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Mitocôndrias

Iandra Kamille Matos Santos RA: 52420322

As mitocôndrias são organelas citoplasmáticas presentes nas células humanas que


possuem uma forma cilíndrica rígida e alongada, com um diâmetro de 0,5 a 1um e
são formadas por estruturas complexas, com duas membranas altamente
especializadas, uma externa e outra interna. Possuem o espaço intermembranal e o
espaço interno da matriz onde estão presentes o DNA mitocondrial, os ribossomos
mitocondriais, os RNAs e várias enzimas. Por meio de microfilmagens de células
vivas, observa-se que elas são organelas móveis e plásticas que mudam de forma
constante.

ORIGEM DA MITOCÔNDRIA

A teoria mais aceita atualmente sobre a origem das mitocôndrias é denominada de


teoria endossimbiótica. Segundo ela, as mitocôndrias teriam surgido, há cerca de
2,5 bilhões de anos, de um processo de endossimbiose, em que um organismo
menor, denominado de simbionte, passa a viver dentro de outro, o hospedeiro,
que é maior, em uma relação benéfica.

De acordo com essa teoria, o hospedeiro deveria ser um organismo anaeróbio


(não utiliza oxigênio em seus processos para obtenção de energia), e o simbionte,
um procarionte aeróbio (utiliza oxigênio em seus processos para obtenção de
energia, obtendo um saldo energético maior do que nos processos anaeróbios).

Ao englobar o organismo aeróbio (acredita-se que tenha sido uma bactéria), sem
digeri-lo, o organismo hospedeiro conseguiu obter um maior aproveitamento
energético de seus alimentos, sendo que o organismo simbionte favoreceu-se da
presença de alimento, bem como do abrigo e proteção.

Assim, o surgimento da mitocôndria ocorre pelo fato de que o organismo aeróbio


tornou-se parte do organismo hospedeiro, perdendo a capacidade de viver de
forma independente e tornando-se necessário para a obtenção de energia pela
célula hospedeira.

APOPTOSE CELULAR

As células do organismo fazem parte de um sistema altamente organizado. O


número de células é regulado pelo controle da taxa de divisão celular e pelo controle
da taxa de morte celular. Podem ocorrer dois meios distintos de morte celular: a
morte celular por apoptose ou por necrose.
O processo denominado necrose acontece quando ocorrem lesões agudas nas
células. Na necrose, as células incham e arrebentam expelindo seus conteúdos
sobre as células vizinhas, ocorrendo uma resposta inflamatória.

A morte por apoptose é uma morte programada, como se a célula cometesse um


suicídio através de um programa de morte intracelular. Esta morte geralmente
acontece de maneira natural e necessária para a fisiologia do organismo, servindo,
por exemplo, na participação do colapso endometrial durante a menstruação, na
deleção de células das criptas intestinais e na embriogênese.

Deste modo, a apoptose é um mecanismo controlado por expressões genéticas e


por influências externas, levando à produção de várias moléculas com atividades
específicas que causam alterações celulares, resultando nesta morte programada.

Na apoptose, a célula encolhe e se condensa, o citoesqueleto entra em colapso, o


envelope nuclear se desmonta, e o DNA nuclear se reparte em fragmentos. Nesta
morte não ocorre a liberação de conteúdo citoplasmático, não prejudicando células
vizinhas. Durante a apoptose, a célula exibe propriedades na sua superfície que
estão alteradas, fazendo com que através disto ela seja fagocitada tanto por células
vizinhas como por um macrófago, antes que possa ocorrer liberação de seu
conteúdo. Esta morte permite que as células mortas tenham seus componentes
orgânicos reciclados pelas células que as fagocitam.

CURIOSIDADES SOBRE O DNA MITOCONDRIAL

A herança do DNA mitocondrial é materna, pois as mitocôndrias dos


espermatozóides se localizam na cauda, e durante a fecundação, a cauda do
espermatozóide não penetra no óvulo, e as mitocôndrias contidas na sua cauda
também não entram. Sendo assim, quando é formado o embrião ele só contém
mitocôndrias do ovócito. Portanto a herança do DNA mitocondrial e das mutações
ocorrentes nele é materna.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ALBERTS B, JOHNSON A, LEWIS J, RAFF M, ROBERTS K e


WALTER P. Biologia Molecular da Célula, 4ª edição, Porto Alegre,
Artmed, 2004.

2. ANAZETTI MC e MELO PS. Morte celular por apoptose: uma


visão bioquímica e molecular. Campinas, Metrocamp Pesquisa,
V.1, n°1, p-37-58, jan/june 2007.

3. OLIVEIRA MC e MENCK CFM. Biologia Molecular e Evolução.


Universidade de São Paulo - USP. Holos Editora, 2001.

4. . RIBEIRO SHA, PEREIRA JCC, VERNEQUE RS, SILVA MA,


BERGMANN JAG, LEDIC IL e MORAIS OR. Efeitos da origem e
da linhagem do DNA mitocondrial sobre características produtivas
e reprodutivas de bovinos leiteiros da raça GIR. Arquivo Brasileiro
de Medicina Veterinária Zootecnia, volume 61, n° 1, Belo
Horizonte, feb/ 2009.

5. https://www.biologianet.com/amp/biologia-celular/mitocondrias.htm

6. SCARANO WR. Mitocôndrias e Metabolismo celular. Alfenas;


Universidade Federal de Alfenas, UNIFAL, 2008.

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