O documento discute a prevalência da infecção pelo HIV em mulheres grávidas em Portugal, as vias de transmissão vertical do HIV da mãe para o filho, e condutas para prevenir esta transmissão, incluindo o tratamento antirretroviral, opções de parto e alimentação do recém-nascido.
O documento discute a prevalência da infecção pelo HIV em mulheres grávidas em Portugal, as vias de transmissão vertical do HIV da mãe para o filho, e condutas para prevenir esta transmissão, incluindo o tratamento antirretroviral, opções de parto e alimentação do recém-nascido.
O documento discute a prevalência da infecção pelo HIV em mulheres grávidas em Portugal, as vias de transmissão vertical do HIV da mãe para o filho, e condutas para prevenir esta transmissão, incluindo o tratamento antirretroviral, opções de parto e alimentação do recém-nascido.
nas grávidas Ronda de Vigilância Epidemiológica 2007, amostra de mais de 10.000 mulheres, US do país, a prevalência nacional estimada em 16%.
Em 2009, os dados do INSIDA indicam uma
prevalência para mulheres dos 15 aos 49 anos de 13,1% (9,2%). Criança exposta ao HIV Todas as crianças que nasceram de mães infectadas pelo HIV podem ou não estar infectadas pelo HIV.
É considerada criança exposta até os 18 meses de vida.
Crianças infectadas pelo HIV.
Todas as crianças com infecção confirmada.
VIAS DE TRANSMISSÃO Intra-uterina, intra-parto e pós-parto Intra-Uterina Intra-Parto
Durante a gravidez a A exposição do RN ao fluídos
transmissão do vírus HIV maternos (sangue e secreções ocorre por via placentária. vaginais contaminados) facilita a transmissão da infecção durante o trabalho de parto. VIAS DE TRANSMISSÃO Pós-Parto Leite materno . Quanto maior for o período de exposição ao leite materno, maior é o risco de infecção pelo HIV. As condições AVASS (Aceitável, Viável, Acessível, Sustentável e Segura) devem estar criadas para a alimentação para evitar a ocorrência da desnutrição, diarreias e até da morte da criança. Lesões no mamilo da mãe e/ou lesões no RN (lábios, mucosa oral ou orofaríngea, fissuras labiais) facilita a transmissão do virus da mãe para o bebé. Transmissão do HIV da Mãe para Filho Transmissão vertical Durante a gravidez existe 5- 10% de risco de transmissão. Sem nenhuma intervenção
Durante o trabalho de parto, 30-35% das mulheres
existe 15-20% de risco de grávidas seropositivas vão transmissão. transmitir a infecção pelo HIV aos seus filhos Durante a amamentação, existe 5-10% de risco de transmissão. TRANSMISSÃO VERTICAL Factores que influenciam a TV Maternos Estado imunológico da mãe Estado clínico da mãe Estado nutricional da mãe Infecções placentárias de origem viral, bacteriana ou parasitária Doenças de transmissão sexual Falta do TARV. TRANSMISSÃO VERTICAL Factores Obstétricos que influenciam a TV Ruptura prematura das membranas (RPM) Hemorragia intraparto Manipulações invasivas Parto vaginal Corioamnionite aguda (resultante de ITS não tratadas ou outras infecções) TRANSMISSÃO VERTICAL Factores Fetais que influenciam a TV Prematuridade Gemelaridade (Gravidez múltipla) Lesões localizadas na cavidade oral Aleitamento: Alimentação mista Infecções das mamas TRANSMISSÃO VERTICAL Factores Virais que influenciam a TV
Carga viral da mãe
Resistência do vírus aos ARV
Mãe com HIV durante a gravidez ou infectada durante
o período de amamentação Consequências da Transmissão Vertical Complicações para o filho:
Infecção do RN
Exposição a infecções oportunistas
Baixo peso ao nascer /parto prematuro
Nado morto Consequências da Transmissão Vertical Exposição á infecções oportunistas:
Tuberculose, candidiase, toxoplasmose, sífilis
congénita, herpes, etc.
