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Secretaria de

ECITE .E.F.M DAURA SANTIAGO RANGEL


Estado
da Educação

ANO: 2 Bimestre/Ano Letivo Data:


2018
Língua Portuguesa Professora: Soraia Nota

Nome Número

Realidade com muita fantasia

Nascido em 1937, o gaúcho Moacyr Scliar é um homem versátil: médico e escritor,


igualmente atuante nas duas áreas. Dono de uma obra literária extensa, é ainda um biógrafo de
mão cheia e colaborador assíduo de diversos jornais brasileiros. Seus livros para jovens e adultos
são sucesso de público e de crítica e alguns já foram publicados no exterior.
Muito atento às situações-limite que desagradam à vida humana, Scliar combina em
seus textos indícios de uma realidade bastante concreta com cenas absolutamente fantásticas.
A convivência entre realismo e fantasia é harmoniosa e dela nascem os desfechos
surpreendentes das histórias.
Em sua obra, são frequentes questões de identidade judaica, do cotidiano da medicina
e do mundo da mídia, como, por exemplo, acontece no conto “O dia em que matamos James
Cagney”.

01. (D3) A expressão sublinhada em “é ainda um biógrafo de mão cheia” e significa que Scliar é
(A) crítico e detalhista.
(B) criativo e inconsequente.
(C) habilidoso e talentoso.
(D) inteligente e ultrapassado.

Duas Almas
Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada,
entra, e sob este teto encontrarás carinho:
eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho,
vives sozinha sempre, e nunca foste amada...

A neve anda a branquear, lividamente, a estrada,


e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.
Entra, ao menos até que as curvas do caminho
se banhem no esplendor nascente da alvorada.

E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa,


essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua,
podes partir de novo, ó nômade formosa!

Já não serei tão só, nem irás tão sozinha.


Há de ficar comigo uma saudade tua...
Hás de levar contigo uma saudade minha...

02. (D3) No verso "e a minha alcova tem a tepidez de um ninho", a expressão sublinhada dá
sentido de um lugar:
(A) aconchegante.
(B) belo.
(C) brando.
(D) elegante.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

03. (D4) Observando na charge os aspectos da linguagem verbal e da não verbal, pode-se afirmar
que se trata de uma crítica a pessoas
(A) conscientes da gravidade do problema da dengue.
(B) assustadas com a proliferação do mosquito.
(C) contrárias às medidas de prevenção contra a dengue.
(D) zelosas quanto ao aproveitamento da água.
SARA ISABEL

Sara Isabel, morena, tem quinze anos, mede 1,75, pesa sessenta e dois quilos e é de uma
beleza irreparável. Cursa o primeiro ano do segundo grau no Colégio São Marcos e pretende se
formar em medicina ou seguir a carreira de modelo.
Em casa é uma pessoa isolada, que fica horas e horas, em seu quarto, lendo e ouvindo
músicas. No colégio, não se isola, mas também não se junta com todo mundo, seleciona as
amizades. Com o namorado, não se mostra muito interessada, acha-se muito nova para firmar
namoro. No clube ou na praia, mostra-se bastante solta: joga vôlei, tênis, gosta de fazer
ginástica, não para um minuto.
Das qualidades de Sara, a que mais me chama atenção é a sua dedicação aos estudos, o seu
interesse em vencer na vida, o que mostra ser uma pessoa inteligente e conhecedora do seu
mundo.

04. (D3). "... não se junta com todo mundo." Desta informação apresentada no texto infere-se
que:
(A) Sara Isabel se acha mais importante que as outras pessoas.
(B) Sara Isabel é preconceituosa.
(C) Sara Isabel é orgulhosa.
(D) Sara Isabel é uma pessoa reservada.

