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1. Introdução e Definição.............................................. 3
2. Epidemiologia e Prevenção..................................... 4
3. Diagnóstico.................................................................18
4. Manifestações da infecção aguda......................24
5. Profilaxias.....................................................................51
6. Tratamento..................................................................58
Referências Bibliográficas..........................................64
AIDS / HIV 3
nos hemofílicos e nos receptores de ria desde 1986 e a infecção pelo HIV
transfusões sanguíneas, nas parcei- é de notificação compulsória desde
ras sexuais dos homens com AIDS e 2014. Por essa obrigatoriedade da
nos lactentes nascidos de mães com notificação, os dados epidemiológi-
a doença. Em 1983, o vírus da imuno- cos da doença são atualizados e dis-
deficiência humana (HIV) foi isolado ponibilizados pelo próprio ministério
de um paciente com linfadenopatia da saúde anualmente em formas de
e, em 1984, ficou claramente com- boletins epidemiológicos. O último foi
provado que esse vírus era o agente publicado no dia 28 de novembro de
etiológico da AIDS. 2019. É importante destacar que o
Em 1985, pesquisadores desenvol- ministério da saúde, com esse docu-
veram um ensaio imunoabsorven- mento, espera contribuir para o con-
te ligado à enzima (ELISA) sensível, trole do HIV/aids no país, no sentido
o qual permitiu avaliar o alcance e a de fornecer subsídios à tomada de
evolução da epidemia do HIV, primei- decisões nos níveis federal, estadual
ramente nos EUA e em outros países e municipal.
desenvolvidos e, por fim, nos países De 2007 até junho de 2019, foram
em desenvolvimento de todas as re- notificados no Sinan 300.496 casos
giões do mundo. A evolução mundial de infecção pelo HIV no Brasil, sendo
surpreendente da pandemia do HIV 136.902 (45,6%) na região Sudeste,
acompanhou-se de uma explosão de 60.470 (20,1%) na região Sul, 55.090
informações nos campos da virologia (18,3%) na região Nordeste, 26.055
do HIV, da patogênese imunológica e (8,7%) na região Norte e 21.979
virológica, do tratamento da doença (7,3%) na região Centro-Oeste. Nes-
causada pelo vírus, do tratamento e se período, foi notificado no Sinan um
da profilaxia das doenças oportunis- total de 207.207 (69,0%) casos em
tas associadas à infecção pelo HIV e homens e 93.220 (31,0%) casos em
prevenção da infecção pelo HIV. mulheres. No ano de 2018, foram no-
tificados 43.941 casos de infecção
pelo HIV, com uma proporção de ho-
2. EPIDEMIOLOGIA mens para mulheres de quase 3:1.
E PREVENÇÃO A seguir vemos a evolução da razão
A infecção pelo HIV e a aids fazem entre os sexos durante os anos, além
parte da Lista Nacional de Notifica- do número de diagnósticos divididos
ção Compulsória de doenças (Por- por essa variável.
taria de Consolidação MS/GM nº 4,
de 28 de setembro de 2017), sendo
que a aids é de notificação compulsó-
AIDS / HIV 5
Figura 1. Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) segundo sexo e razão de sexos, por ano de diagnóstico. Brasil,
2008 a 2018. Fonte: Sinan; Siscel/Siclom;
mil novos casos de AIDS nos últimos As regiões Sudeste e Sul apresen-
cinco anos. Entretanto, o número de taram tendência de queda nos últi-
casos de aids vem diminuindo desde mos dez anos; em 2008, as taxas de
2013, quando atingiu 42.934 casos, detecção dessas regiões foram de
em 2018, foram registrados 37.161 22,8 e 35,7, passando para 16,0 e
casos. 22,8 casos por 100.000 habitantes
A distribuição proporcional dos ca- em 2018: queda de 29,8% e 36,1%,
sos de aids, identificados de 1980 respectivamente. A região Centro-
até junho de 2019, mostra uma con- -Oeste, apesar de ter apresentado
centração nas regiões Sudeste e Sul, menores variações nas taxas anuais,
correspondendo cada qual a 51,3% e também exibiu queda de 4,4% nos
19,9% do total de casos; as regiões últimos dez anos, enquanto as regi-
Nordeste, Norte e Centro-Oeste cor- ões Norte e Nordeste mostraram ten-
respondem a 16,1%, 6,6% e 6,1% do dência de crescimento na detecção:
total dos casos, respectivamente. Nos em 2008 as taxas registradas dessas
últimos cinco anos (2014 a 2018), a regiões foram de 20,6 (Norte) e 13,5
região Norte apresentou uma média (Nordeste) casos por 100.000 habi-
de 4,4 mil casos ao ano, o Nordeste, tantes, enquanto em 2018 foram de
8,9 mil, o Sudeste, 15,4 mil, o Sul, 7,7 25,1 (Norte) e 15,8 (Nordeste), repre-
mil, e o Centro-Oeste, 2,8 mil. sentando aumentos de 21,8% (Nor-
te) e 17,0%.
