Você está na página 1de 6

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/250389845

Avaliação da ecogenicidade na tiroidite auto-imune

Article · December 2009


DOI: 10.4281/eurp.2009.04.02

CITATIONS READS
0 179

4 authors, including:

Carolina Nastri Wellington P Martins


SEMEAR Fertilidade SEMEAR fertilidade
167 PUBLICATIONS   1,964 CITATIONS    482 PUBLICATIONS   3,505 CITATIONS   

SEE PROFILE SEE PROFILE

Some of the authors of this publication are also working on these related projects:

Fetal surgery View project

FertiLity Upgrade with Scratching or HyCoSy (FLUSH): a randomized controlled trial View project

All content following this page was uploaded by Wellington P Martins on 30 October 2015.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


Artigo de Revisão

Avaliação da ecogenicidade na tireoidite auto-imune


Echogenicity evaluations in autoimmune thyroiditis
João M Franco 1, Adriana N Rodrigues 1, Carolina O Nastri1,2, Wellington P Martins 1, 2

A tireoidite crônica auto-imune (TAI) é a principal causa de hipotireoidismo e seu diagnóstico está baseado nas
manifestações clínico-laboratoriais. A ultrassonografia (USG) constitui um método simples, não-invasivo, reprodutível e
com alta sensibilidade para o diagnóstico da tireoidite crônica auto-imune. Em pacientes com TAI encontra-se um
padrão ecográfico alterado caracterizado por uma difusa hipoecogenicidade. A redução da quantidade de ecos é
sabidamente causada pela redução do conteúdo colóide da tireóide, pelo aumento do fluxo sanguíneo parenquimatoso
ou pela infiltração linfocítica. A comparação relativa da ecogenicidade com as estruturas adjacentes é bastante
subjetiva. Objetivando-se um aumento da reprodutibilidade desta avaliação utiliza-se uma quantificação da escala de
cinza do aparelho. Esta técnica permite a realização de uma medida objetiva da hipoecogenicidade tireoidiana, o que é
bem correlacionado com o estágio clínico da doença. O uso desta modalidade pode ser benéfico para o diagnóstico e
segmento de pacientes com TAI.

Palavras chave: Doença auto-imune, Doenças da Glândula Tireóide; Ultra-sonografia.

Abstract
1- Escola de Ultra-sonografia e Reciclagem Médica de Autoimmune chronic thyroiditis (TAI) is the leading
Ribeirão Preto (EURP) cause of hypothyroidism and its diagnosis is based on
2- Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade clinical and laboratory manifestations. The ultrasound
de São Paulo (FMRP-USP)
scan (USG) is a simple, noninvasive, reproducible and
Recebido em 10/06/2009, aceito para publicação em
high sensitivity for the diagnosis of the chronic
15/08/2009. autoimmune disease. In patients with TAI one may find
Correspondências para Wellington de P Martins. sonographic pattern changes characterized by a diffuse
Departamento de Pesquisa da EURP - Rua Casemiro de Abreu, hypoechogenic. The reduced amount of echoes is
660, Vila Seixas, Ribeirão Preto-SP. CEP 14020-060. known to be caused by the reduction in colloid content
E-mail: wpmartins@ultra-sonografia.com.br of the thyroid, increasing the blood flow or
Fone: (16) 3636-0311 parenchymal lymphocytic infiltration. The comparison
Fax: (16) 3625-1555 of the relative echogenicity with adjacent structures is
very subjective. Aiming the increase in reproducibility of
this assessment, the computerized gray scale analysis is
used to quantify the hypoechogenicity. This technique
allows the realization of an objective measure of
hypoechogenic thyroid, which is well correlated with
the clinical stage of disease. The use of this modality
may be beneficial for the diagnosis and group of
patients with TAI.

Keywords: Autoimmune hypothyroidism; Thyroid


diseases; Ultrasonography..