Leia o texto para responder a questão abaixo:


A outra noite

Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto
lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana;
e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as
nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas.
Uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para
voltar-se para mim:
— O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar lá
em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra − pura,
perfeita e linda.
— Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva.
Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em
outra coisa.
— Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa noite” e um “muito obrigado
ao senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
05. (D11) O fato que desencadeou a história foi
(A) a viagem a São Paulo.
(B) o mau tempo em São Paulo.
(C) o agradecimento do taxista.
(D) a conversa ouvida pelo taxista.

Leia o texto abaixo:

A função da arte

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o
mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito
caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor,
que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
– Me ajuda a olhar!

06. (D11) O menino ficou tremendo, gaguejando porque


(A) a viagem foi longa.
(B) as dunas eram muito altas.
(C) o mar era imenso e belo.
(D) o pai não o ajudou a ver o mar.

Leia o texto abaixo:

Acho uma boa ideia abrir as escolas no fim de semana, mas os alunos devem ser
supervisionados por alguém responsável pelos jogos ou qualquer opção de lazer que se ofereça
no dia. A comunidade poderia interagir e participar de atividades interessantes. Poderiam ser
feitas gincanas, festas e até churrascos dentro da escola.

07. (D17) Em “A comunidade poderia interagir e participar de atividades interessantes.”, a


palavra destacada indica:
(A) alternância.
(B) oposição.
(C) adição.
(D) explicação.
Leia o texto para responder a questão abaixo:

Os pancararés
Conhecedores de cada canto da região em que viveram os cangaceiros, os pancararés,
quando a volante passava, ajudavam a esconder Lampião e seu bando. Hoje, uma comunidade
remanescente dos pancararés vive na Baixa do Chico, um pequeno povoado situado no interior
do Raso da Catarina. Embora as condições de vida sejam bastante simples, os moradores
parecem saudáveis. Vivem em casas
rústicas de pau-a-pique e recebem água de um poço artesiano porque a região é árida e agreste.
Dedicam-se a pequenas lavouras de milho e feijão e à criação de gado.

08. (D17) No trecho “... quando a volante passava, ajudavam a esconder Lampião e seu bando.”,
a expressão destacada demonstra uma circunstância de
(A) dúvida.
(B) condição.
(C) tempo.
(D) comparação.

Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.

A namorada

Havia um muro alto entre nossas casas.


Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.

09. (D21) No trecho “O pai era uma onça,” a palavra destacada sugere que o pai era
(A) violento.
(B) esperto.
(C) rápido.
(D) rígido.
Leia o texto abaixo.
10. (D22) O que torna a tirinha engraçada é
(A) a promessa feita quando casaram.
(B) o casal preferir ficar acordado, em vez de fazer as pazes.
(C) o fato de estarem cansados, por não terem dormido a noite toda.
(D) o casal ter brigado e estarem casados.

Leia o texto abaixo.

profome.blogspot.com

www.fao.org
11. (D4) Observando a charge, junto ao gráfico estatístico, pode-se afirmar que a charge faz uma
crítica
(A) a pessoas com mania de dieta.
(B) a pessoas que comem demais.
(C) ao problema da fome no mundo.
(D) ao problema da superpopulação mundial.

Leia o texto e, a seguir, responda as questões 12 e 13.

Pessoas criativas ficam mais incomodadas com barulho


O cérebro delas tem dificuldade de ignorar mesmo os sons mais insignificantes
Ana Carolina Leonardi

Já sentiu muita dificuldade de se concentrar ao redor de pessoas batendo papo? Pode


