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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE MEDICINA
AÇÕES INTEGRADAS EM SAÚDE III – 2022.1

SALA DE SITUAÇÃO
SAÚDE MATERNA

Os objetivos desta atividade são:

Conhecer e saber utilizar os principais sistemas de informação e indicadores de saúde materna

ESPECÍFICOS

● Entender a importância de dados epidemiológicos na prática do profissional de saúde;


● Interpretar dados epidemiológicos e aplicá-los em abordagens coletivas e individuais de promoção da
saúde;
● Identificar as principais causas de morte materna;
● Conhecer e saber utilizar os principais sistemas de informação e os indicadores de saúde
materna disponíveis on-line, assim como suas fragilidades;
_____________________________________________________________________________

ATIVIDADE

Dividam-se em 4 (quatro) grupos (TEM QUE SER 4 GRUPOS!!)

O Brasil é um país muito grande e, certamente, apresenta grandes diferenças regionais. Vamos conhecer
alguns indicadores de saúde e entender que responsabilidades nós, médicos, temos na situação de saúde
do nosso país/estado.

Cada grupo deverá realizar uma atividade (GRUPO 1, GRUPO 2, GRUPO 3 e GRUPO 4).
Grupo 1
Vocês aceitaram o cargo de médico da Estratégia Saúde da Família de um
município no Ceará e durante uma reunião de equipe se depararam com diversos
problemas no território como desmame precoce do bebê. Vocês então decidiram
iniciar grupos de gestantes para melhor orientá-las acerca da importância do
aleitamento materno. Para isso, resolveram conhecer o perfil das gestantes do
município, e montaram uma sala de situação materna.
Vocês vão pesquisar e compartilhar com os colegas a relação entre a escolaridade materna e a adequação
do pré-natal. Este parâmetro varia entre inadequado, intermediário, adequado e mais que adequado,
considerando o início do pré-natal no primeiro trimestre e um mínimo de seis consultas de pré-natal.
Será que o nível escolar da mãe influencia no número de consultas de pré-natal? Procurem artigos ou
dados que mostrem essa evidência e comparem com o gráfico que vocês vão construir aqui.
A adequação do pré-natal pode sofrer outras influências ligadas à mãe? E ligadas ao serviço?
Tenham sempre em mente as perguntas: “O que podemos fazer, no serviço de saúde e na prática clínica,
para melhorar a situação no nosso município?”

SUGESTÃO BIBLIOGRÁFICA (procurem outras!):


Domingues RMSM, Viellas EF, Dias MAB, Torres JA, Theme-Filha MM, Gama SGN, et al. Adequação da
assistência pré-natal segundo as características maternas no Brasil. Rev Panam Salud Publica.
2015;37(3):140–7. Disponível em
https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/rpsp/v37n3/v37n3a0
3.pdf

Nunes, J. T., Gomes, K. R. O., Rodrigues, M. T. P., & Mascarenhas, M. D. M. (2016). Qualidade da
assistência pré-natal no Brasil: revisão de artigos publicados de 2005 a 2015. Cadernos Saúde Coletiva,
24, 252-261. Disponível em
https://www.scielo.br/j/cadsc/a/tJwFM7zS4kvLGSXX4CQrKHG/abstract/?lang=pt

Nemer, C. R. B., Santos, I. S. R., Ferreira, L. D., da Silva, E. V., de Souza Filho, Z. A., de Lima, E. Q., ... &
Teixeira, E. (2021). Fatores associados à inadequação do início do pré-natal. Enfermagem em Foco,
12(4). Disponível em http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/4488

Luz, L. A. D., Aquino, R., & Medina, M. G. (2018). Avaliação da qualidade da Atenção Pré-natal no Brasil.
Saúde em Debate, 42, 111-126. Disponível em
https://www.scielo.br/j/sdeb/a/zHzj6yt4vdjwNCJWfqBrXzK/?format=pdf&lang=pt