Como já comentado, a taxa de detec-
ção de aids vem caindo no Brasil nos Na figura abaixo, observa-se um de-
últimos anos. Em 2012, a taxa foi de clínio na taxa de detecção de AIDS
21,7 casos por 100.000 habitantes, entre os anos de 2008 e 2018 em
em 2014, foi de 20,6, em 2016, pas- 11 UF: Rio Grande do Sul (39,3%),
sou para 18,9, finalmente, em 2018, Paraná (36,6%), São Paulo (34,8%),
chegou a 17,8 casos por 100.000 ha- Santa Catarina (29,1%), Distrito Fe-
bitantes. Em um período de dez anos, deral (25,8%), Minas Gerais (25,2%),
a taxa de detecção apresentou que- Espírito Santo (24,0%), Rio de Janei-
da de 17,6%: em 2008, foi de 21,6 ro (23,9%), Rondônia (6,1%), Mato
casos por 100.000 habitantes e, em Grosso (6,1%) e Mato Grosso do Sul
2018, de 17,8 casos a cada 100.000 (3,8%). Valendo destacar o aumento
habitantes. de 81,7% na taxa de detecção do Rio
Grande do Norte, no mesmo período.
AIDS / HIV 7
Figura 2. Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) e percentual de declínio ou incremento, segundo UF de
residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 e 2018. Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.
Fluídos vaginais
Sêmen
Sangue Percutâneas
2 1
INDICAÇÕES
3 4
Tempo entre
Status sorológico
exposição e
da pessoa exposta
atendimento
O uso de lopinavir/
Uso de inibidores da
ritonavir (LPV/r) ou de MAPA MENTAL PEP VS PREP
bomba de prótons
AZTe
Terapia
Usado no risco indicada TDF/FTC (tenofovir +
de contágio entricitabina) em um
único comprimido
Medida de prevenção de
urgência à infecção pelo
HIV População Gays e outros homens que
indicada fazem sexo com homens
(HSH), pessoas trans e
trabalhadores(as) do sexo
Preferencialmente nas
primeiras duas horas após !
a exposição e no máximo
em até 72 horas
AIDS / HIV 11
Viremia maciça
Disseminação ampla
aos órgãos linfoides
ENTRADA
DO HIV
Replicação
Fase ativa viral
Receptores CXCR4
Patogenia e CCR5 nas células
TCD4+ Integração
Fase latente viral ao
genoma
Síndrome mono-like
Estágios
Disseminação para os
Viremia
tecidos linfoides e baço
AIDS / HIV 18
Imunoensaio
Testes rápidos (TR)
Logo após a descoberta do HIV, fo-
ram desenvolvidos imunoensaios (IE) Os testes rápidos (TR) são imuno-
para o diagnóstico da infecção. Nas ensaios (IE) simples, com resultados
últimas décadas, sucederam-se qua- em até 30 minutos, realizados prefe-
tro gerações de IE. Essas gerações rencialmente de forma presencial em
foram definidas de acordo com a evo- ambiente não laboratorial com amos-
lução das metodologias empregadas, tra de sangue total obtida por punção
a partir do primeiro ensaio disponível digital ou amostra de fluido oral. Como
comercialmente, no ano de 1985. consequência do desenvolvimento e
da disponibilidade de TR, a testagem
O ensaio de primeira geração tem o
para a infecção pelo HIV atualmente
formato indireto, ou seja, a presença
pode ser realizada em ambientes la-
de anticorpos específicos é detectada
boratoriais e não laboratoriais, permi-
por um conjugado constituído por um
tindo ampliar o acesso ao diagnóstico.
anticorpo anti-IgG humana. O ensaio
Existem vários formatos de TR, e os
de segunda geração também tem
mais frequentemente utilizados são:
formato indireto, porém, utiliza antí-
dispositivos (ou tiras) de imunocro-
genos recombinantes ou peptídeos
matografia de fluxo lateral, imunocro-
sintéticos derivados de proteínas do
matografia de duplo percurso (DPP) e
HIV. O ensaio de terceira geração tem
imunoconcentração.
