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GRUPO I
Textos A, B, C
TEXTO A
Com apenas oito anos, Zezé é um menino traquina e sensível que é também um
excecional contador de histórias. A sua família é pobre e numerosa e a falta de afeto fá-lo
recolher-se num mundo imaginário onde Minguinho, um pé de laranja lima plantado no
seu quintal, se torna o seu mais íntimo amigo, protegendo-o da triste realidade que é a
5 sua vida. Um dia, numa das suas travessuras, conhece Manuel Valadares, um português
solitário e rezingão, temido por todas as crianças do bairro. Os dois, apesar de muito
diferentes, tornam-se inseparáveis. Ao mostrar o poder da imaginação ao “Portuga”, Zezé
descobre também o consolo de uma amizade verdadeira…
Com realização de Marcos Bernstein (O outro lado da rua), uma história de amizade
10 e companheirismo que se baseia na obra homónima de José Mauro de Vasconcelos, que
tem feito as delícias de várias gerações de leitores desde 1968. Nos principais papéis, os
atores João Guilherme Ávila, José de Abreu e Caco Ciocler.
TEXTO B
Literatura
Um pé de laranja lima torna-se a melhor companhia de Zezé, um miúdo de seis anos
que não sabe assobiar, canta para dentro e a quem a vida não corre bem.
De uma família pobre e de poucas manifestações afetuosas, o rapaz encontra
naquela pequena árvore o estímulo para a sua criatividade e imaginação. E não se sente
5 tão só. Chama-lhe o divertido e doce nome Xururuca.
O meu pé de laranja lima é um livro lindo, triste e com momentos felizes. Zezé
descobre a dor e cresce. Acontece a todas as crianças e não há que as proteger disso,
antes ajudá-las a aceitar as perdas e a lidar com elas.
José Mauro de Vasconcelos (1920-1984) era brasileiro e descendente de
10 portugueses. Nesta narrativa conta um pouco da sua infância difícil, mas num registo não
dramático, ainda que comovente.
Para os adultos que já o leram, aqui fica a memória do início do texto, cujo capítulo
primeiro se intitula “O descobridor das coisas”: “A gente vinha de mãos dadas, sem pressa
de nada pela rua. Totoca vinha me ensinando a vida. E eu estava muito contente porque
15 meu irmão mais velho estava me dando a mão e ensinando as coisas. Mas ensinando as
coisas fora de casa. Porque em casa eu aprendia descobrindo sozinho e fazendo sozinho,
fazia errado e fazendo errado acabava sempre tomando umas palmadas.”
Para os mais novos que o hão de ler, aqui fica uma bonita lição: “De pedaço em
pedaço é que se faz ternura.”
TEXTO C
Programas TV
FICHA TÉCNICA
Título original: Meu pé de laranja lima
Intérpretes: Caio Romei (Zezé), Karla Muga (Godoia), Gianfrancesco Guarnieri (“Portuga”),
Regiane Alves (Lili), Flávia Pucci (Jandira)
Produção: TV Bandeirantes
Autoria: Obra de José Mauro de Vasconcelos, adaptada por Ana Maria Moretzsohn
In RTP online – http://www.rtp.pt/programa/tv/p5642 (acedido em outubro de 2017)
1. Seleciona, em cada item, a alínea que completa cada frase de forma adequada,
de acordo com o sentido dos textos.
1.1. Os textos apresentados a propósito de Meu pé de laranja lima têm em comum
a) o facto de apresentarem um título e um subtítulo.
b) a referência a adaptações da obra de José Mauro de Vasconcelos.
c) a alusão à amizade entre Zezé e Manuel Valadares.
d) a referência à severidade da família de Zezé.
1.3. No texto B, linha 13, a expressão “O descobridor das coisas” encontra-se entre
aspas porque é
a) o título da primeira parte de Meu pé de laranja lima.
b) o título de um capítulo de Meu pé de laranja lima.
c) uma transcrição de um excerto de Meu pé de laranja lima.
d) uma expressão de sentido aproximado do que se pretende dizer.
GRUPO II
VOCABULÁRIO
1
sonho: bolo fofo de farinha e ovos, frito em azeite e passado depois por calda de açúcar.