ROTEIRO PARA CONSTRUÇÃO DOS GRÁFICOS:


Entre no site do Datasus TABNET: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02
● Nesta página, clique na caixa TABNET. Na nova página clique em ESTATÍSTICAS VITAIS > NASCIDOS
VIVOS - DESDE 1994. Na nova página selecione NASCIDOS VIVOS e abrangência geográfica:
CEARÁ.
● Escolha, na Linha, “Instrução da mãe”, na Coluna, “adeq quant pré-natal*” e, em Conteúdo, “nascim
p/ resid.mãe”. Em "períodos disponíveis" selecione 2019 e em "seleções disponíveis" clique em
MUNICÍPIOS e selecione FORTALEZA.
● Pronto. Role a tela para baixo e clique em “Mostra” e anote os dados na Planilha de Excel disponível
no AVA. Preste atenção para colocar os dados nos locais corretos e substituir "-" por 0, já que este
na tabela mostrada significa NULO e precisa ser um dado numérico e não do tipo texto.
Grupo 2
Vocês são médicos de uma maternidade no Ceará e irão propor medidas de
redução da taxa de mortalidade materna e convencer a plateia a investir no seu
estado.
Vocês vão pesquisar e compartilhar com os colegas, aspectos sobre a Taxa de Mortalidade Materna,
importante indicador, não só da saúde da mulher, mas, principalmente das condições gerais de atenção à
gestante, parturiente e puérpera!

1. O que é morte materna? Essa é uma definição crucial para a confiabilidade do Indicador “Taxa de
Mortalidade Materna”
2. Calculem a Taxa de Mortalidade Materna (TMM) em São Paulo e no Ceará nos anos de 2015, 2016,
2017, 2018 e 2019
3. Identifiquem o percentual de óbitos maternos por causas obstétricas diretas, indiretas e não
especificadas no Ceará e em São Paulo, nos mesmos anos. Pesquisem o que são óbitos maternos
por causas obstétricas diretas e indiretas, para enriquecer a discussão.
4. Que ações podem ser realizadas para a redução das TMM?

ROTEIRO PARA CONSTRUÇÃO DOS GRÁFICOS:


TAXA DE MORTALIDADE MATERNA
Entre no site do Datasus TABNET: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02
● Nesta página, clique na caixa TABNET. Na nova página clique em ESTATÍSTICAS VITAIS >
MORTALIDADE - DESDE 1996 PELA CID10. Na nova página selecione ÓBITOS DE MULHERES EM
IDADE FÉRTIL E ÓBITOS MATERNOS e abrangência geográfica: CEARÁ. (repita o mesmo caminho
depois para o estado de São Paulo).
● Escolha, na Linha, “Município”, na Coluna, “Ano do Óbito*” e, em Conteúdo, “Óbitos maternos”. Em
"períodos disponíveis" selecione os anos de 2015 a 2019. (segurando no “Ctrl” clique em todos os
anos indicados). Pronto. Role a tela para baixo e clique em “Mostra”.
● Para facilitar, já colocamos no arquivo de Excel disponível no AVA (Planilha Sala de Situação
Maternal) o total de Nascidos Vivos para cada estado, nos anos selecionados. É só colocar os
totais encontrados no TABNET em cada célula. Atenção para fazer o preenchimento correto.
● Vejam que o gráfico já vai sendo construído automaticamente.