ser um efeito colateral de ter um cérebro muito criativo. É que o cérebro criativo fica mais aberto
que o normal aos estímulos ao redor − e aí é mais difícil não ignorar aquele clique de caneta
irritante, por exemplo.
Pesquisadores da Northwestern University, nos Estados Unidos, fizeram um teste para
avaliar como o cérebro de pessoas criativas reage às distrações ao redor. Primeiro, eles pediram
que os participantes do estudo que respondessem a um questionário que avalia o quão criativas
elas são. Depois, eles monitoraram a atividade eletromagnética do cérebro usando sensores,
enquanto os voluntários escutavam a um som repetitivo de cliques.
O cérebro tem um sistema automático de filtragem sensorial − ou seja, ele sabe que tem
que parar de prestar atenção no ambiente ao redor para conseguir realizar uma tarefa que exige
foco. Esse sistema entra em ação quando ouvimos barulhos repetitivos, pelo menos em um
cérebro normal. A resposta cerebral ao primeiro som de clique é intensa. A partir de segundo
tom, porém, o cérebro percebe que é tudo a mesma coisa e diminui a atividade cerebral
dedicada ao barulho.
Nos cérebros das pessoas que tiveram pontuações mais altas no teste de criatividade, o
processo era diferente. O cérebro respondia com a mesma intensidade ao som repetitivo todas
as vezes. Segundo os cientistas, isso mostra que as pessoas criativas possuem "vazamentos" no
filtro sensorial, o que leva o cérebro a dedicar atenção ao que ele deveria perceber como inútil.
Essa é mais uma evidência para a tese de que o sistema de atenção dos criativos é
diferente do normal e seria exatamente isso que os leva a ter percepções e ideias diferentes da
maioria das pessoas. Mas aí o desafio é conseguir tirar essas ideias do papel sem se distrair − de
preferência em um lugar bem silencioso.
Disponível em: <http://super.abril.com.br/comportamento/pessoas-criativas-ficam-mais-incomodadas-com-barulho>. Acesso em:
04 maio 2016.
12. (D14) No trecho “(...) pessoas criativas possuem ‘vazamentos’ no filtro sensorial, o que leva
o cérebro a dedicar atenção ao que ele deveria perceber como inútil.”, o pronome ele refere-se
ao
(A) filtro.
(B) cérebro.
(C) som repetitivo.
(D) teste de criatividade.

13. (D10) A finalidade deste texto é


(A) informar.
(B) entreter.
(C) advertir.
(D) instruir.
Leia o texto e, a seguir, responda as questões 14 e 15 .

Não deixe seu cachorro lamber você


As lambidas de amor do seu cãozinho são bem intencionadas, mas podem dar um banho de
perigos na sua saúde.
Por Ana Carolina Leonardi.

A mania que seu cachorro tem de lamber todos ao seu redor vem do tempo em que seus
ancestrais andavam em matilhas. A lambida era reservada para a "família", para os animais de
quem o cachorro gosta. Hoje em dia, essa família é você - e o pobre do cãozinho tem as melhores
intenções do mundo.
O problema é que a saliva dele é cheia de bactérias. A maioria delas não faz mal nenhum
aos cachorros, mas pode levar a infecções em outras espécies, como a nossa.
Uma bactéria em especial, a Capnocytophaga canimorsus, está presente na boca de 75%
dos cachorros saudáveis e, na maioria das vezes, uma lambidinha deles não vai causar nenhum
problema. Mas a infecção causada por esse microrganismo traz uma taxa de mortalidade de
30%, o que é bastante significativo.
Geralmente, humanos são infectados com a Capnocytophaga através das mordidas de
cachorros. Mas médicos que trataram uma senhora de 70 anos ficaram surpresos ao descobrir
que a bactéria também se espalha através de lambidas. A idosa, dona de um galguinho italiano,
teve uma infecção generalizada e ficou semanas hospitalizada, mas sobreviveu.
O caso chamou a atenção para os riscos que a saliva dos pets pode oferecer,
especialmente para pessoas com a saúde mais frágil, como bebês, idosos e pessoas com
deficiências imunológicas.
Além de prestar atenção às doenças que os cachorros podem transmitir aos humanos,
o contrário também é válido: eles também são mais suscetíveis a algumas bactérias que não nos
causam mal. Mais do que isso, nossos cachorros têm contato com superbactérias resistentes a
antibióticos que nós carregamos com frequência na pele e no nariz.
Mas também não precisa colocar seu cachorro em quarentena. Os casos de infecção
(para os dois lados) causados pela relação entre cães e humanos ainda são raros. Além disso,
com a terapia animal se tornando cada vez mais frequente para dar um up psicológico em
crianças e adultos internados, os hospitais já têm um cuidado especial com controle de infecções
para preservar tanto a saúde dos pacientes quanto dos próprios cachorrinhos, e garantem que
os riscos são menores que os benefícios de ter um bichinho de estimação sempre ao seu lado.

Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/nao-deixeseuca-choro-lamber-voce>. Acesso em: 19 ago. 2016.

14. (D6) Em qual dos trechos abaixo está expresso apenas um fato?
(A) “O problema é que a saliva dele é cheia de bactérias”.
(B) “A mania que seu cachorro tem de lamber todos ao seu redor vem do tempo em que seus
ancestrais andavam em matilhas.”
(C) “Mas a infecção causada por esse micro-organismo traz uma taxa de mortalidade de 30%, o
que é bastante significativo.”
(D) “Além de prestar atenção às doenças que os cachorros podem transmitir aos humanos, o
contrário também é válido: eles também são mais suscetíveis a algumas bactérias que não nos
causam mal.”

15. (D23) No trecho “Uma bactéria em especial, a Capnocytophaga canimorsus, está presente
na boca de 75% dos cachorros saudáveis e, na maioria das vezes, uma lambidinha deles não vai
causar nenhum problema.”, as palavras “Capnocytophaga canimorsus”, constitui exemplo de
linguagem
(A) formal.
(B) literária.
(C) coloquial.
(D) científica.

Leia o texto e, a seguir, responda as questões 16 e 17.

Moradores de "ilha dos gatos" pedem ajuda para comprar ração

Na ilha de Aoshima, conhecida como a “ilha dos gatos”, ao sul do Japão, quem manda
são os felinos. Lá, os bichanos são seis vezes mais numerosos que pessoas – e a população
(humana) do local é inteiramente responsável pelos cuidados, saúde e bem-estar dos animais.
Foi então que uma notícia terrível se espalhou: por conta de condições climáticas desfavoráveis,
a entrega de ração teve que ser suspendida. Como conta o BoredPanda, a ilha não possui lojas
de ração ou comida – todas as compras são feitas por barco, dependendo da necessidade dos
cidadãos – e, com o clima ruim, os moradores se viram em uma sinuca.
A solução, claro, estava na internet. Ao perceberem que as reservas de ração estavam
baixando drasticamente, os moradores de Aoshima começaram a fazer pedidos pelo Twitter,
para que pessoas colaborassem enviando pacotes de ração para a ilha. Poucos dias depois, a
cidade estava abarrotada de doações. Os tweets que se seguiram mandavam a mensagem
oposta: a ilha pede que os internautas parem de enviar ração, pois já eram suficientes até abril
e não havia mais lugar para guardar tantas doações.

Disponívelem:<http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/03/moradoresdeilhadosgatospedemajudaparacomprarrac
aoeinternetrespondeu-altura.html>. Acesso em: 25 mar.2016.
16. (D6) Em qual das citações abaixo está expresso apenas um fato?
(A) “Foi então que uma notícia terrível se espalhou: por conta de condições climáticas
desfavoráveis, a entrega de ração teve que ser suspendida”.
(B) “Como conta o BoredPanda, a ilha não possui lojas de ração ou comida – todas as compras
são feitas por barco, dependendo da necessidade dos cidadãos – ”.
(C) “(...)– e, com o clima ruim, os moradores se viram em uma sinuca.”
(D) “A solução, claro, estava na internet. Ao perceberem que as reservas de ração estavam
baixando drasticamente,(...)”.

