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Introdução

Introdução
É necessário, antes de tudo, fazer uma reflexão acerca do
seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nossa missão primeira
é anunciar a verdade da Igreja aos irmãos de caminhada.

“André, irmão de Simão Pedro, era um dos que tinham ouvido João e
que o tinham seguido. Foi ele então logo à procura de seu irmão e
disse-lhe: 'Achamos o Messias, que quer dizer o Cristo'. Levou-o a
Jesus que, fixando nele o olhar, disse: 'Tu és Simão, filho de João;
serás chamado Cefas, que quer dizer pedra' (Jo 1, 40-42).

A exemplo de S. André, devemos sentir o vivo desejo de levar aos


demais aquilo que conhecemos e compreendemos como sendo
necessário para servir a Deus, especialmente na liturgia.

Observando o que fez S. André, primeiro ele teve uma experiência


pessoal com Jesus, em seguida a quis transmitir e conquistar um
novo discípulo para o Senhor.

O exemplo e a convicção dele levaram seu irmão ao encontro com


Jesus e, consequentemente, com a verdade!

Do mesmo modo, a nossa experiência de fé e mudança de vida é


que devem convencer os irmãos a respeito da beleza, grandeza e
importância da verdadeira música litúrgica.

Não devemos tentar convencer ninguém "pela lei", por aquilo que
aprendemos nos livros ou nas normas litúrgicas, mas pelo nosso
exemplo de serviço, de doação e, especialmente, pelo nosso
amor à liturgia e por aquilo que fazemos.
CAPÍTULO 01

Confiar
na ação do
Espírito Santo
1. Confiar na ação
do Espírito Santo
O primeiro passo para que a mudança aconteça é deixar para trás
toda e qualquer atitude que limite a ação do Espírito Santo.

“Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos


constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto
permaneça" (Jo 15,16).

É muito comum ouvirmos pensamentos como "Já tentei de tudo",


"O povo não se interessa", "Isso vai afastar as pessoas", "Na teoria é
bom, mas na prática não funciona" .

Pensar assim é limitar a ação de Deus e podar os dons que Ele nos
concede. Chegamos a duvidar que Deus pode mudar todas as
coisas. E pensar assim é um erro grave!

Se compreendemos que Jesus Cristo deve ser o centro de nossas


vidas e de todas as nossas ações, seremos apenas instrumentos
"nas mãos" do Espírito Santo.

PARA REFLETIR:

- O nosso serviço à Igreja, dentro da santa liturgia - na música, mais


especificamente - deve ser marcado pelo desejo de fazer com que
Cristo aja em nós, através do nosso canto, do nosso instrumento.

- A exemplo de S. João Batista, devemos sempre pedir a Deus a graça


de "diminuirmos para que Cristo apareça". Deste modo, seremos
verdadeiros instrumentos que deixam o Espírito Santo agir.
CAPÍTULO 02

Busca
constante por
conhecimento
2. Busca constante
por conhecimento
A busca pela formação deve acompanhar toda a nossa trajetória de
serviço. Para quem serve a Igreja através da música litúrgica, o
desenvolvimento das técnicas musicais e do conhecimento a
respeito da liturgia é fundamental:

“Além da formação musical, também deve ser dada formação


litúrgica e espiritual adequada às equipes de música, de modo que o
desempenho adequado de seu papel litúrgico não apenas melhore a
beleza da celebração e seja um excelente exemplo para o coro dos
fiéis, mas trarão benefícios espirituais aos próprios membros do
coral” (Musicam Sacram, 24).

Não se pode querer que toda essa formação "caia do céu", nem se
deve esperar que ela chegue toda estruturada um dia à sua
comunidade para mudar o que é necessário:

“O aspecto musical das celebrações litúrgicas não pode ser relegado


nem à improvisação, nem ao arbítrio de pessoas individualmente,
mas há de ser confiado a uma direção harmoniosa, no respeito pelas
normas e as competências, como significativo fruto de uma
formação litúrgica adequada” (Quirógrafo, 8).

