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Auguste Rondin. “O pensador” (Le Penseur), 1904. Escultura em bronze; 186 cm, Museu
(Tarsila do Amaral. “Abaporu”, 1928. Óleo s/ tela; 85 x 73 cm. IEB-USP.) Rondin, França, Paris.
O quadro Abaporu (em tupi, aba quer dizer “homem” e poru, “que come”) inspirou o
movimento antropofágico.
VANGUARDAS EUROPEIAS
02 Política do café-com-leite;
Enfunando os sapos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Poética
Descobrimento
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
03 Liberdade linguística;
Oswald de Andrade
MÁRIO DE ANDRADE:
a descoberta do Brasil brasileiro
01 Inicia preso ao rigor formal, à rima, ao vocabulário;
Oswald de Andrade
Oswald de Andrade
Oswald de Andrade
Quando Carlos nasceu batizaram-no, pois não. As meninas iam nas missas de
domingo, se era manhã de sol, o passeio até fazia bem... Com nove anos mais ou
menos recebiam a primeira comunhão. Dona Laura mandava lhes ensinar o
catecismo por uma parenta pobre, muito religiosa, coitada! catequista em Santa
Cecília. Dona Laura usava uma cruz de brilhantes que o marido dera pra ela no
primeiro aniversário de casamento. Era uma família católica. [...]
ANDRADE, Mário de. Amar, verbo intransitivo. 18. ed. Belo Horizonte: Villa Rica, 1992. p.55 (fragmento).
* Em 1976, Amar, verbo intransitivo ganhou uma adaptação sensível para o cinema. A
atriz Lillian Lemmertz personificou Fräulein Elza no filme Lição de amor.
Oswald de Andrade
ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 30. ed. Belo Horizonte: Villa Rica, 1997. p. 9 (fragmento).
Oswald de Andrade
MANUEL BANDEIRA:
olhar terno para o coridiano
* As fatalidades da vida deixam em sua obra cicatrizes profundas
(morte do pai, da mãe e da irmã, convivência e sofrimento com sua
própria doença).
02 infância em Recife;
03 O Rio Capibaribe;
Manuel Bandeira
04 Observação da rua.
Manuel Bandeira
Manuel Bandeira
COMO CAI NO ENEM?
1 (ENEM 2010) Após estudar na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que
abalou a cultura nacional do início do século XX. Elogiada por seus mestres na Europa, Anita se
considerava pronta para mostrar seu trabalho no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de Monteiro
Lobato. Com a intenção de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros
modernistas
a) buscaram libertar a arte brasileira das normas acadêmicas europeias, valorizando as cores, a
originalidade e os temas nacionais.
b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma irrestrita, afetando
a criação artística nacional.
c) representavam a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza, tendo como
finalidade a prática educativa.
d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma liberdade
artística ligada à tradição acadêmica.
e) buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando limites de temas abordados.
COMO CAI NO ENEM?
2 (ENEM 2010) O modernismo brasileiro teve forte influência das
vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos
passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como
referência o quadro “O mamoeiro”, identifica-se que, nas artes plásticas, a
QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um
nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a
gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão
depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado
a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem
ser. Esquecer.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.
A inquietação existencial do autor com a autoimagem corporal e a sua corporeidade se desdobra em questões existenciais
que têm origem:
a) no conflito do padrão corporal imposto contra as convicções de ser autêntico e singular.
b) na aceitação das imposições da sociedade seguindo a influência de outros..
c) na confiança no futuro, ofuscada pelas tradições e culturas familiares.
d) no anseio de divulgar hábitos enraizados, negligenciados por seus antepassados.
e) na certeza da exclusão, revelada pela indiferença de seus pares
O QUE CAI
TANTO?