos níveis de luz (< 106 fótons s-1 cm-2 vindo ao detector), a medição do
número de pulsos fotoelétricos no detector de saída (por exemplo, regime de
fóton único) é mais adequado que medir a corrente de saída, porque o limiar
pode ser usado para detecção de pulso para melhorar a razão entre o sinal para
com o ruído116.
Possibilidades no futuro para detecção de luz poderão incluir detecção não
disruptiva sobre a presença e fótons, sem absorvê-los, detectando a mudança de fase
quando incorrem sobre o estado quântico preparado do átomo na cavidade117.
As técnicas padrões de detecção da emissão ultra fraca de fótons envolvem hoje
tubos fotomultiplicadores (PMT), que são baseados no vácuo. Os PMTs possuem118
desempenho insuperável em termos de ruído muito baixo por unidade de área da
superfície sensível (foto cátodo), tendo alto ganho (105 a 107) e razoável eficiência
quântica de detecção de fóton (~15 a 40% no pico da sensibilidade). Os PMTs permitem
uma resolução temporal superior a poucos nodos.
Os PMT, mais especificamente, são foto-tubos de vácuo, são detectores
extremamente sensíveis de luz nas faixas ultravioleta, visível e infravermelho próximo
do espectro eletromagnético. Esses detectores multiplicam a corrente produzida pela luz
incidente em até 100 milhões de vezes ou 108 (ou seja, 160 dB), em vários estágios de
dínodo, permitindo (por exemplo) que fótons individuais sejam detectados quando o
fluxo incidente de luz é baixo. A combinação de alto ganho, baixo ruído, resposta de
alta frequência ou, equivalentemente, resposta ultrarrápida e grande área de coleção
manteve os fotomultiplicadores num lugar essencial na espectroscopia de baixo nível de
luz, na microscopia confocal, na espectroscopia Raman, na espectroscopia de
fluorescência, nuclear e de partículas física, na astronomia, nos diagnósticos médicos,
incluindo exames de sangue, imagens médicas, varredura de filmes cinematográficos
(telecine), interferência de radar e scanners de imagem de alta tecnologia conhecidos
como scanners de tambor. Os elementos da tecnologia fotomultiplicadora, quando
integrados de forma diferente, são a base dos dispositivos de visão noturna. A pesquisa
que analisa o espalhamento da luz, como o estudo de polímeros em solução, geralmente
usa um laser e um PMT para coletar os dados de luz espalhada. Os dispositivos
semicondutores, particularmente fotodiodos de avalanche, são alternativas aos
fotomultiplicadores; entretanto, os fotomultiplicadores são especialmente adequados
para aplicações que requerem detecção de baixo ruído e alta sensibilidade de luz que
está colimada de maneira imperfeita119.
Os aparelhos de estado sólido tipo fotodiodos de avalanche (APD)120, usados
para detecção de luz em vez dos PMTs, são pouco usados na pesquisa sobre emissão
ultra fraca de fótons. Os APDs exploram o efeito fotoelétrico para converter luz em
eletricidade. Do ponto de vista funcional, eles podem ser considerados como
semicondutores análogos aos fotomultiplicadores. No entanto, o estudo da quebra de
avalanche, defeitos de microplasma em silício e germânio e a investigação da detecção
óptica usando junções p-n são anteriores a esta patente. As aplicações típicas para APDs
são telêmetros a laser, telecomunicação de fibra óptica de longo alcance e detecção
quântica para algoritmos de controle. Novas aplicações incluem tomografia por emissão
de pósitrons e física de partículas. Matrizes APD estão se tornando comercialmente
disponíveis, e detecção de raios e SETI óptico podem ser aplicações futuras. A
aplicabilidade e utilidade de APD dependem de muitos parâmetros. Dois dos maiores
fatores são: eficiência quântica, que indica quão bem os fótons ópticos incidentes são
absorvidos e então usados para gerar portadores de carga primária; e corrente de fuga
total, que é a soma da corrente escura, foto-corrente e ruído. Os componentes
eletrônicos de ruído escuro são ruídos em série e em paralelo. O ruído em série, que é o
efeito do ruído de disparo, é basicamente proporcional à capacitância do APD, enquanto