o formato “sanduíche” (ou imunomé-
trico) e sua característica é utilizar an-
tígenos recombinantes ou peptídeos
sintéticos tanto na fase sólida quan-
to sob a forma de conjugado. Assim,
esse formato permite a detecção si-
multânea de anticorpos anti-HIV IgM
e IgG. Já o quarto e último ensaio,
AIDS / HIV 21
Infecção
> 30 dias recente 4ª geração + teste
complementar
Detecção de Infecção
anticorpos anti- HIV crônica 1ª, 2ª, 3ª ou 4ª geração +
teste complementar
Detecção do vírus e
> 10-12 dias Imunoensaio
seus componentes
Diagnóstico
Múltiplos antibióticos:
Cardiomiopatia dilatada Leucoplasia pilosa Meningite aguda Infecções oportunistas
Clostridium difficile
Herpes simples
AIDS / HIV 24
Alguns autores demonstraram que vá- Tabela 3.Achados clínicos da síndrome aguda causada
pelo HIV
rios sinais e sintomas da síndrome agu-
da (febre, erupção cutânea, faringite e
mialgia) são menos frequentes nos in- Cerca de 70% dos indivíduos com in-
divíduos infectados pelo uso de drogas fecção primária pelo HIV têm linfade-
injetáveis quando comparados com os nopatia. A maioria dos pacientes re-
pacientes infectados por relações sexu- cupera-se espontaneamente dessa
ais. A síndrome é típica de uma infec- síndrome e pode persistir apenas com
ção viral aguda e foi comparada à mo- ligeira redução da contagem de células
nonucleose infecciosa aguda. Em geral, T CD4+, que se estabiliza por um perío-
os sinais e os sintomas persistem por do variável antes de começar o declínio
uma a várias semanas e regridem gra- progressivo; em alguns indivíduos, as
dativamente à medida que a resposta contagens de células T CD4+ voltam à
imune ao HIV se desenvolve e os níveis faixa normal. Cerca de 10% dos pacien-
de viremia plasmática diminuem. Al- tes têm deterioração clínica e imunológi-
guns autores relataram infecções opor- ca fulminante depois da primoinfecção,
tunistas durante essa fase da infecção, mesmo depois do desaparecimento
refletindo a imunodeficiência resultante dos primeiros sintomas. Na maioria dos
das contagens reduzidas de células T casos, a infecção primária com ou sem
CD4+ e, provavelmente, também a dis- uma síndrome aguda é seguida de um
função dessas células em consequência intervalo longo de latência clínica ou ní-
veis baixos de atividade da doença.
AIDS / HIV 25
Infecção
primária
3-6 semanas
1 semana – 3 meses
Estabelecimento da infecção
Redução da viremia plasmática 1-2 semanas crônica persistente nos
tecidos linfoides
Latência clínica
SE LIGA!
TRATAMENTO DE TUBERCULOSE EM PACIENTES HIV+
Tabela 4 . Esquema básico para tratamento de TB em adultos e adolescentes ≥ 10 anos
FASES DO FAIXA DE
FÁRMACOS UNIDADE/DOSE MESES
TRATAMENTO PESO
RH 20 a 35kg 2 comprimidos
4
150/75mg
MANUTENÇÃO (4RH) 36 a 50kg 3 comprimidos
Comprimido em dose fixa
combinada >50kg 4 comprimidos
terais dos lobos inferiores, sugestivo Além da PPC, os pacientes com aids
de disseminação miliar. Além disso, podem ter outras infecções fúngi-
pode haver infiltrados alveolares ou cas pulmonares. Os pacientes com
nodulares e linfadenopatia hilar e/ou criptococose pulmonar apresentam
mediastinal. Outras anormalidades febre, tosse, dispneia e, em alguns
clínicas incluem lesões endobrônqui- casos, hemoptise. Mais de 90% dos
cas, dor abdominal, diarreia e linfade- pacientes têm infiltrados intersticiais
nopatia. Anemia e níveis altos de fos- focais ou difusos nas radiografias
fatase alcalina hepática são comuns. do tórax. Além disso, podem ocorrer
O diagnóstico é estabelecido pela he- doença lobar, doença cavitária, der-
mocultura ou cultura do tecido aco- rames pleurais e linfadenopatia hilar
metido. Duas amostras consecutivas ou mediastinal. Mais de 50% dos pa-
de escarro positivas para MAC são al- cientes apresentam fungemia e 90%
tamente sugestivas de infecção pul- têm infecção concomitante do SNC.
monar. As culturas podem levar duas O Coccidioides immitis é um fungo
semanas para positivar. O tratamento endêmico no sudoeste dos Estados
consiste em um macrolídeo (em ge- Unidos. Ele pode causar uma sín-
ral, claritromicina) com etambutol. Al- drome pulmonar por reativação em
guns médicos preferem adicionar um pacientes com infecção pelo HIV. A
terceiro fármaco (rifabutina, ciproflo- maioria dos pacientes com essa in-
xacino ou amicacina) para os pacien- fecção apresenta contagem de célu-
tes com doença extensiva. Em geral, las T CD4+ < 250/µL. Os pacientes
o tratamento era mantido por toda apresentam febre, emagrecimento,
a vida; contudo, com a utilização da tosse e infiltrados reticulonodulares
TARV, é possível interromper o trata- extensivos e difusos nas radiografias
mento dos pacientes com supressão do tórax. Também podem ser detec-
persistente da replicação viral e con- tados nódulos, cavidades, derrames
tagens de células T CD4+ > 100/µL pleurais e linfadenopatia hilar.
por 3 a 6 meses.