PERCENTUAL DE ÓBITOS POR CAUSAS OBSTÉTRICAS DIRETAS E INDIRETAS


Entre no site do Datasus TABNET: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02
● Nesta página, clique na caixa TABNET. Na nova página clique em ESTATÍSTICAS VITAIS >
MORTALIDADE - DESDE 1996 PELA CID10. Na nova página selecione ÓBITOS DE MULHERES EM
IDADE FÉRTIL E ÓBITOS MATERNOS e abrangência geográfica: CEARÁ. (repita o mesmo caminho
depois para o estado de SÃO PAULO).
● Escolha, na Linha, “Tipo causa obstétr”, na Coluna, “Ano do Óbito*” e, em Conteúdo, “Óbitos
maternos”. Em "períodos disponíveis" selecione os anos de 2015 a 2019. (segurando no “Ctrl”
clique em todos os anos indicados). Pronto. Role a tela para baixo e clique em “Mostra”.
● Leve os dados para as planilhas (somente causas diretas e indiretas) e os gráficos estarão prontos.
Grupo 3
Vocês são médicos da Estratégia Saúde da Família de um município no Ceará
e se depararam com um elevado número de gestantes em seu território. No
planejamento da equipe, resolveram conhecer as principais causas de
mortalidade materna no estado especificamente no período de gravidez e
parto, a fim de elencar estratégias para evitar esses desfechos ruins.
Vocês vão pesquisar e compartilhar com os colegas quais as principais causas de mortalidade
materna especificamente no período de gravidez e parto (excluindo o período puerperal), e propor
estratégias para minimizar este problema.
As principais causas poderiam ser evitadas? Quais fatores poderiam estar envolvidos e que
poderiam ser trabalhados na Atenção Primária em Saúde?
Existe aparentemente uma relação entre a idade materna e as causas de morte materna mais
comuns?

SUGESTÃO BIBLIOGRÁFICA (procurem outras!):


de Sousa Borges, F. E., da Silva, W. A. N., Lustosa, A. S. P., dos Santos Morais, T., Aragão, D. F. B.,
& de Sousa Borges, F. E. MORTALIDADE MATERNA: FATORES ASSOCIADOS E MEDIDAS
PREVENTIVAS. Disponível em
https://doity.com.br/media/doity/submissoes/artigo-ac22cb7181134577188c03309fdd07b95a8a87e0-
segundo_arquivo.pdf
da Silva, J. V. C. P., dos Santos, L. A., Pontes, L. T. A., de Vasconcelos, T. H., de Oliveira Teodósio,
D., & de Melo, G. B. (2020). Fatores de risco e complicações relacionados à mortalidade materna.
Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT-ALAGOAS, 6(2), 87-87. Disponível
em https://periodicos.set.edu.br/fitsbiosaude/article/view/7491
Rodrigues, A. R. M., Cavalcante, A. E. S., & Viana, A. B. (2019). Mortalidade materna no Brasil entre
2006-2017: análise temporal. ReTEP, 11(1), 3-9. Disponível em
http://www.coren-ce.org.br/wp-content/uploads/2020/01/Mortalidade-materna-no-Brasil-entre-2006-2
017-an%C3%A1lise-temporal-final.pdf
ROTEIRO PARA CONSTRUÇÃO DOS GRÁFICOS:
TAXA DE MORTALIDADE MATERNA
Entre no site do Datasus TABNET: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02
● Nesta página, clique na caixa TABNET. Na nova página clique em ESTATÍSTICAS VITAIS >
MORTALIDADE - DESDE 1996 PELA CID10. Na nova página selecione ÓBITOS DE MULHERES EM
IDADE FÉRTIL E ÓBITOS MATERNOS e abrangência geográfica: CEARÁ.
● Escolha, na Linha, “Subcateg maternas”, na Coluna, “Faixa Etária” e, em Conteúdo, “Óbitos
maternos”. Em "períodos disponíveis" selecione o ano de 2019 e em "seleções disponíveis" clique
em FAIXA ETÁRIA e selecione as idades entre 15 e 49 anos (segurando no “Ctrl” clique em todos
as faixas de idade entre 15 e 49 anos indicados), e depois clique, ainda em "seleções disponíveis"
MORTE GRAV/PUER e selecione "Durante a gravidez, parto ou aborto".
● Pronto! Agora clique em "Mostra" e vocês terão os dados que precisam para preencher a planilha
de Excel disponível no AVA (Planilha Sala de Situação Materna). Atenção para o preenchimento
correto!
● Vejam que os gráficos já vão sendo construídos automaticamente.
Grupo 4
Vocês são médicos da Estratégia Saúde da Família de um município no Ceará
e se depararam com um elevado número de gestantes em seu território. No
planejamento da equipe, resolveram conhecer as principais causas de
mortalidade materna no estado especificamente no período puerperal, a fim
de elencar estratégias para evitar esses desfechos ruins.
Vocês vão pesquisar e compartilhar com os colegas quais as principais causas de mortalidade
materna especificamente no período puerperal, e propor estratégias para minimizar este problema.
As principais causas poderiam ser evitadas? Quais fatores poderiam estar envolvidos e que
poderiam ser trabalhados na Atenção Primária em Saúde?