que o ruído paralelo está associado às flutuações do volume do APD e das correntes
escuras de superfície. Outra fonte de ruído é o fator de ruído excessivo, que é uma
correção multiplicativa aplicada ao ruído que descreve o aumento do ruído estatístico,
especificamente o ruído de Poisson, devido ao processo de multiplicação. O termo de
ruído para um APD também pode conter um fator de Fano, que é uma correção
multiplicativa aplicada ao ruído de Poisson associado à conversão da energia depositada
por uma partícula carregada aos pares elétron-buraco, que é o sinal antes da
multiplicação. O fator de correção descreve a diminuição do ruído, em relação à
estatística de Poisson, devido à uniformidade do processo de conversão e à ausência ou
acoplamento fraco a estados de banho no processo de conversão. Em outras palavras,
um semicondutor "ideal" converteria a energia da partícula carregada em um número
exato e reprodutível de pares de lacunas de elétrons para conservar energia; na
realidade, entretanto, a energia depositada pela partícula carregada é dividida em
geração de pares de buracos de elétrons, geração de som, geração de calor e geração de
dano ou deslocamento. A existência desses outros canais introduz um processo
estocástico, em que a quantidade de energia depositada em qualquer processo varia de
evento para evento, mesmo que a quantidade de energia depositada seja a mesma121,122.
Em relação aos dispositivos para imagem da emissão ultra fraca de fótons, PMT,
fotomultiplicador de estado sólido e modificações APD em multicanal e estrutura de
matriz, eles permitem a geração de imagens com baixa resolução espacial (256 x 256
pixels para matrizes APD ou PMT multicanal) preservando parcialmente sua velocidade
de detecção. Hoje em dia, ao escolher entre os dispositivos disponíveis no mercado,
imagens de emissão de fótons ultra fracas com alta resolução espacial (megapixels) só
podem ser obtidas com o uso de câmeras especializadas CCD resfriadas
criogenicamente e CCD multiplicado por elétrons123. No entanto, na resolução de tempo
eficiente das câmeras CCD para a emissão ultra fraca de fótons, a imagem é baixa (15 a
60 minutos de exposição são necessários para obter uma imagem). Isso está enraizado
no ruído de leitura do chip CCD (charge-coupled device), que é adicionado a todas as
imagens obtidas pelo chip CCD e limita o tempo mínimo necessário para integrar o
sinal de emissão de fóton ultra fraco para superar o ruído de leitura. Os parâmetros de
ruído fundamentais para geração de imagens com matrizes CCD são o ruído de leitura
(contagens pixel-1) e contagem escura (contagens pixel-1 s-1). Dependendo do tempo de
exposição, o ruído de leitura ou o ruído de contagem de escuridão predomina. Para
imagens de baixa luminosidade, como a emissão ultra fraca de fótons, o binning dos
pixels em pixels maiores é quase sempre necessário porque reduz o ruído de leitura e
permite a geração de imagens em tempos razoáveis.
Por outro lado, as lentes objetivas desempenham um papel crucial nos sistemas
de imagem. Uma vez que uma câmera CCD de baixo ruído resfriada criogenicamente
está disponível, a qualidade e o tipo das lentes objetivas podem mudar a qualidade da
imagem e os tempos de exposição necessários na ordem de magnitude. Os preços dos
ângulos ultra amplos personalizados ou lentes telecêntricas que são necessários para
posicionar a câmera perto da amostra podem chegar ao preço da própria câmera,
especialmente se for necessária a transmissão UV ou IR próxima das lentes124.

APLICAÇÕES
A emissão ultra fraca de fótons carrega informação sobre os processos
oxidativos, informação essa codificada em sua distribuição de intensidade, espectral e
espacial. Alguns autores propuseram que essa emissão poderia conter informação
codificada na sequência das séries temporais da contagem de fótons125,126. Em princípio,
a informação obtida da emissão ultra fraca de fótons pode ser usada para diagnóstico em
biologia e medicina, isso porque essa emissão é considerada como um produto dos
processos oxidativos, permitindo atingir o estresse oxidativo dos tecidos e do
organismo.