AIDS / HIV 34
Quadro clínico TB
T CD4+ < 326/µL
sem padrão
TRATAMENTO
Rifampicina
As radiografias de tórax podem demonstrar
infiltrados reticulonodulares difusos ou bilaterais Isolamento respiratório
dos lobos inferiores
! Síndrome inflamatória
de reconstituição imune
AIDS / HIV 35
Manifestações gastrointestinais
Doenças do sistema GI são achados
comuns da infecção pelo HIV, sendo
mais frequentemente causadas por
infecções secundárias. Embora a aclo-
ridria seja um problema comum entre
os pacientes infectados pelo HIV, os
outros distúrbios gástricos geralmen- Figura 12. Candidíase oral. Fonte: https://www.mdsau-
de.com/doencas-infecciosas/dst/aids-hiv-fotos/
te são raros. Entre as doenças neo-
plásicas que acometem o estômago,
destacam-se o SK e o linfoma.
Acloridria é a ausência de ácido clorí-
drico no estômago. Assim, é definida
como a incapacidade do pH gástrico
em chegar abaixo de 4,0 para fazer
a digestão dos alimentos. Este distúr-
bio pode leva a alguns sintomas im-
Figura 13. Herpes simples. Fonte: https://www.atlas-
portantes como azia, queimação, dis- dasaude.pt/publico/content/herpes-labial
tensão abdominal (barriga estufada,
inchada), sensação de empachamen-
to após as refeições principalmente
proteínas. É comum em doenças au-
to-imunes, e como já comentado, em
pacientes HIV-positivos.
As principais lesões orais em pacien-
tes infectados pelo HIV são: candidí-
ase oral, herpes simples, leucoplasia Figura 14. Leucoplasia pilosa. Fonte: http://estomatolo-
pilosa e sarcoma de Kaposi. Na candi- giaonlinepb.blogspot.com/2015/03/leucoplasia-eritro-
plasia-e-queilite.html
díase, observa-se o aparecimento de
placas removíveis esbranquiçadas,
além de queilite angular ou pápulas
eritematosas na mucosa.
AIDS / HIV 36
infecções por muitas outras cepas. por ano. Em 75% dos casos, a diar-
Em geral, os pacientes apresentam reia acompanha-se de dor abdomi-
dor abdominal em cólica, febre e diar- nal espasmódica e 25% dos pacien-
reia sanguinolenta. A infecção tam- tes têm náuseas e/ou vômitos.
bém pode manifestar-se na forma de Os criptosporídios também podem
proctite. O exame das fezes revela a causar doença do trato biliar nos
presença de leucócitos fecais. A in- pacientes infectados pelo HIV, re-
fecção sistêmica pode ocorrer e até sultando em colecistite com ou sem
10% dos pacientes infectados têm colangite associada e pancreati-
bacteremia. A maioria das cepas é te secundária à estenose papilar. O
sensível à eritromicina. diagnóstico da diarreia por Cryptos-
A infecção por MAC pode causar dor poridium é estabelecido com base
abdominal e diarreia. As infecções no exame das fezes ou na biópsia do
fúngicas também podem causar intestino delgado. A diarreia não é in-
diarreia nos pacientes com infecção flamatória e o achado típico consiste
pelo HIV. A histoplasmose, a cocci- na presença de oocistos, os quais se
dioidomicose e a penicilinose foram coram com corantes álcool-ácido re-
identificadas como causas de febre sistentes. O tratamento consiste ba-
e diarreia dos pacientes infectados sicamente em medidas de suporte
pelo HIV. Existem casos descritos e foram descritas melhoras marcan-
de peritonite por C. immitis, Cryp- tes depois da introdução de TARV
tosporidium, microsporidium e Isos- eficaz. O tratamento com até 2.000
pora belli são os protozoários opor- mg/dia de nitazoxanida (NTZ) foi as-
tunistas que mais infectam o trato sociado à melhora dos sintomas ou
GI e causam diarreia em pacientes à redução da excreção dos micror-
infectados pelo HIV. A infecção por ganismos em 50% dos pacientes.
Cryptosporidium pode manifestar- A utilidade geral desse fármaco no
-se de diversas maneiras, desde tratamento dessa doença ainda não
uma doença diarreica autolimitada está estabelecida.
ou intermitente nos pacientes que Os pacientes podem diminuir seu
estão nos estágios iniciais da infec- risco de desenvolver criptosporidio-
ção pelo HIV, até diarreia grave e se evitando o contato com fezes hu-
potencialmente fatal nos indivíduos manas e animais, evitando a inges-
com imunodeficiência grave. Nos tão de água não fervida de lagos ou
pacientes não tratados com infec- rios e não ingerindo mariscos crus.