Experts in Ultrasound: Reviews and Perspectives EURP 2009; 1(4): 188-192


189
Franco et al – Tireoidite auto-imune

Um estudo transversal de base populacional no Rio


Introdução de Janeiro 11 avaliou a prevalência de hipotireoidismo
Tireoidite constitui um grupo de doenças clínico e subclínico em mulheres de acordo com a raça.
inflamatórias da tireóide. Dente elas destacamos: Este estudo demonstrou prevalência de hipotireoidismo
tireoidite crônica linfocítica auto-imune (também clínico de 12,3%, e que esta prevalência era diferente
referida como tireoidite de Hashimoto), tireoidite depedendo da cor da pele: 6,9% em negras, 8,8% em
granulomatosa subaguda (também chamada de doença mulatas e 16,7% em brancas. Os resultados não
de Quervain), tireoidite linfocítica subaguda (tireoidite mudaram após correção com a idade, renda, tabagismo
silenciosa), tireoidite supurativa aguda e a tireoidite e positividade dos anticorpos anti-TPO.
fibrosa invasiva (tireoidite de Riedel) 1.
Segundo Weetman 2, a tireoidite crônica linfocítica Diagnóstico clínico laboratorial da TAI
auto-imune (TAI) destaca-se como a causa mais comum O diagnóstico da TAI depende do exame clínico e dos
causa de hipotireoidismo. Clinicamente, a TAI exames complementares. No geral, os pacientes
apresenta-se sob duas formas: a forma atrófica e a apresentam sintomas de hipotireoidismo, como
forma com bócio 3. Ambas são caracterizadas pela letargia, sonolência, alopecia, mal estar. O exame físico
presença de tireoidite linfocítica e anticorpos revela sinais de hipotireoidismo como: xerose cutânea,
antitireóide no sangue. Das citadas anteriormente, a onicodistrofia, palidez, porém, tipicamente, encontra-se
tireoidite silenciosa é também de causa auto-imune apenas um bócio difuso, de consistência aumentada,
ocorrendo geralmente após um parto, sendo cuja superfície é lobulada ou bocelada que, mesmo de
geralmente auto-limitada 1. grande volume não causa sintomas compressivos 12.
Nas tireoidites crônicas ocorre uma lesão Na forma atrófica da TAI não há bócio, ao contrário,
inflamatória do parênquima glandular quando são, apresenta-se com volume glandular reduzido ao
inicialmente, liberadas as tireoglobulinas (T3 e T4). diagnóstico. Esta forma pode apresentar-se sem que
Devido a este fato, as tireoidites iniciam com haja bócio preexistente ou pode resultar de evolução
tireotoxicose e, após as primeiras semanas, ocorre lenta e gradual da forma com bócio 12.
redução da síntese hormonal instalando-se um quadro O diagnóstico laboratorial tem como marcador
de hipotireoidismo 4. principal a presença de anticorpos antitireóide no soro.
Com a avaliação através dos métodos de imagem, Sessenta por cento dos pacientes apresentam
características como forma, tamanho e ecogenicidade antitireoglobulina (TgAb), enquanto os anticorpos
da glândula podem ser avaliadas precocemente, mesmo antimicrossomal estão presentes em aproximadamente
antes em que haja alguma alteração hormonal 95% dos pacientes. Os anticorpos antimicrossomal são,
detectável através do exame de sangue. Assim, os na maioria das vezes, mais elevados do que as de TgAb.
exames ultrassonográficos têm ajudado na avaliação da Um teste positivo para anticorpos antiperoxidase
tireóide 3. tireoidiana (TPOAb) é um indicador pouco mais sensível
para a tireoidite crônica auto-imune do que um teste
A prevalência das doenças tireoidianas no Brasil positivo para anticorpos antimicrossomal 13.
Na literatura brasileira, dados referentes a doenças A cintilografia da tireóide é desnecessária para a
tireoidianas na população em geral brasileira são confirmação do diagnóstico de TAI. Na presença de
bastante escassos. Estudos brasileiros estão mais suspeita clínica desta doença, um teste mostrando altas
voltados para grupos especificos 5, 6 e geralmente concentrações de anticorpos antitireóide e um teste
voltados para câncier de tireóide 7, 8 para determinação dos níveis de TSH são suficientes
Um estudo retrospectivo 9 que analisou cerca de para confirmar o diagnóstico 2. A biópsia aspirativa por
8000 casos de patologia tiroidiana submetidos a cirurgia agulha fina deve ser realizada nos pacientes que
mostrou que 86,7% dos casos eram constituidos por apresentem manifestações clínicas de tireoidite crônica
leões não-neoplásicas, sendo a grande maioria bócio auto-imune e concentrações elevadas de anticorpos
não nodular. O mesmo grupo mostrou, em material de antitireóide, com o intuito de afastar o diagnóstico de
autópsia, que 91,6% dos casos de doença de tiróide linfoma da glândula 14.
eram compostos por doenças não neoplásicas 10.