O diagnóstico baseado na emissão ultra fraca de fótons é atrativo porque é uma
técnica não invasiva, livre de rótulos, sem entrada de energia, quase em tempo real e de
baixo custo operacional. A pesquisa básica aqui se concentrou na microbiologia, na
biologia da planta, na biologia animal e na humana58,127,128.
Na agricultura, as propriedades espectrais e a intensidade podem ser usadas para
monitorar a resposta da planta a patógenos, a estresses de seca e de sal, e a herbicidas129-
133
. Em medicina, a aplicação foi em dermatologia, na neurologia e na oncologia134-142.
Existe muita pesquisa em área básica da medicina; a emissão ultra fraca de fótons foi
aplicada na localização de áreas do corpo, como a assimetria da emissão em pacientes
com hemiparesia143,144, mas há muitas variações inter-individuais145,146. A emissão dos
dedos é maior do que a soma da palma e do dorso da mão147.
Foi encontrada muita variabilidade entre as pessoas saudáveis148-154. A idade
influencia a emissão155-157, bem como a temperatura corporal158. A emissão também
varia com o estilo de vida e doenças159-162. Há estudos sobre a influência de meditação
sobre a emissão ultra fraca de fótons163-165, bem como da imaginação166-168. Isso parece
mostrar que a emissão ultra fraca de fótons depende de múltiplos fatores, externos e
internos169.
ESTATÍSTICA DE BIOFÓTONS E MODELOS
Num estudo sobre a germinação de mudas de feijão mungo (Vigna radiata), foi
realizada a análise das propriedades estatísticas da emissão ultra fraca de fótons durante
o crescimento em duas condições diferentes de embebição: água pura e 1% de
sacarose170. Foi encontrado que, em todos os dias e nas duas condições, as distribuições
da contagem de fótons das séries temporais da emissão ultra fraca de fótons seguia uma
distribuição binomial negativa cujos parâmetros variavam durante o crescimento,
devido ao aumento da razão da contagem entre sinal para detector. Para ambos os
grupos, os valores médios da emissão ultra fraca de fótons aumentou durante o
crescimento das plantinhas, enquanto que os valores do fator de Fano mostrou uma
tendência decrescente para 1 durante o crescimento das plantinhas durante os seis dias
de ganho de peso entre os dois grupos. Ou seja: não houve uma indicação de um efeito
de minúscula supressão da sacarose sobre a intensidade da emissão ultra fraca de fótons.
Foi demonstrado que estresse oxidativo aumenta a intensidade da emissão ultra
fraca de fótons de plantas, sugerindo que o balanço entre oxidantes e antioxidantes joga
um papel importante sobre os parâmetros da referida emissão171. Açúcares isolados
como a sacarose jogam um papel importante na proteção das plantas contra o dano
oxidativo e induzem uma tolerância frente a estresse oxidativo172,173. O estudo em
foco170 indicou que o efeito protetivo da sacarose em plantas, se existe, é indetectável.
Por outro lado, se a intensidade e o espectro da emissão ultra fraca de fótons foi bastante
estudada124. Mas as propriedades estatísticas da emissão ultra fraca de fótons ainda é
pobremente investigada174-179.
Em geral, a estatística da contagem de fóton de qualquer sinal de fóton e
relacionado com o estado físico do campo da luz de onde os fótons se originam. A
emissão de biofótons pode ser considerada como originada de uma interação não linear
coerente entre muitas moléculas biológicas; tal interação pode ser descrita por meio de
vários modelos físicos180, que estão associados à termodinâmica, à física estatística de
não-equilíbrio, à teoria do caos, aos estados coerentes de óptica quântica, à teoria de
radiação cooperativa e à eletrodinâmica quântica de cavidade. Esses modelos se
combinam em um sistema de descrições teóricas em termos de mecanismo de
"coerência", que é considerado como a "teoria de coerência da emissão de biofótons"
por Popp181.