ção pelo HIV e contagens de células Os microsporídios são parasitas uni-
T CD4+ < 300/µL, a incidência da celulares pequenos que vivem no
criptosporidiose é de cerca de 1% citoplasma dos enterócitos. A prin-
AIDS / HIV 38
cipal espécie que causa doença nos criptosporídios com base no tama-
seres humanos é o Enterocytozoon nho, na forma e no número de es-
bieneusi. As manifestações clínicas porocistos. As síndromes clínicas da
assemelham-se às descritas para os infecção por Isospora são idênticas
Cryptosporidium e consistem em dor às causadas pelo Cryptosporidium.
abdominal, má absorção, diarreia e A diferença importante é que, em
colangite. As dimensões minúscu- geral, a infecção por Isospora é re-
las do microrganismo dificultam sua lativamente fácil de tratar com SMX/
detecção; entretanto, com o uso de TMP. Embora as recidivas sejam co-
corantes de base cromotrópica, os muns, um esquema de SMX/TMP
microrganismos podem ser identifi- administrado três vezes por sema-
cados nas amostras de fezes à mi- na parece ser adequado para evitar
croscopia óptica. Em geral, o diag- recidivas. No passado, a colite cau-
nóstico definitivo depende do exame sada por CMV era observada em
das amostras de fezes, do aspirado consequência da imunodeficiência
intestinal ou de um espécime de bi- avançada em 5 a 10% dos pacientes
ópsia intestinal à microscopia eletrô- com aids. Com o advento da TARV,
nica. Ao contrário dos criptosporídios, essa condição tornou-se muito me-
os microsporídios foram identifica- nos comum.
dos em várias estruturas extraintes- A colite por CMV evidencia-se por
tinais, inclusive olhos, cérebro, seios diarreia, dor abdominal, emagreci-
paranasais, músculos e fígado, e mento e anorexia. Em geral, a diarreia
foram associados à conjuntivite e à não é sanguinolenta e o diagnóstico
hepatite. O método mais eficaz de é estabelecido por endoscopia e bi-
lidar com os microsporídios dos pa- ópsia. A endoscopia detecta várias
cientes HIV-positivos é recuperar úlceras da mucosa e as biópsias de-
seu sistema imune combatendo a monstram corpúsculos de inclusão
infecção com o uso de TARV. Estu- citoplasmáticos e intranucleares típi-
dos demonstraram que o albendazol, cos. O adelgaçamento da parede in-
400 mg duas vezes ao dia, foi eficaz testinal pode predispor à bacteremia
em alguns pacientes. secundária. O tratamento consiste
I. belli é uma parasita coccidiano em gangiclovir ou foscarnet por três
mais encontrado como causa de a seis semanas. As recidivas são fre-
diarreia em pacientes de regiões quentes e o tratamento de manuten-
tropicais e subtropicais. Seus cistos ção geralmente é necessário aos pa-
aparecem nas fezes como estruturas cientes HIV-positivos com infecção
álcool-ácido resistentes grandes, as mal controlada. Os pacientes com
quais podem ser diferenciadas dos doença do trato GI por CMV devem
AIDS / HIV 39
Nenhum indício
Tratar Suspeita de colite
de colite
Tratar
Sem diagnóstico
Enteropatia
associada ao HIV
MANIFESTAÇÕES NEUROLÓ-
MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS MANIFESTAÇÕES NEUROLÓ-
GICAS DA IMUNODEFICIÊNCIA
PRECOCES (NÍVEIS DE LINFÓCI- GICAS TARDIAS (CD4 < 200):
MODERADA (CD4 >200 E < 500
TOS T CD4 >500 CÉLS./MM3 ) INFECÇÃO CRÔNICA
CÉLS./MM3)
Neuropatias cranianas (paralisia
de Bell, perda auditiva, paralisia do
nervo frênico)
Neuropatias periféricas (mononeu-
ropatia do cutâneo lateral da coxa,
polineuropatia desmielinizante
inflamatória crônica
Polineuropatia sensitiva simétrica
distal
Neuropatia autonômica
Miopatia
Tabela 5. Manifestações Neurológicas Primariamente Ligadas ao HIV:
cular, uveíte com meningite) são mais dos de lesão com efeito de massa, mais
comuns que as síndromes tardias comuns nos imunocomprometidos. A
(paresia geral e tabes dorsalis). A re- hidrocefalia é uma complicação fre-
cidiva é mais comum em pessoas in- quente da meningite tuberculosa, mui-
fectadas pelo HIV e há necessidade tas vezes sendo necessária a realiza-
de acompanhamento após o térmi- ção de derivação ventrículoperitoneal.