Experts in Ultrasound: Reviews and Perspectives EURP 2009; 1(4): 188-192


190
Franco et al – Tireoidite auto-imune

Diagnóstico ultrassonográfico Desde 1989 tem-se relatos 16 que a USG, aliada à


Apesar de ser considerado suficiente para avaliação clínica do paciente, era bastante específica
diagnosticar uma doença auto-imune crônica, um teste para o diagnóstico de TAI. O padrão ecográfico alterado
positivo para anticorpos antitireóide mediante a uma em pacientes com tireoidite de Hashimoto é
clínica suspeita possa, este método pode se mostrar caracterizado por uma difusa hipoecogenicidade. Em
negativo na fase inicial da doença (Figura 1). Assim, uma avaliação de 2322 pacientes encaminhados para
torna-se correto afirmar que a ultrassonografia (USG) é USG da tireóide 17, 123 tiveram diagnóstico de tireoidite
um método bastante útil para um diagnóstico precoce auto-imune e 86% tiveram a exclusão do diagnóstico de
da tireoidite crônica auto-imune. Um método simples, tireoidite através da USG. Dente os critérios utilizados
rápido, com boa sensibilidade e especificidade, sendo para o diagnóstico, o grau de hipoecogenicidade foi
de suma importância por não ser invasivo, o que trás demonstrado ser significativamente correlacionado com
certa comodidade aos pacientes 15. os níveis de anticorpos circulantes 18.

Figura 1. Corte transversal dos lobos tireoidianos direito e esquerdo. Ultrassonografia modo-B evidenciando o aspecto normal da
ecogenicidade do parênquima tireoidiano. A glândula (T) apresenta ecogenicidade maior que a da musculatura (M). Estruturas
marcadas: veias (V), artérias (A).