Existe algum debate se esses estados podem ser caracterizados como campos
eletromagnéticos coerentes biológicos endógenos182,183. A teoria de coerência da
emissão de biofótons é baseada em uma compreensão essencial dos sistemas biológicos
da seguinte forma:
(1) Abertura: os sistemas biológicos são essencialmente sistemas abertos, que são
“bombeados” por fontes externas de energia e retêm desvios consideravelmente grandes
do equilíbrio térmico. Esse estado de não-equilíbrio dos sistemas biológicos leva
provavelmente a uma coerência de longo alcance entre eles. Os biofótons podem,
portanto, ser rastreados de volta à coerência, transportando informações dentro e entre
sistemas celulares184;
(2) Não linearidade: os fenômenos vitais são altamente não lineares. As propriedades
macroscópicas de um sistema biológico não podem ser representadas por um simples
somatório das propriedades microscópicas de seus respectivos subsistemas. Na verdade,
todos os subsistemas são integrados por meio de uma correlação que resulta em um
sistema complexo com uma determinada ordem macroscópica. O parâmetro de ordem
do sistema complexo exibe uma dinâmica não linear, a qual depende dos parâmetros
fisiológicos185;
(3) Cooperatividade: as ações de vida são efeitos coletivos de muitos sujeitos
biológicos, havendo cooperação entre os sujeitos individuais186; tal cooperação pode ser
construtiva ou destrutiva, o que é determinado, com relação à teoria de radiação
cooperativa de Dicke, pela simetria do estado em que os muitos sujeitos interagem entre
si. Há uma boa experiência para acreditar que a interação destrutiva desempenha um
papel mais essencial nos processos da vida187,188.
Um dos resultados da teoria da coerência da emissão de fóton é a regra da
constância da fv; uma matéria não viva no equilíbrio térmico exibe uma distribuição de
Boltzmann bem conhecida do nível de energia de acordo com fi = exp (- Ei / KT), onde
Ei é a energia do nível i-ésimo, KT é a energia térmica média na temperatura T. Em
contraste, a distribuição do nível de energia da matéria viva está sujeita à regra fn =
constante. Esta regra é estabelecida com base nas leis da termodinâmica de tal forma
que a temperatura T de um banho de calor é substituída por uma "temperatura de
excitação" Θ(n) na dependência da frequência n, resultando em um novo fator de
Arrhenius:
fv = exp (- Ev / KΘ(v))
onde Θ (v) pode ser calculado a partir da intensidade espectral do biofóton iv (fótons por
unidades de área, tempo, frequência e ângulo sólido). Isso leva a regra de fv constante,
que também pode ser deduzida do formalismo da entropia máxima. Nessa abordagem,
a) com a maneira engenhosa da natureza em otimizar o estado de vida, o sistema
vivo mantém um máximo absoluto de entropia, mas ao mesmo tempo ele é capaz de
minimizar o valor da entropia por meio da redução do número w de graus de liberdade;
b) a regra fn = constante fornece a melhor maneira de explicar o efeito de
transparência, ou seja, a matéria viva pode exibir um alto grau de transparência para
passagem de biofótons, por exemplo, os biofótons de mudas de pepino são encontrados
passando através de células de soja quase sem perda de sua energia; este seria
essencialmente um “efeito de branqueamento” da matéria viva para fótons coerentes,
causado pelo fato de que os estados excitados da matéria viva são ocupados com uma
probabilidade bastante elevada;
c) esta regra está associada ao fato de que os sistemas biológicos apresentam a
maior relação sinal / ruído possível; na verdade, o fv = regra constante pode ser obtida
diretamente otimizando a relação sinal / ruído;
d) a regra fn = constante governa uma transição de fase de não-equilíbrio entre
um estado ordenado e dissipativo baixo e um estado caótico altamente flexível; o
sistema biológico permaneceria em torno do ponto crítico da transição de fase, onde
uma radiação coerente de um campo biofotônico multimodo induzida por bio-radiadores
coletivos pode ficar quase estabilizada;
e) uma das consequências dos valores de f bastante elevados é que a taxa de
reação bioquímica pode ser muitas ordens de magnitude mais alta em um tecido vivo do
que em um sistema de equilíbrio térmico em temperatura fisiológica; isso se deve à
liberação de energia armazenada nos estados de excitação da matéria viva durante a
reação bioquímica183.
Esses resultados indicam que uma diminuição da intensidade do biofóton i pode
ser devido a um prolongamento do tempo de coerência t, que corresponde a uma
diminuição da entropia S, implicando um aumento de ordem no sistema em
consideração.