no do tratamento. A sorologia é feita O diagnóstico é realizado pelo liquor e
mensalmente por três meses e a in- pode mostrar celularidade aumentada
tervalos de três meses daí em diante. (pode variar de 5 a 2.000 céls./µL), pro-
Repetição do tratamento é indicada teinorraquia elevada (em até em 40%
se os títulos sorológicos se elevarem. dos casos pode chegar a 500 mg/dL),
O tratamento para neurossífilis é fei- embora raramente possa ser normal.
to com Penicilina cristalina 18-24
milhões UI/dia, EV, em doses de 3-4 Encefalite virótica
milhões UI, a cada 4 horas ou por in-
fusão contínua, por 14 dias. Geralmente devido a vírus do grupo
herpes, mais comumente relaciona-
da ao CMV, e mais raramente HSV
Neurotuberculose e VZV. A hepatite C é uma infecção
Tuberculose é uma doença bacteriana concomitante importante em pacien-
causada pelo Mycobacterium tuber- tes portadores do HIV e pode causar
culosis e transmitida de pessoa para encefalopatia. O citomegalovirus pode
pessoa por inalação de perdigotos. reativarse na vigência de imunossu-
No mundo é a mais comum infecção pressão, sendo mais frequente quando
oportunista associada ao HIV. Pode se o CD4 está menor que 100 céls./mm3 .
manifestar como forma meníngea, en- São descritas duas formas principais: a
cefálica ou ambas. Nos Estados Uni- forma radiculomedular e a forma ence-
dos, o risco de neurotuberculose é 235 falítica. Paciente gravemente imunos-
vezes maior para pacientes portadores suprimidos apresentam uma forma ful-
do vírus HIV. O quadro clínico é carac- minante de radiculomielite ascendente,
terizado por febre, cefaleia, alteração que leva à morte em poucos dias ou
progressiva do nível de consciência e semanas, por estar associada a disfun-
comprometimento de pares cranianos ção medular maciça e insuficiência res-
(especialmente, III, IV, VI e VII nervos piratória. Nestes pacientes o LCR pode
cranianos). Convulsões também po- mostrar predomínio de neutrófilos po-
dem acontecer. As manifestações são limorfonucleares, aumento do teor de
similares às dos pacientes sem a do- proteínas e eventualmente diminuição
ença pelo vírus HIV, exceto pelos acha- dos níveis de glicose. O acometimen-
AIDS / HIV 48
acima de 200 céls./mm3 por mais de 4 a 8 semanas ou mais, até que não
seis meses. O tratamento é realiza- existam mais sinais de atividade como
do com a associação de pirimetami- a captação de contraste pela TC. Após
na (75100 mg/dia VO) e sulfadiazina esta fase de indução deve ser passa-
(1,52 g/dia VO). Deve ser associado do para a fase de manutenção indefi-
ácido folínico para evitar o desenvolvi- nidamente ou até a melhora da imu-
mento de toxicidade da medula óssea. nidade (pirimetamina, 2550 mg/dia, e
O tempo de tratamento deve ser de sulfadiazina, 1g/dia).
Tomografia de crânio
com contraste
Presença de levedura
AGENTE SITUAÇÃO DO
1ª ESCOLHA ALTERNATIVA
INFECCIOSO PACIENTE
SMZ-TMP 800/160 em dias alterna-
Sulfametoxazol-TMP dos ou 3x/ semana; Dapsona 100 mg
Pneumocystis
CD4< 200 800/160 – um comprimido VO por dia Pentamidina por aerossol
jirovecii
por dia 300mg mensalmente (Nebulizador
Respigard II)
Sulfametoxazol-TMP
Toxoplasma Dapsona 100 mg VO por dia + pirime-
CD4< 100 800/160 – um comprimido
gondii tamina 50 mg + ácido folínico
por dia
PPD= 5 mm ou his-
Isoniazida (5-10 mg/kg/dia)
tória de contato com
Mycobacterium máximo de 300 mg VO por
bacilífero ou Raio-x
tuberculosis dia + piridoxina 50 mg VO/
com cicatriz pulmo-
dia, por seis meses
nar
Azitromicina – 1200 mg VO
Complexo
por semana OU Claritromi- Evitar associação de claritromicina com
Mycobacterium CD4<50
cina – 500 mg duas vezes efavirenz e com atazanavir
avium
por dia
Cytomegalo-
CD4<50 Não é recomendado
virus
Não é rotineiramente reco-
mendada. No caso de infec-
ção recorrente (seis ou mais
por ano) pelo Herpes sim-
plex pode ser considerada
Herpes simplex
a profilaxia secundária com
doses menores de aciclovir
400 duas vezes/dia, fanci-
clovir 250 duas vezes/dia ou
valaciclovir 500 mg/dia
HPV Não indicada
Histoplasma
Não indicada
capsulatum
Criptococcus Não indicada
Tabela 7. Indicações de profilaxia primária de infecções oportunistas para pacientes imunossuprimidos.