SUGESTÃO BIBLIOGRÁFICA (procurem outras!):


Lima, M. R. G. D., Coelho, A. S. F., Salge, A. K. M., Guimarães, J. V., Costa, P. S., Sousa, T. C. C.
D., ... & Sousa, M. A. A. (2017). Alterações maternas e desfecho gravídico-puerperal na ocorrência
de óbito materno. Cadernos Saúde Coletiva, 25, 324-331. Disponível em
https://www.scielo.br/j/cadsc/a/pXY7LxmDQVtW53wvFLpsYbv/?format=pdf&lang=pt

Simão, S. C. R., Xavier, P. C. N., de Araújo Appel, K. L., Neto, J. X. M., & Ramos, I. B. “Mortalidade
materna no Brasil: fatores associados e ações para sua redução. Enfermagem: Inovação,
Tecnologia e Educação em Saúde, 2017. Disponível em
https://downloads.editoracientifica.org/articles/200901548.pdf

ROTEIRO PARA CONSTRUÇÃO DOS GRÁFICOS:


TAXA DE MORTALIDADE MATERNA
Entre no site do Datasus TABNET: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02
● Nesta página, clique na caixa TABNET. Na nova página clique em ESTATÍSTICAS VITAIS >
MORTALIDADE - DESDE 1996 PELA CID10. Na nova página selecione ÓBITOS DE MULHERES EM
IDADE FÉRTIL E ÓBITOS MATERNOS e abrangência geográfica: CEARÁ.
● Escolha, na Linha, “Subcateg maternas”, na Coluna, “Morte grav/puerp” e, em Conteúdo, “Óbitos
maternos”. Em "períodos disponíveis" selecione o ano de 2019 e em "seleções disponíveis" clique
em " MORTE GRAV/PUER e selecione "Durante o puerpério, até 42 dias" e "Durante o puerpério,
de 43 dias até menos de 1 ano" (segurando no “Ctrl” vocês conseguem selecionar esses itens
indicados).
● Pronto! Agora clique em "Mostra" e vocês terão os dados que precisam para preencher a planilha
de Excel disponível no AVA (Planilha Sala de Situação Materna). Atenção para o preenchimento
correto!
● Vejam que os gráficos já vão sendo construídos automaticamente.
Trechos sobre Saúde Materno-Infantil, extraídos do Relatório de Saúde
Materno-Infantil da Organização Mundial de Saúde, 2009

“A cada ano, mais de meio milhão de mulheres morrem devido a complicações na gravidez e no parto, e
cerca de quatro milhões de recém-nascidos morrem antes de completar 28 dias de vida. Outros milhões
de crianças enfrentam sofrimentos causados por deficiência, doenças, infecções e lesões. Já estão
disponíveis soluções com boa relação custo/benefício que melhorariam rapidamente essa situação, mas é
preciso que haja um sentido de urgência e compromisso para implementá-las e para que sejam
alcançados os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) relacionados à saúde materna e infantil.”

“O risco de morrer por complicações relacionadas à gravidez e ao parto no caso de uma mulher que vive
em um país menos desenvolvido é, em média, mais de 300 vezes maior do que no caso de uma mulher
que vive em um país industrializado.”

