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A SINGULARIDADE DO

ACONSELHAMENTO SOB A
ORIENTAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
O ESPÍRITO SANTO É A PESSOA MAIS IMPORTANTE
Jay Adams descreve que, Cristo habita agora
invisivelmente na Igreja, na pessoa do Espírito Santo.

Antes de deixar os seus discípulos, Jesus assegurou-lhes


que o Pai lhes enviaria outro Consolador, o Espírito da
verdade. O vocábulo grego aqui traduzido por “outro” é um
termo específico que significa “outro da mesma espécie”.

Durante três anos e meio, em cumprimento da predição de


Isaías de que Ele seria chamado “Conselheiro”, Jesus guiou,
instruiu, repreendeu, encorajou, e ensinou a Seus
discípulos.

Cristo identificou esse Conselheiro como o Espírito Santo,


o Espírito da Verdade (isto é, Aquele que é a Fonte da verdade e que nos
conduz à verdade).
Sua obra é de Santidade
O Espírito Santo é chamado santo não somente por ter de ser Ele distinguido de
todos os demais espíritos, mas, por ser Ele a Fonte de toda a santidade (Rm
1.4). Adams ressalta que, o “fruto” do Espírito é o resultado de sua atuação.

Se o aconselhamento, em sua essência, é um dos aspectos


da obra santificadora, então o Espírito Santo, cuja obra principal, no homem
regenerado, consiste em santifica-lo, deve ser considerado a Pessoa mais importante
dentro do contexto do aconselhamento.

Espírito Santo aconselhou aos apóstolos de modo sem paralelo. Capacitando-os


a se relembrarem, das palavras e das ações de Jesus e reproduzirem as
mesmas. Contudo, a obra mais geral de aconselhamento, efetuada pelo Espírito
Santo, tem continuado mesmo após a morte dos apóstolos.

De fato, através do uso que Ele faz dessa revelação escrita,


uma vez pregada, lida, explanada e aplicada, o Espírito
Santo, até hoje, dá prosseguimento à sua obra de
aconselhamento.
IMPLICAÇÕES NO ACONSELHAMENTO
O autor destaca que, os conselheiros devem insistir acerca
do desenvolvimento individual e uso dos dons, com a
mesma intensidade com que insistem sobre o crescimento
comum no fruto do Espírito. Esse princípio bíblico implica em muitas
consequências.

Apesar de não insistir sobre resultados que não podem ser


alcançados, o conselheiro deve ajudar seu paciente a
descobrir e desenvolver seus dons, para tentar viver de
conformidade com seu mais elevado potencial.

Os conselheiros não devem exigir conformidade de estilos


de vida se a variedade de estilo de vida se origina em dons
diferentes. Fazer tal coisa é tentar distorcer os planos e
propósitos do Espírito de Deus.
A conformidade deve ser substituída por ações
complementares, ações em que a pessoa encontre o seu lugar no corpo de
Cristo e funcione em unidade com os demais membros do corpo (1 Co 12. 14ss.)

Uma vez que tenha achado o seu devido lugar, o


aconselhado não somente descobrirá que a sua vida tornar-
se-á satisfatória e adquirirá um novo significado, mas
também começará a tornar-se produtivo.

Adams descreve que, o resultado da produtividade se


diferem. Porém, tudo o que se pode exigir de um
despenseiro é a fidelidade.
A SINGULARIDADE DO
ACONSELHAMENTO NO ESPÍRITO
SANTO segundo Raymond carlson
Carlson descreve que, o pastor fiel serve a congregação
local em várias funções importantes:

Clínico geral, estudioso da Bíblia, especialista em


relacionamentos interpessoais, solucionador de problemas,
educador, pregador, sacerdote (aquele que conduz a liturgia e dirige o
rito), organizador, administrador e pastor (inclusive aconselhando,
visitando e fazendo formas de assistência social).

O autor realça que, os pastores são confrontados com uma


magnitude e complexidade de problemas relacionados com
a saúde mental, semelhantes aos encontrados por
profissionais ligados à saúde do intelecto.
Nesses problemas inclui-se assuntos como:

- Problemas relacionados com a fé.

- Problemas sexuais.

- Depressão.

- Ansiedade/preocupações.

- Problemas com a criação dos filhos.


Muitos pastores, diante dos tipos de problemas alistados,
gostariam de ter maior treinamento em aconselhamento.

Porquanto seja óbvia a necessidade de treinamento específico, o pastor deve em


primeiro lugar buscar o aperfeiçoamento dos dons espirituais como condição prévia
ao aconselhamento eficaz pelo Espírito.

Segundo Carlson, a consciência e confiança no poder do


Espírito Santo constitui o distintivo do pastor que está
envolvido no aconselhamento cristão.

De acordo com o autor, Deus deseja que o pastor tenha


uma mente bem treinada e um coração guiado pelo Espírito
Santo (1 Co 12. 12-31); para verdadeiramente aconselhar no
poder do Espírito.

O pastor deve ter um coração, mente e alma que


desesperadamente busquem a Deus.
O pastor precisa ter uma consciência de Deus, fruto de um
coração dado ao estudo da Palavra e oração.

Sua vida deve exemplificar e servir de modelo de uma


experiência ativa em utilizar os recursos do Espírito Santo
antes, durante e entre as sessões de aconselhamento.

Para aconselhar com a mente, coração e poder do Espírito


Santo, o pastor tem de andar no Espírito.

Carlson expressa que, somente com um relacionamento


contínuo com o Espírito Santo é que o pastor obterá uma
familiaridade com as operações e maneiras do Espírito.
O equilíbrio em todas as áreas da vida, permitira que o
pastor evite o esgotamento no ministério. O autor realça
que, as disciplinas espirituais da vida cristã foram descritas
por Richard Foster como:

- Disciplinas interiores: meditação, oração, jejum e estudo.


- Disciplinas exteriores: simplicidade, limitação, submissão e serviço.
- Disciplinas coletivas: demonstração, adoração, orientação e celebração.

O propósito exclusivo das disciplinas espirituais é levar-


nos diante de Deus, onde a presença do Espírito Santo nos
transforme na mesma imagem de Cristo (Rm 8. 26-29).
Como Foster observa: “As disciplinas espirituais são uma maneira de
semear no Espírito [...], as quais só podem levar-nos ao lugar onde algo pode ser
feito; elas são os meios da graça de Deus”.

Carlson frisa que, isso não implica que receber maior


treinamento não seja uma necessidade.

De fato, o pastor é acertadamente recomendado a ler livros, frequentar seminários e,


se possível, obter treinamento mais formal sobre aconselhamento bíblico.

Consideráveis benefícios são obtidos mediante estudos


mais acadêmicos sobre a ciência do comportamento.

O Espírito Santo não contrariará a Palavra de Deus. Com


efeito, só vai confirmar o Livro que ele inspirou a escrever
(Mc 12. 36; 2 Tm 3. 16,17; 1 Pe 1. 11; 2 Pe 1. 21).
O estudo das ciências comportamentais para ser
proveitoso, deverá o pastor sensato, ter a mesma atitude
que os cristãos bereanos tiveram.

Os quais foram elogiados por terem sido diligentes em


examinar “cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” como
Paulo dizia (At 17. 11).

O aconselhamento cheio do Espirito é nada menos que a


santificação aplicada!
TRABALHO

SÍNTESE 02 LAUDA

BASE BÍBLICA PARA O ACONSELHAMENTO CRISTÃO

KOHL, Manfred Waldemar; BARRO, Antonio Carlos (Org.).


Aconselhamento Cristão Transformador. Londrina: Descoberta
Editora, 2006. p.15-34.

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