TEMPO DE ELEVA-
CONTAGEM DE CD4
PROFILAXIA PARA: ÇÃO DA CONTA- CRITÉRIO DE REINÍCIO
MAIOR QUE:
GEM T-CD4
Pneumocistose Pri- 200 células/mm³
3 meses CD4<200 células/mm³
mária e Secundária (menor que 15%)
Toxoplasmose Pri- 200 células/mm³
3 meses CD4<100-200 células/mm³
mária (menor que 15%)
Seis meses após o
Toxoplasmose Se- 200 células/mm³
fim do tratamento na CD4<200 células/mm³
cundária (menor que 15%)
ausência de sintomas
MAC Primária 100 células/mm³ 3 meses CD4<50-100
Seis meses (no mí-
nimo um ano de tra-
MAC Secundária 100 células/mm³ CD4<100
tamento na ausência
de sintomas)
Seis meses após o
Criptococose Secun-
100-250 células/mm³ fim do tratamento na CD4<100-150
dária
ausência de sintomas
Seis meses na au-
sência de atividade.
CMV Secundária 100-150 células/mm³ CD4<100-150
Avaliações oftalmo-
lógicas regulares
HIV, sífilis e hepatites. Esses testes Cerca de 65% dos casos de trans-
são repetidos nos três últimos meses missão vertical do HIV ocorrem du-
da gestação e no momento do parto, rante o trabalho de parto ou no parto
mas apenas para HIV e sífilis. O teste propriamente dito. Os 35% restantes
de hepatite B também deve ser rea- ocorrem intraútero, principalmente
lizado no momento do parto, caso a nas últimas semanas de gestação. O
gestante não tenha recebido a vaci- aleitamento materno representa risco
na. Outras situações que é realizado adicional que se renova a cada ex-
os mesmos são em caso de exposi- posição da criança ao leite materno.
ção de risco e/ou violência sexual e Assim sendo, as oportunidades para
em caso de aborto. intervenções de prevenção da trans-
As gestantes que forem diagnosti- missão vertical, principalmente du-
cadas com HIV durante o pré-natal rante o trabalho de parto, não podem
têm indicação de tratamento com os ser perdidas.
medicamentos antirretrovirais duran- A via de parto será escolhida em fun-
te toda gestação e, se orientado pelo ção de situações obstétricas e/ou da
médico, também no parto. O trata- carga viral, de acordo com a avaliação
mento previne a transmissão vertical do obstetra e do clínico/infectologista
do HIV para a criança de 15-45% de responsáveis pela gestante. A defi-
risco de transmissão para 1%. nição da via de parto por carga viral
Durante o acompanhamento pré-na- segue o quadro abaixo.
tal da paciente HIV-positiva, é impor- ≥ 1000 cópias/ < 1000 cópias/
tante orientar a gestante quanto aos Carga viral ml ou desco- ml ou indetec-
nhecida tável
cuidados necessários para a redução
Idade gestacional ≥ 34 semanas ≥ 34 semanas
da transmissão vertical, através da
Parto por ope- Via de parto
utilização correta dos medicamentos Recomendações ração cesaria- por indicação
anti-retrovirais, cuidados durante o na eletiva obstétrica
trabalho de parto, via de parto, uso de Quadro 1. Definição da via de parto conforme carga
inibidores de lactação, enfaixamento viral da mãe. Fonte: Ministério da saúde
podendo ser iniciada dentro das pri- gunda amostra após o 4° mês de vida.
meiras oito horas de vida, caso a par- Caso o primeiro resultado seja detec-
turiente tenha recebido este medica- tável, solicitar uma segunda amostra
mento durante o trabalho de parto imediatamente após receber o pri-
A dose recomendada é de 2mg/kg/ meiro resultado. Caso a criança tenha
dose de AZT (0,2ml/kg/ dose), VO, de as duas cargas virais indetectáveis,
seis em seis horas durante seis sema- confirmar com uma sorologia após os
nas (42 dias). Caso a criança não tenha 12 meses de idade. Se esta for nega-
condições de receber o medicamento tiva, a criança será considerada não
por via oral, utiliza-se o AZT injetável, infectada, sendo referenciada à UBS,
na dose de 1,5mg/kg IV de 6/6 horas. com retorno anual à unidade espe-
Em crianças prematuras com menos cializada. Se a segunda carga viral for
de 34 semanas de gestação utiliza-se detectável, realizar imediatamente o
a seguinte dose do AZT (em estudos): terceiro exame. Este sendo positivo,
1,5 mg/kg, VO ou IV, 12/12 horas, nas a criança será considerada infectada
primeiras duas semanas e 2mg/kg 8/8 e permanecerá em acompanhamento
horas, por mais quatro semanas, se a na unidade especializada.