Mas hoje, se alguns pesquisadores propõem que a emissão ultra fraca de fótons
emana de um campo eletromagnético coerente biológico endógeno, outros tentam
encontrar os parâmetros associados com o estado apertado que representem essa
radiação189,190. Mas os estados termais com alto número de modos parece ser o mais
razoável modelo para a emissão ultra fraca de fótons170.
Os desafios instrumentais e metodológicos colocam questões sobre a natureza
exata da estatística de contagem de fótons da emissão ultra fraca de fótons que são
fundamentais para elucidar o estado ótico quântico da emissão. O estado óptico coerente
é caracterizado por uma distribuição de Poisson da contagem de fótons191. Mas
diferentes estados de luz podem ter distribuições estatísticas semelhantes. É sabido que
um estado coerente de modo único e um estado termal com grande número de modos
podem ter distribuição de contagem de fótons similares, próxima à distribuição de
Poissson174. Um trabalho192 indicou que a emissão de um display LED ou tem uma
distribuição de Poisson ou uma tipo super-Poisson. Noutro trabalho190 a distribuição
estatística de fótons de três áreas diferentes de um corpo humano foi obtida, sendo
mostrado que o tamanho dos bins afetava a forma da distribuição da contagem de
fótons. Em outros estudos, o fator de Fano foi usado para determinar quantitativamente
a concordância com ou a discordância com a distribuição de Poisson174,177,191. Afora o
estado espremido da luz, que não parece ser justificado para a emissão ultra fraca de
fótons, nenhuma outra aproximação analítica da distribuição da contagem de fótons da
emissão ultra fraca de fóton foi usada para modelizar as distribuições super-Poisson.
Um trabalho193 mediu a radiação da emissão ultra fraca de fótons em sementes
germinantes isoladas, em laboratório, permitindo condições de testagem reprodutíveis e
estáveis, de longo prazo. O trabalho usou feijão mungo, milho e trigo, e comparou
medidas de dez amostras de sementes de feijão mungo. Foram reveladas diferenças
entre as espécies das plantinhas e das plantas. A relação entre o desenvolvimento das
mudas (tamanho total de raízes mais as folhas novas) e os dados da emissão ultra fraca
de fótons foi feito em termos de contagem total de fótons como uma função do
crescimento das mudas no tempo. Os dados foram ajustados em interpolação linear,
para os testes com feijão mungo quando relacionados ao degrau de emissão ultra fraca
de fótons (R2 ~0,834). A emissão ultra fraca de fótons versus a correlação de
crescimento foi fraca para os testes conduzidos com mudas isoladas de feijão mungo
(R2 < 0,4), revelando variação individual e movimentos de mudas durante o
crescimento. Para milho isolado, coeficientes de correlação intermediária R2 foram
observados (0,57 < R2 < 0,83), enquanto dados de sementes de aveia foram mais
esparsos (R2 ~ 0,62). Juntos esses dados mostraram um padrão geral linear da emissão
ultra fraca de fótons para a relação de crescimento, mesmo com variações entre as
espécies de plantas; isso oferece uma marca de referência para acessar a saúde das
mudas precoces. Os autores especularam que, com a melhora das imagens de fóton
isolado, o estudo da saúde das sementes, da germinabilidade e da resposta ao estresse do
meio poderá ser realizado em mudas isoladas, permitindo novas medidas não invasivas
sobre a atividade metabólica ao nível do tecido e da célula, o que permitiria informações
preciosas sobre o processo normal de desenvolvimento e sobre as respostas das plantas
aos ataques de micro-organismos e de estressores ambientais.