17. (D8) De acordo com o texto, a entrega de ração na ilha de Aoshima teve que ser suspensa
porque
(A) a ilha não possui lojas de ração ou comida.
(B) as condições climáticas estavam desfavoráveis.
(C) as reservas de ração estavam baixando drasticamente.
(D) a ilha possui mais bichanos do que pessoas.

Leia o texto abaixo.

18. (D3) Observando aspectos da linguagem da propaganda acima, entendemos que o uso da
palavra “hummm” ao invés de “um” teve a intenção de
(A) dizer, numa só palavra, que o produto é gostoso e de rápido preparo.
(B) apresentar um bom produto para pessoas que não podem perder tempo.
(C) mostrar que o preparo pode demorar um pouquinho mais de um minuto.
(D) ressaltar a ideia da rapidez com que o novo hambúrguer fica pronto.

Leia o texto e, a seguir, responda as questões 9 e 10.

Viciados se importam menos com outras pessoas

Estudo achou uma correlação entre abuso de substâncias e a incapacidade de julgar os


sentimentos alheios
Fábio Marton

Jovens com dependência de álcool e outras substâncias tendem mais a colocar outras
pessoas em risco: fazem mais sexo sem camisinha e dirigem mais vezes intoxicados. Pode
parecer só falta de responsabilidade induzida por se estar... (qual seria a palavra?) doidão, mas
há um lado mais sombrio nisso: esses jovens com algum tipo de vício são muito menos
propensos a se dedicarem a trabalhos voluntários, ajudar aos outros.
Esses são os achados no estudo da psicóloga Maria Pagano, da Case Western Reserve
University (Cleveland, EUA). Ela estudou o comportamento de 585 jovens secundaristas,
classificando-os segundo seus hábitos com álcool e outras drogas e medindo essas três variáveis:
dirigir bêbado (a idade para a habilitação nos EUA é 16 anos), fazer sexo desprotegido e se
interessar por trabalho voluntário.
Pagano achou, entre outras coisas, uma correlação 100% maior em jovens que
abusavam de drogas ou álcool em fazer sexo desprotegido - mesmo quando eles sabiam que
tinham doenças sexualmente transmissíveis - que com aqueles que não usavam.
Viciados, em outras palavras, não dão muita bola para os outros nem entendem como
seu problema afeta seus entes queridos. O que explica como a doença pode destruir suas vidas
sociais e também como é difícil convencê-los a se tratarem. "O viciado é como um tornado
passando pela vida dos outros", afirma Pagano. "Mesmo quando estão se recuperando, há
poucos indícios que eles entendem como suas ações impactam aqueles em sua volta. Isso é
parte de sua doença."
Importante: nada disto pretende criminalizar os viciados, que também sofrem com a
própria doença. Segundo Pagano, esse fator da insensibilidade é apenas algo que deve ser
levado em consideração ao se planejar tratamentos. Ela pretende descobrir formas para
diminuir essa parte do problema. Uma de suas apostas é justamente o trabalho voluntário,
ressensibilizar o paciente aos problemas dos outros.
Disponívelem:<http://super.abril.com.br/comportamento/viciados-se-importam-menos-com-outras-pessoas-0 >Acesso em: 04
maio 2016.

19. (D6) Em qual dos trechos abaixo está expresso apenas um fato?
(A) “Estudo achou uma correlação entre abuso de substâncias e a incapacidade de julgar os
sentimentos alheios.”
(B) “Pode parecer só falta de responsabilidade induzida por se estar... (qual seria a palavra?)
doidão, (...).”
(C) “Viciados, em outras palavras, não dão muita bola para os outros nem entendem como seu
problema afeta seus entes queridos.”
(D) "‘O viciado é como um tornado passando pela vida dos outros´(...)”

20. (D23) No trecho “Pode parecer só falta de responsabilidade induzida por se estar... (qual
seria a palavra?) doidão, (...)”, a palavra “doidão” constitui exemplo de linguagem
(A) formal.
(B) técnica.
(C) coloquial.
(D) científica.

Boa Sorte!

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