A formação constante e de qualidade nos leva a viver em


plenitude o Mistério que celebramos. Diz o Papa Francisco:

“Como crescer na capacidade de viver em plenitude a ação litúrgica?


Como continuar a surpreendermo-nos com o que acontece na
celebração diante dos nossos olhos? Precisamos de uma séria e
vital formação litúrgica” (Desiderio Desideravi, 31).

PARA REFLETIR:

- Se Cristo nos chamou ao serviço, precisamos dizer o nosso "sim" com


coragem e abraçar a nossa cruz. A formação constante e contínua é
indispensável para quem se coloca a serviço da liturgia!
CAPÍTULO 03

Funções de
um líder da
música
3. Funções de um
líder da música
Proximidade e acompanhamento

“Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas


ovelhas conhecem a mim, como meu Pai me conhece e eu conheço o
Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas” (Jo 10,14-15).

A exemplo de Nosso Senhor, o bom pastor, o bom líder se faz


próximo dos seus irmãos, está sempre disponível para ajudar e
acolher aqueles que querem se colocar a serviço.

É necessário acompanhar o desenvolvimento de cada um,


puxando pela mão e conduzindo, conhecendo as limitações e
corrigindo o que for necessário.

Trabalhar pela unidade

Erra quem pensa que há vários "ministérios de música" numa


comunidade: a equipe de música é apenas uma, que caminha na
unidade e se subdivide em grupos para assumir cada serviço.

“Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que


todos estejais em pleno acordo e que não haja entre vós divisões.
Vivei em boa harmonia, no mesmo espírito e no mesmo
sentimento” (1 Cor 1,10).

Escolher repertório

Quem tem o conhecimento sobre as normas litúrgicas tem o dever


de escolher o repertório de cada Missa e ensiná-lo aos demais
membros da equipe.

Afinal, se o líder é quem deve conduzir a equipe a servir


corretamente, cantando o que é adequado, que sentido faria
estender a todos a faculdade de escolher músicas para a Missa?
3. Funções de um líder da música

Promover formações e discussões

Como observado anteriormente, a formação é essencial para o


crescimento não só individual, mas de toda a equipe.

Esta formação não precisa, necessariamente ser dada por um


especialista na área, com dia e hora marcada, mas pode e deve
acontecer diariamente, a cada encontro, a cada serviço.

Como o Papa Francisco nos ensina, precisamos sempre nos


"assombrar", nos maravilhar com as riquezas da liturgia. E isso só é
possível através da formação constante:

“Para os ministros e para todos os batizados, a formação litúrgica


neste seu primeiro significado não é algo que se possa pensar
adquirir de uma vez por todas: dado que o dom do mistério
celebrado supera a nossa capacidade de conhecimento, este
compromisso deverá certamente acompanhar a formação
permanente de cada qual, com a humildade dos pequenos, atitude
que abre ao assombro” (Desiderio Desideravi, 38).

PARA EXEMPLIFICAR:

- A convivência fraterna da equipe deve ser algo recorrente. Não


podemos resumir a vida da equipe de música ao serviço, aos ensaios e
às formações. É importante que os membros se conheçam e
caminhem juntos.

- A unidade no serviço demonstra o amor que temos à Igreja e


favorece a comunhão de toda a Igreja. Pense nas outras equipes que
servem à liturgia: coroinhas e acólitos, leitores, MESCEs... Não se diz
que um grupo de leitores é mais "carismático" que outro, nem que
um coroinha serve de um jeito "mais tradicional" do que outro. A
unidade do serviço deve se fazer presente também na música!
3. Funções de um líder da música

- A equipe deve ser levada à compreensão plena do serviço. Por isso a


figura de um líder ou coordenador é essencial: todos precisam
entender que, na Igreja, a unidade do serviço se manifesta ao redor
da figura do líder, aquele que tem a missão de ensinar e conduzir aos
demais.

- As discussões sobre temas da liturgia e da música devem ser


recorrentes no cotidiano da equipe, dessa forma favorece-se o
crescimento de cada um, seja no conhecimento musical, seja no
conhecimento litúrgico.
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