Experts in Ultrasound: Reviews and Perspectives EURP 2009; 1(4): 188-192


191
Franco et al – Tireoidite auto-imune

A glândula tireóide normal apresenta ecogenicidade seja, quanto maior a resolução das imagens, maior o
maior que a dos músculos pré-tireoidianos e número de tonalidades de cinza identificado. A cor
semelhante ou discretamente maiores que a das preta corresponde ao valor zero e a cor branca
glândulas submandibulares. Considera-se o parênquima corresponde ao maior valor, que depende da resolução
tireoidiano hipoecogênico quando seus níveis de ecos da imagem (em geral 256). Esta técnica elimina a
são menores do que nas glândulas submandibulares, ou subjetividade do método ao quantificar numericamente
aproximam-se àqueles dos músculos pré-tireoidianos. a ecogenicidade, proporcionando análises dos dados de
Segundo Yoshida 19, a análise da ecogenicidade do uma forma mais precisa.
parênquima tireoidiano deve ser realizada de modo Na TAI, o histograma computadorizado avaliou
subjetivo comparando-a à ecogenicidade dos músculos através do corte transversal dos lobos tireoidianos e
pré-tireoidianos e da glândula submandibular. Nesta demonstrando uma redução significativa da
publicação os autores a classificam como sendo ecogenicidade nos pacientes, em comparação ao grupo
isoecogênica, hiperecogênica e hipoecogênica em controle. Outra importante observação do grau de
relação a tais estruturas. Posteriormente, em 2006, hipoecogenicidade foi à ocorrência de altos níveis de
outra publicação utiliza esta mesma classificação para a TSH (incluindo hipotireoidismo subclínico) e TPOAb,
descrição de achados tireoidianos 20. contudo, sem correlação com os níveis de TgAb.
O padrão hipoecogênico é determinado quando há Entretando os autores ressaltam que a avaliação da
uma redução ou ausência de folículos, com redução da ecogenicidade varia conforme o ajuste de ganho, sendo
interface acústica, provocando grande espalhamento e que os parâmetros ultrassonográficos devem ser
absorção das ondas ultrassônicas e pouca reflexão mantidos para permitire comparações entre indivíduos
sonora. Este fato demonstra que a ecogenicidade do e no mesmo indivíduo, ao longo do tempo 14.
parênquima tireoidiano apresenta correlação inversa à Segundo Mazziotti et al 21, a tireóide pode ser
presença de infiltrado linfocítico e à desagregação da considerada hipoecogênica quando comparada à
estrutura folicular 12. Na doença de Graves a presença musculatura pré-tireoidiana, apresenta
de hipoecogenicidade manifestação é diferente hipoecogenicidade de 48,3% ou mais. Utilizando-se este
mecanismo diferente daquele da TIA, uma vez que é ponto de corte, o exame apresenta sensibilidade de
decorrente da hipervascularização e da 88,9%, especificidade de 86,3% e acurácia de 87,6%
12
hipercelularidade . para o diagnóstico de hipotireoidismo. O uso da USG
Quanto ao volume tireoidiano, podemos observar com escala de cinza computadorizada permite a
que na maioria dos pacientes está aumentado, porém realização de uma medida objetiva da
encontra-se reduzido nos pacientes com tireoidite hipoecogenicidade tireoidiana, o que é bem
atrófica 15. Alguns pacientes podem apresentar um correlacionado com o estágio clínico da doença. O uso
volume normal, porem, a presença de linfonodos de desta modalidade pode ser benéfico para o diagnóstico
aspecto habitual na cadeia cervical corrobora ainda e segmento de pacientes com TAI 22.
mais o diagnóstico de tireoidite crônica auto-imune.
Considerações finais
Ultrassonografia e o histograma computadorizado Uma grande hipoecogenicidade encontrada em um
A redução da quantidade de ecos é sabidamente paciente com TAI significa alta atividade auto-imune
causada pela redução do conteúdo colóide da tireóide, com bócio, hipotiroidismo sub-clínico e elevação
pelo aumento do fluxo sanguíneo parenquimatoso ou preferencial dos anticorpos TPO. O grau de
pela infiltração linfocítica 14. A comparação relativa da hipoecogenicidade pode refletir a intensidade do
ecogenicidade, como descrito anteriormente é subjetiva infiltrado linfocítico, o qual reconhecidamente é capaz
e, portanto, muito dependente do examinador. de mudar a aparência da glândula no processo auto-
Objetivando-se um aumento da reprodutibilidade desta imune. Desta forma, o estudo da ecogenicidade no
avaliação utiliza-se uma quantificação da escala de cinza diagnóstico da TAI é de grande importância.
do aparelho. Escalas numéricas aos vários tons de cinza Recomenda-se então, que além do volume e da textura,
do histograma da glândula tireóide passaram a ser a ecogenicidade do parênquima seja descrita, de
analisadas com o desenvolvimento da tecnologia maneira subjetiva ou através de histogramas.
computadorizada (Graw-Wert-Einheiten – GWE), ou
Experts in Ultrasound: Reviews and Perspectives EURP 2009; 1(4): 188-192
192
Franco et al – Tireoidite auto-imune