Um trabalho estuou a emissão de fótons de germinações usando uma técnica
experimental para detectar fótons de intensidade extremamente baixa quando a relação
sinal / ruído é baixa194. O projeto analisou o sinal de contagem escura na ausência de
sementes germinando, bem como a emissão de fótons durante o processo de
germinação. A técnica de análise adotada foi projetada para medir a complexidade
temporal dos processos fisiológicos. A fundação desse método, a análise da entropia de
difusão (DEA), se baseia na complexidade de Kolmogorov, sendo que a versão utilizada
foi projetada para determinar se a complexidade do sinal é gerada por eventos cruciais
não ergódicos com uma função de correlação não estacionária ou pela memória infinita
de uma função de correlação estacionária, mas não integrável, ou por uma mistura de
ambos os processos. Os autores concluíram que a contagem escuta gera uma escala
comum, mostrando que nenhuma complexidade de qualquer tipo pode ocorrer na
ausência de qualquer semente na câmara. Na presença de sementes na câmara, emerge
escala anômala, reminiscente do encontrado em processos neurofisiológicos. Entretanto,
segundo os autores, isso é uma mistura dos dois processos e, com o progresso da
germinação, o componente não ergódico tende a se desvanecer e a complexidade fica
dominada pela memória infinita estacionária. Os autores argumentaram que isso pode
ser um sinal de coerência quântica, a qual seria um ingrediente importante da cognição.
Deve ser notado a revolução que está ocorrendo na biologia195,196, onde a
abordagem tradicional da evolução darwiniana baseada na transmissão de informação
baseada em genes está sendo integrada por processos epigenéticos, assentados em
comunicação célula a célula e troca de informação entre redes de trabalho de
organismos, onde cada rede de trabalho de organismo representa um tipo de inteligência
social. A própria célula isolada é vista como um sistema inteligente e o cérebro é tido
como uma comunidade de supercomputadores197. Isso, de certa forma, estende cognição
para todo sistema biológico198. Daí a discussão sobre cognição se move da biologia
molecular da célula isolada para um conjunto de indivíduos, indo através de uma ponte
intermediária envolvendo o cérebro do indivíduo isolado. Essa cognição é entendida
como uma rede de processos info-computacionais autopoiéticos em sistemas vivos, o
que fornece uma estrutura conceitual para a visão unificada da cognição conforme
evoluiu dos organismos mais simples aos mais complexos, com base em novos
resultados empíricos e teóricos. Isso implica três questões fundamentais: o que é
cognição, como funciona a cognição e o que a cognição faz nos diferentes níveis de
complexidade dos organismos vivos. Ao explicar o caráter info-computacional da
cognição, sua evolução, dependência de agente e mecanismos gerativos, pode-se
entender melhor seu papel de sustentação e propagação da vida. A abordagem info-
computacional está contribuindo para repensar a cognição como um processo de
computação natural em seres vivos que pode ser aplicado para computação cognitiva em
sistemas artificiais.
Em relação à origem da cognição, a conjectura hoje predominante é a da
criticidade auto-organizada (SOC)195,199,200. O comportamento de uma rede de trabalho
comporta mudanças entre dois consecutivos eventos dados pela densidade de
distribuição dos tempos de espera Ψ(τ) que tem uma estrutura de lei de potência inversa:
Ψ(τ) α 1/τμ. Essas mudanças abruptas (como no caso do voo de um bando de pássaros)
são uma forma de intermitência gerada pela criticidade. O estudo da intermitência
induzida pela criticidade do modelo de Ising enfatizou201 a emergência da intermitência
com 1 < μ < 3 como um gerador de ruído 1/f, um ruído com o espectro S(f) α 1/fβ.
Nesse caso, β = 3-μ para 2<μ<3 e β=0 para μ>3. Quando os componentes do sistema
seguem regras próprias, a velocidade global do sistema se desvanece, um processo de
nucleação começa tentando levar todo o sistema junto: a mudança de direção são
eventos de renovação. Se μ>3, esses eventos de renovação geram a condição comum de
ruído branco; se μ<3, há o início da condição da física estatística comum que leva à
definição de evento crucial. Ou seja: eventos cruciais são eventos de renovação quando
a condição 1<μ<3 se aplica.
Os eventos cruciais são uma propriedade geral de cognição induzida por
criticidade. No caso da dinâmica cerebral, os registros de EEG se caracterizam por
processos de transição rápida que possuem as mesmas propriedades dos eventos
cruciais202. A região μ>3, gerando ruído branco, é virtulmente indistinguível da
condição de randomicidade incompressível203, que corresponde á falta de cognição. O
cérebro humano gera eventos cruciais204 com μ=2. Essa condição, de acordo com a
equação acima, corresponde a ruído 1/f perfeito. Entretanto, em geral, processos
neurofisiológicos saudáveis também geram a condição de ruído 1/f ideal que é um
marcador de máxima resiliência. As doenças ou as tarefas difíceis podem forçar os
processos neurofisiológicos a se afastar significativamente dessa condição ideal,
enquanto ainda permanecendo na região crucial de μ<3.
