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Sónia Bandeira

Prevalência da infecção pelo HIV


nas grávidas
Ronda de Vigilância Epidemiológica 2007, amostra de
mais de 10.000 mulheres, US do país, a prevalência
nacional estimada em 16%.

Em 2009, os dados do INSIDA indicam uma


prevalência para mulheres dos 15 aos 49 anos de 13,1%
(9,2%).
Criança exposta ao HIV
Todas as crianças que nasceram de mães infectadas
pelo HIV podem ou não estar infectadas pelo HIV.

É considerada criança exposta até os 18 meses de vida.

Crianças infectadas pelo HIV.

 Todas as crianças com infecção confirmada.


VIAS DE TRANSMISSÃO
Intra-uterina, intra-parto e pós-parto
Intra-Uterina Intra-Parto

Durante a gravidez a A exposição do RN ao fluídos


transmissão do vírus HIV maternos (sangue e secreções
ocorre por via placentária. vaginais contaminados)
facilita a transmissão da
infecção durante o trabalho
de parto.
VIAS DE TRANSMISSÃO
Pós-Parto
Leite materno .
Quanto maior for o período de exposição ao leite
materno, maior é o risco de infecção pelo HIV.
As condições AVASS (Aceitável, Viável, Acessível,
Sustentável e Segura) devem estar criadas para a
alimentação para evitar a ocorrência da desnutrição,
diarreias e até da morte da criança.
Lesões no mamilo da mãe e/ou lesões no RN (lábios,
mucosa oral ou orofaríngea, fissuras labiais) facilita a
transmissão do virus da mãe para o bebé.
Transmissão do HIV da Mãe para Filho
Transmissão vertical
Durante a gravidez existe 5-
10% de risco de transmissão. Sem nenhuma intervenção

 Durante o trabalho de parto,  30-35% das mulheres


existe 15-20% de risco de grávidas seropositivas vão
transmissão. transmitir a infecção pelo
HIV aos seus filhos
 Durante a amamentação,
existe 5-10% de risco de
transmissão.
TRANSMISSÃO VERTICAL
Factores que influenciam a TV
Maternos
Estado imunológico da mãe
Estado clínico da mãe
Estado nutricional da mãe
Infecções placentárias de origem viral, bacteriana ou
parasitária
Doenças de transmissão sexual
Falta do TARV.
TRANSMISSÃO VERTICAL
Factores Obstétricos
que influenciam a TV
Ruptura prematura das membranas (RPM)
Hemorragia intraparto
Manipulações invasivas
Parto vaginal
Corioamnionite aguda (resultante de ITS não tratadas
ou outras infecções)
TRANSMISSÃO VERTICAL
Factores Fetais que influenciam a TV
Prematuridade
Gemelaridade (Gravidez múltipla)
Lesões localizadas na cavidade oral
Aleitamento:
Alimentação mista
Infecções das mamas
TRANSMISSÃO VERTICAL
Factores Virais que influenciam a TV

Carga viral da mãe

Resistência do vírus aos ARV

Mãe com HIV durante a gravidez ou infectada durante


o período de amamentação
Consequências da Transmissão
Vertical
Complicações para o filho:

Infecção do RN

Exposição a infecções oportunistas

Baixo peso ao nascer /parto prematuro

Nado morto
Consequências da Transmissão
Vertical
Exposição á infecções oportunistas:

Tuberculose, candidiase, toxoplasmose, sífilis


congénita, herpes, etc.

 Baixo peso: causado por malnutrição materna,


prematuridade, infecções na mãe.

 Morte fetal: os nados de mães com HIV têm maior


probabilidade de morrer antes ou durante o parto.
Condições que Favorecem a
Transmissão Vertical (1)
Durante a gravidez:
Infecção por HIV aguda (infecção da mãe quando já
está grávida).

 Infecção por HIV avançada (CD4 baixo, estadio


avançado).

 Malária, sífilis, tuberculose durante a gravidez (as


infecções podem aumentar a carga viral e diminuir a
contagem de CD4).
Condições que Favorecem a
Transmissão Vertical (2)
Durante oparto:
 Parto vaginal tem mais risco que a cesariana.
 Parto hemorrágico.
 Demora entre a ruptura da membrana e o parto.
 Episiotomia.
 Parto instrumentado (ventosa, fórceps).
 Parto prematuro.
Condições que Favorecem a
Transmissão Vertical (3)
Durante o aleitamento:
 Infecções, feridas no peito (mastite, fissuras).
 Tipo de alimentação do bebé (aleitamento misto ou
aleitamento não exclusivo, tem mais riscos que
aleitamento materno exclusivo ou alimentação
artificial).
 Infecções no recém-nascido (candidíase oral, outras
lesões na boca ou aparelho digestivo).
Condutas para a prevenção da
Transmissão vertical
No parto
Cesariana / p. vaginal?
Evitar manobras invasivas:
Toques repetidos
Episiotomias
Amniocentese
Ruptura das membranas
Laquear o cordão umbilical logo após a expulsão
Condutas para Reduzir a
Transmissão Vertical
Durante a gravidez:

Aconselhare testar todas as grávidas. Iniciar o TARV


em todas as gestantes infectadas pelo HIV .

 Tratar a malária, a sífilis, as infecções oportunistas.

 Iniciar a profilaxia com cotrimoxazol segundo


critérios.
Condutas para Reduzir a
Transmissão Vertical
Durante oparto:
Fazer poucos toques vaginais após a ruptura de
membranas.
 Evitar a episiotomia e o parto instrumentado
desnecessário.
 Evitar o parto muito prolongado (indicar cesariana
caso o parto seja prolongado).
Condutas para Reduzir a
Transmissão Vertical
Após o parto:
Evitar a manipulação desnecessária do recém- nascido.
 Limpar rapidamente o sangue e as secreções do
recém-nascido.
 Nevirapina(NVP) 2mg/kg/d xarope 50mg/5ml de 1
vez ao dia, durante 6 semanas.
Seguimento na Consulta da Criança em Risco (CCR)
Aconselhar a mãe sobre as opções de alimentação mais
seguras.
ALIMENTAÇÃO
A mãe deve tomar a decisão sobre a alimentação
do seu filho de acordo com as condições AVASS
(Aceitável, Viável, Acessível, Sustentável e Segura)
para evitar a ocorrência da desnutrição, diarreias e
até a morte da criança.
Leite materno exclusivo só até aos 6 meses.
Informar a mãe sobre as opções da alimentação
com outro tipo de leite.
Se optar pelo leite materno (1ª opção)
Desmame rápido ao 6º mês
Não misturar alimentos artificiais com o leite materno.
ALIMENTAÇÃO
Aleitamento materno exclusivo
Desvantagens/Constrangimentos
Exposição continua da criança ao HIV.

Infecções da mama ou mamilo que aumentam o risco


de infecção.

Pressão dos familiares para dar outros líquidos ao RN.


ALIMENTAÇÃO
Aleitamento materno exclusivo
Riscos durante o desmame brusco
Maior risco de desnutrição por:
Falta de nutrientes
Infecções como diarreia
Utilização do biberão
Transtornos psíquicos
ALIMENTAÇÃO
Alimentação artificial (2ª opção)

Sempre que seja aceitável, viável, sustentável e segura.

Não deve receber leite materno, água ou outros


alimentos.

Risco de diarreias, malnutrição e outras infecções.

Recomenda-se o uso de copo ou chávena para uma


alimentação mais segura.
Alta Hospitalar
NVP xarope 2mg/kg dose única durante 6
semanas.

Guia para CCR

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