Mortalidade Materna

Com relação à estimativa de mortalidade materna, um aspecto está acima de qualquer discussão: a ampla
maioria de mortes maternas – mais de 99%, segundo as estimativas do grupo interagências da ONU para
2005 – ocorreu em países em desenvolvimento. Desse total, 50% (265 mil) foram verificadas na África ao
sul do Saara, e um terço (187 mil), na Ásia Meridional. Juntas, essas duas regiões respondem por 84% das
mortes decorrentes de complicações na gestação que foram registradas em 2005 em todas as partes do
mundo. A Índia sozinha responde por 22% do total.

As estimativas disponíveis com relação a tendências de mortalidade materna indicam progressos


insuficientes em direção à Meta A do ODM 5, que busca uma redução de 75% nas taxas de mortalidade
materna entre 1990 e 2015. Uma vez que em 1990 a taxa global de mortalidade materna era de 430 por
100 mil nascidos vivos e, em 2005, permaneceu em 400 mortes por 100 mil nascidos vivos, a realização da
meta ainda demandará uma redução acima de 70% entre 2005 e 2015.

Causas diretas

O momento em que ocorrem e as causas das mortes maternas são bem conhecidos. Em sua maioria, as
mortes maternas ocorrem entre o terceiro trimestre de gravidez e a primeira semana após o parto (com
exceção das mortes devidas a complicações relacionadas a abortos). Os estudos mostram que os riscos de
morte para as mães são particularmente elevados nos dois dias que se seguem ao parto. A maioria das
mortes maternas está relacionada a complicações obstétricas – entre as quais hemorragia pós-parto,
infecções, eclâmpsia e trabalho de parto prolongado ou obstruído – e complicações decorrentes de
aborto. Na maior parte, as causas diretas de mortalidade materna podem ser prontamente enfrentadas se
houver atendimento por pessoal de saúde capacitado, que tenha à sua disposição medicamentos,
equipamentos e instalações de referência essenciais.

Causas indiretas

Muitos dos fatores que contribuem para o risco de morte materna não são exclusivos da gestação, mas
podem ser exacerbados pela gravidez e pelo parto. É difícil atribuir essas causas à gravidez devido à
precária capacidade de diagnóstico dos sistemas de informação sobre saúde em muitos países. Mesmo
assim, avaliar as causas indiretas de mortes maternas ajuda a determinar as estratégias de intervenção
mais adequadas para a saúde da mãe e da criança. Frequentemente, a colaboração entre programas
voltados a condições específicas – tais como programas para a malária e a aids – e iniciativas voltadas à
saúde materna pode ser a maneira mais eficaz para enfrentar algumas das causas indiretas, inclusive
aquelas altamente evitáveis ou tratáveis, como a anemia.

A anemia afeta cerca de 50% de todas as mulheres grávidas. Adolescentes grávidas são mais propensas a
desenvolver anemia do que mulheres mais velhas, e normalmente recebem menos cuidados. Doenças
infecciosas – como a malária, que afeta anualmente 50 milhões de gestantes que vivem em países nos
quais essa doença é endêmica – e parasitas intestinais podem agravar a anemia. Todas as dietas de baixa
qualidade também podem exacerbar a anemia, aumentando a vulnerabilidade à morte materna. A
anemia grave contribui para o risco de morte em casos de hemorragia.

anemia pode ser tratada com bastante eficiência por meio de suplementação de ferro, oferecida em
programas de saúde materna. No entanto, em alguns países em desenvolvimento, essa intervenção ainda
é insuficiente com relação tanto à cobertura quanto à eficácia, principalmente porque o acesso a cuidados
básicos de saúde é limitado e, mais especificamente, devido à baixa qualidade dos cuidados e do apoio no
período pré-natal. Indícios animadores revelam que os esforços empreendidos para enfrentar a anemia
por meio do enriquecimento de alimentos básicos, tais como a farinha, vêm-se acelerando em nível
nacional em diversos países em desenvolvimento.

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