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UM NOVO PENTECOSTES NA VIDA DOS LEIGOS: MISSÃO E DOAÇÃO PELO

POVO E PELA IGREJA

“Todos os dízimos da terra, tomados das sementes do solo ou dos frutos das árvores,
são propriedades do Senhor: é uma coisa consagrada ao Senhor”. (Levítico 27, 30).

Enfim... Um Novo Pentecostes! É preciso que ele aconteça em nossa vida e por
que não dizer “em nossas vidas”? Afinal são muitos os convidados a viverem a
experiência tal qual os discípulos viveram no Cenáculo. Essa força, essa coragem, essa
disposição em anunciar o evangelho nos vem por intermédio do Espírito Santo. E como
se dá a sua ação?
Em nossas comunidades há diferentes meios de poder contribuir para com o
processo de evangelização: desde uma simples “ajudinha” na acolhida aos que adentram
os templos para participarem das celebrações até a proclamação de uma leitura. Só para
ser um pouco mais exato: formas de somar e contribuir não faltam. E assim como os
discípulos, o poderio do Alto nos é concedido a cada momento em que nos colocamos à
disposição do outro desde que estejamos em oração para que o nosso servir e doar
sejam em prol do crescimento da igreja e não para o crescimento pessoal no qual a
soberba, a autossuficiência, a prepotência e o orgulho entrem em vigor.
Viver um Novo Pentecostes é também repensar a nossa caminhada de dizimista
e tomar ciência de como andam os projetos da nossa paróquia e o que se tem feito para
o bem comum do povo. O dízimo não é uma propriedade minha ou sua, mas uma
propriedade do Senhor. Ofertamos de coração aquilo que Ele nos dá por excelência e
que nos concede por graça. Você tem visto como atua a pastoral do dízimo em sua
paróquia? Sabe onde e como é aplicado o dízimo? Conhece os projetos e anseios do
pároco e até mesmo os da própria comunidade?
Que possamos, ao longo dos dias, paulatinamente, ir percebendo os anseios da
comunidade e, a exemplo dos apóstolos, viver os ensinamentos do Cristo que deseja
unidade e paz. Ser unânimes na comunidade pode não ser uma tarefa fácil, mas
certamente é um desafio que nos põe a refletir que juntos podemos realizar coisas
grandiosas. Vale lembrar o que já fora dito por Santo Agostinho: “a unidade é
importante, não a uniformidade”. Ou seja, somos diferentes no pensar, no agir, no falar,
no conduzir... Mas isso não importa! O que importa é a nossa unidade e flexibilidade
diante os desafios.
Sou dizimista? Como estou inserido (a) na comunidade? Sei partilhar meus bens,
minhas tarefas e minhas opiniões? Sou flexível no relacionamento com os outros? Estou
disposto a viver um Novo Pentecostes onde quer que eu esteja? Com Cristo e com a luz
do Espírito Santo cresceremos na comunidade e só assim poderemos nos doar uns pelos
outros.
Que a luz do Paráclito, o nosso defensor, esteja conosco todos os dias!

FONTE: Revista “O Paroquiano”. Mineiros - GO


(Por Andreane Miyahara Neves - Especialista em Literatura Brasileira, licenciado em
Letras Português pela UFG, dizimista e Ministro da Eucaristia)

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