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Agressão e Defesa

Módulo 1.2

Sistema ABO e Fator Rh

Prof. Wallace Pacienza Lima, PhD.


wallaceplima@hotmail.com
wallaceplima@unigranrio.edu.br

Disciplina: Agressão e Defesa


Karl Landesteiner
1901 sg de 5 indivíduos

soro células

Descrição de Grupos – A, B e O
Soro A – aglutinava células do grupo B
Soro B – aglutinava células do grupo A
Soro O – aglutinava células do grupo A e B

1902- colaboradores descobriram


grupo AB
Soro AB – não aglutinava céls. A e B
SISTEMA ABO

Grupo B
Grupo A

Grupo AB Grupo O ou zero


SISTEMA ABO
SISTEMA ABO

Atualmente, já foram identificados inúmeros sistemas de


grupos sanguíneos...

Sistemas ABO e Rh são os mais importantes na medida


em que normalmente podem provocar uma resposta
imune mais significativa.
SISTEMA ABO
Aglutinogênios – São antígenos que
estão presentes na superfície das
hemácias.
SISTEMA ABO
Nas hemácias existem dois tipos de
antígenos:

Antígeno A Ag A Ag B
Antígeno B
SISTEMA ABO
Aglutininas –São anticorpos, que se
desenvolvem no plasma.Existem 2 tipos:
Anti-A
Anti-B
SISTEMA ABO
Grupo A

Os indivíduos A, cujas hemácias apresentam


antígenos (aglutinogênios) A, apresentam
anticorpos (aglutininas) anti-B em seu
plasma.

Esses indivíduos, só poderão receber sangue


do tipo A.
Se o sangue doado for do tipo B, ou AB isso
vai provocar uma reação imunológica, no
indivíduo A.
SISTEMA ABO

Grupo B
Os indivíduos B, tem anticorpos anti-A
em seu plasma. Eles só poderão receber
sangue do mesmo tipo, no caso, B: pois se
receberem sangue do tipo A ou AB, seus
anticorpos anti-A, provocarão uma reação
imune, podendo levar a morte.
SISTEMA ABO

Grupo AB
Os indivíduos AB, possuem os antígenos
A e B, mas não possuem nenhum
anticorpo. Tais indivíduos podem receber
qualquer tipo sangüíneo, porém não
podem doar nem para os indivíduos A e
nem para os indivíduos B.
SISTEMA ABO
Grupo O
Os indivíduos O, como não possuem nenhum
antígeno, poderão doar sangue para qualquer
indivíduo (A, B ou AB). Ou seja,quando qualquer
indivíduo recebe sangue do tipo O, ele não vai
"constatar" a presença de proteínas estranhas (já
que O não tem antígeno).
Isso que faz os indivíduos O, doadores de sangue
universais. Por outro lado como tais indivíduo
possuem os anticorpos anti-A e anti-B, eles não
poderão receber sangue de ninguém a não ser de
indivíduos O, ou seja, do seu próprio tipo.
SISTEMA ABO

Grupo O – Doador universal.


Grupo AB – Receptor universal.
SISTEMA Rh
Rh positivo ou negativo: refere-se exclusivamente à
presença ou ausência do antígeno D
SISTEMA Rh
Landsteiner e Wiener (1940);
Importância
FATOR Rh
Rh POSITIVO e Rh NEGATIVO

Um indivíduo é Rh positivo quando o


antígeno D está presente.

Um indivíduo é Rh negativo quando o


antígeno D está ausente.
FATOR Rh
O soro anti-Rh, é atualmente conhecido
pelo nome de anti-D, e é utilizado para a
determinação do grupo sanguíneo de
indivíduos quanto ao fator Rh.
Um indivíduo é considerado Rh positivo
quando a mistura de seu sangue com soro
anti-D, resultar em aglutinação. Caso
contrário, é Rh negativo.
Bioquímica dos Antígenos Rh
Sequência protéica de polipeptídeos não glicosilados.

ANTÍGENOS D-CLASSIFICAÇÃO
 1. ANTÍGENO D-normal

 2. ANTÍGENO D- fraco- menor número de epítopos

 3. ANTÍGENO D-elevado
Significado do D-fraco na doação e
transfusão sanguínea
Tipagem Rh

Aglutinação Rh+

+ Ac anti-Rh
Incubar
Sem aglutinação a 37ºC

Sem aglutinação
Y

Aglutinação
Rh+ Y
Y
+ Antiglobulina

Rh+
Sem aglutinação
Y

= eritrócito
Rh-
= Ag D
TIPIFICAÇÃO Rh

FENÓTIPO T-ambiente 37 graus antiglobulina

Rh positivo + não realizado não realizado


Rh positivo (fraco) 0 0 +
Rh negativo 0 0 0
Técnicas
empregadas na
tipagem
TESTE DE AGLUTINAÇÃO

GRUPO ERITRÓCITO(Kit) SORO(paciente)

A B anti-B
B A anti-A
AB - -
O AeB anti-A e anti-B
Bombay A, B e “O” anti-A, anti-B e
anti-H

2ª etapa: hemácia do paciente + anti-A, anti-B e anti-AB(kit)