13. O'Leary PC, Feddema PH, Michelangeli VP, Leedman PJ, Chew
GT, Knuiman M, et al. Investigations of thyroid hormones and
antibodies based on a community health survey: the Busselton
Referências thyroid study. Clin Endocrinol (Oxf) 2006; 64(1): 97-104.
14. Schiemann U, Avenhaus W, Konturek JW, Gellner R, Hengst K,
1. Slatosky J, Shipton B, Wahba H. Thyroiditis: differential diagnosis Gross M. Relationship of clinical features and laboratory parameters
and management. Am Fam Physician 2000; 61(4): 1047-1052, 1054. to thyroid echogenicity measured by standardized grey scale
2. Weetman AP. Autoimmune thyroid disease. Autoimmunity 2004; ultrasonography in patients with Hashimoto's thyroiditis. Med Sci
37(4): 337-340. Monit 2003; 9(4): MT13-17.
3. Pedersen OM, Aardal NP, Larssen TB, Varhaug JE, Myking O, Vik- 15. Vejbjerg P, Knudsen N, Perrild H, Laurberg P, Pedersen IB,
Mo H. The value of ultrasonography in predicting autoimmune Rasmussen LB, et al. The association between hypoechogenicity or
thyroid disease. Thyroid 2000; 10(3): 251-259. irregular echo pattern at thyroid ultrasonography and thyroid
4. Rago T, Chiovato L, Grasso L, Pinchera A, Vitti P. Thyroid function in the general population. Eur J Endocrinol 2006; 155(4):
ultrasonography as a tool for detecting thyroid autoimmune 547-552.
diseases and predicting thyroid dsfunction in apparently healthy 16. Gutekunst R, Hafermann W, Mansky T, Scriba PC.
subjects. J Endocrinol Invest 2001; 24(10): 763-769. Ultrasonography related to clinical and laboratory findings in
5. da Silva Kotze LM, Nisihara RM, da Rosa Utiyama SR, Piovezan GC, lymphocytic thyroiditis. Acta Endocrinol (Copenh) 1989; 121(1): 129-
Kotze LR. Thyroid disorders in Brazilian patients with celiac disease. J 135.
Clin Gastroenterol 2006; 40(1): 33-36. 17. Nordmeyer JP, Shafeh TA, Heckmann C. Thyroid sonography in
6. de Matos PS, Ferreira AP, Ward LS. Prevalence of papillary autoimmune thyroiditis. A prospective study on 123 patients. Acta
microcarcinoma of the thyroid in Brazilian autopsy and surgical Endocrinol (Copenh) 1990; 122(3): 391-395.
series. Endocr Pathol 2006; 17(2): 165-173. 18. Marcocci C, Vitti P, Cetani F, Catalano F, Concetti R, Pinchera A.
7. Coeli CM, Brito AS, Barbosa FS, Ribeiro MG, Sieiro AP, Vaisman M. Thyroid ultrasonography helps to identify patients with diffuse
[Incidence and mortality from thyroid cancer in Brazil]. Arq Bras lymphocytic thyroiditis who are prone to develop hypothyroidism. J
Endocrinol Metabol 2005; 49(4): 503-509. Clin Endocrinol Metab 1991; 72(1): 209-213.
8. Ward LS. [Epidemiology of thyroid cancer in Brazil: pointing 19. Yoshida A, Adachi T, Noguchi T, Urabe K, Onoyama S, Okamura Y,
directions in the health policy of the country ]. Arq Bras Endocrinol et al. Echographic findings and histological feature of the thyroid: a
Metabol 2005; 49(4): 474-476. reverse relationship between the level of echo-amplitude and
9. Bisi H, Fernandes VS, Rosalinda Y, De Camargo A, Longatto Filho A, lymphocytic infiltration. Endocrinol Jpn 1985; 32(5): 681-690.
Ruggeri GB, et al. Neoplastic and non-neoplastic thyroid lesions in 20. Bartolotta TV, Midiri M, Runza G, Galia M, Taibbi A, Damiani L, et
surgical material: historical review of five decades in Sao Paulo, al. Incidentally discovered thyroid nodules: incidence, and greyscale
Brazil. Tumori 1995; 81(1): 63-66. and colour Doppler pattern in an adult population screened by real-
10. Bisi H, Ruggeri GB, Longatto Filho A, de Camargo RY, Fernandes time compound spatial sonography. Radiol Med 2006; 111(7): 989-
VS, Abdo AH. Neoplastic and non-neoplastic thyroid lesions in 998.
autopsy material: historical review of six decades in Sao Paulo, 21. Mazziotti G, Sorvillo F, Iorio S, Carbone A, Romeo A, Piscopo M,
Brazil. Tumori 1998; 84(4): 499-503. et al. Grey-scale analysis allows a quantitative evaluation of thyroid
11. Sichieri R, Baima J, Marante T, de Vasconcellos MT, Moura AS, echogenicity in the patients with Hashimoto's thyroiditis. Clin
Vaisman M. Low prevalence of hypothyroidism among black and Endocrinol (Oxf) 2003; 59(2): 223-229.
Mulatto people in a population-based study of Brazilian women. Clin 22. Loy M, Cianchetti ME, Cardia F, Melis A, Boi F, Mariotti S.
Endocrinol (Oxf) 2007; 66(6): 803-807. Correlation of computerized gray-scale sonographic findings with
12. Höfling DB, Cerri GG, Juliano AG, Marui S, Chammas MC. Value of thyroid function and thyroid autoimmune activity in patients with
thyroid echogenicity in the diagnosis of chronic autoimmune Hashimoto's thyroiditis. J Clin Ultrasound 2004; 32(3): 136-140.
thyroiditis. Radiol. bras 2008; 41(6): 409-417.

Experts in Ultrasound: Reviews and Perspectives EURP 2009; 1(4): 188-192

View publication stats

Você também pode gostar