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Ora, se na palavra da Igreja ouvimos que as raízes de nossa inspiração, enquanto artistas cristãos,
devem ganhar vida na Palavra de Deus, então o nosso canto ou ministério deve estar ao seu serviço.
Falar, então, de ministério a serviço da Palavra é o mesmo que dizer que a nossa missão tanto mais
será frutífera quanto mais for exercida como instrumento de evangelização. Somos chamados a
evangelizar de uma forma diferente, dinâmica e criativa.
Se uma palavra agradável já chega bem os nossos ouvidos, quanto mais não será o toque de uma
melodia plena do conteúdo da Sagrada Escritura!
No canto dos Salmos, por exemplo, Deus uniu o prazer da melodia, levando em conta a inclinação
inata da natureza humana, com Suas palavras divinas, as quais ensinam ao homem o caminho da
virtude. Dessa forma, o homem que se mostra contrário a tudo o que suponha esforço e incômodo
receberá, em seu coração, os ensinamentos divinos, como sem se dar conta, levado simplesmente
pelo prazer da melodia¹. Até podemos imaginar como o coração humano se sensibiliza ao receber de
uma forma agradável o ensinamento bíblico por meio de melodias cheias de inspiração, enquanto
tiradas da Escritura, e de suavidade, enquanto inspiradas por Deus.
A Palavra de Deus enquanto conteúdo fundamental da pregação da Igreja e, portanto, inspiradora
daquilo que aí se vive como experiência de fé, encontra na arte musical um excelente instrumento de
transmissão de sua eficácia e, por isso mesmo, uma maneira dinâmica de tocar o coração das
pessoas. A música, desta forma, serve à Palavra de Deus², enquanto meio de evangelização. E
quanto mais estiver relacionada aquela a esta, o seu sentido ministerial ganhará força.
Referências:
1. Xabier BASURKO. O canto na tradição primitiva. São Paulo: Paulus, 2005. Tradução Celso
Marcio Teixeira. Título original: El canto cristiano en la tradición primitiva. (Liturgia e Música, 3).
p. 161
2. Idem, p. 29-49
FORMAÇ ÃO
Existe renovação no seu ministério de música?
Servir na Missa envolve responsabilidade musical, pastoral e espiritual do ministério de música
Você toca na Missa e, constantemente, sente-se sobrecarregado com o compromisso? Afinal, se
você não for, ninguém vai tocar ou o seu grupo, que é reduzido, sofrerá um desfalque impactante.
Como resolver esse problema? Como ter um grupo que se renova com frequência e está sempre
abrindo as portas para novos integrantes?
Quando falamos em aperfeiçoar-se, não nos referimos somente às técnicas musicais, mas também ao
coração, às técnicas da prática do amor, da doação, da unção, e a capacidade de compreender o
próximo, para assim tocar a música certa, no momento certo, sem equívocos.
A cada época, é preciso preparar-se para atender as necessidades do corpo de Cristo – a Igreja –
quanto à evangelização. Eu e você, como músicos, precisamos dar qualidade à nossa música, para
atender as necessidades da evangelização nos dias de hoje.
Lembro que quando comecei a tocar nos grupos de oração, em 1992, a música, na minha região, era
muito simples. Existiam poucos ministérios de música bem estruturados, mas, para a época, tudo
parecia ótimo. Hoje muitas coisas mudaram, e também a forma de atrair o povo para Deus precisou
mudar. Veja bem, a Igreja não mudou, mas a forma de transmitir o Evangelho precisa ser sempre
atualizada, a fim de atingir o maior número de pessoas em cada época, mas sempre levando em
consideração a verdade do Evangelho e a rica doutrina da Igreja. Mas, como diante de tantos
desafios e inovações, atender as necessidades de evangelização da Igreja Cristã?
É um trabalho árduo. Quando nos aprofundamos em nosso chamado e nos tornamos músicos
evangelizadores, tocar deixa de ser um passatempo e torna-se um serviço comprometedor, de grande
responsabilidade. Nossa missão é devolver o povo para Deus, atraí-lo para Ele – não para mim, para
as minhas apresentações, e sim para Deus e para a Igreja. Quando conseguirmos isso, o Senhor fará
o restante.