Os autores do trabalho em foco194 expressaram a crença que os eventos cruciais
podem ser realizados espontaneamente por sistemas complexos, advogando criticidade
temporal auto-organizada (SOTC)205-207. SOTC é uma teoria que explana como um
sistema de unidades em interação podem espontaneamente gerar complexidade
temporal; é uma forma de SOC que foca em eventos cruciais. Correntemente, a
abordagem teórica de SOTC está limitada a μ<2, mas os autores acham plausível a
conjectura que essa forma de organização espontânea possa ser estendida para o regime
crucial de μ<3.
Os autores indicaram que a descoberta da radiação ultravioleta (UV) fraca por
Gurwitsch como vinda de tecidos vivos gerou a interpretação da cognição como uma
possível manifestação da coerência208,209. Nessa visão, os biofótons jogam um papel
fundamental para a comunicação célula para célula210,211. Daí a assunção dos autores do
artigo em foco194 é que a semente em germinação é um sistema inteligente complexo e
que sua comunicação com o meio inclui outras sementes, assentando na emissão de
biofótons. Para demonstrar experimentalmente essa inteligência, os autores então
analisaram a estatística da emissão de biofótons e mostraram que na primeira fase do
processo de germinação μ<3. Eles encontram, todavia, que a complexidade é uma
mistura da dinâmica de eventos cruciais e memória infinita; eles interpretam isso como
uma forma de coerência quântica. Na fase tardia da germinação, a coerência quântica,
segundo eles, se torna dominante.
Os autores recordam212 que o espectro S(f) no caso quando a difusão anômala é
gerada por eventos cruciais tem uma forma de ruído 1/f, com S(f) α 1/fβ com β=3-μ,
gerando um ruído 1/f ideal com μ=2. No extremo limite, quando a difusão anômala é só
um movimento browniano fracionário212, β=2δ-1, gerando um ruído 1/f ideal com μ=2.
Os resultados para a germinação mostraram que, nas primeiras três regiões de
germinação, uma mistura das duas condições de difusão anômala foi realizada. Nas
últimas três regiões de germinação, o movimento browniano fracionário se aplicava,
sugerindo a influência da coerência quântica. Os autores apresentaram a conjectura que
a comunicação célula para célula está baseada na coerência da mecânica quântica, uma
forma de não comutativa de teoria da probabilidade, uma perspectiva teórica que eles
acreditam estar relacionada aos processos de movimento browniano fracionário
estacionário (SFBM)213, com base no fato de que a abordagem dinâmica do FBM214 foi
derivada da teoria da mecânica quântica dos processos dissipativos quânticos de
Weiss215.
A hipótese geral é que os eventos cruciais estão embutidos em uma nuvem de
eventos de Poisson, descartando SFBM induzido por coerência. Daí os autores
concluem que não podem descartar que o tipo de criticidade envolvida pelo processo de
germinação requer uma forma de transição de fase que ainda não é conhecida. Deve-se
enfatizar que alguns autores216,217 usam o conceito de inteligência de enxame com
referência à rede raiz não hierárquica. Assim, pode ser benéfico complementar suas
observações, observando que a primeira região de germinação pode ter a ver com o
nascimento dessa surpreendente inteligência raiz. Sobre isso, parece haver um consenso
geral de que o surgimento da vida é sinalizado218 por um desvio da escala normal η =
0,5. Assumindo uma clara distinção entre SFBM (caracterizado pelo uso de funções de
correlação estacionárias) e AFBM ((movimento browniano fracionário envelhecido,
com eventos cruciais e envelhecimento), parece que o afastamento da física estatística
comum repousa no SFBM ou AFBM219, ou numa ação conjunta de ambos os processos.
Isso ainda é um assunto de pesquisa e possível debate213.

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