Baixo peso: causado por malnutrição materna,
prematuridade, infecções na mãe.
Morte fetal: os nados de mães com HIV têm maior
probabilidade de morrer antes ou durante o parto. Condições que Favorecem a Transmissão Vertical (1) Durante a gravidez: Infecção por HIV aguda (infecção da mãe quando já está grávida).
Infecção por HIV avançada (CD4 baixo, estadio
avançado).
Malária, sífilis, tuberculose durante a gravidez (as
infecções podem aumentar a carga viral e diminuir a contagem de CD4). Condições que Favorecem a Transmissão Vertical (2) Durante oparto: Parto vaginal tem mais risco que a cesariana. Parto hemorrágico. Demora entre a ruptura da membrana e o parto. Episiotomia. Parto instrumentado (ventosa, fórceps). Parto prematuro. Condições que Favorecem a Transmissão Vertical (3) Durante o aleitamento: Infecções, feridas no peito (mastite, fissuras). Tipo de alimentação do bebé (aleitamento misto ou aleitamento não exclusivo, tem mais riscos que aleitamento materno exclusivo ou alimentação artificial). Infecções no recém-nascido (candidíase oral, outras lesões na boca ou aparelho digestivo). Condutas para a prevenção da Transmissão vertical No parto Cesariana / p. vaginal? Evitar manobras invasivas: Toques repetidos Episiotomias Amniocentese Ruptura das membranas Laquear o cordão umbilical logo após a expulsão Condutas para Reduzir a Transmissão Vertical Durante a gravidez:
Aconselhare testar todas as grávidas. Iniciar o TARV
em todas as gestantes infectadas pelo HIV .
Tratar a malária, a sífilis, as infecções oportunistas.
Iniciar a profilaxia com cotrimoxazol segundo
critérios. Condutas para Reduzir a Transmissão Vertical Durante oparto: Fazer poucos toques vaginais após a ruptura de membranas. Evitar a episiotomia e o parto instrumentado desnecessário. Evitar o parto muito prolongado (indicar cesariana caso o parto seja prolongado). Condutas para Reduzir a Transmissão Vertical Após o parto: Evitar a manipulação desnecessária do recém- nascido. Limpar rapidamente o sangue e as secreções do recém-nascido. Nevirapina(NVP) 2mg/kg/d xarope 50mg/5ml de 1 vez ao dia, durante 6 semanas. Seguimento na Consulta da Criança em Risco (CCR) Aconselhar a mãe sobre as opções de alimentação mais seguras. ALIMENTAÇÃO A mãe deve tomar a decisão sobre a alimentação do seu filho de acordo com as condições AVASS (Aceitável, Viável, Acessível, Sustentável e Segura) para evitar a ocorrência da desnutrição, diarreias e até a morte da criança. Leite materno exclusivo só até aos 6 meses. Informar a mãe sobre as opções da alimentação com outro tipo de leite. Se optar pelo leite materno (1ª opção) Desmame rápido ao 6º mês Não misturar alimentos artificiais com o leite materno. ALIMENTAÇÃO Aleitamento materno exclusivo Desvantagens/Constrangimentos Exposição continua da criança ao HIV.
Infecções da mama ou mamilo que aumentam o risco
de infecção.
Pressão dos familiares para dar outros líquidos ao RN.
ALIMENTAÇÃO Aleitamento materno exclusivo Riscos durante o desmame brusco Maior risco de desnutrição por: Falta de nutrientes Infecções como diarreia Utilização do biberão Transtornos psíquicos ALIMENTAÇÃO Alimentação artificial (2ª opção)
Sempre que seja aceitável, viável, sustentável e segura.
Não deve receber leite materno, água ou outros
alimentos.
Risco de diarreias, malnutrição e outras infecções.
Recomenda-se o uso de copo ou chávena para uma
alimentação mais segura. Alta Hospitalar NVP xarope 2mg/kg dose única durante 6 semanas.