Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
No subúrbio de uma grande metrópole, no meio das inúmeras residências vivia uma senhora
por nome de Candinha. Candinha era uma velha chata e ignorante, por isso nenhum vizinho gostava
dela. Ela não tinha amigos, vivia solitária.
Um dia ao abrir a porta, já no fim da tarde, ela teve uma surpresa. Um senhor vestido com
roupas pretas e um chapéu colorido a observava de longe. Candinha se manteve focada nesse senhor,
e ao perceber que ele não parava de encará-la o questionou em tom de deboche:
O senhor manteve-se estático, e não falou uma palavra sequer. Logo, o tal senhor misterioso
começa a se aproximar lentamente de Candinha, e logo um clima de tensão com um certo medo se
instaura no ar. Ela, por sua vez fica parada o observando se aproximar, e ao aproximar-se dela, ele a
cumprimenta tirando o chapéu:
Candinha fica encucada com tudo aquilo, pois não sabia quem seria ele muito menos de onde
o mesmo a conhecia. Ela passa a questioná-lo sobre várias coisas, e esse tal senhor se mostra
conhecedor das poucas pessoas que conviveram com Candinha.
Candinha fica em choque e assustada, pois o que aquele senhor acabara de falar, se referia ao
dia em que ela passou mal e teve uma arritmia cardíaca, e por viver solitária em sua casa, até
conseguir, com muito esforço, pedir a ajuda de alguém, quase chegou a falecer. Passando 5 dias
internada, se recuperando do ocorrido.
Dito aquilo, o misterioso senhor a olha nos olhos e diz que é chegada a hora do reencontro
dos dois. Ele começa a falar sobre segredos íntimos e arrependimentos de Candinha, que por sua vez
fica assustada e sem saber o porquê, emocionada com tudo aquilo. Ela esbraveja e começa xingar o
senhor com chapéu colorido que a pouco tempo surgira ali, falando todas aquelas coisas, muitas delas
íntimas de sua vida.
- Mas como assim? Isso não faz sentido! - Questionou-se e afirmou Candinha
- Quem é você!? Diga-me logo. - Insiste Candinha.
- Eu sou exício, como já disse antes
- Mas muitos me chamam de morte, porém não gosto desse nome - Diz Exício.
- Muito forte, não combina com minha personalidade. - Explica-se Exício.
Ao ouvir aquilo, Candinha fica desacreditada e fala que o senhor de chapéu colorido não
passava de um louco, e que não falava coisa com coisa. Ele passa a questioná-la sobre suas escolhas
na vida, se valeu a pena ser rude com as pessoas e no final acabar sozinha e abandonada. Candinha cai
aos prantos e diz que ele tinha razão, e que sua vida inteira foi horrível, com poucos momentos de
alegria. O senhor misterioso, com roupas pretas e chapéu colorido fala, com voz tranquila:
Dito aquilo, Candinha que encontrava-se desestabilizada com toda aquela conversa, vira-se e
se retira de perto daquele misterioso senhor, que se apresentava com um nome totalmente estranho
para ela. Mas antes que ela fechasse a porta, o mesmo senhor de instantes atrás surge em sua frente.
Candinha fica imóvel. Não consegue mais falar, apenas observar com olhar assustado e medo
o estranho com chapéu colorido à sua frente. Ele a abraça. Um abraço frio, carregado de vários
sentimentos e sensações. Candinha se vê em uma sensação de êxtase, e uma sensação de cansaço toma
conta de seu ser, ela começa a adormecer nos braços dele. Logo após, o misterioso senhor a coloca no
chão, arruma seu chapéu e sai andando para o mesmo lugar onde o olhar de Candinha o alcançara pela
primeira vez. Percebe-se que o misterioso senhor, com roupas pretas, chapéu colorido e que se
apresentava como Exício, simplesmente sumiu do olhar de todos. Deixando ali o corpo frio e sem vida
de Candinha.