PLACA
TUBO
INTERPRETAÇÃO

 GRUPO A  GRUPO B
Anticorpo anti-B Anticorpo anti-A
Antígeno A Antígeno B

 GRUPO AB  GRUPO O

Anticorpo ausente Anticorpo anti-A e anti-B

Antígeno A e B Antígeno ausente (A e B)

 Bombay
Anticorpo anti-H
Antígeno: precursor
Doença hemolítica do recém-nascido (DHRN) ou
eritroblastose fetal

Soro ou vacina?
Situações

DHRN
MECANISMO

TRATAMENTO

DHRN
DHRN
DHRN
 Consequências: varia desde anemia até a morte.
 Sobreviventes: surdez, retardo mental, paralisia cerebral;
hepatoesplenomegalia, ascite, petéquias hemorrágicas, edema
generalizado, etc.

DHRN
TESTE DE COOMBS
(COOMBS, MOURANT e RACE-1945)

 TESTE DE COOMBS DIRETO


 TESTE DE COOMBS INDIRETO

filho mãe
direto indireto
paciente
PROVAS PRÉ TRANSFUSIONAIS
PROVAS PRÉ TRANSFUSIONAIS
1. TIPAGEM ABO
soros anti-A, anti-B e anti-AB
reversa A e B (soro paciente+hemácias Kit)

2. TIPAGEM Rh
soros anti D
utilizar AGH e temperatura de 37 graus

3. PROVA CRUZADA
soro receptor + eritrócitos doador
Outros Sistemas Eritrocitários
• 600 antígenos eritrocitários já identificados!!!!!

• Cada antígeno é controlado por um gene

• 23 sistemas conhecidos

• Kell, Duffy e Lewispodem causar problemas


em transfusões sanguíneas, em indivíduos
previamente sensibilizados
1. SISTEMA KELL
 expressos em baixa densidade
 altamente imunogênicos
 glicoproteína transmembrânica
 reação pós-transfusional

2. SISTEMA LEWIS
 presentes de forma solúvel em líquidos biológicos
 produzidos por células epiteliais e mesodérmicas
 são carboidratos formados pela ação de uma
glicosiltransferase
OCORRÊNCIA DOS ANTÍGENOS LEWIS
 LINFÓCITOS
 PLASMA (secretor)
 PLAQUETAS
 SECREÇÕES
 ERITRÓCITOS

3. SISTEMA DUFFY- assim denominado em homenagem ao


paciente que apresentou pela primeira vez anticorpos anti-Duffy
os negros são frequentemente negativos (presença de um
3º alelo)
são glicoproteínas transmembrânicas
funcionam como receptor de quimiocina
associação com malária (P. vivax)
TERAPIA COM COMPONENTES
SANGUÍNEOS
ERITRÓCITOS UTILIZAÇÃO
hemoglobina> 10g/dL-sem indicação
hemoglobina < 7g/dL-com indicação
hemoglobina entre 7 e 10 g/dL-avaliar pO2

PLAQUETAS UTILIZAÇÃO
plaquetas entre 10.000 e 20.000-com indicação
plaquetas < 50.000 e sangramento ativo-com indicação

PLASMA FRESCO CONGELADO UTILIZAÇÃO

pacientes com distúrbios de coagulação


MECANISMO IMUNOLÓGICO DA REAÇÃO
TRANSFUSIONAL
1. ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO
2. ATIVAÇÃO FATOR HAGEMAN (XIIa)
CASCATA COAGULAÇÃO
3. COMPLEMENTO CAUSA HEMÓLISE
4. COMPLEMENTO ATIVA MASTÓCITO
5. HIPOTENSÃO
6. COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR
7. FALHA RENAL
REAÇÕES PÓS TRANSFUSIONAIS
REAÇÃO OCORRÊNCIA SINTOMAS MECANISMO
RHA <0,02% febre, dor ativação
choque C e cininas
ABO
INCOMPATÍVEL Coag. Intravascular Disseminada

REAÇÃO <0,5-1% febre citocinas


produzidas por

FEBRIL leucócitos do doador


(IL-1 e TNF)

REAÇÃO 1-2% urticária infusão


proteínas
ALÉRGICA do plasma
do doador (drogas,
alérgenos
Legislação – Testes sorológicos em Bancos de Sangue

Portaria 1.376/MS, de 19/11/1993


Normas Técnicas para coleta, processamento e transfusão de sangue,
componentes e derivados, e dá outras providências.

IV. DOS EXAMES LABORATORIAIS NO SANGUE DO DOADOR:

1. Obrigações e recomendações em todas as unidades coleladas, a


determinação do grupo ABO, do tipo Rho(D), do antígenos D fraco (Du)
nas Rho(D) negativo e dos testes
para a exclusão das hepatites dos
tipos B e C, doença de Chagas, sifílis, SIDA/AIDS, dos
anticorpos anti-HTLV-I/II e anti-HBc.
Devem ser realizadas testes para a pesquisa de anticorpos irregulares e dosagem
de ALT/TGP. Recomenda-se a realização de testes para a exclusão de malária,
falcização e detecção de hemoglobinas anormais.

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