6. Transcreve dois exemplos que comprovem que o texto que leste pertence à
variedade brasileira do Português. Justifica a tua resposta.
GRUPO III
3. Zezé nem sempre aceitava o dinheiro da professora, por haver outros meninos
pobres sem merenda.
3.1. Reescreve a frase anterior, iniciando-a pela conjunção “como”. Procede às
alterações necessárias.
5. A professora declarou que lamentava o que Zezé fizera e que ela falaria com ele
nesse dia.
5.1. Transforma o discurso indireto em discurso direto. Procede às alterações
necessárias.
GRUPO IV
COTAÇÃO DO TESTE
GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV
1.1. …............. 3 pontos 1. …............... 3 pontos 1.1. ................... 4 pontos Tema, tipologia e
1.2. …............. 3 pontos 2.1. ................ 3 pontos 2.1. .................... 4 pontos extensão do texto
1.3. …............. 3 pontos 2.2. ……......... 3 pontos 2.2. .................... 2 pontos Coerência e
1.4. …............. 3 pontos 3.1. .……........ 6 pontos 3.1. .................... 2 pontos pertinência da
1.5. …............. 3 pontos 4.1. ……......... 5 pontos 4. ...................... 4 pontos informação
2. …................ 5 pontos 5.1. .…........... 6 pontos 5.1. …................ 4 pontos Estrutura e coesão
6. ………......... 4 pontos
Morfologia e sintaxe
Ortografia
Repertório vocabular
ITENS DE RESPOSTA
1.1. d)
1.2. b)
1.3. b) 3 x 5 = 15
1.4. c)
1.5. d)
…………………………………………………………………………………….................... ……….……
2. (A), (C), (D) 5
Grupo II
…………………………………………………………………………………….................... ……….…..
2.2. Godofredo terá dito à professora que Zezé roubou a flor que estava no copo da
sua secretária (“apontou a flor no copo”, linha 3). 2+1=3
…………………………………………………………………………………….................... ……….……
3.1. Para desculpar o seu “furtinho”, Zezé argumentou que as flores pertencem a
Deus, que não tinha jardim em casa nem dinheiro para as comprar, mas não 4+2=6
queria que a professora tivesse o copo da sua secretária sem qualquer flor.
…………………………………………………………………………………….................... ……….……
4.1. A expressão “engoliu em seco” significa que a professora ficou sem saber o que 3+2=5
dizer, após Zezé ter revelado o motivo pelo qual roubava as flores.
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5.1. D. Cecília demonstra ser sensível, na forma delicada como repreende Zezé pelo
seu “furtinho” (linha 16) e ao emocionar-se com as palavras do seu aluno; e é
generosa ao dar-lhe dinheiro para comprar um “sonho recheado” (linhas 23-24),
por saber que ele não levava merenda para a escola. Por sua vez, Zezé revela
ser sensível ao roubar flores para que a mesa da professora não “ficasse sempre 4+2=6
de copo vazio” (linha 21); mas também generoso, sobretudo com os colegas que,
tal como ele, são pobres e “também não trazem merenda” (linha 28), sugerindo
que não devia ser ele o único a receber dinheiro da professora.
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6. Exemplos de traços distintivos da variedade brasileira em relação à variedade
europeia do Português:
− colocação do pronome pessoal átono antes do verbo: “me chamou” (linha 5),
“Se via” (linha 7), “se decidiu” (linha 8), “Poderia lhe dar” (linha 25);
− ausência do pronome: “Levanto mais cedo” (linha 13);
− uso do gerúndio em vez do infinitivo, precedido da preposição a: “Ficou
2+2=4
arrumando” (linha 7);
− emprego do singular com valor genérico: “lá tem tanta” (linha 14), “Flor custa
dinheiro...” (linhas 20-21);
− tratamento informal de você, em vez de tu: “Quero falar uma coisa com
você, Zezé.” (linha 6);
− uso preferencial do verbo ter, em vez do verbo haver: “Lá em casa não tem
jardim.” (linha 20); “Porque tem outros meninos pobres que também não
trazem merenda.” (linha 28).
Grupo IV – Escrita