criança nasceu com mais de 30 se- É importante destacar que notificação
manas de gestação. de gestante HIV+ e criança exposta
Para a definição da situação provável é obrigatória em qualquer estágio da
da infecção, solicitar dois exames de gravidez e no parto. Os instrumentos
contagem de carga viral, sendo o pri- de notificação devem ser preenchi-
meiro entre 1 e 6 meses. Se a primeira dos cuidadosamente, registrando-se
amostra for indetectável, colher a se- todas as informações indicadas
AIDS / HIV 58
Recém-nascido com
risco de contágio por HIV
1 – 6 meses de vida
Detectável Indetectável
12 meses após
12 meses após
Infectada Sorologia
Acompanhamento
Positiva Negativa
e tratamento
Não infectada
UNIDADE DE UNIDADE DE
ITEM DESCRIÇÃO ITEM DESCRIÇÃO
FORNECIMENTO FORNECIMENTO
Lamivudina (3TC) Ritonavir (RTV) Solução
18 Frasco 28 Frasco
Solução Oral Oral
Lopinavir 100mg + Rito- Comprimido Comprimido
19 29 Tenofovir (TDF) 300mg
navir 25mg (LPV/r) revestido revestido
Lopinavir (LPV/r) Tenofovir (TDF) 300mg Comprimido
20 Frasco 30
Solução Oral + Entricitabina 200mg revestido
Lopinavir/ritonavir (LP- Comprimido Tenofovir 300mg+Lami- Comprimido
21 31
V/r) 200mg + 50mg revestido vudina 300mg revestido
Maraviroque (MVQ) Comprimido Tenofovir 300mg+Lami-
22 Comprimido
150mg revestido 32 vudina 300mg+Efavirenz
revestido
Nevirapina (NVP) Comprimido 600mg
23
200mg simples Tipranavir (TPV) Solu-
33 Frasco
Nevirapina (NVP) Sus- ção Oral
24 Frasco
pensão oral Cápsula Gelati-
34 Tipranavir (TPV) 250mg
Raltegravir (RAL) Comprimido nosa Mole
25
100mg mastigável Zidovudina (AZT) Cápsula gelatino-
35
Raltegravir (RAL) Comprimido 100mg sa dura
26
400mg revestido Zidovudina (AZT) Solu-
36 Frasco-ampola
Comprimido ção Injetável
27 Ritonavir (RTV) 100mg
revestido 37 Zidovudina (AZT) Xarope Frasco
Quadro 2. Fármacos disponíveis para tratamento de
pacientes com HIV-positivo
TERAPIA
SITUAÇÃO DOSE DIÁRIA OBSERVAÇÃO
ANTIRRETROVIRAL
(300mg/300mg)
Adultos em início de tratamento TDF/3TC + DTG “2 x 1”+ 50mg .
1x/dia
Concluído o trata-
Coinfecção TB-HIV sem critérios de (300mg/300m- mento completo para
gravidade (conforme critérios elencados TDF/3TC/EFV g/600mg) – DFC TB, poderá ser feita a
abaixo) 1x/dia mudança (switch) do
EFV para DTG.
Coinfecção TB-HIV com um ou mais dos
Concluído o trata-
critérios de gravidade abaixo: LT-CD4+
mento completo de
<100 céls/mm³ (300mg/300mg)
TB, deverá ser feita a
Presença de outra infecção oportunista TDF/3TC + RAL “2 x 1” 1x/dia +
mudança (switch) do
Necessidade de internação hospitalar/ 400mg 12/12h
RAL para DTG em até
doença grave
3 meses
Tuberculose disseminada
Tabela 10. Esquema de TARV inicial preferencial para adultos. Fonte: Ministério da Saúde
TRATAMENTO DO HIV/AIDS
Síndrome da
Efeitos adversos Principais antirretrovirais TARV Início do tratamento
reconstituição imune
Alterações lipídicas e Inibidores da integrase: Indicado para todos os Piora paradoxal após
No Brasil
glicêmicas Dolutegravir pacientes com HIV o início da TARV
Inibidores proteases:
Toxicidade mitocondrial Início sem interrupção Modificar TARV
Atazanavir, ritonavir
Análogos de
Hepatotoxicidade
nucleosídeos:
(principal)
lamivudina, tenofovir
Não análogos
de nucleosídeos:
efavirenz, nevirapina
AIDS / HIV 63
Quadro inespecífico –
Detecção de
síndrome mono like
anticorpos HIV
Detecção do vírus e
seus componentes
> 10 – 12 dias
AIDS / HIV 64
REFERÊNCIAS
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AIDS / HIV 65